Jantar em homenagem a Lula “marcou início da campanha de 2022”

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Em uma semana de eventos importantes, Gustavo Conde e Luis Nassif afinam a notícia com que houve de mais relevante

Ricardo Stuckert

Jornal GGN – O cenário político brasileiro se encontra em reformulação em torno da proximidade das eleições de 2022, principalmente por conta da formação de uma aliança partidária para derrotar os planos de reeleição de Jair Bolsonaro.

O passo inicial foi o jantar realizado pelo grupo Prerrogativas no último final de semana, onde o ex-presidente esteve presente ao lado de dezenas de representantes políticos e da sociedade civil.

Nas palavras de Gustavo Conde, “foi como se Bolsonaro nem existisse mais – mas é esse sentimento que permite, inclusive, que as pessoas tenham esperança e comecem a fazer o planejamento, de novo, do Brasil”.

No que o jornalista Luis Nassif concorda. “Você tinha um conjunto de figuras que você não sabe se vão apoiar o Lula ou não, mas a confraternização – simbolicamente, o abraço… Aquele negócio, uma das molas é a necessidade da confraternização. Esses anos de isolamento que ocorreram nesses dois anos de isolamento, de falta de sociabilidade, você vê o país destruído, a miséria campeã, faz com que você dê um grande abraço entre adversários civilizados e tudo”.

Na visão de Nassif, o evento “marcou oficialmente o início da campanha de 2022. E falo para você o seguinte: vai ser uma campanha tão eufórica, com todos os riscos que tem – eles vão enfrentar bandidos. Milícias armadas, então vão ter que tomar cuidado. Mas vai ser uma campanha tão de recriação do Brasil que o grande desavio vai do Lula vai ser, quando assumir, atender as expectativas. Ele não vai conseguir atender da noite para o dia, obviamente”.

Mobilização da Polícia Federal

Outro ponto de destaque foi a intensa mobilização dos trabalhadores da Polícia Federal, que devem fazer a maior paralisação dos últimos anos pelo fato de o governo Bolsonaro ter deixado de lado uma negociação que está parada há cinco anos.

“O Bolsonaro, se a gente for olhar, ele está desmanchando. Porque antes, o que eles tinham – eles tinham uma estratégia que era simples: tinha a orientação dos algoritmos do gringo da ultradireita, e o que eles faziam era criar factoides visando desviar o tema e criar escândalos em cima de escândalos”, explica Nassif.

No entanto, Bolsonaro e seus aliados começaram a mostrar sua primariedade quando o jogo começou a ficar um pouco mais complexo. “Aí começaram a se enrolar: se enrolaram nos acordos políticos, se enrolaram com os próprios olavistas (o Olavo outro dia desabafou falando que ‘foi usado por Bolsonaro’)”, pontua Nassif.

Nassif lembra um ponto muito relevante do Bolsonaro, inclusive algo que ele tem em comum com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB): a falta de lealdade.

“A lealdade é uma peça fundamental na política. A lealdade é central – o Alckmin pode ter todos os defeitos do mundo, mas ele é leal com seus correligionários. E o Bolsonaro não tem, o Doria não tem também, então começou a desmanchar”, ressalta Nassif.

Ao mesmo tempo em que o governo Bolsonaro se desmancha, é possível ver a verdadeira cara do bolsonarismo: além de sua forte ligação com as milícias, é um governo militar.

“A base dele são aqueles militares, com a honrosa exceção do presidente da Anvisa que é um sujeito digno, dos militares que venderam – venderam a honra das Forças Armadas para conseguir poder político”, afirma Nassif.

Veja mais análises na íntegra do Afinando a Notícia desta quinta-feira. Confira o vídeo abaixo!

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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