Os governadores de esquerda: Rui Costa, da Bahia

Nos próximos meses, os governadores do campo progressista – Fernando Pimentel, de Minas Gerais, Rui Costa, da Bahia, Wellington Dias, do Piauí, Flávio Dino, do Maranhão, Ricardo Coutinho, da Paraíba, Tião Viana, do Acre, Camilo Santana, do Ceará, deverão assumir um protagonismo maior no jogo político. Terão a grave responsabilidade de explicitar um modo progressista de governar e de costurar as alianças suprapartidárias que garantirão o recomeço das políticas de esquerda.

Governador da Bahia, Rui Costa foi eleito em 2014. Recente pesquisa do IBOPE somou 37% de ótimo/bom e 40% de regular em Salvador, cidade em que ACM Neto logrou uma ampla vitória eleitoral. Mesmo assim, entre prefeituras petistas e de aliados, Rui Costa conquistou 75% das prefeituras, consolidando a Bahia como o maior estado de esquerda do país.

Na semana passada, Rui Costa me recebeu no Palácio da Ondina, em Salvador – para onde fui para uma palestra no Teatro Vila Velha. Parte da conversa incluiu o ex-governador e ex-Ministro Jacques Wagner.

Sobre modelos participativos

Através da Secretaria do Planejamento, implementamos o modelo de governo participativo. Em 2014 rodei o primeiro semestre inteiro nos programas de governo participativo. Antes das eleições, rodou o Estado com plenários e reuniões juntando sugestões de desenvolvimento. 50 mil pessoas assinaram lista de presença. Criamos fóruns de debates na Internet.

Divulgamos as prioridades debatidas, montamos uma plenária e formamos grupos de trabalho discutindo saúde, educação, desenvolvimento regional.

Cada uma das 27 regiões mandaram um relatório e um grupo de trabalho fes a síntese. Depois, montamos um Programa de Governo Particpativo que foi registrado na Justiça Eleitoral. Acompanhamos a implementação com indicadores das metas acordadas.

Agora, há novas rodadas para discutir com viés de desenvolvimento regional. Há uma parceria entre o Planejamento e Universidades, e recursos ds Sudene.

Mesmo com a crise, temos conseguido cumpriur as metas. Por ser um governo de continuidade, muita coisa que saiu estava dentro da estratégia de desenvolvimento, com empréstimo contratado ou em andamento.

No início do governo houve um ajuste forte. Em dezembro, antes de assumir, pedi ao governador Jacques Wagner que enviasse um PL reduzindo 2 mil cargos comissionados em empresas e autarquias públicas.

Instituímos também sistemas de governança com outros poderes.

Tínhamos o Pacto pela Vida, mesmo modelo de Pernambuco, com participação de todos os poderes nas políticas de segurança pública e monitoramento, com reuniões mensais.

Com a crise, institucionalizei para um conjunto de ações de governo o combate ao desperdício.

Sobre consórcios municipais

Atendo os prefeitos conjuntamente e separados.

Mas estou implantando e privilegiando os modelos regionais de consórcios para infraestrutura e para saúde. Cada prefeitura, isoladamente, não consegue equipamentos. Formamos 16 consórcios de infraestrutura, todos com equipamentos para manutenção de estradas, máquinas para fazer aguadas e sistemas de águas,

Na saúde adotamos o modelo de política regional para atendimento especializado. Estamos convencendo prefeitos a transformar seus hospitais municipais em policlínicas regionais para garantir atendimento. No passado, houve um modelo de multiplicação de pequenos hospitais, de 20 a 50 leitos sem nenhuma resolutividades, mal funcionando sequer como UPA, mas consumindo montanhas de recursos.

Hoje em dia, a maioria das prefeituras sem hospitais mantém casas em outras cidades, para abrigar seus munícipes que vão atrás de atendimento de saúde

Planejamos 11 policlínicas e há iniciamos 4. A prioridade foram as regiões em que houve adesão unânime dos municípios dos consórcios.

Pretendemos fechar o governo com 20 consórcios implantados.

Na policlínica, o governo banca 100% do investimento e 40% do custeio, Os 60% restantes são rateados entre os municípios do consórcio.

Sobre o sistema partidário

Nas discussões sobre o refinanciamento das dívidas estaduais, a proposta do governo prejudica os estados do Nordeste.

Com 28% da população do país, o Nordeste estará recebendo 4% dos benefícios da renegociação. Somando Nordeste, Norte e Centro Oeste, só receberão 9% dos benefícios.

Os 9 estados do Nordeste, 7 do Norte formam maioria, sem contar os do Centro Oeste. Mas não conseguimos articular deputados, por conta da chuva de partidos.

Na Alemanha o Senado é vinculado ao Estado. O governador indica o senador. Portanto, não há maneira do Senador votar contra o Estado.

Na Bahia, o PT fez o governo do Estado e todos os senadores. Mas em Sergipe não tem nenhum.

Esse é um dos fatores de desequilíbrio federativo.

Sobre eleições

Em Conceição do Coité, todas as pesquisas davam 70% de ótimo-bom para o prefeito do PT. Tinha 4 escolas em tempo integral, passou para 48. E quase perdeu as eleições. Perguntei se tinha ido para a rua abraçar o povo. Não ía, com medo de receber pedidos, porque considerava o eleitor mal-acostumado.

O mesmo ocorreu com o Fernando Haddad em São Paulo.

Estou na rua o tempo todo. Em um ano e dez meses, foram 206 viagens ao interior, visitando 130 municípios, 209 escolas. Em todo viagem, visita a escola local.

Sobre relações com os poderes

Com o Ministério Público Estadual há uma relação pacificada. Sempre surgem procuradores que querem destaque na mídia, mas sem perseguição política.

Começava o governo quando o MPE colocou lista tríplice para Procurador Geral com um nome só. Não aceitamos. Veio a lista e escolhemos o terceiro nome. O presidente da Associação mandou carta desaforada para mim. Na posse do PGE, disseram que “Nem nos tempos de ACM…”.

Disse-lhes apenas que tinha ido para privilegiar a posse do MPE. Sobre outros temas, convidaria para discutir em outro momento.

Com a mídia, o jogo é pesado. A família Magalhães, dos herdeiros de ACM, dispõe de 6 retransmissoras no Estado, tem jornal, rádio FM e AM e fazem marcação cerrada. Como o controle acionário é dividido – 1/3 de ACM Neto, 1/3 de primos e 1/3 da família Bonifácio Coutinho (da EPTV) – tenta-se algum diálogo com a parte empresarial. Consegue-se espaço também na Record, Bandeirantes e SBT, mas com muito audiência.

Efeito maior tem as rádios do interior e as redes sociais.

Sobre a reorganização das esquerdas

Política é coração. Ou mexe no imaginário das pessoas, ou perde. Seja com ferramentas partidárias ou frente de partidos, temos que abrir para conversar com outros atores. O cenário eleitoral mostra que quando a esquerda se apresenta dividida, não consegue traduzir uma identidade no povo.

A pauta está na agenda dos governadores. O povo não percebe as nuances e ficamos presos às máquinas partidárias.

A Bahia tinha uma Universidade Federal, hoje tem 6. Tinha um Instituto Tecnológico, hoje tem 35. A esquerda tem que se reorganizar no Brasil no sentido mais amplo, enquanto prioridade dos valores humanos.

O PT não conseguiu acompanhar essas mudanças, não quis se renovar, tornou-se um partido velho, formado por pessoas velhas.

Precisamos repensar o formato do PT. Hoje em dia, um mandato parlamentar em cada estado tem mais influência que o PT. Então,   formou-se uma frente de mandatos, não partidos políticos.

Sobre financiamento de campanha

O ex-governador Jacques Wagner chega no Palácio de Ondina e entra na conversa:

O financiamento de campanha, tal como aprovado pela Justiça, favorece fundamentalmente o crime organizado, o jogo de bicho, os agiotas e outros setores que trafegam no submundo do dinheiro. Adicionalmente, as igrejas evangélicas que, por isentas, não dispõem de controles sobre o dinheiro movimentado.

Da maneira como foi desenhado, o fundo partidário serviu apenas para manter o status quo. Os partidos ratearam os fundos pelos deputados eleitos, cada qual ficando com R$ 800 mil para suas campanhas.

Com isso, os partidos ficam com donos, controlando a máquina partidária. Na votação do impeachment, parlamentares baianos foram ameaçados pelas executivas: a depender do voto de vocês, não irá um tostão de fundo partidário para a Bahia.

Na Bahia, o PMDB funciona com comissão provisória e o fechamento de questão é decisão partidária.

É assim que Ciro Nogueira controla o PP ou Waldemar Costa Neto manda no PR. ACM Neto colocou R$ 3 milhões do fundo partidário na sua campanha.

Sem uma nova legislação, com um novo fundo público eleitoral, não será possível garantir a democracia.

Segundo Jacques Wagner, bastaria o STF interpretar que tempo de TV não é negociável. Se o partido não lança candidato, o tempo de TV será dividido entre os demais partidos.

O segundo ponto é acabar com a coligação eleitoral. Ninguém ficará em um partido que não elegerá ninguém.

O PT foi criado em 1980. Os dois primeiros deputados eleitos no nordeste  foram em 1990, dez anos depois. E foram os únicos nos 9 estados do Nordeste.

Hoje em dia existem 40 partidos e outros 40 pedindo inscrição. Reside aí parte da crise do PT. Tem deputados falando em sair do PT para montar um novo partido. Bastam 500 mil assinaturas para sair com tempo de TV e fundo partidário. No fundo, o quadro partidário se transformou em uma cooperativa de deputados.

Sobre ACM Neto

ACM Neto conseguiu uma grande vitória em Salvador. Tivemos problemas na definição do candidato. Tentei Olivia, do PCdoB, negra, que foi nossa secretária. Mas o PCdoB preferiu Alice Portugal, cujo histórico político foi sempre como deputada estadual lutando em favor dos servidores e não discutindo a cidade.

E ACM Neto foi beneficiado pela gestão anterior. Sempre que um prefeito assume, sucedendo um gestor mal avaliado, ele sobe rapidamente. ACM Neto sucedeu o prefeito João Henrique, que foi um desastre completo.

ACM Neto assumiu nessas condições, elevou o IPTU em 3 mil porcento e ficou com caixa para obras.

ACM Neto está cercado pelos Menudos, jovens empresários de Salvador que estão enriquecendo rapidamente.

Sobre o PT

 Diz Jacques Wagner:

Quem é militantes continuará olhando o PT como alternativa. Quem tem mandato, especialmente parlamentar, estará pensando mais na sua sobrevivência política. São dois mundos diferentes.

A militância quer que o PT seja o partido da justiça social. Lula nunca foi de esquerda, sempre foi um socialdemocrata. A militância considera que o partido não  deve mais “fazer aliança com ladrão”, acabar com as coligações e voltar a se partido clássico de oposição. No entanto, fazer aliança com ladrão permitiu marca social forte.

E há um código de procedimentos dos bons no partido. Não tem histórias de trambiques do PT.  No fundo, tem a posição moralista de recuperar a ética. Do outro lado, os parlamentares e a turma de São Paulo mantendo um padrão político que já era.

Hoje em dia, centro esquerda tem um terço do eleitorado, a direita outro terço e o terceiro terço é o campo em disputa. Apesar de toda a grita contra o PT, esse campo democrata + direitos sociais + liberdades democráticas tem 1/3 da sociedade. Em São  Paulo, até pelo figura do novo prefeito, João Dória Junior, esse campo democrático vai olhar para Haddad.

Diz Rui Costa:

Haddad caiu para cima.

Luis Nassif

25 Comentários

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  1. A BAhia e Rui Costa….

    São um caso a ser estudado mais aprofundadamente.

    Eu confesso que, quando Wagner escolheru Rui para seu sucessor, previ a tragédia total  e…ao abir as urnas….surpresa geral !!

     

  2. O modelo participativo de gestão é o ponto principal

    Sou funcionário público municipal há mais de 20 anos e, em minha experiência, tanto PT, PSDB , como os demais partidos que administraram a cidade loteiam a administração em feudos independentes. Na prática são várias prefeiturinhas independentes, com interesses distintos, geridas por cabos eleitorais ocupantes de cargos comissionados que desqualificam os funcionários de carreira, para justificar a sua presença.

    O povo, quando consultado, é manipulado para dar aval a decisões previamente tomadas pelos donos do poder. Enfim, gostaria de que os projetos administrativos fossem modelados por técnicas gerenciais como Canvas, nas quais os interesses econômicos, sociais, ambientais, cultarais e tantos outros fossem incluídos em cada ação e feitos de forma integrada e baseados em consultas verdadeiras, feitas à população. Mas essa é uma realidade muito distante.

    Na prática, tanto prefeituras, governos de estado e união rezam pela cartilha do presidencialismo de coalizão. São reféns do legislativo que loteiam as administrações em troca de apoio parlamentar e deixam as decisões nas mãos de gente como Sérgio Machado, Alexandre Moraes, Gustavo Perrela, Valfrido Mares Guia, Eduardo Cunha e tantos outros que administram primeiro para si próprio e para o grupo ao qual pertencem e, em caráter residual, para os cidadãos. Istó é quando sobra alguma coisa para o povo.

    1. Concordo plenamente…

      Acompanho mais a realidade do RN e do Piauí. No RN tivemos dois mandatos do PSB. No Piauí agora novamente o Wellington Dias. Nada de programa efetivamente de esquerda, muito pelo contrário. Continua o excesso de cargos comissionados e precarização dos serviços básicos de saúde e educação, além de medidas populistas simplórias (ex: compra de equipamentos para segurança pública e saúde, sem investimento em medidas de eficiência e inteligência na gestão). O RN enfrenta uma crise fiscal causada especialmente pelo governo do PSB, o que fragilizou toda a cadeia de serviços públicos. 

      No Piauí há até a intenção de terceirizar inúmeros hospitais (já foram dois) como “laboratório” para massiva terceirização na Saúde e Educação, com a transferência de gestão para organizações sociais. Goiás e Bahia praticam modelos parecidos, assim como SP. Não precisa dizer muito sobre as motivações e os resultados dessa prática. O “governadorismo de coalização” é algo tão presente quanto no plano federal, o que pode ser até uma desculpa para essas ações, porém, não acredito nisso. O governador tem a caneta e o poder. Ainda que pratique benesses em prol dos aliados, pode muito bem dar uma direção ideológica coerente e, efetivamente, implantar seu plano de governo, pelo menos sob uma ótica macro.

      O que está claro é que a ascensão de partidos de esquerda ao governo os obriga a rever seus programas eleitorais (se é que de fato eram “sinceros”) em prol de uma alegada “governabilidade”, contudo, essa mesma governabilidade passa a justificar a adoção de medidas claramente contraditórias, até mesmo quando inexistente qualquer tipo de contrapartida nas exigências da “coalizão”. Há um misto de covardia e oportunidade nesses governos de esquerda, que não ocorre do outro lado (vide Temer). Resta saber como debelar isso. Exigir o cumprimento dos programas de governo registrados na campanha é o primeiro passo? Talvez. A politização do eleitorado, pelo visto, é causa perdida.    

      1. Desenhar Rui Costa como

        Desenhar Rui Costa como alguém de esquerda é cômico.

        Ele e Jacques fazem política como gente como Mario Negromonte, ambos representam a oligarquia Bahiana e não movimentos sociais

        Há um desespero em apontar que a esquerda sobrevive no Brasil, como se em algum momento ela já houvesse existido

  3. Muito bom saber dessas boas

    Muito bom saber dessas boas lideranças de esquerda, ainda mais vindo do Nordeste. Que hoje dá o exemplo para o campo progressista em diversas cidades.

    As esquerdas do Sul/Sudeste tem um componente moralista/elitista/aristocrático (como discutido num texto aqui do GGN https://jornalggn.com.br/blog/joao-feres-junior/luciana-genro-e-os-moralistas-que-se-pensam-de-esquerda-por-joao-feres-junior) que as fazem ter uma relação com o povo de total antipatia, exemplificada hoje por muitos políticos do pisol, mas que sempre foi bastante forte no pt.

    Espero que o pessoal do sul maravilha tenha humildade suficiente pra dialogar e aprender com as práticas desses governadores do nordeste. O estado do Rio agradeceria bastante por uma mudança drástica no campo progressista (urgentemente!).

    1. O Nassif tem algum problema

      O Nassif tem algum problema com o Ceará. Ele ignora tanto o Camilo Santana PT, como o Roberto Claudio prefeito de Fortaleza PDT. Fala que o Haddad foi o melhor prefeito e tra lala e o cara perde eleição, O Roberto Claudio aqui fazendo uma politica de organizacao municipal sem precedentes, mobilidade urbana que o diga, e em tempo de ser reeleito, e o nassif ignora.

      A impressa do sul tem problemas aqui com o pessoal do Ceará, e é de A a Z, não escapa um jornalista. Talvez falta de conhecimento da nossa realidade, ou falta de tempo por outras prioridades.

      Se Haddad fosse bom mesmo, teria pelo ido a 2o turno, é um político, a meu ver, de gabinete, falta malicia política. Robierto Claudio bota ele no bolso.

      1. Respondo antonio

        Respondo antonio florestan,24/10/2016 – 10:49.Não vou entrar no merito do seu comentario,visto que,Luis já é bem crescidinho.Não posso é deixar de anotar,que você não tem se utilizado corretamente do sobrenome que carrega.

  4. Não há como ‘cair pra cima’

    Não há como ‘cair pra cima’ perdendo a eleição em primeiro turno por mais de 30 por cento dos votos. Comparando com o futebol, perder por 3 x 2 pra Itália na copa de 82 seria um ‘cair pra cima’. Agora perder de 7×1 da Alemanha é a mais pura sova. Espero que Haddad faça uma autocrítica profunda e veja quais os erros que cometeu por ser derrotado do jeito que foi – mesmo sendo um prefeito com qualidades e ideias muito interessantes. A última coisa que Haddad tem que dar ouvidos é a militante que acha que o que aconteceu foi a ‘ingratidão’ do povo da periferia. Aliás, um dos segredos do sucesso na trajetória de Lula era ele fingir que escutava certos setores do PT – como Mercadante e Rui Falcão 

  5. Quem aqui me ouve mesmo a

    Quem aqui me ouve mesmo a contragosto,sabe que bato na tecla que o PT se espatifou por que perdeu a batalha da “comunicação”,em miúdos não têm a palida ideia do que fazer frente a maior máquina de moer carne do planeta,a velha mídia.A maior analista polícia do Brasil,Maria Inês Nassif,escreveu um belo artigo sobre esse palpitosso assunto.Se medo, falta de coragem,corvardia ou incompetência não saberia dizer.Nao foram verdadeiros com Nassif,o Governador Rui Costa e o ex Jacques Wagner.Ainda que lhes dê alguma razão pelo fato do Prefeito ACMNeto ter-se benefeciado da terra arrasada que herdou de um debiloide como o ex Prefeito João Henrique,não foi jamais a causa principal do massacre eleitoral,nunca antes visto em Salvador,imposto por ACMNeto e seus menudos adestrados.Um pouco de história para se constatar que a razão me acolhe.Salvador é a Capital Nacional do Desemprego,25% da população ativa está fora do mercado de trabalho.Salvador tem uma população de quase 80% de afrodescedentes,isto é,a dependência do Estado é indispensável,quase que total.Salvador em termos propocionais,tem a menor renda percapta entre as grandes capitais do País.ACMNeto e seu partido o DEM,foram literalmente contra as COTAS,FIES,PROUNI,PRONATEC,MAIS MÉDICOS,o escambau.Somos a Capital mais despolitizada do País,é fato,porém Lula,em todas as vezes que se candidatou nunca teve em Salvador menos de 70% dos votos válidos.O maior problema da Capital baina,dentre inúmeros outros,é o da mobilidade urbana.Pois bem,todas as grandes obras feitas dentro da Cidade do Salvador foram feitas pelo Governo Estado,isto é,tanto pelo Governador Jacques Wagner como o atual Rui Cost,que,espertamente foram captalizadas pelo menudo ACMNeto,em verdade,detém ele e sua familia,a quase totalidade dos meios de comunicação do Estado.Sem não souberam comunicar-se com Nassif,imagine com a população.Um detalhe pitoresco e até engraçado.O próprio Nassif foi vitima desse fenômeno da descomunicao do PT.So agora tomo conhecimento que aqui esteve,pior,pelo que informa,ainda fez palestra no Vila Velha.Deve ser por esse primor de comunicação que adota o PT,que Maria Inês Nassiff está na praça saem ser aproveitada.Para uma derrota desmoralizante,contem outra,essa eu não engulo de jeito nenhum.Um horror.

    1. Uma ou outra palavra fora do

      Uma ou outra palavra fora do contexto,mas me fiz entender.Que sirva de alerta,a trompeta tocou,ou abrem os olhos ou serão surpreendidos com o que eu batizo da “crônica da morte anunciada”,visto que,os aliados d’agora,a quase totalidade vieram do carlismo.Com a incorporacao do ex Governador Jacques Wagner,a situacao tende a melhorar,haja vista ,ser um politico por excelencia.O Governador Rui Costa sozinho,seria engolido pelos tubaroes,ou para ser atual,pelas sardinhas..

  6. Lamento dizer, Luis Nassif,

    Lamento dizer, Luis Nassif, mas infelizmente você foi enrolado aí pelos dois. A verdade é outra. Por enquanto, Rui Costa é muito mais conversa do que ação em prol dos mais desafortunados. Está contribuindo sem cerimônia para o sucateamento da educação na Bahia.  Os colégios estão abandonados à própria sorte, reféns de empresas terceirizadas que pintam o sete, com professores e diretores que simplesmente não sabem exercer seu ofício e com um crescimento preocupante do autoritarismo no trato com os alunos. Na saúde, ao invés de profissionalizar e humanizar as gestões, prefere deixar os cargos nas mãos dos diretórios municipais do PT e principalmente de partidos de direita que o apoiou. Os caras enfiam um bando de aloprados sangue-sugas sem qualquer competência para administar os hospitais.  Aliás, o governador baiano é adepto fervoros da governabilidade a qualquer custo. As alianças petistas na Bahia com o que há de pior na política são de fazer corar até Lula. Rui Costa provavelmente tentaria desqualificar meus argumentos utilizando estatísticas, digamos, bem interpretativas . Sim por que ele vem se revelando um típico economista cabeça de planilha. Parece que só enxerga números. Simplesmente não tem o menor jeito de lidar com a populaçao e suas reais necessidades e carências. Se não mudar radicalmente sua forma de governar, vai encerrar a carreira política muito em breve. Por fim, deixo uma obviedade que é do conhecimento de qualquer criança: ACM neto e seus menudos deram uma surra no PT nas eleições municipais simplesmente porque tem o domínio quase completo da narrativa política em Salvador, graças à poderosa e mafiosa rede midiática egemônica em seu poder: as afiliadas da rede globo no estado e um sem número de rádios locais. Isso é muito mais relevante do que a terra arrasada deixada pelo prefeito anterior. A propósito, venha dar uma palestra aqui em Salvador. E nos avise. 

     

    1. Respondo  a Allex,24/10/2016

      Respondo  a Allex,24/10/2016 – 10:13.Por certo um professor ou similar da Rede Estadual de Ensino meio desencantado.Não lhe tiro determinadas razões.As politicas de alianças são fundamentais Allex,não se governa sem elas.O carlismo deu as cartas por mais de 30 anos,é fato.O sistema Rede Bahia/Globo,praticamente dominam as comunicações no Estado,isso é indiscutivel.Não se pode negar a Wagner e a Rui as obras viarias fundamentais para destravar o transito caotico de Salvador.O meu temor,e falo isso no meu comentario que espero tenha lido,o Governador Rui Costa não detém o “capital politico” para enfrentar o tamanho do Iceberg que terá pela frente.Importante salentar,que ele demonstra ter plena consiencia disso,senão não traria o ex Governador Jacques Wagner para seu entorno,visto que,essas coisas são deveras complicadas.Fiz um comentario no Blog do Nassif,que por coincidencia endessou na sua entrevista a TV Educativa.Esses fenomenos cíclicos,sejam raivosos ou abundosos,se me faço enteder,teem prazo de validade.São naturais da politica,apesar de reconhecer que este que ainda vivemos nos seus estertores,tenha ultrapassado todos os limites de civilidade.Dias melhores estão por vir.Assim espero.

  7. Por que esses governadoras

    Por que esses governadoras progressistas mais à esquerda praticamente nada dizem sobre o estado de exceção que se intalou no Brasil? Raramente se manifestam. E quando o fazem, é medindo as palavras e pisando em ovos. Por que não saem em defesa de Lula, Dilma e o PT? Covardia ou oportunismo para pavimentar a própria carreira política sobre os escombros do PT? 

    1. Pela ordem das grandezas,

      Pela ordem das grandezas, essa pergunta deveria ter sido feita a Haddad, já que São Paulo é a maior cidade do país com quase o dobro da segunda; é onde se concentra toda a cadeia de mídia formadora de opinião do país (até a Globo se mudou de mala e cuia pra lá há mais de 20 anos), é a cidade mais rica do país e, tem o seu terceiro maior orçamento público, maior que o de todos os outros 26 estados, exceto o próprio Estado de São, que é o segundo orçamento. Querer que um governador baiano e ou de estado ainda mais pobre se insurja diretamente contra o velho coronelismo paulista e seus apêndices pelo país… é querer muito, não?

      Em tempo: o eleitorado dos quatro estados governados pelo PT é menor que o eleitorado do estado de São Paulo.

       

      1. A força financeira é evidente

        A força financeira é evidente da capital paulista.

        Mesmo assim pouquíssimo para o que o companheiro aí de cima propõe: a defesa do Lula e da Dilma.

        Por isso insisto que há níveis diferentes de força no jogo político.

        Um Gilmar Mendes – por exemplo – tem mais influência que um Prefeito de São Paulo restando pouca dúvida a respeito.

        .

        O PT chocou e alimentou várias cobras. Essas cobras viraram adversários sinistros.

        E o preço que NÓS vamos pagar é altíssimo a ponto de por em risco o futuro de milhões de pessoas.

        Não é brincadeira nem instrumento retórico dizer isso.

    2. Bastante simples

      Imagine uma casa com um adulto bem forte, o dono dela, alguns adolescentes e muitas crianças.

      O adulto foi expulso e a deixou (ou facilitou, foi omisso, ineptos etc.) pegando fogo depois de 13 anos.

      O que você pede é que os adolescentes assumam a responsabilidade pela defesa do adulto enquanto pega fogo a casa.

      .

      Ou seja, que os adolescentes saiam dos seus quartos e se exponham ao risco perdendo seu pequeno capital político.

      Dito de outra forma, uma ação altamente arriscada ou, simplesmente, temerária.

      .

      Quando eu falo que vocês não tem muita noção do que é um Estado e o modo como funciona não estou tirando onda.

      Estou apenas tentando alertar para a imensa dificuldade dos processos de governo, que vocês claramente desconhecem.

      .

      O Pimentel realiza uma administração com o olho no caixa, escalonou os salários dos servidores, não tem dinheiro pra nada.

      O que essa pessoa em sã consciência pode fazer contra a Rede Globo e a ferocidade da oposição?

      Sair de peito aberto peitando as mordominas do judiciário e a PM (que tem políticos incendiários)?

      Rsss…rsss

      .

      Ps: os Estados vivem à míngua, sobretudo agora na maior crise da história do país.

      Ainda por cima, uma boa parte do que arrecadam é destinado para a União pagar juros da dívida.

      Durante muito tempo os governadores tentaram renegociar essa mesma dívida.

      Minas Gerais IMPLOROU solução.

      O Governo central resolveu ouvir só quando o Haddad assumiu em São Paulo, assim mesmo de modo tímido.

      Porque a visão da turma do ABC é esta, paroquial, tacanha, da micro-oportunidade de negócio.

      .

      Era o senhor Lula e a Dona Dilma naquele jeito ultra desengonçado e tosco que só os dois conseguem ser.

      O primeiro – de visão curtíssima e eleitoreira – surfava com olho na enorme popularidade.

      E os problemas acumularam na casa, os focos de incêndio foram deixados de lado enquanto se promovia benfeitorias menores.

      Há infiltrações na parede? Preocupa não, nós vamos pintar a casa passando uma falsa sensação de bem-estar.

      .

      Ps2: Onde está o Senhor Lula e a Dona Dilma que não promovem diuturnamente sua própria defesa sendo nacionalmente conhecidos e capazes de vocalizar propostas e soluções?

      Ninguém sabe, ninguém viu.

  8. Tem que se fazer justica com essas lideranças baianas

    Jaques Wagner e Rui Costa entraram para a historia como o projeto de poder que votou de forma alinhada contra o impeachement tanto na camara quanto no senado. A Bahia foi o estado que deu mais votos contra o golpe. Issotem muita relação com a liderança deles e ficará marcado nos livros de história. O que dá mais importância ainda foi ter garantido esses votos numa batalha que ja estava perdida, o que atesta cabalmente sua organicidade. 

  9. A Bahia não é o maior estado de esquerda
    O texto diz que o PT e partidos aliados fizeram 75% dos prefeitos. Verdade. Só não informou que, dentre os partidos aliados, estão PSD, PP, PR, que NUNCA poderão ser considerados de esquerda! Estes 3 partidos elegeram 158 prefeitos, ou seja, 38% das 417 prefeituras.
    Então, numa conta simples, somando esses 38% com 25% de eleitos pela oposição ao governo do Estado, temos 63% de prefeitos eleitos que NÃO são de esquerda.

  10. O governador Rui está

    O governador Rui está interiorizando sua administração com resultados favoráveis ao desenvolvimento da Bahia. Há 60 anos os sucessivos governantes baianos só cuidaram de Salvador, a capital. Na região Sul do Estado estão sendo construídos novo hospital e a segunda ponte na Baia do Pontal, em Ilhéus, município que ganhou a primeira ponte na baia em 1966!! à época do governador Lomanto Junior.

    O vizinho município de Itabuna vai ganhar a barragem no Rio Colônia, em Itaju do Colônia, mais de 70 anos depois de prometida pelo avô do prefeito da capital. A a cidade com mais de 220 mil habitantes enfrenta recorrentes estiagem a cada período e sua população é obrigada a consumir água salobra – neste ano chegou a ter acima de 2 mil miligramas de cloretos (sal).

    Portanto, Rui inaugura uma política de olhar a Bahia como um todo e não apenas a capital como o seu antecessor Jaques Wagner que a nós, do interior, acumula dívidas com promessas não cumpridas. Mas continuamos acreditando na sua perspicácia política e confiantes na sua seriedade e honradez. 

  11. Na Paraíba é dificil Ricardo

    Na Paraíba é dificil Ricardo Coutinho contar com o apoio dos prrlamentares paraibanos. Nos últimos anos tivemos uma safra de deputados e senadores medíocres. Só se salva Luiz Couto. Inclusive, não vejo nenhum nome capaz de substituir Ricardo em 2018.

  12. Extensão rural

    O Rui extinguiu a extensão  rural  da Bahia…Um grande erro…Após 50 anos de atuação efetiva na prestação de serviços de assistência técnica, extensão rural e pesquisa agropecuária, o Governo do Estado da Bahia define pela extinção da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA).Isso não se faz

  13. Mas o fim  da empresa de

    Mas o fim  da empresa de extensão  rural vai ficar na história como algo pernicioso   O estado acabou com a EBDA, o órgão que dava orientação na propriedade e a nova estrutura proposta pelo governo ainda está engatinhando. Não é um Governo  que pensa nos pequenos…

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