EUA negam visto a chanceler iraniano quebrando acordo de livre-trânsito da ONU

O acordo diz que a autorização deve acontecer ‘independentemente das relações existentes entre os governos das pessoas mencionadas nessa seção e o governo dos Estados Unidos’.

O chanceler do Irã, Mohammad Javad Zarif Foto: ATTA KENARE / AFP

Jornal GGN – Os Estados Unidos, violando acordo de 1947 que exige que o país permita a entrada de funcionários estrangeiros que têm compromissos nas Nações Unidas, negou visto ao ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif. O ministro tem participação agenda na reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Nova York.

Pelo acordo de 1947, em sua seção 11, ‘as autoridades federais, estaduais ou locais dos Estados Unidos não imporão impedimentos ao trânsito de ou para o distrito-sede’ de ‘pessoas convidadas para a sede das Nações Unidas ou por uma agência especializada em negócios oficiais’.

O acordo diz que a autorização deve acontecer ‘independentemente das relações existentes entre os governos das pessoas mencionadas nessa seção e o governo dos Estados Unidos’. Na outra ponta, Washington declara que pode negar vistos por razões de ‘segurança, terrorismo e política externa’. Esta parte do acordo, de permissão de entrada de todos os que vão na ONU, é condição para que a sede continue em Washington.

Segundo a revista Foreign Policy e a Reuters, o ministro iraniano já aguardava o visto há semanas, mas foi negado ontem. O secretário-geral da ONU, António Guterres foi informado nesta segunda-feira, dia 6, por um funcionário do governo Trump, de que os EUA não permitiriam a entrada de Zarif.

A medida é mais um aditivo às tensões entre os dois países depois do ataque terrorista promovido pelos Estados Unidos em solo iraquiano ao matar o general Qassem Soleimani.

O que os Estados Unidos querem evitar é que Zarif, que participaria da reunião com a pauta da manutenção da Carta da ONY, possa usar a ocasião para criticar publicamente o país pelo assassinato de Soleimani.

Redação

5 Comentários

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  1. Os assassinos falcões do norte estão esticando a corda ao máximo tentando chamar o resto do mundo para briga por ainda serem um potência militar que,acreditam,hegemônica.
    É uma medida típica de desespero e,neste momento,o resto do mundo não tem porque pagar para ver.

  2. Os falcões do meio Oriente extrapolam todos os limites dos acordos e da paciência humana atacando e explodindo bombas mundo afora e quando os USA mostra lhes mostra que tudo tem um limite, estes loucos machistas fanáticos usam o nome de Alá para matar.. Paz é a melhor solução. USA até que aguentou muito.

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