Por MiriamL
Do UOL
Polícia egípcia invade quarto de jornalista brasileiro no Cairo
Do UOL Notícias
Em São Paulo
Os quartos dos jornalistas estrangeiros que cobrem os protestos contra o regime do ditador Hosni Mubarak, no Cairo, foram invadidos pela polícia egípcia nesta quarta-feira (2). Entre os quartos invadidos está o do correspondente do jornal “O Globo”, Fernando Duarte. “Meu quarto é invadido por quatro seguranças do Ramsés Hotel ordenando o fim de imagens dos tumultos”, escreveu o jornalista às 18h25 (hora local) na página com relatos dos protestos que mantém para “O Globo”.
Durante os protestos de hoje na praça Tahrir, no centro de Cairo, outro jornalista foi alvo de agressão. O editor da CNN, Steve Brusk, disse em seu Twitter que o correspondente da emissora norte-americana no Cairo, o apresentador Anderson Cooper, foi atingido durante os confrontos entre opositores e simpatizantes do presidente egípcio Hosni Mubarak, na praça Tahrir.
“Anderson disse que foi atingido 10 vezes nas cabeça enquanto [manifestantes] pró-Mubarak cercavam ele e a multidão para tentar bloquear a manifestação [dos opositores]”, postou ele.
Cooper comentou o incidente na CNN e disse que os manifestantes pró-Mubarak atacaram ele e sua equipe para impedir a cobertura da manifestação na praça.
Jornalistas da rede de TV Al Jazeera disseram que manifestantes pró-governo gritavam palavras contra a emissora, sediada no Qatar. Pelo menos um correspondente da emissora Al Arabiya foi apunhalado, segundo a Al Jazeera.
Nesta quarta-feira, manifestantes pró-Mubarak ganharam força e partiram para o confronto com os opositores. Grupos contrários e simpatizantes de Mubarak atiravam pedras uns contra os outros. Segundo a agência de notícias “Associated Press”, havia pessoas feridas, “com a cabeça sangrando”, na praça Tahrir, onde o grupo contrário à permanência de Hosni Mubarak concentra seus protestos.
Outro repórter, da rede “Al Jazeera”, relatou que cerca de 10 mil simpatizantes do presidente invadiram a praça, alguns a cavalo. Segundo o jornal britânico “The Guardian”, também há manifestantes pró-Mubarak na Alexandria, a segunda maior cidade do Egito.
Na praça Tahrir, a proteção que separava manifestantes da oposição, que fazem guarda ali desde sexta-feira, três dias depois do início dos protestos contra o regime, e os partidários de Mubarak foi rompida.
Manifestantes pró-Mubarak em camelos atacavam os opositores, mas foram cercados e retirados de cima dos animais, segundo a AFP. Ainda de acordo com a agência, ao menos seis pessoas foram derrubadas dos animais, arrastadas e golpeadas no rosto.
Outras manifestações de apoio ao presidente egípcio também foram vistas em frente à sede do Ministério das Relações Exteriores, em uma avenida paralela ao Nilo e no bairro de Mohandisin. “Com meu corpo e com meu sangue defenderei Mubarak”, gritavam um dos manifestantes pró-governo.
Manifestante pró-Mubarak em camelos atacavam os opositores, mas foram cercados e retirados de cima dos animais, segundo a AFP. Ainda de acordo com a agência, ao menos seis pessoas foram derrubadas dos animais, arrastadas e golpeadas no rosto MaisMohammed Abou Zaid/ AP
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