Jornal GGN – Militares que ajudaram a colocar Jair Bolsonaro na presidência começam a discutir uma nova alternativa para a disputa do Planalto em 2022. Tal movimentação é liderada por oficiais da reserva, e ganhou força com a volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos holofotes políticos.
Caso o grupo que defende a terceira via ganhe mais adesões, pode-se abrir uma dissidência ao plano do atual presidente de disputar a reeleição – os militares foram um dos pilares do projeto de Bolsonaro.
“O centro tem uma grande chance agora, porque um grupo se perdeu na corrupção e outro não sabe governar. E para que existe eleição? Para corrigir. Precisamos voltar à normalidade e ao equilíbrio”, diz o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo, em entrevista ao jornal O Globo – que ouviu sete generais e um coronel, todos da reserva.
Para o general Maynard Santa Rosa, que ocupou a Secretaria de Assuntos Estratégicos até novembro de 2019, a volta do PT ao poder “seria um retrocesso inaceitável”, mesmo que o atual governo não tenha atendido às expectativas.
Um dos entrevistados indicou que a preferência pela terceira via também é avaliada por oficiais que estão no comando das tropas atualmente – os militares que estão na ativa são proibidos de emitir opiniões políticas publicamente, mas sabe-se que existe um descontentamento entre as tropas sobre o desgaste gerado por Bolsonaro às Forças Armadas.
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