Mercado reage à derrota de Macri com pressão, diz analista político argentino

O que se vê hoje na Argentina é medo em como se vai avançar nos próximos meses, e a cidadania assiste impassível sobre o que vai acontecer

Jornal GGN – O resultado das eleições primárias na Argentina, dando vitória ao peronista Alberto Fernández na chapa com a ex-presidente Cristina Kirchner, por mais de 15 pontos percentuais de vantagem, gerou um terrorismo econômico, como resposta do mercado à insatisfação de que o atual presidente, Mauricio Macri, seja vencido nas eleições presidenciais de outubro próximo.

O clima do mercado, que despencou mais de 30% na moeda nacional nesta segunda-feira (12), alcançando os 60 pesos por dólar em mais novo recorde histórico, e a queda nos índices da bolsa de valores argentina, também em queda, foram recebidos com temor pela população. Ao GGN, o analisa politico argentino, Eduardo Rivas, narrou um pouco dos ânimos no país vizinho.

“É um dia complicado, depois do resultado das eleições primarias, quando o governo atual perdeu fortemente o respaldo eleitoral e os cidadãos sofrem uma incerteza grande pelo futuro que se dará a conhecer”, disse. “O mercado deu as costas ao triunfo da aliança Frente de Todos, encabeçado por Alberto Fernández e acompanhado pela ex-presidente Cristina Kirchner.”

O especialista destacou a reação do mercado como uma forma de pressão na população, que já enfrenta cotidianamente uma severa crise econômica no país. Afirmou que o aumento de preços no dia seguinte ao resultado das primárias e retraimento de investidores gerou “medo em como se vai avançar nos próximos meses, e diante disso a cidadania assiste impassível sobre o que vai acontecer”.

“O presidente Macri recentemente fez uma conferência de imprensa, junto ao seu candidato a vice-presidente e ex-líder do bloco Senadores Nacional do partido Justicialista, Miguel Pichetto, responsabilizando a situação à oposição e ao eleitorado sobre a situação vigente e disse que a situação que hoje vive o país é uma pequena demonstração do que poderia ocorrer desde outubro, quando ocorrem as eleições gerais, se vencer Alberto Fernández”, resumiu.

 

Redação

8 Comentários

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  1. Esta na hora de mandar o mercado a pqp………
    Esse tal macri está destruindo o país a anos e os abutres estão preocupados com quem nem assumiu?

    São larápios em qualquer lugar do mundo………

  2. Bandidos tomam conta da mídia e fantasiam crises com o “mercado” mas nos governos progressistas de esquerda esses filhos da p**** ganharam muito mais!

  3. A Democracia é respeitada desde que coincida com os interesses do mercado.
    Não é o mercado que serve às Nações, são as Nações que servem ao mercado.

  4. Colocar o próprio insucesso no colo dos outros não é privilégio de Macri. TEMER colocava a culpa no PT pela crise que Aecio, Cunha e ele próprio criaram, Bozo repete o mesmo mantra, mas não percebem que Lula pegou o país em crise gerada pela privataria e falta de investimento de FHC e não só governou competentemente quanto se reelegeu e elegeu sucessor

    “Aqueles que se recusam a aprender com a História estão condenados a repetir os erros do passado”

    1. Bruno Cabral muito legal seu comentário, realmente Lula quando assumiu o Governo deixado pelo PSDB – FHC,
      a inflação está em dois digitos, o Brasil estava sem reserva, a exportação estava a zero, principalmente o AGRO NEGOCIO, Lula desenvolveu esse colosso, criando 10.000 empregos etc. etc. Parabéns pelo seu comentário.

  5. Talvez devessem pensar em uma solução buscando outros parceiros como Russia e China. Quem sabe, assim, o “mercado” volte a pensar com mais calma.

  6. Onde, como e por quem esse desarranjo é disparado? Só um beócio ousaria crer na existência de algum fundamento pra tamanho “overshoot”. Difícil quantificar a duração dessa derrocada, mas fica bem evidente que esse destempero não passa de chilique de um “sistema” que começa a se dar conta que perdeu o sentido da própria existência.

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