Jornal GGN – O uso das redes sociais e a exacerbação do poder político para agredir a democracia e o sistema de votação vigente no Brasil pode configurar abuso do poder político e uso indevido dos meios de comunicação, segundo conclusão do corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Luís Felipe Salomão.
Salomão é o relator do processo em andamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que avalia a cassação e decretação de inelegibilidade do deputado bolsonarista Fernando Francischini (PSL) por disseminar fake news eleitorais na disputa realizada em 2018.
Esse é o primeiro precedente a respeito do tema e, segundo o site Conjur, pode ser usado como referencia para casos futuros em tempos de campanhas de divulgação de notícias falsas pelas redes sociais.
Clique aqui e veja como colaborar com o jornalismo independente do GGN
Francischini é julgado por abrir uma live no Facebook faltando 22 minutos antes do final da votação em 2018 e, durante 18 minutos, divulgou notícias falsas sobre supostas fraudes no uso da urna eletrônica. A transmissão chegou a alcançar 70 mil pessoas no dia, mas o conteúdo nos dias seguintes somou 6 milhões de visualizações e 400 mil compartilhamentos.
Na ocasião, Francischini era deputado federal e disputava as eleições para deputado estadual, e se disse protegido pela imunidade parlamentar ao fazer os ataques.
O julgamento teve início nesta terça-feira. Até o momento, os ministros Mauro Campbell e Sergio Banhos acompanharam o relator, e o processo tinha sido interrompido devido ao pedido de vista do ministro Carlos Horbach.
Leia Também
Ministro do TSE libera para julgamento ações que pedem cassação da chapa de Bolsonaro
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.