Justiça francesa valida escutas que podem incriminar Nicolas Sarkozy

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Jornal GGN – O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy poderá ser julgado por corrupção e tráfico de influências pelo Tribunal de Cassação, uma das mais altas instâncias da Justiça no país. Isso porque as escutas das conversas telefônicas entre o ex-presidente e seu advogado, Thierry Herzog, foram consideradas válidas pela Corte.
 
Na conversa, ambos discutiam a prontidão de um determinado juiz para os ajudar a violar o segredo de Justiça em outro processo em que o ex-chefe de Estado estava envolvido. Sarkozy tinha contestado a legalidade dessas escutas no Tribunal, que decidiu anular duas das escutas interceptadas, mas manteve as demais. 
 
O ex-presidente é suspeito de tentar obter vantagens do juiz Gilbert Azibert informações sobre o processo do caso Bettencourt, que estava em Segredo de Justiça. Em troca e uma intervenção, o advogado lhe ofereceria um cargo de privilégio em Mônaco, dizem as gravações, o que não chegou a ocorrer.
 
Se considerada para julgamento, o processo poderá, ainda, avançar para o tribunal criminal e, se condenado, Sarkozy ficará impedido de se candidatar a cargos públicos, afastando a possibilidade, já remota, de se apresentar como candidato de centro-direita para as eleições presidenciais de 2017.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

2 Comentários

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  1. Parece que o mundo conspira

    Parece que o mundo conspira contra O PT. Com a notícia de o Presidente da França teve suas escutas, que deveriam serem iegais, aprovadas pela Corte francesa, as cortes daqui farão algo semelhante àquele domínimio do fato? Provavél é.

  2. Na França

    Na França jamais prosperaria um juiz tipo Moro.

    E  um imprensa golpista como a nossa não teria vez.

    E  por ultimo, tudo esta na mais absoluta normalidade democratica, ao contrario do Brasil.

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