Maia “saiu maior” da votação e mira 2018, ameaçando domínios do PSDB

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência Brasil
 
 
Jornal GGN – A vitória de Michel Temer acabou forjando mais um adversário virtual para o PMDB e demais partidos em 2018: Rodrigo Maia. Segundo informações da Folha desta quinta (3), a avaliação em Brasília é que o atual presidente da Câmara “saiu maior” da crise política centrada em Temer e deve disputar a eleição do próximo ano, de olho no eleitorado de centro-direita, principalmente o do PSDB.
 
Os planos de Maia, nesse sentido, passam pela “refundação” do DEM. Para isso, deputados do PSB estão sendo atraídos para entrar na legenda que deverá também mudar de nome. Talvez para MUDE – Movimento de Unidade Democrática.
 
“O objetivo é conquistar o eleitor de centro-direita diante da divisão e falta de liderança única do PSDB, além de formar uma base parlamentar mais ampla, que dê capilaridade para um possível candidato à Presidência.”
 
O Painel ainda revelou que após a votação na Câmara – vencida por Temer com apoio de 263 deputados – Rodrigo Maia se reuniu com o DEM em um jantar e chorou desabafando sobre toda a pressão que sofreu durante o processo. “Deixou claro que, se quisesse, poderia ter derrubado o peemedebista. Não o fez, afirmou, por ter ‘caráter’.”
 
“Pessoas próximas ao presidente da Câmara avaliam que ele “sai maior do que entrou na crise” e admitem que ele mira voos mais altos em 2018”, acrescentou a coluna.
 
Como parte da “estratégia pessoal” de crescimento, outro plano de Maia, além de inflar o DEM, é o de criar uma agenda na Câmara para “descolar da imagem impopular de Temer”. A “agenda exclusiva”, “para além da pauta econômica”, “dividirá espaço com projetos que estejam mais conectados com a sociedade.” Como exemplos: adoção, planos de saúde, segurança pública e defesa dos animais.
 
PSDB
 
Enquanto isso, no PSDB, a avaliação é que o desgaste de Temer rachou ainda mais o partido. “No saldo final, a maioria da sigla votou a favor do presidente, com 22 votos a 21 — quatro deputados faltaram à sessão. O resultado deve dar força à decisão de Tasso Jereissati (PSDB) de deixar a presidência da sigla.” Com isso, crescem as chances de Aécio Neves permanecer no comando nacional do PSDB.
 
Quem saiu perdendo, na visão do jornal, foi o grupo de Geraldo Alckmin, que havia liderado um movimento contra Temer na votação, que saiu numéricamente derrotado. “Como reação, ala do PSDB pró-Temer começou movimento para esvaziar a possível candidatura de Alckmin ao Planalto, ventilando o nome de Marconi Perillo (GO) como opção.”
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

6 Comentários

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  1. “de olho no eleitorado de centro-direita, principalmente o do

    PSDB”

    KKKKKKKKK o PSDB ser de “centro-direito” só se a tal “direita” for o nazi-fascismo.

    Mas, pensando bem, acho que boa parte da burguesia paulistana com quem tenho que conviver (só fisicamente) já aderiu ao nazi-fascismo, com direito a “solução final” da pobreza.

  2. Traduzindo: papai Cesar Maia lança candidatura do filho…

    … (indireta) para ver se decola e força o PSDB a derrubar o Temer.

    Grifos meus em negrito:

    “Pessoas próximas ao presidente da Câmara [o papai Cesar Maia] avaliam que ele “sai maior do que entrou na crise” e admitem que ele mira voos mais altos em 2018”.

    “O objetivo é conquistar o eleitor de centro-direita [na verdade, seria candidato disputando os 1% mais ricos do eleitorado] diante da divisão e falta de liderança única do PSDB [ou derrubam Temer e me colocam no Planalto, ou não apoio Alckmin em 2018], além de formar uma base parlamentar mais ampla, que dê capilaridade [minutos na TV] para um possível candidato à Presidência.”

    “Rodrigo Maia se reuniu com o DEM em um jantar e chorou desabafando…” [Buáááá… eu queria minha cadeira no Planalto].

    Como parte da “estratégia pessoal” de crescimento (…) é o de criar uma agenda na Câmara para “descolar da imagem impopular de Temer” [tarde demais, a não ser para conspirar contra Temer].

    Resumo da ópera:

    Candidato a presidente em 2018 uma ova. Plano A é derrubar Temer em uma segunda denúncia (não subestimem a traição). Na primeira denúncia sugaram a bufunfa das emendas. Na segunda vão querer melhorar a imagem para se reeleger.

    Plano B de Maia é ser vice de algum candidato que desponte como favorito, caso Lula seja impedido de se candidatar.

    Plano C (o mais provável de vingar) é reeleger deputado federal no Rio, controlar o DEMos e tentar implantar o parlamentarismo para ver se vira primeiro ministro. Candidatar a presidente em 2018 para ficar sem mandato? Difícil.

  3. A direita se acha ?

    Semana passada falaram que a direita estava se achando e tal , ela nao se acha tem certeza de que controla todos os poderes . Em uma eventual reforma politica travestida de golpe  o paralmentarismo pode ser implementado e tome Maia presidente ou premier 

  4. Roliço Maia, Tenente

    Roliço Maia, Tenente Bolsanaro, o Dória da Vassoura et caterva.

    Então. Isso é a nova geração política que a Casa Grande disponibiliza aos: conservadores, a direita e, as diversas vertentes do reacionarismo brasileiros apresentam ao país, como sua contribuição à Bananolandia em 2018?

    Então tá.

    Orlando

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