Almir Gabriel também desembarca

Mais um que desembarca:

Do Diário do Pará

Eleições 2010

Terça-feira, 03/08/2010, 15h30

Almir Gabriel pede para se desfiliar do PSDB

O ex-governador do Pará Almir Gabriel protocolou ontem, junto ao Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE/PA), pedido de desfiliação do PSBD, partido que ele ajudou a fundar, há mais de duas décadas. Nas eleições de 2010, Almir Gabriel anunciou apoio à candidatura de Domingos Juvenil (PMDB) ao governo do Estado, unindo-se novamente a Jader Barbalho na política paraense.

No final do ano passado, Almir Gabriel divulgou no DIÁRIO uma carta na qual pede seu desligamento do PSDB. Agora, ele finalmente formaliza sua saída do partido ao TRE/PA, para poder dar seu apoio a Domingos Juvenil.

Ainda hoje, Almir Gabriel vai divulgar uma nova carta anunciando sua desfiliação ao partido. Na tarde desta terça, o político deve enviar ao PSDB seu pedido de desligamento.

Almir Gabriel ajudou a fundar o PSDB no Pará há 21 anos e era presidente de honra do partido, pelo qual foi eleito governador do Pará por dois mandatos consecutivos (1994 e 1998) e candidato à vice-presidência na chapa de Mário Covas (1989).

Leia mais na edição de amanhã do DIÁRIO DO PARÁ. (Diário Online, com informações de Rita Soares)

Por Claudio Silva

Quero entender que este comentário seu tenha a ver com vários dos políticos do PSDB, mas, me permita discordar, não vale integralmente no caso específico do Sr. Almir Gabriel. Este senhor, de temperamento extremamente rancoroso em suas decisões políticas, está saindo do partido só agora por uma forma de, ao máximo, prejudicar o candidato atual tucano Simão Jatene ao governo – ex-amigo e agora seu inimigo figadal.

E isso não é de hoje, decorreu do entendimento de Almir de que o então governador Simão Jatene – ao qual Almir ajudara a eleger -, não se empenhou – diga-se, cedeu a máquina estatal – para que Almir fosse eleito no ano de 2008.

Sua ira aumentou quando viu minguar suas chances de tomar para si o comando do partido e evitar que o desafeto fosse indicado candidato do partido às eleições deste ano Como isto ocorreu, de fato, foi obrigado a “beijar a mão” de Jader – ato que deve ter levado Jader ao delírio, pois foi a volta por cima sobre seu outrora inimigo.

Admitindo-se, para efeito de argumento, que o desembarque tenha ocorrido por razões políticas, isso não teria efeito significativo.na campanha de Serra Faz tempo que Almir perdeu densidade eleitoral no Estado. Com a aliança com Jader, deve estar vislumbrando alguma possibilidade de amenizar seu desgaste. Interessante a ironia: ele resolveu recorrer a Jader, outrora tachado de corrupto e agora amigo de infância.

De forma que, no caso de Almir, ouso dizer, a campanha claudicante de Serra não foi o principal fator de sua retirada. Há mais coisas envolvidas e, neste caso, grande parte delas tem a ver com a realidade local. 

Luis Nassif

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