Mourão descarta intervenção direta na Venezuela

“Não vamos cruzar uma linha que, aliás, a gente sabe como é que começa, mas não sabe como é que termina”, diz vice-presidente 
 
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
 
Jornal GGN – O Brasil descarta a intervenção direta na Venezuela contra o governo de Nicolás Maduro, mas poderá adotar “pequenas sanções”, disse nesta quinta-feira (31) o vice-presidente Hamilton Mourão, segundo informações do G1
 
As declarações foram feitas logo após deixar o gabinete da Vice-Presidência, no Palácio do Planalto. “O Brasil é aquela história: nós temos a nossa visão que a gente não intervém nas questões internas de outros países. Nós podemos adotar essas pequenas sanções, mas nós não vamos cruzar uma linha que, aliás, a gente sabe como é que começa, mas não sabe como é que termina”, disse a jornalistas.
 
O Brasil está entre os países que reconheceram o líder oposicionista Juan Guaidó. O comandante da Assembleia Nacional fez a proclamação dia 23 de janeiro, durante uma manifestação em Caracas. A ideia é que se mantenha como presidente interino até a realização de novas eleições no país.
 
Nicolás Maduro não reconheceu o opositor e continua no Palácio de Miraflores. Os militares anunciaram que continuarão apoiando o sucessor de Hugo Chávez. 
 
Nesta quinta-feira o Parlamento Europeu reconheceu o líder opositor como presidente e pediu para os países da União Europeia fazerem o mesmo. Os Estados Unidos foi o primeiro país a anunciar apoio a Guaidó. Em seguida, o presidente da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luiz Almagro, também reconheceu a nova liderança.
 
Entretanto, até agora, a OEA e os Estados Unidos não conseguiram reunir o número suficiente de membros para realizar uma sessão extraordinária que retire a legitimidade do governo Maduro. Leia mais sobre isso em: Em sessão da OEA, maioria não reconhece governo Guaidó
 
Como general da reserva do Exército, Mourão avalia que chegará o momento em que as Forças Armadas da Venezuela entenderem que o país não pode “continuar da forma como está”.
 
“A questão venezuelana só será resolvida a partir do momento em que as Forças Armadas venezuelanas se derem conta que não dá para continuar da forma como está”, disse.
 
“Eu acho que está chegando [o momento], porque as pressões são cada vez maiores, o país está fechado em si mesmo. Nós militares, em todos os lugares do mundo, a gente entende que tem um limite até aonde a gente pode ir. Eu acho que eles estão entendendo que chegaram nesse limite”, completou.
 
Desde 2017, o governo Donald Trump vem aplicando uma série de sanções contra a Venezuela, alegando ser uma estratégia para “restabelecer a democracia” no país. 
 
O governo norte-americano afirmou, ainda, que usará “todo o peso do poder econômico e diplomático dos Estados Unidos para pressionar pela restauração da democracia venezuelana”. Ainda, segundo o jornal O Globo, o país considera “todas as opções” se Maduro usar a força na Venezuela.
 
Leia também: A tensão geopolítica na crise da Venezuela
 
Redação

3 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. estamops ferrados?
    juntando a

    estamops ferrados?

    juntando a prudente razão de mourão e a loucura bolsignara, 

    no que resulta?

    misture os ingrediente e conte as história, se puder….e tiverr coragem…

    porque definitivamente eu tenho muito medo, cara!!!

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador