Os Brics contra a intervenção na Líbia

Da Folha.com

Brics rejeitam uso da força militar na Líbia

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Os líderes das cinco nações dos Brics (Brasil, Rússia, Índia e África do Sul), reunidos nesta quinta-feira na cidade chinesa de Sanya, emitiram uma projeto de declaração conjunta no qual rejeitam o uso da força na Líbia, assim como em outros países do Oriente Médio.

“Partilhamos o princípio de que o uso da força deve ser evitado” na Líbia, destaca o documento, no qual os países manifestam sua “profunda preocupação com os distúrbios no Oriente Médio e no norte e oeste da África”.

Os cinco emergentes desejam que os países envolvidos “alcancem a paz, a estabilidade, a prosperidade e o progresso, e que ocupem dignamente seu papel no mundo em função das aspirações legítimas do povo”.

DetoDe todos os países dos Bircs, apenas a África do Sul votou a favor da resolução da ONU que autorizou os bombardeios aéreos na Líbia. Os outros quatro –em particular a China Rússia, membros permanentes do Conselgo de Segurança da ONU– abstiveram-se, por temor de que houvessem vítimas civis.

Durante a reunião de cúpula, que conta com a presença da presidente Dilma Roussef, os cinco países advertiram para o que chamaram de “ameaça do grande fluxo de capitais” às economias emergentes.

“Apelamos a uma maior atenção diante dos riscos que representam os fluxos em massa de capitais internacionais sobre as economias emergentes”, segundo o projeto de declaração.

Os movimentos de capital são mais elevados sobre as economias emergentes do que sobre os países desenvolvidos, onde as taxas de juros são muito baixas. Os fluxos de capital provocam uma pressão inflacionária e uma valorização da moeda em países onde a taxa de câmbio é flutuante, como o Brasil, destaca o projeto de declaração.

Luis Nassif

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