Jornal GGN – Parlamentares com diversas pendências com a Justiça assumiram cargos estratégico na Cúpula da Câmara dos Deputados e do Senado Federal: oito dos 14 integrantes de Mesas Diretoras respondem ou são investigados por crimes que vão de estupro até fraude em licitação.
Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, todos os envolvidos foram impulsionados a tais cargos pelos colegas parlamentares e contaram com uma ajudinha do presidente Jair Bolsonaro, que liberou pelo menos R$ 3 bilhões em recursos extras para obter parte dos votos que elegeram Arthur Lira (Progressistas-AL) presidente da Câmara e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para o comando do Senado, além de uma maioria governista na cúpula das duas casas.
Contudo, as demandas judiciais sequer foram discutidas para a formação das mesas: apenas Lira chegou a ir ao banco dos réus, por conta da operação Lava Jato e de outros inquéritos. Mesmo assim, Bolsonaro não deixou de abraça-lo.
Lira é réu no caso do “quadrilhão do PP”, formado por parlamentares que, segundo a Procuradoria-Geral da República, se articularam para desviar dinheiro da Petrobrás, além de ser alvo de investigação da Justiça de Alagoas.
Outro envolvido em investigações é o senador Irajá Silvestre Filho (PSD-TO): uma modelo de 22 anos acusou o parlamentar, de 38, de a ter estuprado em um hotel, em São Paulo. Antes que o caso tivesse algum desfecho, o senador foi escolhido pelos pares como 1.º secretário do Senado, função com elevado poder político e administrativo.
Os integrantes das Mesas da Câmara e do Senado dizem que tais processos e alegações de que são alvos possuem inconsistências ou são motivados por adversários para gerar desgastes políticos.
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