O Planalto nas mãos de Arthur Lira

Presidente da Câmara tem avançado com pautas que interessam Centrão e governo, mas pedidos de impeachment permitem rédea curta

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em selfie com Bolsonaro – Foto: Reprodução/Redes

Jornal GGN – O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), tem aproveitado as atenções voltadas para a CPI da Pandemia para aprovar as pautas econômicas que interessam ao Centrão e ao governo federal, e esse capital político tem chamado a atenção.

Segundo o jornal Correio Braziliense, a reforma tributária já teve o relatório finalizado e irá a plenário, e o parecer da reforma administrativa foi apresentado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e deve avançar nas próximas semanas. A Câmara também aprovou a Medida Provisória (MP) 1031/21, que permite a desestatização da Eletrobras.

No caso dessa última, Lira disse, em uma rede social, que a aprovação na Câmara permite várias reflexões, uma vez que o quórum mínimo foi superado, “em margem contundente e incontestável”, e os votos seriam suficientes até para aprovar uma emenda constitucional. “Isso só comprova que o ambiente para as reformas na Câmara está maduro, sólido e sedimentado”, enfatizou.

Em entrevista, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-AL), afirmou que o diferencial da gestão de Arthur Lira à frente da Casa é que a base governista, que já estava organizada, agora tem liberdade para se expressar, e também afastou os rumores de que estaria havendo um distanciamento entre Lira e o Planalto, após o chefe da Câmara ter dito recentemente que Bolsonaro vive o seu pior momento e o ex-presidente Luiz Inácio da Silva, o seu melhor.

Lira também relatou que os mais de 100 pedidos de impeachment contra o chefe do Planalto começaram a ser analisados na Casa. Para Barros, é improvável que os pedidos de impeachment avancem. “Ele (Lira) já declarou que nenhuma das propostas tem fundamento. Então, eu fico nessa linha porque, de fato, não tem nenhuma proposta de impeachment que tenha substância para ser apreciada”, ressaltou.

Redação

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