Janio: Fim da corrupção exige “esforço e civismo” que classe dominante é incapaz de fazer

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
[email protected]

 
Jornal GGN – Dizer que reforma política é solução para a corrupção desnudada por operações como a Lava Jato é “vender ou comprar ilusão”. Na visão do jornalista Janio de Freitas, “mudar as regras da política é necessidade premente, mas com a plena noção de que é mudar o continente e não o conteúdo. A corrupção é feita por homens, não pelas regras da política.” O fim da corrupção exige um “esfroço e civismo” que a classe dominante, de políticos a grandes meios de comunicação, não têm capacidade (ou interesse) de fazer. 
 
Por Janio de Freitas
 
Se é para mudar
 
Na Folha
 
Atribuir à reforma do sistema político a maneira de acabar com a alta corrupção é vender ou comprar ilusão. Mudar as regras da política é uma necessidade, mas por outro motivo: porque essas regras são ruins. Não proporcionam representatividade ao eleitorado de mais de 100 milhões de votantes, fazem o Congresso e os partidos ter um custo alucinante e, sem obrigação alguma dos congressistas, tornarem-se mais perniciosas do que úteis ao país.
 
Com todos os seus defeitos e a qualidade solitária de darem aparência democrática ao regime, ainda assim não são as regras políticas que explicam a corrupção desvairada, por exemplo, de um Sérgio Cabral Filho. Fossem outras, já fossem as regras a virem como alegada purificação, Cabral poderia fazer o mesmo que fez como deputado e como governador. As acusações a Eduardo Cunha, por sua vez, incluem altos montantes ligados a operações não pendentes do sistema político.
 
Em nosso tempo, e com regras políticas diferentes das atuais, a corrupção lavrou como fogo nas favelas paulistanas –sem que algum poder administrativo ou judicial se importe com a repetição recordista dessas desgraças a mais no que já é desgraça.
 
Como ressaltou o próprio Emílio Odebrecht, “há 30 anos” as empreiteiras colhidas na Lava Jato já usavam, em menor escala, os mesmos métodos agora expostos nas delações de seus enriquecidos dirigentes. Àquela altura, assumiam o lugar de outras com iguais métodos na ditadura, na orgia da construção de Brasília e das hidrelétricas, nas obras públicas em geral.
 
Empresas aos poucos desaparecidas só por má administração, nunca por imposição da moralidade administrativa e judicial. Há mais de meio século, a crítica eleitoral à alta corrupção já era determinante na campanha vitoriosa de Jânio Quadros para a Presidência.
 
A corrupção veio crescendo na mesma medida e ao mesmo ritmo em que cresceu a valorização das posses pessoais, da exibição de status material, do hedonismo: uma era brasileira em que ter dinheiro, seja como for, é ser vitorioso. É até ser respeitado.
 
As suspeitas e as certezas sobre a procedência dos rápidos e inexplicados enriquecimentos ficaram condenadas ao nível das fofocas. Nesse panorama, por ora a Lava Jato não pode ser considerada senão como um acidente. O estouro de um esgoto na mansão da classe dominante.
 
Mudar as regras da política é necessidade premente, mas com a plena noção de que é mudar o continente e não o conteúdo. A corrupção é feita por homens, não pelas regras da política. É apenas ilusão de uns e ilusionismo de outros o poder moralizador das regras.
 
A possibilidade real de mudança está em mudar costumes. E alcançá-la depende de fatores que exigiriam ocorrências difíceis no Brasil. Não há muito o que esperar sem boa legislação punitiva, sistema judiciário eficiente, visibilidade verdadeira das transações governamentais, meios de comunicação mais a serviço da população e do país do que à classe social de seus dirigentes, com mais auxílios à consciência política e eleitoral dos cidadãos –enfim, um conjunto de mudanças a exigirem esforço e civismo de que a classe dominante brasileira nunca mostrou ser capaz.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

16 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Concordo com o Janio . O
    Concordo com o Janio . O interessante que ele diz classe dominante e não elite. No mundo atual onde as pessoas primeiro pensam em poder e dinheiro , não vai ser a mudança só para os políticos que teremos um País mais justo em todos os níveis sociais de A até a classe D e E. Lamentável , triste e frustrante.

  2. Não só mudar as regras  ..mas

    Não só mudar as regras  ..mas fazer a população entender melhor as coisas como elas são de FATO ..sem hipocrisia nem ignorância

    Um recurso válido pra distencionar períodos de grave crise seria a adoção do RECALL  ..e um maior uso de praticas plebiscitárias por exemplo

    O empresário e o banqueiro, o funcionalismo, o comerciante e o agricultor, as religiões e sindicatos, todos já entenderam, faz tempo, que eles tem interesses distintos, e por eles precisam “lutar” 

    ..tá na hora da grande massa cidadã e CIVIL – o tal POVO – absorver estes conceitos naturais que lhe parecem gravitar num mundo a parte do seu dia a dia ..muito provavelmente insuflados que foram pela criminalização insistente da política patrocinada pela grande mídia, desde os militares (que tb possui lá suas demandas peculiares)

    POLÍTICA é jogo de interesses SIM  ..um toma lá da cá permanente (desde que dentro das regras, de forma ética e leal, é coisa a ser praticada e estimulada com determinação e transparência).. 

    ..afinal, não é justo pro “time perdedor” ficar esperando anos pra que parte das suas demandas sejam atendidas (a vida é curta pra todos  ..e a pressa uma constante)..

    ..grupos se formam e se dissolvem ao sabor dos interesses cotidianos, e a isso precisamos comemorar, não endemoniar

    ..negociar e transigir devem ser as metas

    A profissão de LOBISTA precisa ser reconhecida, desde que respeitados os INTERESSES da sociedade, da NAÇÃO brasileira acima de tudo  ..eles existem, é fato intrínsico e permanente, assim como o são as diversas “funções complementares” havidas em qq ato de inter relacionamento humano  ..o vendedor e o comprador, o tomador e provedor etc

    Os candidatos aos cargos precisam assumir seus mandatos ATÉ O FIM (acabando com os vices e/ou suplentes)

    Mandatos de comando vitalícios, e/ou artificialmente estendidos, nos TRÊS poderes (tipo STF e senado) precisam ser EXTINTOS a bem da cidadania isonômica

    A representação popular precisa tentar se aproximar ao MÁXIMO possível do conceito de UM HOMEM um voto proporcional  ..acabando de vez com o Poder avassalador que Estados NANICOS tem sobre os mais habitados por ex (tipo RR x SP no Senado  ..aliás, casa legislativa cuja fórmula secular e EXISTÊNCIA – representando Rios e Lagos, mais algumas oligarquias – precisam ser seriamente reavaliadas)

    enfim  ..trabalho e propostas é o que não faltam  ..talvez falte mesmo o tal ESFORÇO CÍVICO

     

  3. E o fim da irmã gêmea?
    O debate no Brasil é tão manipulado pelas classes verdadeiramente dominantes que até gente boa cai nele, como o Jânio.

    A sonegação é onde surge a grana pro caixa 2, em grande parte.

    E todos ignoramos esse detalhe, alguns por ingenuidade, a maioria por má fé mesmo.

    Eliminar a corrupção no Brasil, conforme tem sido dito, criaria uma contradição: teríamos um setor público excepcional com um setor privado sonegador. Se somos uma sociedade em que os setores se interagem, se o Estado tem que adquirir bens e serviços no mercado, se pessoas do mercado tem o direito de serem candidatos, etc e tal, resta então uma pergunta: pode setores tão díspares assim conviver?

    1. Todo brasileiro de bem, que

      Todo brasileiro de bem, que com sinceridade gostaria de somar esforços no verdadeiro combate à corrupção, de uma maneira ou de outra pensa no assunto de uma maneira total, não somente no setor público.

      Os detalhes todos seriam corrigidos durante o processo. Por isso ele se referiu a um judiciário forte. Mas o que se diz judiciário atualmente, faz parte de toda a corrupção.

  4. Vivi os tempos da ditadura,

    Vivi os tempos da ditadura, quando empresas constutoras, iguais às que hoje se encontram na mira da justiça, já praticavam crimes idênticos. Sabia-se de políticos, como Delfin, que gozava de muito poder, e por isso mesmo enriqueceu a olhos vistos naqueles anos de chumbo. Não apenas ele.

    Era notícia a participação dessas empresas no Exterior, em todos os governos, inclujindo os dos generais. Por isso nada de novo no nosso Brasil moderno.

    Eliana Calmon prossegue dizendo que acredita na possibilidade de alguns magistrados serem, também, denunciados. Ela e muitos de nós sabemos que houve, no mínimo, omissão de parte deles para que chegássemos a esse caos, se ao londo de décadas nunca se verificou a atuação do judiciário contra os abusos de políticos e empreiteiros. Do TCU saiu o nome de Vital do Rego, mas, por análises mais aprofundadas, não seria estranho observar que esse òrgão esteve omisso, ou envolvido também no tocante a essas licitações fraudulentas, de que se tem notícia. O TCE-RJ já está com alguns de seus conselheiros desmoralizados. Por que não admitir que o TCU não compactuava com essas organizaões?

    Parece que além de se pensar em reforma política, o correto seria priorizar uma nova constituinte, com participação de todos os representantes da sociedade, sem a presença de nenhum político ficha-suja. 

  5. Só a revolução, com a

    Só a revolução, com a exclusão de todos esses crápulas, e retomada de todos as concessões de tv,

     

    mas como faze-lo? Impossível……..

  6. De Pedro Álvares(Cabral) a Sérgio(Cabral) quando será o final?

    Não foi acidente!, Não houvesse P no poder tudo estaria por debaixo do tapete. O ódio ao PT fez o ativismo politico seletivo do judiciário , mas, parece algo escapou do controle da corrupta Elite quinhentista.

    Tentaram criminalizar o PT no Mensalão chamando de horrivel o caixa dois. Os líderes do PSDB ,hoje sabemos, queriam só a criminalização do caixa dois no PT. A máscara caiu.

    Deram o golpe(pra estancar a sangria) mas nada deu certo.

    Naõ foi acidente ,pois, não temos, ainda, engavetador geral da república. O Michel junto com os golpistas do Congresso vão rasgar a lista .

    Não foi acidente, pois o PT no poder fez a lei de combate a corrupção, a lei da transparência das informações, estruturou a CGU e fez concursos para órgaos de fiscalização (PF, Auditores , Procuradores, etc)

    A Polícia Federal ainda não foi domada totalmente.

    A recessão . colocou a Mídia numa sinuca de bico e as redes sociais não a deixam comandar a opinião pública.

    Hoje o mais grave é o ativismo político do judiciário que está triturando a Democracia Brasileira.colocando todos na vala comum.

    Alguém me responda: Qual a intenção dessa turma do judiciário? O quê planejam?

  7. Não é o momento…

    Penso que a principal reforma foi feita, está proibido o financiamento de campanhas eleitorais por empresas.

    Com isso as campanhas terão que, forçosamente, serem mais baratas. Bem mais.

    O Judiciário é que precisa melhorar sua performance. Gostemos ou não do Sérgio Moro, ele mostrou que, ao menos pra pegar petistas, o sistema jurídico que aí está funciona. Talvez sejam necessários alguns ajustes, inclusive com a nova lei contra abuso de autoridade, que está pra ser votada na semana que entra.

    O Congresso que aí está não deveria ser chamado a votar muito mais, não. Deixa terminar este mandato e começar o novo.

    Os partidos que se virem pra arrumar candidatos ficha limpa. Há muitos…

    O que eu gostaria de ver seriam algumas pequenas mudanças pontuais. Exemplo: eleições gerais, de vereador a Senador, de Prefeito a Presidente, tudo num dia só. Outra coisa, que não sei como fazer, seria diminuição do número de partidos políticos. Lembremos que o STF foi o responsável por anular a chamada cláusula de barreira, acho que agora o motivo fica claro – manietar os governos.

    Outra medida que poderia ser benéfica seria concentrar os órgãos de fiscalização e controle. Hoje temos TCU e TCEs, Ministérios Públicos Federal e Estaduais, Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas, Câmara e Senado Federal, Conselhos Municipais, Estaduais e Federal de uma porção de políticas públicas, desde educação e saúde até ciência e tecnologia, todos com altos custos para os entes federados, mas infelizmente não temos o fiscalizador que seria gratuito – veículos de comunicação investigativos e imparciais.

    Não penso que vá funcionar querer dar um cavalo de pau no Titanic chamado Brasil.

    Poucos se lembram de que, pra alterar toda a Constituição, é necessário ou é premissa a existência de partidos e lideranças que coordenem esse esforço descomunal. Precisamos reconstruir os partidos e descriminalizar a política. Procuradores deveriam passar por capacitação específica pra entender o que é política, pois estão criminalizando qualquer conversa, acordo, carona, auxílio, o que vai causar a paralisação do País por simples medo dos políticos de estar cometendo alguma irregularidade que só existe na cabeça de um procurador.

    E já que o Dr. Moro se julgou incapaz de investigar vazamentos seletivos, uma proposta é de que vazou, anulou. Sem mais.

    1. Eu entendo que para todo tipo

      Eu entendo que para todo tipo de maracutaia tem que haver mais luz do sol (leia-se transparência). Então por que não obrigar a que todo orçamento de toda e qualquer obra, serviço terceirizado, salário do funcionalismo, tudo, ABSOLUTAMENTE TUDO, seja colocado na rede (exemplo de alguns países modernos). Assim teríamos mais acesso a parte financeira de tudo.

      Outra coisa: todo cargo executivo deveria ter recal no meio do mandato. Plebiscito com a pergunta fica? sim ou não. Simples e eficiente. Pois a democracia que temos hoje é impositiva. Ou seja voce está obrigado a votar, mais nada. Que raios de democracia é esta?

  8. Capitalismo: “Constante só a inconstância”

    O problema é o imediatismo: não há solução de hoje para amanhã e não há um salvador que possa, num gesto, dar jeito na falta de civilidade, nem na própria e menos ainda na alheia. Será necessário um esforço constante durante décadas, talvez séculos, não para curarmo-nos definitivamente da incivilidade e sim para irmos construindo – aos poucos e para sempre – melhorias nesse sentido. Um trabalho, portanto, para abandonarmos o imediatismo.

    Mas o próprio imediatismo – irmão da inconsequência, do individualismo egóico, e todos filhos do hedonismo – é dogma do capitalismo liberal.

    Disso sabe esse capitalismo. Apesar de pregar o imediatismo as pessoas que cuidam de conservar, de manter esse sistema – mesmo contra a evolução espontânea de sistemas moderados ou alternativos – tem sido constante e trabalha tanto para o presente quanto para o futuro para manter a instabilidade econômica e de paz., para explorar a necessidade humana do pertencimento, de forma a que as pessoas acreditem que precisam comprar coisas para pertencerem a um grupo a que já pertencem inerentemente. É a cenoura amarrada à testa do cavalo que o faz correr.

  9. Em outras palavras, é um

    Em outras palavras, é um milagre que não acontecerá. A engrenagem capitalista associada a séculos de dominação torna impossível a humanização das oligarquias. Elas frequentam missas e cultos, mas Jesus continuará pregando em vão até o fim dos tempos. 

  10. A propósito no artigo do

    A propósito no artigo do grande Janio de Freitas, Faz dias que um questinamento atormenta minha mente: por que todo mundo agora se baseia nos Odebrecht para apontar o indicador para a classe política, como se os acusadores fossem as maiores vítimas da história de banandioca? Não seria primordial determinar o cada uma das partes ganhou nessa mixorna toda? Os políticos, os empresários, o judiciário e a mídia.

    Não tenho a menor dúvida que 70 % da roubalheira foi para o bolso dos acusadores. Mas como aconteceu por ocasião do acusador Roberto Jeferson, todo mundo acha que só é culpado aquele para quem o acusador ladrão aponta o dedo.

    1. a….

      Peraí caro Jãnio !!! Voltermos a 1978. Lembro muito bem da cara de Arraes, Dirceu, Serra e outros tantos “honestos”, anticapitalistas” chegando nos aeroportos. Jurando honestidade, combate ao lucro e capital especulativo minando salários proletarios, contra multinacionais destruindo nossa soberania e economia nacionais, jurando seu incontestável anticapitalismo, liberdade, democracia, transparência e outras tantas farsas, hoje sabidas. Agora o dinheiro destes capitalistas era necessário? Realmente verbas e comissões vultosas destes capitalistas. Mas de forma legal? Agora bandidos sendo revelados, mas com a desculpa que só sucederam a outros bandidos? Será que somos lunáticos? Agora bolsos abarrotados, afirmando que o tal “capital” não é tão maléfico assim? 30 anos de corrupção acobertadas pela farsa de uma tal Constituição Cidadã, mas tudo bem, o Brasil sempre foi assim?!!! Canalhas, mas eu já sabia, Imprensa, Judiciário e as poucas entidades civis como OAB sempre se alimentaram desta carne podre. A desculpa é que é nova: o cadáver sempre esteve ali. PARABÉNS !!! O Brasil se explica. 

  11. Em primeiro, sejamos

    Em primeiro, sejamos realistas: o FIM DA CORRUPÇÃO seria o fim do homo sapiens-sapiens e sua transformação num robô; em segundo, e aí concordo integralmente como o Jânio, O CONTROLE da corrupção jamais poderá se dar por quem dela se vem beneficiando desde que o primeiro português subornou o primeiro, ou desde que o primeiro índio se deixou ser subornado.

    O que se chama de corrupção é a transgressão ao mundo ideal que sonhadores tanto pensam, e que os espertalhões usam para coagir os tolos a deixar tudo ou quase pra eles. E a corrupção é danosa porque limita o ser a ser um mero sobrevivente à custa de espertezas. A HONESTIDADE É UMA ARMA DA NATUREZA humana para tornar-nos mais bem sucedidos na arte de sobreviver. Só. Por isso tantas quedas; tantos delizes, mesmo com todo o arsenal moral desenvolvido ao longo dos tempos.

    “Acabar” com a corrupção no Brasil só com uma revolução. Que passa obrigatoriamente pela religião – temos que romper com a cultura de que trabalhar é castigo divino (Gen, 3:19) – e pelo retorno massivo ao campo.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador