O papel dos EUA na desestabilização do Brasil

Enviado por Severino B.

Do Vermelho.org

Pepe Escobar: A luta é de vida ou morte; porque Lula é Brics

Traduzido pelo Coletivo Vila Vudu

“Brics” é a sigla mais amaldiçoada no eixo Avenida Beltway [onde ficam várias instituições do governo dos EUA em Washington]-Wall Street, e por razão de peso: a consolidação do Brics é o único projeto orgânico, de alcance global, com potencial para afrouxar a garra que o Excepcionalistão mantém apertada no pescoço da chamada “comunidade internacional”. 

Pepe Escobar*, no Russia Today

Assim sendo, não é surpresa que as três potências chaves do Brics estejam sendo atacadas simultaneamente, em várias frentes, já faz algum tempo. Contra a Rússia, a questão é a Ucrânia e a Síria, a guerra do preço do petróleo, o ataque furioso contra o rublo e a demonização ininterrupta da tal “agressão russa”. Contra a China, a coisa é uma dita “agressão chinesa” no Mar do Sul da China e o (fracassado) ataque às Bolsas de Xangai/Shenzhen.

O Brasil é o elo mais fraco dessas três potências emergências crucialmente importantes. Já no final de 2014 era visível que os suspeitos de sempre fariam qualquer coisa para desestabilizar a sétima maior economia do mundo, visando a uma boa velha ‘mudança de regime’. Para tanto criaram um coquetel político-conceitual tóxico (“ingovernabilidade”), a ser usado para jogar de cara na lama toda a economia brasileira.

Há incontáveis razões para o golpe, dentre elas: a consolidação do Banco de Desenvolvimento do Brics; o impulso concertado entre os países Brics para negociarem nas respectivas moedas, deixando de lado o dólar norte-americano e visando a construir outra moeda global de reserva que tome o lugar do dólar; a construção de um cabo submarino gigante de telecomunicações por fibra ótica que conecta Brasil e Europa, além do cabo Brics, que une a América do Sul ao Leste da Ásia – ambos fora de qualquer controle pelos EUA.

E acima de tudo, como sempre, o desejo pervertido obcecado do Excepcionalistão: privatizar a imensa riqueza natural do Brasil. Mais uma vez, é o petróleo.

Peguem esse Lula, ou…

WikiLeaks já expôs há muito tempo, em 2009, o quanto o Big Oil estava ativo no Brasil, tentando modificar, servindo-se de todos os meios de extorsão, uma lei proposta pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conhecido também como Lula, que estabelece que a estatal Petrobrás (lucrativa) será a única operadora de todas as bacias de petróleo no mar, da mais importante descoberta de petróleo desse jovem século 21: as reservas de petróleo do pré-sal.

Lula não só deixou à distância o Big Oil – especialmente ExxonMobil e Chevron –, mas também abriu a exploração do petróleo no Brasil à Sinopec chinesa – parte da parceria estratégica Brasil-China (Brics dentro de Brics).

O inferno não conhece fúria maior que a do Excepcionalistão descartado. Como a Máfia, o Excepcionalistão nunca esquece; mais dia menos dia Lula teria de pagar, como Putin tem de pagar por ter-se livrado dos oligarcas cleptocratas amigos dos EUA.

A bola começou a rolar quando Edward Snowden revelou que a Agência de Segurança Nacional dos EUA (ing. NSA) andava espionando a presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, e vários altos funcionários da Petrobrás. Continuou com o fato de que a Polícia Federal do Brasil coopera, recebe treinamento e/ou são controladas de perto por ambos, o FBI e a CIA (sobretudo na esfera do antiterrorismo). E prosseguiu via os dois anos de investigações da Operação Lava Jato, que revelou vasta rede de corrupção que envolve atores dentro da Petrobrás, as maiores empresas construtoras brasileiras e políticos do partido governante Partido dos Trabalhadores.

A rede de corrupção parece ser real – mas com “provas” quase sempre exclusivamente orais, sem nenhum tipo de comprovação documental, e obtidas de trapaceiros conhecidos e/ou neomentirosos seriais que acusam qualquer um de qualquer coisa em troca de redução na própria pena.

Mas para os Procuradores encarregados da Operação Lava Jato, o verdadeiro negócio sempre foi, desde o início, como envolver Lula em fosse o que fosse.

Entra o neo-Elliott Ness tropical

Chega-se assim à encenação espetacularizada, à moda Hollywood, na 6ª-feira passada em São Paulo, que disparou ondas de choque por todo o planeta. Lula “detido”, interrogado, humilhado em público (comentei esses eventos em”Terremoto no Brasil”).

O Plano A na blitz à moda Hollywood contra Lula era ambicioso movimento para subir as apostas; não só se pavimentaria o caminho para o impeachment da presidenta Dilma Rousseff (que seria declarada “culpada por associação”), como, também, já se neutralizaria Lula, impedindo-o de candidatar-se à presidência em 2018. E não havia Plano B.

Como não seria difícil prever que aconteceria – e acontece muito nas ‘montagens’ do FBI – toda a ‘operação’ saiu pela culatra.

Lula, em discurso-aula, master class em matéria de discurso político, reproduzido ao vivo por todo o país pela internet, não só se consagrou como mártir de uma conspiração ignóbil, mas, mais que isso, energizou suas tropas de massa. Até respeitáveis vozes conservadoras condenaram o show à moda Hollywood, de um ministro da Suprema Corte a um ex-ministro da Justiça, que serviu a governo anterior aos do Partido dos Trabalhadores, além do conhecido professor e economista Bresser Pereira (um dos fundadores do PSDB, que nasceu como partido da social-democracia do Brasil, mas virou a casaca e é hoje defensor das políticas neoliberais do Excepcionalistão e lidera a oposição de direita).

Bresser disse claramente que a Suprema Corte deveria intervir na Operação Lava Jato para impedir novos abusos. Os advogados de Lula, por sua vez, requereram à Suprema Corte que detalhasse a jurisprudência que embasaria as acusações assacadas contra Lula. Mais que isso, um advogado que teve papel de destaque na blitz hollywoodiana disse que Lula respondeu a tudo que lhe foi perguntado durante o interrogatório de quase quatro horas, sem piscar – eram as mesmas perguntas que já lhe haviam sido feitas antes. 

O professor e advogado Celso Bandeira de Mello, por sua vez, foi diretamente ao ponto: as classes médias altas no Brasil – nas quais se reúnem quantidades estupefacientes de arrogância, ignorância e preconceito, e cujo maior sonho de toda uma vida é alcançar um apartamento em Miami – estão apavoradas, mortas de medo de que Lula volte a concorrer à presidência – e vença – em 2018.

E isso nos leva afinal ao juiz mandante e carrasco executor de toda a cena: Sergio Moro, protagonista de “Operação Lava Jato”.

Ninguém em sã consciência dirá que Moro teve carreira acadêmica da qual alguém se orgulharia. Não é de modo nenhum teoricista peso pesado. Formou-se advogado em 1995 numa universidade medíocre de um dos estados do sul do Brasil e fez algumas viagens aos EUA, uma das quais paga pelo Departamento de Estado, para aprender sobre lavagem de dinheiro.

Como já comentei, a chef-d’oeuvre da produção intelectual de Moro é artigo antigo, de 2004, publicado numa revista obscura, nos idos de 2004 (“Considerações sobre Mãos Limpas”, revista CEJ, n. 26, julho-Set. 2004), no qual claramente prega a “subversão autoritária da ordem judicial para alcançar alvos específicos” e o uso dos veículos de mídia para envenenar a atmosfera política.

Quer dizer, o juiz Moro literalmente transpôs a famosa operação da Justiça italiana de 1990 Mani Pulite (“Mãos Limpas”) da Itália para o seu próprio gabinete – e pôs-se a instrumentalizar os veículos da grande mídia brasileira e o próprio judiciário, para alcançar uma espécie de “deslegitimação total” do sistema político. Mas não quer deslegitimar todo o sistema político: só quer deslegitimar o Partido dos Trabalhadores, como se as elites que povoam todo o espectro da direita no Brasil fossem querubins.

Assim sendo, não surpreende que Moro tenha contado com a companhia solidária, enquanto se desenrolava a Operação Lava Jato, do oligopólio midiático da família Marinho – o império midiático O Globo –, verdadeiro ninho de reacionários, nenhum deles particularmente inteligente, que mantiveram íntimas relações com a ditadura militar que, no Brasil, durou mais de 20 anos. 

Não por acaso, o grupo Globo foi informado sobre a “prisão” hollywoodiana que Moro aplicaria ao presidente Lula antes de a operação começar, e pode providenciar cobertura que efetivamente tudo encobriu, ao estilo CNN.

Moro é visto por muitos no Brasil como um sub Elliot Ness nativo. Advogados que têm acompanhado o trabalho dele dizem que o homem cultiva a imagem de que o Partido dos Trabalhadores seria uma gangue que viveria a sanguessugar o aparelho do Estado, com vistas a entregar tudo, em cacos, aos ‘sindicatos’.

Segundo um desses advogados, que falou com a mídia independente no Brasil, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Moro é cercado por um punhado de Procuradores fanáticos, com pouco ou nenhum saber jurídico, que fazem pose de Antonio di Pietro (mas sem a solidez do Procurador milanês que trabalhou na Operação Mãos Limpas). 

Ainda pior, Moro não dá sinais de preocupar-se com a evidência de que depois que o sistema político italiano implodiu, ali só prosperaram os Berlusconi. No Brasil, certamente se veria a ascensão ao poder de algum palhaço/idiota de bairro, elevado ao trono pela Rede Globo – cujas práticas oligopolistas já são bastante berlusconianas.

Pinochets digitais 

Pode-se dizer que a blitz à moda Hollywood contra Lula guarda semelhanças diretas com a primeira tentativa de golpe de Estado no Chile, em 1973, que testou as águas em termos de resposta popular, antes do golpe real. No remix brasileiro, jornalistas globais fazem as vezes de Pinochets digitais. Mas as ruas em São Paulo já mostram graffiti que dizem “Não vai ter golpe” e “Golpe militar – nunca mais.” 

Sim, porque tudo, nesse episódio tem a ver com um golpe branco – sob a forma de impeachment da presidenta Rousseff e com Lula atrás das grades. Mas velhos vícios (militares) são duros de matar: vários jornalistas próximos da Rede Globo e ativos agora na Internet já ‘conclamaram’ os militares a tomar as ruas e “neutralizar” as milícias populares. E isso é só o começo. A direita brasileira está organizando manifestações para o próximo domingo, exigindo – e o que mais exigiriam? – o impeachment da presidenta.

A Operação Lava Jato teve o mérito de investigar a corrupção, a colusão e o tráfico de influência no Brasil, país no qual tradicionalmente a corrupção corre solta. Mas todos, todos os políticos e todos os partidos políticos teriam de ser investigados – inclusive e sobretudo – porque em todos os casos esses são corruptos conhecidos há muito tempo! – os representantes das elites comprador brasileiras. A Operação Lava Jato não opera igualmente contra todos. Porque o projeto político aliado aos Procuradores do juiz Moro absolutamente não está interessado em fazer “justiça”; a única coisa que interessa a eles é perpetuar uma crise política viciosa, como meio para fazer fracassar a 7ª maior economia do mundo, para, com isso, alcançarem seu Santo Graal: ou aquela velha suja ‘mudança de regime’, ou algum golpe branco. 

Mas 2016 não é 1973. Hoje já se sabe quem, no mundo, é doido por golpes para mudar regimes.

*Jornalista brasileiro, vive em São Paulo, Hong Kong e Paris, mas publica exclusivamente em inglês. Mantém coluna no Asia Times Online; é também analista de política de blogs e sites como: Sputnik, Tom Dispatch, Information Clearing House, Rede Voltaire e outros; é correspondente/articulista das redes Russia Today e Al-Jazeera.

Redação

43 Comentários

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    1. Não é avenida é um termo

      Não, não é uma avenida. É um termo usado quando se faz referência à política nos EUA. Quando se diz “inside the Beltway” se faz referência a questões sobre política norte americana e ao governo dos EUA. Beltway quer dizer avenida que contorna a cidade. A beltway I-495 é a interestadual que contorna Washington.  

      Para não achar que é “besteirol” é necessário o mínimo de proximidade (conhecimento, leitura) com cobertura política internacional.

    2. Beltway/

      O problema foi na tradução.O original se refere ao “Beltway/Wall street axis” e não a Av. Beltway. O Beltway se refere ao complexo de cidades que incluem a capital Washington e seus arredores.

  1. O sonho dos vira-latas

    O que querem os vira-latas, além de uma casinha, perdão, um apartamento em Miami? No momento, correm raivosos atrás de um carro. Que farão depois que o alcançarem? Não sei, não sabem. 

  2. Ao longo de oito anos de

    Ao longo de oito anos de governo, as políticas de governo de George W. Bush somente favoreceram e privilegiaram os mais ricos, que se tornaram mais e mais ricos. Ele reduziu injustificadamente seus impostos. As famílias de classe média não mais tinham condições de pagar a universide de seus filhos, que tinham de alistar-se nas Forças Armadas para receber uma remuneração de curso superior. Em 2010, cerca de 48 milhões de americanos entre 17 e 64 anos estavam desempregados. O numero de pessoas sem-teto morando nas ruas de Nova York e de outras grandes e médias cidades recrescia a cada ano. Em 2010, 2,6 milhões de americanos empobreceram, aumentando para cerca de 46,2 milhões o numero (o maior em 52 anos) dos que viviam abaixo do nível de pobreza, não tinha dinheiro para comprar comida suficiente…

    Sabrina Tavernise, “Soaring Poverty Casts Spotlight on’Lost Decade'”, The New York Times, September 13, 2011.

  3. Ao longo de oito anos de

    Ao longo de oito anos de governo, as políticas de governo de George W. Bush somente favoreceram e privilegiaram os mais ricos, que se tornaram mais e mais ricos. Ele reduziu injustificadamente seus impostos. As famílias de classe média não mais tinham condições de pagar a universide de seus filhos, que tinham de alistar-se nas Forças Armadas para receber uma remuneração de curso superior. Em 2010, cerca de 48 milhões de americanos entre 17 e 64 anos estavam desempregados. O numero de pessoas sem-teto morando nas ruas de Nova York e de outras grandes e médias cidades recrescia a cada ano. Em 2010, 2,6 milhões de americanos empobreceram, aumentando para cerca de 46,2 milhões o numero (o maior em 52 anos) dos que viviam abaixo do nível de pobreza, não tinha dinheiro para comprar comida suficiente…

    Sabrina Tavernise, “Soaring Poverty Casts Spotlight on’Lost Decade'”, The New York Times, September 13, 2011.

  4. geopolítica


    pepe escobar confirma com alguns dados o que se sabe: essa lava-jato, alinhada com o imperialismo ianque, é golpe contra a soberania nacional, e seus membros cometem crime de lesa-pátria.

    certamente não escaparão da punição exemplar que os aguarda quando fracassar o golpe.

  5. Quer união a seu favor em

    Quer união a seu favor em casa? Simples. Eleja um inimigo externo!! Nossa versão das Malvinas. Recurso típico de regime autoritário em decadência.

  6. Os EUA estão se lixando para

    Os EUA estão se lixando para os BRICs. O Brasil e a Russia conseguram se outo implodir. O milagre Chinês caiu na real. Bem mesmo está a Índia que é muito mais alinhada com os EUA do que o resto dos BRICs.

    PS: O acordo de Parceria Transpacífico está vindo aí para enterrar de vez com qualquer possibilidade dos BRICs serem relevantes como um bloco.

    1. Pois é

      Para vc parece que os Brics vão se ferrar e os EUA vão continuar mandando no mundo.

      E vc parece gostar disso.

      Só não entendi como isso seria bom.

      1. Caro Edson
        O cenario atual

        Caro Edson

        O cenario atual realmente aponta para um  enfraquecimento dos BRICs e um fortalecimento do EUA. Não gosto nem desgosto disso, apenas apemas percebo esse fato.

        A minha opinião é que os BRICs sempre foram um bloco sem coesão e sem objetivo. Um conjunto de países sem nehuma similaridade cultural, geográfica, econômica ou política entre si. A única coisa que os unia era a aspiração por um papel maior no cenário político mundial.

        1. Definitivamente

          O mundo não pode e não deve ter um único polo. E foi o que restou após a queda da União Soviética. A união dos BRICS, ainda incipiente, tem como única finalidade mexer um pouco com essa homogeneidade atual.

  7. De novo a mesma ladainha.

    Olha, então por que não legaliza logo a corrupção?

     

    Já querem liberar o jogo e as drogas, libera isso também e vamos em frente.

     

    Quem não estiver feliz, muda de país. pronto.

     

    1. Não é 8 ou 80, ou se
      Não é 8 ou 80, ou se investiga no estilo Moro, ou não se investiga nada? Existem muitas maneiras de combater a corrupção, assim como se combate uma doença no organismo. Não dá pra dizer que o doente morreu curado, só porque a bactéria foi debelada, mas o paciente não sobreviveu ao tratamento. A operação Lava a Jato é uma operação de caça aos petistas, tem o viés ideológico de quem não aceita políticas de distribuição de renda, pois considera assistencialismo e compra de votos. Foram cooptados pela máquina de propaganda americana, que quer capatazes nos países periféricos, que atendam seus interesses (recursos, mão-de-obra, mercado consumidor). Para esta elite catequizada, fazer PROER, rasgar divisas em Swaps Cambiais e SELIC extorsivos e receber doações de lobistas não é errado, “faz parte do jogo”, mas a maioria votar em um governo porque sairá da miséria e comerá 3 vezes por dia é “assistencialismo” e é burlar a democracia. Democracia no capitalismo selvagem é um dólar, um voto, e não um cidadão, um voto. O MPF e a PF não se importam com a corrupção sistêmica de tucanos e demos, e a operação findará assim que o governo Dilma for defenestrado. Como já ocorreu com Banestado, Satiagraha, Castelo de Areia e outras operações que atingiam políticos e foram abafadas pela mídia familiar-corporativa. Não há preocupação em preservar a vítima do roubo, a estatal Petrobras;em proteger a cadeia produtiva naval de fornecedores;em proteger a indústria de construção civil, dando chances dessas empresas brasileiras, que têm atuação no exterior, se reestruturarem;nem há a preocupação de proteger o pré-sal (recurso brasileiro para riqueza dos brasileiros, não de estrangeiros).  Sequer se preocupam com segurança nacional, atentando contra o projeto de construção do submarino nuclear, num assédio sem escrúpulos que fizeram ao Almirante Othon. A resposta que Moro e sua força-tarefa de MPF e PF dão é que não importa a falência de indústrias nacionais, pois o Brasil pode contratar serviços no exterior. Os próprios procuradores forneceram dados para americanos processarem a Petrobras nos EUA, coisa que jamais os gringos fariam em reciprocidade. O FMI já divulgou que o PIB brasileiro foi afetado pela operação Lava a Jato, mas os tecnocratas jurídicos não se importam com isso, irão perseguir petistas como jamais farão com tucanos e demos, apenas para apear o governo Dilma, que consideram “corrupto”. O que Dilma fez? Os votos que recebeu têm validade de 4 anos, senão não é democracia. A corrupção para eles é uma criança de 12 anos de idade, jamais existiu antes, jamais ocorrerá depois. Provavelmente estão municiados com informações da espionagem americana, vazada no WikiLeaks, selecionadas criteriosamente pelos EUA para produzirem o máximo de danos à indústria nacional capaz de concorrer no exterior e ganhar licitações de empresas americanas. É um projeto de derrubada de um governo mais independente dos centros de poder mundiais, mas também um projeto de paralisação do país, que está em curso e está dando certo. Há 2 anos ninguém faz nada no Brasil, a não ser ler manchetes explosivas cheias de meias-verdades ou mentiras completas. Essa mídia familiar é completamente comprometida com interesses anti-patrióticos.

    2.  
      Mario há muito os norte

       

      Mario há muito os norte americanos legalizaram tanto o jogo assim como a corrupção. Por último legalizam o uso de drogas, ainda que seja grande consumidor, produzindo a penas algumas drogas sintéticas.

      Como vosmecê deve saber muito bem, a estoria de combater o tráfico de drogas e de armas, assim como os baixos níveis de corrupção estadunidense  não passam de rematada balela pra enganar trouchas, o que certamente não é em absoluto, o seu caso.

      Orlando

  8. Curto e grosso, direto no ponto

    Para gringo nenhum poder dizer que não sabia o que estava acontecendo.

    Agora, na minha opinião, achar que uma oposição mediocre e um judiciário desqualificado conseguirá melhorar as condições do povo e da Nação com o impedimento da Dilma e do Lula  é extrema ingenuidade e chamar a Goldman Sachs para tomar conta da situação será colocar a raposa na guarda do galinheiro.

    A situação do excepicionalistão não é confortável, se vê com muitas frentes antagônicas constestando o seu poder, não só no caso dos BRICs, mas o referendo para a Inglatera sair da zona do Euro mostra o quão grave são as dicensões dentro de seu próprio território, contentar a todos e governar com coalizões não é para qualquer um rsrsrsrsrs…

    Como a China e a Índia se preparam muito bem para este confronto não há como existir um lado vitorioso por aclamação, a rusga será cruel, sangrenta, destruidora, dividindo-os de forma irreconciliável e gerando um custo civilizatório altíssimo, o Brasil não leva vantagem em nenhum dos lados, mas o saque e a expoliação pela banca rentista e seus tentáculos consumada em décadas de sofrimento, pobreza, por agentes sem dó nem piedade dos brasileiros, nos alinha de forma automática com os BRICs, seria interessante ver uma mudança de posição  destes que se refestelam e lucram por aqui há anos, mas são muito burros e irão perder tudo.

    Vivemos em tempos interessantes.

    1. A Democracia está acabada – A revelação do deep state

      Democracy, Be Damned – The “Sea Island” Conspiracy Reveals The Deep State

        

       

      Submitted by Patrick Buchanan via Buchanan.org,

      Over the long weekend before the Mississippi and Michigan primaries, the sky above Sea Island was black with corporate jets.

      Apple’s Tim Cook, Google’s Larry Page and Eric Schmidt, Napster’s Sean Parker, Tesla Motors’ Elon Musk, and other members of the super-rich were jetting in to the exclusive Georgia resort, ostensibly to participate in the annual World Forum of the American Enterprise Institute.

      Among the advertised topics of discussion: “Millennials: How Much Do They Matter and What Do They Want?”

      That was the cover story.

      As revealed by the Huffington Post, Sea Island last weekend was host to a secret conclave at the Cloisters where oligarchs colluded with Beltway elites to reverse the democratic decisions of millions of voters and abort the candidacy of Donald Trump.

      Among the journalists at Sea Island were Rich Lowry of National Review, which just devoted an entire issue to the topic: “Against Trump,” and Arthur Sulzberger, publisher of the Trumphobic New York Times.

      Bush guru Karl Rove of FOX News was on hand, as were Speaker Paul Ryan, Majority Leader Mitch McConnell and Sen. Lindsey Graham, dispatched by Trump in New Hampshire and a berserker on the subject of the Donald.

      So, too, was William Kristol, editor of the rabidly anti-Trump Weekly Standard, who reported back to comrades: “The key task now, to … paraphrase Karl Marx, is less to understand Trump than to stop him.”

      Kristol earlier tweeted that the Sea Island conclave is “off the record, so please do consider my tweets from there off the record.”

      Redeeming itself for relegating Trump to its entertainment pages, the Huffington Post did the nation a service in lifting the rug on “something rotten in the state.”

      What we see at Sea Island is that, despite all their babble about bringing the blessings of “democracy” to the world’s benighted, AEI, Neocon Central, believes less in democracy than in perpetual control of the American nation by the ruling Beltway elites.

      If an outsider like Trump imperils that control, democracy be damned. The elites will come together to bring him down, because, behind party ties, they are soul brothers in the pursuit of power.

      Something else was revealed by the Huffington Post — a deeply embedded corruption that permeates this capital city.

      The American Enterprise Institute for Public Policy Research is a 501(c)(3) under IRS rules, an organization exempt from U.S. taxation.

      Million-dollar corporate contributions to AEI are tax-deductible.

      This special privilege, this freedom from taxation, is accorded to organizations established for purposes such as “religious, educational, charitable, scientific, literary … or the prevention of cruelty to children or animals.”

      What the co-conspirators of Sea Island were up at the Cloisters was about as religious as what the Bolsheviks at that girls school known as the Smolny Institute were up to in Petrograd in 1917.

      From what has been reported, it would not be extreme to say this was a conspiracy of oligarchs, War Party neocons, and face-card Republicans to reverse the results of the primaries and impose upon the party, against its expressed will, a nominee responsive to the elites’ agenda.

      And this taxpayer-subsidized “Dump Trump” camarilla raises even larger issues.

      Now America is not Russia or Egypt or China.

      But all those countries are now moving purposefully to expose U.S. ties to nongovernmental organizations set up and operating in their capital cities.

      Many of those NGOs have had funds funneled to them from U.S. agencies such as the National Endowment for Democracy, which has backed “color-coded revolutions” credited with dumping over regimes in Serbia, Ukraine and Georgia.

      In the early 1950s, in Iran and Guatemala, the CIA of the Dulles brothers did this work.

      Whatever ones thinks of Vladimir Putin, can anyone blame him for not wanting U.S. agencies backing NGOs in Moscow, whose unstated goal is to see him and his regime overthrown?

      And whatever one thinks of NED and its subsidiaries, it is time Americans took a hard look at the tax-exempt foundations, think tanks and public policy institutes operating in our capital city.

      How many are like AEI, scheming to predetermine the outcome of presidential elections while enjoying tax exemptions and posturing as benign assemblages of disinterested scholars and seekers of truth?

      How many of these tax-exempt think tanks are fronts and propaganda organs of transnational corporations that are sustained with tax-deductible dollars, until their “resident scholars” can move into government offices and do the work for which they have been paid handsomely in advance?

      How many of these think tanks take foreign money to advance the interests of foreign regimes in America’s capital?

      We talk about the “deep state” in Turkey and Egypt, the unseen regimes that exist beneath the public regime and rule the nation no matter the president or prime minister.

      What about the “deep state” that rules us, of which we caught a glimpse at Sea Island?

      A diligent legislature of a democratic republic would have long since dragged America’s deep state out into the sunlight.

       

      1. O futuro notarial do planeta Terra

        Bitnation Launches the First Virtual Constitution

        IN BRIEF

        Bitcoin has announced the launch of a virtual constitution with the help of Ethereum. It’s the first step toward a nation bordered only by source codes and the limitless potential of the Internet.

        BUILDING A NATION WITH THE BLOCKCHAIN

        Bitcoin is a decentralized currency which is able to function without the presence of a central bank or any other governing authority. It does this by leveraging what is called the blockchain, a distributed database that ensures that all bitcoin transactions operate according to commonly agreed-on rules.

        This blockchain means that all bitcoin transactions are recorded, by registering the movement of currency, and it also contrives to keep the payment system for bitcoin secure, open and free from any central authority or point of control.

        Enter Bitnation. What Bitcoin has done for money, Bitnation is trying to accomplish for social organization and nations. Like its monetary counterpart, Bitnation also uses a blockchain—except instead of noting transactions, it ensures a system of notarization and personal sovereignty. More recently, it has launched its Decentralized Borderless Voluntary Nation (DBVN) Constitution using Ethereum.

        Ethereum allows anyone to establish their own democratic autonomous organization (DAO) which would only exist on the blockchain. DAOs would be controlled by the parties involved, who can make decisions on moving assets, hiring contractors or even issuing and dividing shares. Companies such as Slock.it and the DigixDAO project have begun transitioning into something similar to this.

        Susanne Tarkowski Tempelhof, founder of Bitnation, said of the project, “What we are trying to accomplish [with this constitution] is to get rid of geographical apartheid that nation states provide, and we try to do that by offering better and cheaper governance services.”

        So far, Bitnation’s ambitious stab at acephalous governance has been restricted to dispute resolution and security issues. With the assistance of the Ethereum blockchain, so-called “smart contracts” allow for agreements between consenting individuals without the need for any overseeing government authority.

        AN EVOLVING DEMOCRACY

        In launching the DVBN constitution, Tempelhof and Alex Van de Sande, a lead designer for Ethereum, cited the opening passage of John Perry Barlow’s “A Declaration of the Independence of Cyberspace”:

        “Governments of the Industrial World, you weary giants of flesh and steel, I come from Cyberspace, the new home of Mind. On behalf of the future, I ask you of the past to leave us alone. You are not welcome among us. You have no sovereignty where we gather.

        We have no elected government, nor are we likely to have one, so I address you with no greater authority than that with which liberty itself always speaks. I declare the global social space we are building to be naturally independent of the tyrannies you seek to impose on us. You have no moral right to rule us nor do you possess any methods of enforcement we have true reason to fear.”

        Van de Sande emphasizes that Bitnationals believe in invoking the spirit of this statement—they are trying to get the Internet to become a decentralized, distributed system. They want to see to it that services commonly centralized in tech companies become more decentralized, and to lessen those points of contact wherein the tendrils of government interference can insinuate themselves.

        “When you run a smart contract on Ethereum, it’s running everywhere and nowhere,” Van de Sande said.

        What DAOs could do is take democracy in a new direction where it becomes similar to a peer-to-peer future. It could lead to a brave new world where organizations codify their laws to fit their politics, whether in voting, hierarchy or structure. It could even allow for the emergence of new approaches to democracy, such as liquid democracy, and implement these in the real world.

        Furthermore, by implementing all of these on a virtual blockchain, it allows a variety of laws to simultaneously coexist, and provides a free-market approach to which laws will be used or applied in contracts and regulations.

        Tempelhof says, “Decentralised also means personal autonomy. We decide what we do. Nobody tells us. And being borderless means that we are not confined by a passport to live in an area of war or famine. That’s as wrong as judging people on the color of their skin or sexual preference.”

        Currently, Bitnation has been used by Estonian e-residents all over the world to notarize their marriages, birth certificates, business contracts and more, all on the blockchain. With the addition of this constitution, it may lead to the emergence of a virtual nation without any borders or limitations.

        The Bitnation Constitution can be viewed online on Github.

         

  9. big boss

    Ao estilo Roberto Campos “Bob fields”, e FHC (teoria da dependência), há outras cunhas que o imperialismo implanta no país.Zé Serra assume o papel de líder da corja, com o Cunha, aecim cunha, Aloysio, Tasso, Caiado,Cássio C.L.,Agripino e outros Maias,

    et caterva, como torpes elementos auxiliares.Apátridas.Vendilhões.

  10. Que viagem …

    Bem, considerando-se que o autor está na folha de pagamento do Putin, não dava para esperar nada diferente. Mas é particularmente cômico que tantas pessoas tenham se apropriado de um acrônimo inventado por um perfeito representante do ˜Excepcionalistão” (o banco Goldman Sachs), tentando dar um significado a ele que não existe na prática. Brasil, China, Rússia e Índia não só são países muito diferentes, como também rumam em direções altamente diversas. O “Banco dos BRICs” tão citado pela esquerda é uma piada (Quanto dinheiro ele emprestou no ano passado? Em que países e para fazer o quê?), a China, se tiver a oportunidade, adotará uma política tão ou mais imperialista que os EUA em relação ao Brasil – basta ver o que eles fazem na África, construindo obras sem sequer usar a mão-de-obra local, levando milhares de operários de navio. Já a Rússia e a Índia são hoje irrelevantes em termos de relações comerciais e estratégicas com o Brasil – um erro particularmente no segundo caso, faria todo o sentido o país estreitar seus vínculos com uma nação continental, de 1 bilhão de habitantes e rápido crescimento.

    Nem vou falar da obsessão antiquada com petróleo, em um momento que todos os sinais apontam para uma revolução tecnológica nos meios de transporte, que reduzirá significativamente a demanda pelo mineral …

    1. Ignorância….

      Achar que o mundo se resume aos eua e todo o resto não tem importância é muito pueril! Achar que petróleo se resume à gasolina é de uma ignorância de dar dó! Só falta achar que na crise no Brasil não tem nenhum interesse escuso, nacional/internacional em jogo… Domngo, com certeza, voce estará apoiando o “combate à corrupção”… Santa ingenuidade!

    2. Marcos,
      Estava desconfiando

      Marcos,

      Estava desconfiando se vc fazia parte ou nao da folha de pagamento da CIA. Minha duvida acabou. Agora tenho certeza.

    3. Pois é, Marcos…

      O Brasil perdendo o bonde da história, mais uma vez.

       

      Quando consegue achar petróleo a rodo, coisa que se desfiava há décadas, não se sabia onde, perderam tanto tempo discutindo royalties, quem vai furar, vai vender pra quem, que agora periga o óleo morrer ali mesmo.

       

      Como algúem disse, a era do petróleo vai acabar antes do petróleo. Só o Brasil não sabia disso.

       

      1. Vai continuar

        Assim se você continuar a difundir esses comentários “marasmento”.

        Arregace as mangas e vá a luta.

        Não espere pelos outros.

  11. Formação acadêmica do juiz Moro

    Venho aqui manifestar minhas críticas ao Pepe Escobar pela forma ignorante com que falou a respeito da Universidade onde Moro (e inúmeras outras pessoas) se formaram.

    Bastasse o Pepe fazer seu trabalho de jornalista e verificado que Moro se formou na UEM (Universidade Estadual de Maringá), na cidade de Maringá no norte do Paraná. E esta instituição não é em nada medíocre. Muito pelo contrário, sou formado em Psicologia pela mesma Universidade, cuja tradição política é antiga. Para ilustrar, o Centro Acadêmico de Psicologia foi o primeiro a ser instalado dentro do Campus ainda no início da década de 80, antes do fim da ditadura militar. A UEM foi palco de muita resistência e movimento político, seja estudantil ou outros, nos anos de chumbo. Tenho muitos amigos formados em Direito pela mesma instituição que são de esquerda. Aliás, muitos dos professores deste curso, como Horárcio Racanello Filho, sempre foram defensores da democracia, das liberdades individuais e contestadores do regime militar.

    Não concordo nenhum pouco com a postura do juiz Moro em relação à Operação Lava-jato e demais shows midiáticos do judiciário. Mas daí a fazer pouco caso da UEM, deslegitimando-a enquanto instituição de ensino superior gratuito e de qualidade é muita babaquice! Daquelas que o próprio Moro faz…

  12. A parcialidade, a
    A parcialidade, a tendenciosidade funcionando a todo vapor para sustentar teorias de conspiração. Sobre o NSA: na Alemanha o celular  de Angela Merkel foi grampeado assim como do presudente do Parlamento alemão. Várias firmas alemãs fotam espionadas como a Petrobrás. O que se conclui sobre isso ? Os americanos querem desestabilizar a Alemanha e arruinar as empresas alemãs ? É claro que os Estados Unidos espionam tudo que podem, o BND alemão também, assim como os russos, os chineses. Todo mundo espiona todo mundo.Sobre a crise polìtica brasileira ele só enumera os fatores externos. Que Dilma ganhou as eleições com um discurso e no dia seguinte virou casaca neoliberal ele bão fala. Que Cunha como desafeto de Dilma e em represália por ser investigado armou uma guerra contra ela e acabou com a governabiludade, zero. Os erros de Dilma na economia desde o 1o. mandato não têm importância. 

  13. Posso sentir

    O gostinho. Não quero me arvorar como mentor intectual – longe disso e não sou arrogante -, mas percebo que o blog passou a inserir mais artigos com enfoque internacional intimamente ligado ao que acontece no Brasil, mormente nestes dois últimos anos – ápice da construção das estratégias, desde a posse de Lula em 2003.

    O que Pepe Escobar escreve deveria ser de conhecimento amplo da maioria da nossa população, mas infelizmente a realidade não é essa.

    Eu fico impressionado, estupefato com muitas pessoas, apesar de terem formação profissional de nível superior, serem tragicamente analfabetos políticos. Não estou querendo me posicionar acima deles por vontade própria.

    Para responder esse último parágrafo eu vou comentar uma máxima corrente no seio da nossa sociedade, e acho um tremendo equívoco.

    Todo mundo e a todo o tempo já ouviu alguém dizer, principalmente quando reunidos em pequenos grupos, que política, religião e futebol não se discute. Bem, até certo ponto concordo.

    Mas política não deve ser discutida?

    É tudo aquilo que afeta as nossas vidas, dos nossos filhos e netos, e devem ser deixados de lado?

    O principal argumento é que todos são ladrões, farinha do mesmo saco e outras justificativas.

    São conceitos com potencial “genético” que passam de geração a geração.

    O resultado dessa aberração já assistimos em 54, em 64 e poderá acontecer até o final do mandato de Dilma.

    Pepe Ecobar escreve magistralmente, mas um citação no seu artigo me chamou a atenção e não posso deixar de mencioná-la.

    “O professor e advogado Celso Bandeira de Mello, por sua vez, foi diretamente ao ponto: as classes médias altas no Brasil – nas quais se reúnem quantidades estupefacientes de arrogância, ignorância e preconceito, e cujo maior sonho de toda uma vida é alcançar um apartamento em Miami – estão apavoradas, mortas de medo de que Lula volte a concorrer à presidência – e vença – em 2018”.

    Em respeito aos frequentadores do blog peço permissão, mas não poderia deixar de destacar essa citação em negrito.

  14. Não leu porque é preguiçoso.

    Não leu porque é preguiçoso. O texto é ótimo.

    Aqui na íntegra em inglês, vamos ver se vc percebe como foi tolo seu comentário.

    BRICS” is the dirtiest of acronyms in the Beltway/Wall Street axis, and for a solid reason: the consolidation of the BRICS is the only organic, global-reach project with the potential to derail Exceptionalistan’s grip over the so-called “international community.”

    So it’s no surprise the three key BRICS powers have been under simultaneous attack, on many fronts, for some time now. On Russia, it’s all about Ukraine and Syria, the oil price war, the odd hostile raid over the ruble and the one-size-fits-all “Russian aggression” demonization. On China, it’s all about “Chinese aggression” in the South China Sea and the (failed) raid over the Shanghai/Shenzhen stock exchanges.

    Brazil is the weakest link among these three key emerging powers. Already by the end of 2014 it was  clear the usual suspects would go no holds barred to destabilize the seventh largest global economy, aiming at good old regime change via a nasty cocktail of political gridlock (“ungovernability”) dragging the economy to the mud.

    Myriad reasons for the attack include the consolidation of the BRICS development bank; the BRICS’s concerted push for trading in their own currencies, bypassing the US dollar and aiming for a new global reserve currency to replace it; the construction of a major underwater fiber-optic telecom cable between Brazil and Europe, as well as the BRICS cable uniting South America to East Asia – both bypassing US control.

    And most of all, as usual, the holy of the holies – connected with Exceptionalistan’s burning desire to privatize Brazil’s immense natural wealth. Once again, it’s the oil.

    Get Lula or else

    WikiLeaks had already exposed how way back in 2009 Big Oil was active in Brazil, trying to modify – by all extortion means necessary – a law proposed by former president Luiz Inácio Lula da Silva, known as Lula, establishing profitable state-run Petrobras as the chief operator of all offshore blocks in the largest oil discovery of the young 21st century; the pre-salt deposits.

    Lula not only kept Big Oil – especially ExxonMobil and Chevron – out of the picture but he also opened Brazilian oil exploration to China’s Sinopec, as part of the Brazil-China (BRICS within BRICS) strategic partnership.

    Hell hath no fury like Exceptionalistan scorned. Like the Mob, it never forgives; Lula one day would have to pay, like Putin must pay for getting rid of US-friendly oligarchs.

    The ball started rolling with Edward Snowden revealing how the NSA was spying on Brazilian President Dilma Rousseff and top Petrobras officials. It continued with the fact that the Brazilian Federal Police cooperate, receive training and/or are fed, closely, by both the FBI and CIA (mostly in the anti-terrorism sphere). And it went on via the two-year-old “Car Wash” investigation, which uncovered a vast corruption network involving players inside Petrobras, top Brazilian construction companies and politicians from the ruling Workers’ Party.

    Read moreThe National Security Agency(NSA) at Fort Meade, Maryland. (AFP Photo) NSA spied on Brazil, Mexico presidents – Greenwald

    The corruption network is real – with “proof,” usually oral, rarely backed up by documents, obtained mostly from artful dodgers-cum-serial liars who rat on someone as part of a plea bargain.

    But for the “Car Wash” prosecutors, the real deal was, from the beginning, how to ensnare Lula.

    Enter the tropical Elliott Ness

    That brings us to the Hollywood spectacular enacted last Friday in Sao Paulo that sent shockwaves around the world. Lula “detained,” interrogated, humiliated in public. This is how I analyzed it in detail.

    Plan A for the Hollywood-style blitz on Lula was an ambitious double down; not only to pave the way for the impeachment of President Dilma Rousseff under a “guilty by association” stretch, but to “neutralize” Lula for good, preventing him from running for office again in 2018. There was no Plan B.

    Predictably – as in many an FBI sting – the whole op backfired. Lula, in a political master class of a speech beamed live across the country, not only convincingly clad himself as the martyr of a conspiracy, but also re-energized his troops; even respectable conservatives vocally condemned the Hollywood show, from a minister in the Supreme Court to a former justice minister, as well as top economist Bresser Pereira, one of the founders of the PSDB – the former social democrats turned Exceptionalistan-allied neoliberal enforcers and leaders of the right-wing opposition.

    Bresser actually stated the Brazilian Supreme Court should intervene on Car Wash to prevent abuses. Lula, for instance, had asked for the Supreme Court to detail which jurisprudence was relevant to investigate the accusations against him. Moreover, a lawyer on center stage during the Hollywood blitz said Lula answered all questions during the almost four-hour interrogation without blinking – questions he had already answered before.

    Lawyer Celso Bandeira de Mello, for his part, went straight to the point: the Brazilian upper middle classes – which include a largely appalling lot wallowing in arrogance, ignorance and prejudice, whose dream is a condo in Miami – are fearful and terrified to death that Lula may run, and win again, in 2018.

    And that brings us to the judge and executioner of the whole drama: Sergio Moro, Car Wash’s leading actor.

    Moro’s academic career is hardly exciting. He’s not exactly a theorist heavyweight. He graduated as a lawyer in 1995 in a mediocre university in the middle of nowhere in one of Brazil’s southern states and made a few trips to the US, one of them financed by the State Department to learn about money laundering.

    As I noted before, his chef-d’oeuvre is an article published way back in 2004 in an obscure magazine (in Portuguese only, titled Considerations about Mani Pulite, CEJ magazine, issue number 26, July/September 2004), where he clearly extols “authoritarian subversion of juridical order to reach specific targets” and using the media to intoxicate the political atmosphere.

    In a nutshell, judge Moro literally transposed the notorious 1990s Mani Pulite (“Clean Hands”) investigation from Italy to Brazil – instrumentalizing to the hilt mainstream media and the judiciary to achieve a sort of “total delegitimization” of the political system. But not the whole political system; just the Workers’ Party, as if the comprador elites permeating Brazil’s rightwing spectrum were cherubic angels.

    So it comes as no surprise that Moro’s prime sidekick as Car Wash unrolled is the Marinho family’s oligopoly, the Globo media empire – a nest of reactionary, and not very clever, vipers who entertained very cozy relations with the Brazilian military dictatorship from the 1960s to the 1980s. Not by accident, Globo was informed about Lula’s Hollywood-style “arrest” way before the fact, allowing it to invest in CNN-style blanket coverage.

    Moro is viewed by legions in Brazil as an indigenous Elliot Ness. Other lawyers who have closely followed his work though hint he harbors the warped fantasy of a Workers’ Party as a mob leeching and plundering the state apparatus with the aim of delivering it, in pieces, to trade unions.

    According to one of these lawyers who talked to Brazilian independent media, a former president of the Lawyers’ Association in Rio, Moro is surrounded by a bunch of young fanatical prosecutors, with little juridical knowledge, and posing as the Brazilian Antonio di Pietro (but without the solidity of the “Clean Hands” Milanese prosecutor). Worse, Moro is oblivious that the implosion of the Italian political system led to the rise of Berlusconi. In Brazil, it would certainly lead to the rise of a clown/village idiot supported by the Globo empire, whose oligopolistic practices are quite Berlusconian.

    The digital Pinochets

    A case can be made that the Hollywood blitz on Lula holds a direct parallel to the first attempt at a coup d’etat in Chile in 1973, which tested the waters in terms of popular response before the real deal. In the Brazilian remix, assorted Globo media maggots pose as digital Pinochets. At least many a street in Sao Paulo now bears graffiti to the effect of “Military coup – Never again.”

    Yes, because this is all about a white coup – in the form of a Rousseff impeachment and sending Lula to the gallows. But old (military) habits die hard; Globo media maggots are now extolling the Army to take to the streets to “neutralize” popular militias. And this is just the beginning. Right-wingers are getting ready for a national mobilization on Sunday calling for – what else – Rousseff’s impeachment.

    Car Wash’s merit is to investigate corruption, collusion and traffic of influence in abysmally corrupt Brazil. But everyone, every political faction, should be investigated – including those representing Brazilian comprador elites. That’s not the case. Because the political project allied with Car Wash couldn’t care less about “justice”; the only thing that matters is to perpetuate a vicious political crisis as a means to drag the seventh largest economy in the world into the mud and reach the Holy Grail: a white coup, or good ol’ regime change. But 2016 is not 1973, and the whole world by now knows who’s a sucker for regime change.

    The statements, views and opinions expressed in this column are solely those of the author and do not necessarily represent those of RT.

  15. geopolíticas

    Se o artigo é análise pertinente, o ligeiríssimo comentário abaixo também o seria.

    …E Lula, otário metido a esperto, ficou crente-crente e mergulhou no oba-oba: “O companheiro Obama disse eu sou o cara. Chupa!… – Marisa, liga lá pro Fábio e diz que domingo tem churrasco  em Atibaia”.

    Lula não lê pensamento. Se pudesse, leria o off lá dentro da cabeça do Obama: “…O cara a ser eliminado.”

    Geopolítica não é coisa que se resolve num papo toma-lá-dá-cá com Renan, Cunha, Zé Janene, Jucá, Sarney, Pedro Henry e bichos da mesma espécie – nesse mister Lula sempre foi mestre.

    Na geopolítica, o buraco não é nem mesmo mais embaixo; é onde e quando menos se imagina.

    1. Bobagens

      Quem é você para falar de Lula?

      Para de falar bobagens.

      Você acha que num país que sempre viveu de joelhos para os Yankees, Lula em doze anos conseguiria montar uma agencia de inteligencia que pudesse dar respaldo ao seu projeto de governo?

      Lula, para assumir o governo precisou escrer uma a carta “Ao Povo Brasileiro”, que na verdade não era dirigida ao povão, mas sim a banca da bufunfa, tanto os de dentro do país quanto aos de fora.

      Enquanto gente compartilhar com as suas ideias sempre estarão empurrando o país ladeira abaixo.

      O nosso trabalho hoje é lutar pela nossa democracia, e principalmente pelos ignorantes. 

      Nessa categoria não incluo os não escolarizidas porque muitos embora nessa condição, tem capacidade cognitiva.

      O trabalho árduo é convencer os arrogantes da classe média média e média alta.

      Só porque tem, em geral, formação superior, acha que sabem tudo.

      Volto a dizer: a nossa luta é inclusive para os IGNORANTES.

      Ponha isso na sua cabeça.

      1. Põe Bobagem nisso

        Esse aí é um idiota, e além de tudo discrimina pessoas se achando muito, e não é nada. É apenas um bobalhão. 

  16. Se vc fosse melhor informado, não vomitaria ignorância arrogante

    Expressa nas suas 2 medíocres linhas.

    Beltway é a mais popular denominação do anel que circunda Washington (a capital, distrito de Columbia, pois existe o estado), via Interstate 495, por Maryland e Virginia. 

    Os mais ilustrados (vê-se que não é o seu caso) com a política americana sabem que “pessoal dentro do cinturão” (inside Beltway) é uma referência aos políticos e agregados na capital circundada.

    Antes de falar me#d@, informe-se e quem sabe vc consegue “pousar” de bacana?!

    Ao invés de asno teclante…

  17. não é preiso conhecer a

    não é preiso conhecer a georafia de wasjington pra escrever bem, o

    melhor artigo do pepe que já li…

    o importante é o contexto geopolítico….

    os btics, fundamentalmente….

    o brasil pode ter orgulho de ter iniciado esse processo com lujla – jamais será esquecido……

    outro detalhe: agora não é 73, mas é preciso ficar muito esperto e

    sair às ruas dia 18 para abortar o golpe….

  18. Se Donald Trump for…

    Se o Donald Trump for presidente  nem os políticos canalhas daqui poderão com  o insano Trump ele não  pensará  duas vezes para  dar um pé na bunda em todos eles.  Se Michel Temer for presidente escreverá uma carta cheias de mimis e em resposta terá uma porção de insultos em rede nacional para o almofadinha.

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