Anos atrás organizei um seminário sobre o redesenho de país, discutindo das novas metrópoles à recuperação do nordeste com a transposição do São Francisco.
Entre os expositores, o então Ministro da Integração do governo Dilma, Fernando Bezerra Coelho. No intervalo – ou na exposição, não me lembro – ele comentou notícias que circularam sobre a mudança nos contratos de obras, trocando médias construtoras pelas grandes empreiteiras. Alegou que seu antecessor – Ciro Gomes – pulverizou os contratos, entregando a empresas sem capacitação para ir até o fim.
Com seu indiciamento pela Polícia Federal, por propinas pagas pela OAS, fica claro a sua posição. Aliás, era claro desde aqueles tempos.
Ciro é explosivo demais, mas tem lá suas razões.
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À época, ele era do PSB, partido da base de apoio do governo e considerado de centro-esquerda. Partido, aliás, ao qual já pertenceram Ciro Gomes e Luiza Erundina e do qual Marina Silva foi candidata a vice-presidente e posteriormente presidente. FBC só saiu do PSB após a Lava Jato. Fica difícil colocar a culpa no PT, nesse caso.