Jornal GGN – Cerca de 16 parlamentares aliados ao governo de Jair Bolsonaro indicaram verbas para Estados diferentes daqueles em que foram eleitos, usando o dinheiro do Ministério do Desenvolvimento Regional em troca de apoio político. Ao todo, R$ 181 milhões foram enviados para regiões fora de suas bases eleitorais.
Segundo documento obtido pelo jornal O Estado de S.Paulo, as indicações foram acertadas diretamente com o Palácio do Planalto e ocorreram por meio da chamada RP9, e só é possível identificar os autores por um documento que não é de conhecimento público.
Um dos políticos citados pela reportagem é o deputado federal Haroldo Cathedral (PSD-RR): embora tenha sido eleito com o compromisso de trabalhar integralmente para os seus eleitores, Cathedral usou sua cota no chamado orçamento secreto para indicar benfeitorias em Minas Gerais, alegando que a proposta se deu via “permuta” com parlamentares mineiros, sem revelar o que deu em troca.
Existe a suspeita de que a indicação de verbas extras seja usada pelos políticos como uma “emenda bumerangue” – isto é, o político teria um ganho financeiro futuro depois que o município ou estatal contemplado assinar o contrato para obra ou compra a partir da indicação dele.
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