Para Mourão, Pazuello deveria ser punido por ato com Bolsonaro

Para o vice-presidente Hamilton Mourão, o ex-ministro Eduardo Pazuelo deve ser punido pelo Exército por ter participado do ato com Bolsonaro

O general Hamilton Mourão de terno e gravata em um evento do governo federal
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Jornal GGN – Para o vice-presidente Hamilton Mourão, o ex-ministro Eduardo Pazuelo deve ser punido pelo Exército por ter participado, neste domingo (23), do passeio de moto ao lado do presidente Jair Bolsonaro, sem máscara e promovendo aglomerações.

A declaração de Mourão foi feita ao chegar ao seu gabinete, na manhã desta segunda, e ocorre como críticas do próprio general do Exército ao presidente da República e ao ex-ministro, que também é general do Exército, afirmando se tratar de um “problema”.

Questionado se Pazuello seria punido, Mourão respondeu: “É provável que seja, é uma questão interna do Exército. Ele também pode pedir transferência para reserva e aí atenuar o problema”, disse.

A transferência para a reserva, conforme sinalizou Mourão, é uma pressão interna que ocorre sobre o ex-ministro desde que ele assumiu o cargo, no ano passado, no governo Bolsonaro. Apresentando-se ao lado do mandatário, subindo no carro de som, após o passeio de moto do mandatário, a participação de Pazuello no ato foi criticada por integrantes do Alto Comando do Exército.

Ainda neste domingo (23), o noticiário informava a decisão da cúpula de transferir Pazuello da ativa para a reserva no Exército, o que foi confirmado em publicação do Diário Oficial da Uião (DOU) desta segunda. Isso porque além da polêmica em si, de infringir regras sanitárias como o uso de máscaras e distanciamento social, o regimento disciplinar do Exército proíbe manifestações desse tipo aos militares da ativa.

A punição correspondente, ainda, seria a prisão de Pazuello, mas o ato do DOU foi datado do dia 21 de maio, em decisão retroativa, o que o livrou da punição de detenção. Mas, ainda neste domingo, a voz correu internamente com a possibilidade de determinar a prisão de Pazuello.

A decisão não foi confirmada na manhã de hoje, mas Mourão, que é general da reserva, lembrou o que determina o regulamento interno: “O regulamento disciplinar do Exército ele no seu anexo I tem uma série de transgressões, entre elas, pode ser aí enquadrada essa presença do general Pazuello nessa manifestação, uma manifestação de cunho político.”

Contudo, Mourão saiu em defesa de Pazuello, ao afirmar que o ex-ministro estaria arrependido: “Eu já sei que o Pazuello já entrou em contato com o comandante informando ali, colocando a cabeça dele no cutelo, entendendo que ele cometeu um erro.”

Redação

1 Comentário

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  1. O acontecido do cidadão e não general Pazuello participar no ato pro Brasil e em apoio ao presidente Jair M. Bolsonaro vem a provar que pelo menos “MELANCIA’ ele não é.

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