Jornal GGN – O ex-ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, recusou um cargo na Secretaria-Geral da Presidência. O ato de nomeação foi assinado pelo ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, mas não foi publicado a pedido do militar, informou o Globo.
Foco da CPI da Covid-19, Pazuello ainda deve decidir nos próximos dias se seguirá sendo representado pela Advocacia-Geral da União (AGU) na comissão no Senado Federal. Segundo a reportagem, o general avalia entregar sua defesa ao advogado criminalista Zoser Hardman, que atuou como seu assessor jurídico na Saúde.
Os movimentos são vistos como uma possibilidade de um afastamento do ex-ministro em relação ao governo.
A recusa de Pazuello para assumir a Secretaria Especial de Modernização do Estado, ligada à Secretaria-Geral da Presidência, comandada pelo ministro Onyx Lorenzoni, ainda teria agradado auxiliares que defendiam que o ex-ministro não estivesse tão próximo ao gabinete presidencial. De acordo com pessoas próximas ao ex-ministro, no entanto ele não está interessado apenas em cargo e não via a secretaria como “uma missão”.
Habeas corpus para não depor
Com depoimento na CPI marcado para o dia 19, Pazuello ainda deve ingressar com um pedido de habeas corpus (HC) no Supremo Tribunal Federal (STF) para não depor ou ter o direito de ficar em silêncio sobre algumas perguntas.
A defesa deve alegar que a comissão apura ações e omissões do governo federal na pandemia e, portanto, Pazuello depõe na condição de investigado e não como testemunha.
A oitiva já foi remarcada, após o general alegar ter contato com duas pessoas contaminadas pela Covid-19.
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