Partido português quer suspensão de voos para o Brasil por causa de Bolsonaro

O partido considera “itrresponsável”a forma como Jair Bolsonaro tem comentado a pandemia e exige que o Governo estabeleça uma espécie de cordão sanitário em torno do presidente de Brasil.

Do Jornal Econômico

As declarações do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, levaram o PAN (Pessoas-Animais-Natureza) a considerar que o Governo “deve determinar a suspensão imediata dos voos de todas as companhias aéreas, comerciais ou privadas, com origem do Brasil ou destino para o Brasil, com destino ou partida dos aeroportos ou aeródromos portugueses”.

A proposta do PAN “feita através da Assembleia da República” surge na sequência das mais recentes declarações públicas do Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que assumiu nesta semana uma posição que o porta-voz e deputado do PAN, André Silva, classifica de “irresponsável” relativamente ao surto epidemiológico da Covid-19.

O presidente do Brasil tem colecionado uma série de declarações que vão totalmente contra o que as autoridades de saúde – mesmo as do seu próprio governo – têm manifestado. Bolsonaro pediu às autoridades estaduais e municipais do Brasil que reabram escolas e comércio e ponham fim ao “confinamento em massa”. Já antes, este confinamento tinha levado Bolsonaro a questionar sobre a ‘bondade’ do fecho das igrejas numa altura em que, na sua ótica, os crentes mais precisam de consolo espiritual.

Bolsonaro, de 65 anos, disse recentemente que, caso fosse infetado, não precisaria de se preocupar, tendo em conta que foi um atleta. “No meu caso particular, com o meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria me preocupar, nada sentiria ou seria, quanto muito, acometido por uma gripezinha ou resfriadinho”, considerou.

Hoje, mandou levantar a interdição de ajuntamento em casas de jogo e em locais de culto, indo mais uma vez contra as recomendações do ‘seu’ Ministério da Economia.

Na proposta que o PAN deu entrada na Assembleia da República, é pedida apenas exceção para “os voos de aeronaves de Estado e das Forças Armadas, dos voos para transporte exclusivo de carga e correio, dos voos de carácter humanitário ou de emergência médica, das escalas técnicas para fins não comerciais, dos voos destinados a permitir o regresso a Portugal dos cidadãos nacionais ou dos titulares de autorização de residência em Portugal e dos voos destinados a permitir o regresso ao Brasil de cidadãos de nacionalidade brasileira que se encontrem em Portugal, desde que tais voos sejam promovidos pelas autoridades competentes do Brasil, sujeitos a pedido e acordo prévio, e no respeito pelo princípio da reciprocidade”.

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Luis Nassif

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