Democracia em Xeque

O que define a elegibilidade de um candidato? Até o presente momento a lei “ficha limpa” norteia o debate sobre o assunto.

Desta forma, a principio qualquer cidadão em gozo de seus direitos políticos é elegível e portanto não sendo enquadrado na “ficha limpa”, que carece de parecer final do STF, estpa apto a pleitear qualquer cargo eletivo em disputa nas eleições.

Trato nest poste especificamente do “caso Tiririca” (entre parenteses porque não sei se a VEJA possui marca registrada da denominação de matérias jornalísticas).

O promotor eleitoral Maurício Antonio Ribeiro Lopes do MPE-SP, quer representar pela cassação do registro do humorísta Tiririca (PR) por suposta pratica de estelionato. Nas suas palavras: “Ainda não recebi nada, mas, se for isso, parece que estamos abrindo espaço para a candidatura de estelionatários”.

Agora, porque Tiririca é motivo de tanta preocupação? Que interesses motivam investigação tão prematura de seus bens e ações? Responderei posteriormente.

A candidatura Tiririca representa o deboche dos políticos em geral no país. Diversas pesquisas colocam os deputados como os menos confiáveis do Brasil, e muitas vezes os populres os citam como palhaços da república. Quem vota em Tiririca não se importam com os projetos que ira apresentar, com as suas ideologias, com seu alinhamento político, até porque nem sabem destes predicados políticos. Votam porque encontram nele o esteriotipo do político brasileiro. Votam porque acham ele um “palhaço”, literalmente.

Essa fatia do eleitorado, mesmo inconscicentemente, estão dando seu voto de protesto, e representam a massa eleitoral que pode (ou poderiam) ser manobrada pelas forças políticas através dos velhos métodos da meia dentadura e do pé de chinelo (hoje mais elaboradas e sofisticadas).

Essas forças políticas enxergam em Tiririca um obstáculo às suas bases eleitorais e agora tentam, no melhor estilo antidemocrático, barrá-lo no tapetão.

Um candidato se faz e elege por seus atributos, sejam eles éticos, culturais, indicativos, etc. Tiririca fez-se candidato pelo sucesso do seu personagem na televisão. Ganhou visibilidade e está usando “legalmente” seu tempo com o humor, que o caracteriza.

A camara dos deputados representam o povo, nele incluído os humoristas, que a pouco brigavam pelo direito de “brincar” com os candidados no período eleitoral. Justo. Mas quem representa os humoristas no parlamento? Não seria Tiririca o interlocutor entre a classe e poder?

A história prega peças. Devemos ter um pagodeiro (sem nenhum carater pejorativo) senador, um jornalista televisivo governador (Helio Costa), vários pastores evangélicos e até mesmo prostitutas (também sem nenhum carater pejorativo). PODEMOS TAMBÉM TER UM PALHAÇO NO PARLAMENTO PARA CRIAR LEIS QUE MELHOREM A VIDA DOS CIRCENSES, QUE SABIDAMENTE SOFREM NO SEU DIA-DIA.

Que papel nobre desempenhou Roberto Jefferson?  E Valdemar da Costa Neto? José Roberto Arruda? ACM? JAder Barbalho?

Por que não Tiririca?

Porque Ronald Regan presidente dos EUA? E Arld Sch… governador da Califórnia?

A democracia pressupõe pluralidade e representatividade. E se eleito Tiririca terá estes dois pré-requisitos.

Vi e revi as propagandas dele na TV e as acho muito divertidas e originais. Nada ofensivas. Não citam ninguem. Pedem votos descaradamente. Devem atingir o seu eleitorado e provavelmente será eleito.

Eleito, fará ele próprio a sua história na política brasileira e quem sabe um futuro brilhante.

Redação

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