Porque os grupos de mídia atacam os blogs

Na edição de ontem, a Folha publicou um resumo dos gastos de publicidade das empresas públicas. Entre os mais de 5 mil veículos programados, o jornal estipulou uma curiosa subdivisão: as verbas dos grupos de mídia e as verbas dos blogs e jornais online independentes – classificados por ela como “aliados do governo”.

Na relação de mídia há rádios, sites de todos os tipos, revistas semanais  e revistas especializadas. Por que a fixação nos blogs – e em revistas independentes, como a Carta Capital – que receberam parcelas ínfimas da publicidade pública?

Essa implicância se explica por dois fenômenos centrais na crise dos grupos de mídia.

O monopólio da audiência

O primeiro deles é o fim do monopólio da audiência.

Na era pré-Internet havia enormes barreiras de entrada a novos grupos de mídia.

Na imprensa escrita nunca houve competição, pela necessidade de investimentos a se perder de vista; na televisiva e radiofônica, devido ao cartório das concessões.

Com a diversificação editorial no mercado de revistas, as grandes empresas do setor montaram  uma estrutura oligopolista, um pacto entre grupos de mídia e agências de publicidade (em torno do Bônus de Veiculação) que tem como agente legitimador das publicações impressas o IVC (Instituto Verificador de Circulação).

Quando começou a cair a tiragem da Veja, um dos estratagemas para turbinar a tiragem consistia em prorrogar a assinatura mesmo sem o consentimento do assinante e mesmo sem pagamento. Ou então proceder a uma vasta distribuição de assinaturas. Tudo entrava na conta das assinaturas pagas – a métrica que vale para medir tiragem. O custo da distribuição compensava mais do que a queda proporcional no faturamento publicitário.

No caso das TVs, o agente legitimador é o IBOPE. No último ano houve uma queda radical da audiência da Globo. Há suspeitas no ar de que essa aceleração da queda foi uma espécie de encontro de contas, ante a iminência da entrada de novos medidores de audiência e também da venda do IBOPE para um grupo internacional.

Até então, as agências de publicidade admitiam anunciar apenas em veículos auditados ou pelo IVC ou pelo IBOPE.

Com a Internet, duas barreiras deixaram de existir: a barreira da audiência e a barreira dos medidores de audiência.

A audiência de qualquer site ou blog pode ser auditada em tempo real por sistemas do Google ou por sistemas mais especializados. E o mercado de mídia deixou de ter públicos segmentadas por veículos.

A Internet rompeu definitivamente com as barreiras entre a mídia e outros setores. A disputa por públicos se dá em  sites de compras, portais de entretenimento, grupos religiosos, torcidas de futebol. Todos esses grupos se acotovelam na Internet disputando públicos e publicidade.

O que vende mais carro ou imóvel: uma publicidade em jornal impresso, em um site jornalístico ou em um portal especializado? O anúncio de uma geladeira é mais eficaz na página interna de um jornal ou no site de uma loja de departamentos?  Quem tem mais credibilidade perante seu público: um jornal ou um pastor?

Esse é o drama: portais de comércio online ou de outros tipos de audiência passaram a competir no mercado publicitário com os grupos jornalísticos.

O ranking da Alexa (o mais conhecido medidor de audiência em Internet) traz dados surpreendentes sobre o Brasil.

Na lista dos 25 sítios de maior audiência do país, os quatro primeiros são de redes internacionais: Google brasileiro, Facebook, Google internacional, Youtube. Só então aparecem dois brasileiros: Uol e Globo. Na sequência, quatro estrangeiros: Yahoo, Live (antigo Hotmail), Allexpress, Youradexchange. Na 10o posição o Mercado Livre; na 13a o Netshoes; na 16a o Megaoferta. Só então a Abril na 17o. Por alguma razão não entrou o Buscapé – que tem enorme audiência.

Nos Estados Unidos, os dois últimos bastiões da imprensa – os anúncios de produtos nacionais e os classificados – já migraram para outros veículos digitais.

O monopólio da informação/opinião

O que resta para os grupos de mídia? O último diferencial, exaustivamente explorado por Rupert Murdoch: o uso despudorado do poder de opinião.

O mercado de opinião é composto de diversos subgrupos homogêneos: operadores de direito, igrejas, torcidas de futebol, políticos, militares, sindicalistas, movimentos sociais.

A força maior dos grupos de mídia está na sua influência sobre os grupos centrais de poder: mundo jurídico, político, militar e econômico.

Embora numericamente desimportantes, esses grupos é que decidem políticas econômicas,  comandam  verbas privadas de publicidade, influenciam decisões judiciais, aprovam leis e controlam o próprio aparelho do Estado – e, através dele, mantem o controle sobre as grandes compras públicas do seu mercado, dentre as quais publicidade, assinaturas, livros didáticos etc., além de regalias no tratamento fiscal, com sucessivos perdões de dívida, inacessíveis às empresas comuns.

Por isso mesmo, é um terreno defendido a ferro e fogo  por seus donatários.

Dia desses conversava com o presidente de um grande grupo nacional, que já entrou em diversos setores. “Em cada setor, me dizia ele, as empresas já existentes nos tratam como concorrentes. No caso da mídia, qualquer ensaio de entrada e já somos tratados como inimigos”.

Pois justamente esse centro derradeiro de influência foi invadido nos últimos anos pelos zumbidos de um enxame de abelhas, os blogs.

Antes, o mercado de opinião era subdividido entre a linha noticiosa dos jornais e seus colunistas. Nas décadas de 90 e metade de 2.000, ainda sob os efeitos da marcha das diretas e da redemocratização, esse modelo permitiu uma razoável diversidade e uma relativa autonomia dos colunistas.

A partir de 2005 encerrou-se o pacto e os grupos de mídia montaram sua estratégia de guerra visando a conquista do poder político. Aboliu-se o contraditório dos jornais, o direito de resposta. E passou-se a se valer das reportagens como armas de guerra, sem preocupação até com a verossimilhança das informações veiculadas.

Esse modelo era de mais difícil aplicação nos anos 90 graças a algum espaço para a metacrítica jornalística. Quando o pacto aboliu as críticas entre jornais e entre colunistas, a imprensa perdeu o rumo. Não havia mais riscos de serem desmascarados mesmo nas matérias mais estapafúrdias. Foram contratados pitbulls para  desqualificarem  colunistas recalcitrantes, não lhes pemitindo espaço para defesa,  como forma de alijá-los dos jornais.

Os grupos de mídia – ainda influentes – perderam a diversidade e  passaram a falar para uma audiência cada vez mais restrita e hidrófoba, deixando ao relento os leitores mais qualificados, formadores de opinião.

É aí que surgem os blogs, cumprindo a função do colunismo sem amarras, valendo-se do poder de disseminação de informações da Internet. Basta um blog desmontar uma reportagem da grande mídia para o artigo se espalhar como rastilho pela blogosfera.

Pela primeira vez, a mídia se viu frente a críticos que transitavam na mesma plataforma tecnológica. Antes, o enfrentamento se dava via mimeógrafo, xerox e cartazes.

Estratégias de desqualificação

Os blogs têm audiência e atuam no creme do mercado de opinião: os formadores de opinião, que transitam entre blogs mais à esquerda e mais à direita para formar sua opinião. É um público qualificado, de adultos, bancarizados.

Muitos dos blogs tentam se estruturar como empresas. Como tal, alugam escritórios, contratam jornalistas, contatos publicitários etc.

Os ataques dos jornais – nítido na matéria da Folha – consistem em explorar a desinformação dos seus leitores, tratando o faturamento publicitário como se fosse uma mesada a uma pessoa física e não a compra de um espaço publicitário de uma empresa, da mesma natureza daquele oferecido pelos grupos jornalísticos.

Ou então, desqualificando a posição dos blogs. Mesmo que existam críticos do governo, não vale a crítica pontual – ou o elogio pontual. Só se aceita o padrão de guerra total dos grupos de mídia. E não se tolera o contraponto ao que a mídia publica.

Obviamente a desproporção de forças é imensa assim como a força de coerção preservada pelos grupos de mídia.

Tome-se o caso dos Correios em 2013 – com informações extraídas das planilhas da Secom.

Os Correios estão no centro do fogo da Lava Jato. Hoje em dia, é a empresa pública mais vulnerável, com estripulias diversas nas licitações internas, no aparelhamento e no Postalis, seu fundo de pensão.

Jamais mereceu uma reportagem mais aprofundada, apesar de fartamente citado nas declarações de Alberto Yousseff. E essa blindagem é garantida diretamente pela maneira como distribui suas verbas.

Em 2013, empenhou R$ 544 milhões em verbas publicitárias.

Desse total, destinou R$ 46 milhões para a TV Globo; R$ 3,3 milhões para a Editora Globo; R$ 1,4 milhão para a CBN; R$ 8,6 milhões para os canais a cabo da Globo; R$ 9 milhões para a rádio Globo.

Dentre os impressos, destinou R$ 5 milhões para a revista Veja; para as demais revistas da Abril, mais R$ 2 milhões.

Não incluiu nenhum veículo online alternativo para não incorrer na ira dos grupos de mídia.

Suspeitas não são as empresas que programam blogs ou mídia alternativa. São as que temem programá-los, por terem alguma forma de rabo preso.

Luis Nassif

79 Comentários

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  1. mais um excelente post  pra

    mais um excelente post  pra gente entender a hegemonia

    dessa grande mídia que perde cada vez mais o rumo

    de casa – pelo menos da minha!!!!

    além de falaciosa, causa horror, terror, ao país….

  2. O poder de repercutir em Concessões Públicas

    A midia tradicional, jornais e revistas das familias controladoras das midias, tem um poder ainda muito grande por fazerem repercutir suas opinioes via Concessões de Midia Eletronica, radios e tvs.

    Notícia de jornal tipo Folha Globo Estadao poucos leem.

    Mas as manchetes e pautas repercutem nas radios e tvs que muitos vem e ouvem.

    Os blogs nao repercutem.

    Ha um longo caminho a percorrer.

    Esse caminho passa por radios e tvs.

    E por uma verdadeira universalização de banda larga tão abrangente quanto a de radios e tvs abertas.

     

     

  3. Ótima análise! Não adianta os

    Ótima análise! Não adianta os jornais atacarem os blogs porque cada vez mais leitores se informam através deles. Não é à toa que jornais televisivos vem  perdendo audiência ano a ano, tanto por falta de credibilidade das informações como pela partidarização em assuntos políticos. Os blogs que mantém a ética na prática do bom jornalismo, assim como este, além de trazerem uma diversidade enorme de matérias permite a interação entre seus leitores que acrescentam e trocam conhecimento. Essa prática da leitura através dos blogs não tem volta e só tende a crescer! Para a grande imprensa que explora exaustivamente o uso despudorado do poder de opinião, só resta o velho ditado: adapte-se ou morra!!!  

  4. É provável que estudo mostre

    É provável que estudo mostre que as verbas de mídias da petrobras tenha dimuído para o PIG e, portanto, a blidagen das corrutpção ficou mais fraca e deu no deu.

  5. Os derrotados voltara a usar o WhatsApp para espalhar boatos

    Como a equipe de Dilma usou o WhathsApp durante a campanha para desmentir boatos…. 

    http://www.sul21.com.br/jornal/equipe-de-dilma-usa-whatsapp-para-desmentir-boato).

    Os derrotados voltaram a usar o WhathsApp para espalhar boatos. E cadê Petrobrás, governo, setor jurídico do PT etc para fazer o contraponto assim como o fez durante a campanha eleitoral, inclusive monitorava a repercussão dos boatos que chegavam a milhões de brasileiros via celular, a ponta da tecnologia em termos de comunicação nos dias de hoje, uma vez que a “notícia” chega quentinha ao seu celular e, o pior, vindo do seu sobrinho, do seu irmão, enfim, do seu familiar que, como tal, merece crédito e dai a notícia se espalha a partir de multiplicadores, cada grupo comporta até 100 pessoas, enfim, uma verdadeira bomba em termos de comunicação, e bastante silenciosa, não sendo alvo de análise ou preocupação por parte de quem que seja, quem sabe quando iniciar a próxima campanha eleitoral o PT põe mãos à obra novamente ou será que acabar o Muda Mais foi uma forma de acalmar os barões da mídia, então tá….

     

  6. Voz de Deus

    O que mais me assusta são os jornalistas da grande imprensa que, em nome de garantir seu pretenso poder jornalístico e status, tentam defender teses contra a irreverssível estratificação da mídia. Fixam-se na ideia de que na Era de Digital quem continuará “mandando” são os portais da mídia tradicional. Penso que, no fundo, esses mesmos jornalistas temem perder status. Alinham-se ao patrão por que consideram essencial não perder o monopólio da informação, como se o que falassem representasse a “voz de Deus”. 

  7. Excelente artigo
    Preocupante

    Excelente artigo

    Preocupante a denúncia sobre os correios comprarem a sua blindagem com altas verbas de publicidade.

    Poderia ser essa denúncia de Nassif ampliada para as outras estatais?

    Uma imoralidade

    1. Creio que isso não é

      Creio que isso não é privilégio das estatais. O  uso da publicidade paga para blindar reportagens negativas sempre foi fartamente utilizada pelos grandes grupos privados, nacionais e internacionais, pelas prefeituras, governos estaduais, etc… e, como instrumento de chantagem ,  por algumas mídias tradicionais.

       

  8. Nassif, você matou a charada.

    Fez barba, cabelo, bigode e costeleta!

    Nunca vi um artigo explicar tão claramente o teatro de sombras do mercado de mídia no Brasil e o papel de cada um de seus atores.

    Sempre considerei a Internet a ferramenta mais revolucionária da história. Ela decretou de maneira avassaladora o fim do monopólio da informação. Mas o PIG não admite largar o filé mignon. Vai espernear até o fim.

     

  9. Preciso.
    O monopóçio da

    Preciso.

    O monopóçio da formação de opinião foi quebrado e com o novo satélite que a presidenta mandou fabricar para aumentar a banda larga a situação só tende a piorar para os barões do PIG.

  10. LEI DE IMPRENSA! PRA ONTEM!

    A reforma mais urgente para o Brasil é a reforma dos meios de comunicação. A versão tupiniquim da Ley de Medios dos hermanos argentinos. Como deve ser essa reforma? Em nossa opinião, deve ser radical. Desconcentrar a posse da mídia, realizar concorrências públicas para concessão, exigir conteúdo local ou regional em 60% da grade, garantir o imediato direito de resposta, punir rigorosamente as falsas reportagens e acusações, etc. E você? O que acha? Nossa reflexão sobre o tema está no texto do link abaixo:

    http://reino-de-clio.com.br/Pensando%20BR7.html

  11. A solução para a perda de audiência

    destes veículos da imprensa jurássica aparentemente está dentro de casa! A maioria dessas redes possui também redes de rádios.

    Ora, antes do advento da televisão, eram os rádios que faziam o papel da mesma. Só que, depois do surgimento da televisão, as rádios trataram de se adaptar às novas realidades, procurando se especializar em determinado tema, como trânsito, esportes, gospel, etc. e assim ainda sobrevivem. Ou seja, conseguiram se adaptar. E isso a imprensa decadente não vê. Ou não quer ver. 

    E se não ver, acabará morrendo.   

  12. Muito esclarecedor, mas penso

    Muito esclarecedor, mas penso que há uma grande subestimação da importância dos setores religiosos e educacionais, que em parte são elites econômicas, políticas e militares, mas retiram grande parcela de seu poder do fato de terem um púlpito e uma sala de aula, grandes redes transmissoras, especialmente em setores que, devargazinho, ascendem socialmente, entrando no mercado de consumo de opinião, de informação e, assim, abrindo portas para tornarem-se novos produtores simbólicos.

  13. Ótimo texto Nassif, apesar de

    Ótimo texto Nassif, apesar de discordar de você em alguns pontos. Primeiro nessa questão dos Correios, uma empresa que vive aparecendo em alguns escândalos e teve a farra do Postalis documentada em publicações mais segmentadas como Valor e Exame. Essa questão de blindagem com verba de publicidade é sim uma verdade, mas não é garantia 100%, vide a Petrobrás que possui uma verba bem maior e não vem sendo poupada pela grande mídia.

    O que realmente importa para essa blindagem não é apenas o valor investido no grupo, mas quanto isso representa no faturamento da empresa. Há grupos de mídia que 30 a 40% de suas receitas vem dos governos e empresas públicas, outros grupos tem 70% ou mais de receita vinda do Estado. A chance de cooptação editorial será maior dentro dos mais dependentes. Na minha opinião a receita pública deveria ser a mesma para todos: R$ 0,00.

     

    Quanto aos blogs, merecem um viva mais pela plataforma que permite a total liberdade de opinião. A qualidade não difere do que acontece em outros meios de informação, existem blogs interessantes que permitem bons debates como esse seu e existem outros de conteúdo patético e ideologias jurássicas, com públicos diferentes consumindo e processando conforme suas vivências, exatamente como acontece com TV, revistas e jornais.

     

    OBs: Enquanto estou lendo essa matéria tem um banner dos Correios aparecendo no seu blog, provavelmente um espaço randômico comprado pelo Google por um custo bem baixo.

    1. A Petrobras enfrenta o lobby

      A Petrobras enfrenta o lobby das petroleiras. E a derrubada da lei do pré sal é mais do que postura ideológica da mídia. 

      1. Mas o Lobby das petroleiras
        Mas o Lobby das petroleiras não é o causador da corrupção explícita na estatal, se ele estiver incentivando as denúncias é um alento para sonharmos em mudar. A lei do pré sal concordo que não é ideológica, é política. Aliás politicamente estamos muito mal, do PSTU ao partido mais a direita que existir cada vez menos homens públicos se salvam. O Brasil precisa de uma reforma profunda do Estado, enquanto não acontecer nem a Lei de Meios vai salvar o país.

  14. O PT quer censurar a mídia!

    Mas é o Aécio que trava uma renhida batalha pessoal e judicial contra tuiteiros…

    http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/12/1564613-juiz-manda-twitter-revelar-usuarios-a-aecio.shtml

    Se fosse o Lula travando uma guerra contra os tuiteiros que o acusam de ser dono da Friboi junto com o Lulinha, seria bolivarianismo, censura. Se fosse a Dilma processando os blogueiros que a xingam de todos os palavrões usados na arquibancada do estádio, seria censura. 

    Mas como é o Aécio, é “justiça”…

  15. PiG
    este apelido caiu bem, não?
    o governo tá marcando a maior toca assim como os anunciantes.
    Eu nao tenho nduvidas que os verdadeiros formadores de opinião tem em a blogsfera como referência. Nas eleições vencidas pelos partido dos trabalhadores, os blogs tiveram participação direta nos resultados tanto quanto as redes sociais. Em um raciocínio rápido porém consistente, a classe c e a média, que são os maiores consumidores, portanto, a audiência fora do PiG: redes e blogsfera.
    A polarização da política também esta presente nas mídias. Mas com a falta de credibilidade e cimpromisso e corte na bolsa imprensa para o PiG, a tendência da Veja e virar mala direta de bairros chicosos.

  16. Propriedade privada !

    É impressionante como o PIG considera as verbas de publicidade pública como um bem privado, que só deveria ser destinada a eles !!

    Se está fora do clubinho deles, tudo é considerado pró governo. Isso é maniqueísmo puro !

  17. Pensei que o centro da Lava

    Pensei que o centro da Lava Jato fosse a Petrobrás e não os Correios.

    E, no caso dos Correios, a publicidade paga não conseguiu a blindagem porque todos os dias , principalmente no Globo, FSP e Estadão,  saem reportagens depreciativas.

  18. O Ibope sempre superestimava a audiência dos programas da Globo?

    Um dos parágrafos me deixou pensativo:

    “No caso das TVs, o agente legitimador é o IBOPE. No último ano houve uma queda radical da audiência da Globo. Há suspeitas no ar de que essa aceleração da queda foi uma espécie de encontro de contas, ante a iminência da entrada de novos medidores de audiência e também da venda do IBOPE para um grupo internacional”.

    O que o Nassif quer dizer com este parágrafo é que o Ibope quase sempre superestimou a audiência dos programas da Globo e diante da iminência de ser vendido para um grupo internacional e as falcatruas virem à tona teve que tirar o pé do acelarador e pisar no freio de arrumação. Não é isso, Nassif?

  19. Mídia atacam os blogs

    Na realidade os meios de comunicação no Brasil estão apelando, simplesmente porque estão perdidos, graças à internet o poderio das emissoras de televisão estão caindo a cada dia que passa. No desespero e na falta de jornalistas e reporteres competentes estão focando seus assuntos para as tragédias, dando muita enfase a noticias inuteis e futeis e que nada ou quase nada fazem para alertar o povo do seu real papel na vida em comunidade. Exemplo disso os programas do tipo que o DATENA e seus concorrentes apresentam, FAUSTÃO, as novelas ridiculas que alienam mais e mais a população menos instruida. O governo federal ou desgoverno, como queiram, deveria instituir leis para que pelo menos 50% do tempo televisivo fosse usado para programas educativos, video-aula e etc.

    1. 50%?

      So 50%? As radios e TVs abertas sao concessoes publicas e como tal deveriam ser estrategicamente mobilizadas para prover Educacao, Cultura e Entretenimento de Alto Nivel 100% do tempo. Quem ainda quisesse ver Datena, Faustao, novelas, programas religiosos e coisas do genero que migrasse para a midia paga ou para a internet. Ninguem esta se posicionando contra a diversidade de opinioes, pelo contrario.

      Mas a TV e as radios sintonizadas “de graca”, somente sao possiveis porque estao assentadas num bem publico que a maioria ,via de regra, nao racionaliza; a sociedade paga duplamente: primeiramente ao possibilitar o enriquecimento os exploradores da midia e em segundo lugar, mas nao menos tragicamente importante, ao disponibilizar mentes para serem lavadas e manipuladas, em concerto com a nocao de exercicio do “poder macio” de uma minoria infima; que impede que a maioria se aperceba da forca que, coletivamente, possui para fazer sua historia.

  20. Uma das coisas mais

    Uma das coisas mais interessantes que aprendi lendo “Ab Urbe Condita Libri”, de Tito Lívio, foi  justamente sobre o medo. O medo é um sentimento comum a todos os homens e, sem dúvida alguma, o maior problema com que se depararam e deparam os comandantes militares. O medo, que pode ser provocado por alguma coisa real ou imaginária, se propaga pelos soldados fazendo-os ficar paralisados e, eventualmente, dar as costas ao inimigo fugindo em desordem. O maior medo de qualquer comandante deveria ter, portanto, era o de perder o controle de seus comandados. 

    Os romanos descobriram que a única maneira de fazer isto era obrigar os soldados temerem mais seus comandantes do que os inimigos. As punições impostas aos legionários romanos que agiam como covardes eram cruéis e quase sempre mortais. Antes de uma investida, houve um comandante romano que mandou queimar o acampamento na retaguarda para que os soldados soubessem que se não vencessem os inimigos não teriam para onde voltar.

    Quando uma tropa refugava o combate, o comandante submetia-a à dizimação (execução aleatório de um em cada dez soldados). Os soldados acovardados podiam ser enforcados no tronco e vergastados (espancados com varas como se fossem crianças). A punição mais temida pelos soldados romanos, porém, era o banimento do acampamento fortificado (caso em que o soldado ficaria a mercê do inimigo, da fome, do clima e das feras). 

    Vencer ou vencer era um lema e para tanto os comandantes romanos sempre colocavam seus soldados entre dois medos: o medo do inimigo e o medo da punição imposta pelo comandante. Além de controlar o medo entre seus comandados, os comandantes romanos faziam de tudo para projetar medo entre os inimigos.   

    Ao atacar ferozmente os Blogs as empresas de comunicação (que sofreram perdas econômicas em razão da crescente informatização da economia e da sociedade brasileira) querem projetar medo num adversário mais fraco que tem potencial para se tornar mais forte. O que conseguiram, entretanto, foi exatamente o oposto: quem se sente suficientemente seguro de si não incomoda um adversário supostamente mais fraco que sabe poder destruir completamente quando bem entender. 

    O medo das empresas de comunicação é evidente. Mas ele é apenas a ponta de um iceberg de medo enterrado em balanços que provavelmente tem sido  maquiados para permitir sua sobrevivência. Seus donos sabem que se tornaram mais e mais dependentes das verbas estatais de publicidade e que terão que disputá-las com os Blogs num futuro próximo. Antecipando a derrota em razão do temerário ataque que revela apenas seu medo, as empresas de comunicação já se deram por derrotadas. 

  21. Contraponto

    “Aboliu-se o contraditório dos jornais, o direito de resposta. E passou-se a recorrer às reportagens como armas de guerra, sem preocupação até com a verossimilhança das informações veiculadas.”

     

    Interessante, havia pouco tempo o site do G1 permitia comentar a maioria dos post . Era possível desconstruir e desmoralizar as manipulações grosseiras das matérias com simples comentários, ainda que óbviamente sua leitura fosse bem menor do que o texto principal e vedasse a postagem de links.

    De uma hora para outra, sem qualquer explicação, retiraram a seção de comentários das matérias. Por que será…

  22. TÁ COMPLICADO PARA ELES

    Ontem mesmo uma menina do Globo ligou oferecendo uma assinatura do jornal, falei para ela,que agora tenho os Blogs de graça para me informar e que não preciso pagar, para ter informação de qualidade, é só saber procurar na internet. 

  23. Minas

    Tem muita gente cobiçando o sonhado espólio do bolo publicitário que passaria a ser dividido mais generosamente com os atuais desafetos da mídia tradicional.Esta seria uma boa tese conspiracionista da direita.A divulgação(FOLHA) dos valores pagos pela  publicidade do governo federal mostra um grande filão onde a “nova mídia” já está descobrindo valiosas pepitas.

  24. Nassif
    Zé Dirceu, se ferrou

    Nassif

    Zé Dirceu, se ferrou quando disse as palavras mágicas.

    ” massificação da informação e computador de $100.”

    Pagou caro por enfrentar o poder midiatico.

     

     

  25. Fico feliz por ter acesso a informacao

    Pôs o dedo na ferida desta midia distorcida, uma visão muito clara de alguem que sabe o que se passa nos subterraneos maleficos da grande midia brasileira(brasileira?). Fico feliz por ter acesso a esta noticia.

    Fico pensando, que nos momentos atuais, com todo este massacre(desinformacao, pre-jugamento, alardismo de crises diversas, etc.), da midia ao governo eleito pelo povo. Mas isto não estar dando certo para eles. De alguma maneira o povo é sabio e sabe filtrar a injustiça, alguem que bate em força desproporcional, e o povo se posiciona para o lado de quem apanha diariamento.  E se alguem bate desta meneira é porque tem medo de algo, ou tem grandes interesses. E gera desconfiaça do povo.

    Nas eleicoes, quando o governo teve 10 minutos para mostrar seu lado, conseguiu reverter toda a desinformacao dos meses anterior, e todos os ataque diarios de boa parte da grande midia, algo em torno de 23p0min por dia. Então eu digo que de alguma maneira o povo permanece sabio.

  26. A comparação ainda é

    A comparação ainda é desproporcional e favorável à grande mídia no que se refere ao poder de pautar a discussão pública. Os que buscam meios alternativos de informação, na internet, não representam a grande massa e, na verdade, talvez nunca represente, pois, sem querer parecer elitista e arrogante, trata-se de um leitor qualificado. O cidadão médio, que pouco lê, somente será atraído pela blogosfera se ela reproduzir o tipo de jornalismo popular que existe fisicamente e que, ainda assim, não é o grande formador da opinião política. Esse cidadão que pouco lê se orienta pelo jornalismo da televisão e do rádio e, penso, não será atraído pela blogosfera. Nesse sentido, o aumento do público qualificado depende de outros avanços sociais, como educação e disseminação da cultura. Porém, inegavelmente a rede já faz um contraponto relevante no ambiente político se observada a parcela denominada de “formadora de opinião”. Veja o exemplo da capa da Veja pré-votação do 2º turno. A tendência, a meu ver, não é que a grande mídia sucumba no futuro, mas que esse contraponto da blogosfera a conduza à sanidade por absoluta necessidade de sobrevivência, tanto porque vive da credibilidade perante o público mais crítico, credibilidade esta que está indo rapidamente pelo ralo do esgoto sensacionalista, como porque é um perigo brigar com o dono do cofre, que hoje pode ser um republicano, mas amanhã poderá ser alguém mais revanchista, como um certo mineiro que anda por aí tentando chegar lá e que não hesitará em trancar o fluxo de dinheiro para os que o contrariarem. O que está ocorrendo, hoje, é mais ou menos o que ocorria com o menino dono da bola, quando éramos crianças. Enquanto só ele tem a bola, as peladas são organizadas segundo sua vontade. Todavia, quando outros meninos aparecem com bolas novinhas, ele ainda tenta durante um tempo manter a antiga autoridade, até perceber que, se quiser continuar a brincar, terá que adotar outra postura. Sempre é assim em mudanças de paradigmas. Os antigos monastérios dos monges copistas devem ter odiado o surgimento da imprensa. Os teatros devem ter temido o cinema. Estamos num desses momentos de ruptura. A mídia era a dona hegemônica da antiga e grande “bola informacional”. Hoje, chegaram outros donos. Por enquanto, suas “bolinhas” são pequenas, mas estão começando a incomodar. Se quiser continuar no jogo, a grande mídia vai ter que aprender a conviver com as bolinhas blogueiras.

  27. Um excelente post para discutir um não-assunto

    Um dos melhores textos que li do Nassif aqui no blog, fala de cadeira, pois esteve lá dentro e sabe como funciona os pesos e contra-pesos das redações.

    Mas não deixa de ser um não-assunto, as empresas de mídias que estão ai hoje só defendem seus odiosos privilégios inconfessáveis.

    Uma coisa que não foi mencionada é que hoje, só os blogs atiram balas de prata, como a que acertou o Armínio na campanha. Não há como a velha mídia se defender, ou se recuperar.

  28. Artigo pra lá de

    Artigo pra lá de esclarecedor.

    Creio que o ponto de partida desta artilharia da grande mídia na verdade tenha sido dois:

    1) A inibição do golpe jornalístico do JN da Globo, através da repercussão da VEJA, na véspera do segundo turno da última eleição presidencial.

    2) A gota d’água: a repercussão da revelação e desmonte do “suposto” golpe no TSE, quando da análise das contas da campanha de Dilma, devassadas pelo empresário e ministro Gilmar Mendes, por um “blogueiro” (Nassif).

  29. Não a subestimemos pela perda

    Não a subestimemos pela perda de audiência. Recebo pelo celular, pelo email e na minha casa publicações que não assinei, mensagens de grupos com os quais não me identifico e de pessoas que sequer conheço. E a mensagem nunca é informativa; é declaratória: afirmações, constatações, opiniões. Me tornei leitora assídua deste blog e de outros em busca de um produto qualificado. Mas não sou, nem de longe e infelizmente, parte da moda. Estou mais para ponto fora da curva ainda. No momento, isto resulta em mobilizações espúrias, manipulação e a proliferação de conceitos e posturas bastante questionáveis, só para manter a elegância e não partir para acusações mais graves. Outros membros já expuseram esta mesma situação nos comentários já postados inclusive. Ainda é, e será por muito tempo, o 4o. Poder e não há moderação, ainda, a conter sua cobiça. Para completar, alimenta em alguns jornalistas, a vaidade e os faz acreditar que são expoentes em suas posições, portadores da Verdade, brilhantes. Torna-os instrumentos úteis em sua vaidade e orgulho extremados e depois, quando não mais interessam, se tornam caros demais ou lampeja neles visão crítica, os cospem fora, o que os torna ainda mais sujeitos a assédios…  Há exemplos bem recentes disto.

  30. O governo, assim como

    O governo, assim como qualquer empresa que queira anunciar tem o direito de escolher onde querer veicular sua publicidade.

    Por que não cortar toda a verba que o governo destina a esses grupos? Seria o melhor dos cortes de gasto. Fica proibido anúncios (desconsiderando comunicados de utilidade publica) em meios de comunicação privado por qualquer instancia de  governo, municipal, estadual e federal.

    Assim o grupo folha, abril globo e demais parentes provariam que se importam realmente com o dinheiro publico, e que são .

  31. Há muitas verdades, mas só uma prevalece.

    O Lula disse uma vez que não temia a mídia da Internet, porque o povão não tinha acesso a ela. Mais tarde em um discurso no Foro São Paulo disse que as esquerdas precisavam dominar a mídia da Internet, porque agora julgava que haviam movimentos contra o PT e estes estavam se espalhando muito rápido e, as esquerdas, precisavam se defender e atacar com o mesmo furor. Vou dizer de mim, não sei dos outros – Há muito tempo não compro jornal de papel, pois hoje acesso alguns portais que me informam sobre tudo o que acontece no mundo minuto a minuto. Ainda gosto de assistir os jornais da TV, mas mais para ver as imagens do que pela informação. Acompanho alguns blogs, e tento dar opinião independente que muitas vezes não são publicadas, por acharem que não está em linha com o pensamento do mediador ou do dono do blog. Sou apartidário e portanto julgo pessoas e partidos pelos atos e não por ideologias ou formas de governo. Assim sendo quando entro em um blog e vejo que o escritor tem tendências a proteger um determinado partido ou segmento social somente porque seu modo de pensar é igual, então eu vou na contramão deste, porque ninguém faz minha cabeça. Sou anticomunista convicto, porque já li o manifesto comunista e este me indigna na forma mais crucial da minha existência. Este manifesto é contra tudo que acredito e para mim é a desgraça da civilização. Na mesma linha sou radicalmente contra o capitalismo selvagem, aquele que usa a tudo e a todos para obter o lucro a qualquer preço e a qualquer custo. Sou muito a favor do socialismo capitalista, aquele seguido pelos países baixos da Europa, aonde os impostos são altíssimos, mas o retorno para população em serviços é excelente. Só assim podemos ter uma país igualitário, mas sem paternalismo, sem corrupção, sem currais eleitorais. Por isso é que na grande maioria dos blogs e da mídia em geral seria mister não existir matérias tendenciosas que protege a uns e ataca a outros. Ater-se somente aos fatos apurados e não a conjecturas que criam fantasias e denigrem pessoas. A experiência vivida ao longo dos meus 59 anos me deixa um coisa muito clara: – “Não existe uma só verdade, mas só uma é verdadeira”. Temos muitas verdades, a sua, a minha, mas a verdade inconteste só existe na realidade dos fatos e das intenções do mesmo.  

  32. A VERDADE É…

    …Que no capitalismo, precisa-se sobreviver. Seja independente, seja das midias tradicionais, quem jogaria pedra a quem recebe dinheiro pra se manter?? Sempre foi e sempre será assim. Melhor deixar o mimimi de lado e focar em coisas mais interessantes.

  33. Enquanto isso…..

    Rádios comunitárias e livres lutam contra criminalização da atividade

    Helena Martins – Repórter da Agência Brasil Edição: Aécio Amado

     

    http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2014-12/fds-radios-comunitarias-e-livres-lutam-contra-criminalizacao-da#

     

    Desde os anos 1970, as rádios sem fins lucrativos se multiplicaram pelo Brasil, seja como comunitárias, quando têm autorização para funcionamento, ou livres, termo que se refere àquelas que ocupam o espectro eletromagnético mesmo sem permissão legal. Desde sempre, a preocupação foi falar para públicos específicos, permitindo o debate e a discussão da cidadania.

    Ainda hoje, quando o rádio para alguns se tornou coisa do passado, usar o transmissor para se comunicar é única opção para muitos grupos sociais. Para eles, é preciso valorizar a comunicação comunitária, garantindo espaço e meios para que esses veículos possam multiplicar as vozes que circulam na mídia e produzir um conteúdo que, muitas vezes, não entra na agenda dos meios comerciais.

    A batalha para manter os veículos de comunicação em atividade, entretanto, é dura. As organizações apontam que as rádios e os comunicadores têm sido criminalizados. Grupos que reúnem ativistas ou veículos de comunicação comunitária, como a Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço), apontam dificuldades para a obtenção da outorga e criticam as restrições impostas pela Lei 9.612/98, que regulamenta o serviço. A lei proíbe veiculação de publicidade e estabelece limite de potência de 25 watts e abrangência de 1 quilômetro para a emissora comunitária.

    Uma das rádios livres mais antigas e em operação no país, a Rádio Muda, desde meados dos anos 1980 funciona no interior da torre da caixa d’água da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). João Francisco*, que integra o coletivo que produz a rádio, conta que o veículo nasceu com o objetivo de lutar pela liberdade de expressão.

    “É uma batalha contra grandes conglomerados econômicos, que ganham muito dinheiro com anúncios, mas também uma batalha de cunho estético-político, de fazer com que as pessoas possam se expressar livremente”, afirma

    A Rádio Muda é um exemplo de criminalização. Segundo João Francisco, já houve várias tentativas de fechar a rádio ou lacrar equipamentos. Atualmente, parte das pessoas envolvidas na produção do veículo responde a dois processos judiciais, um na área criminal e outro na cível. O comunicador reclama da situação, pois considera que a rádio não causa interferências.

    “É uma rádio de baixa potência, não há dano. A gente sempre buscou transmitir em uma frequência que não era usada por outro rádio. Isso é, a gente ocupava o espaço que estava vazio no espectro e a gente fazia a nossa transmissão”, disse.

    Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), os registros de processos dos últimos cinco anos mostram que 30 entidades autorizadas como rádio comunitária foram penalizadas devido à potência e 198 devido ao uso não autorizado de radiofrequência.

    O número pode ser maior, se consideradas as livres, mas não há dados sistematizados que apontem quantas emissoras foram fechadas ou o total de equipamentos apreendidos. Também não há informação exata sobre o número de integrantes das associações responsáveis por esses veículos que acabou sendo processado por comunicar.

    Segundo a organização Artigo 19, essa criminalização ocorre porque existem legislações que preveem sanções criminais para o exercício da radiodifusão. A organização também avalia que a situação decorre da política de fiscalização, que reprime a atividade, e do entendimento judicial de que contra ela devem ser aplicadas sanções criminais e não administrativas.

    “A criminalização da rádio comunitária acaba acontecendo porque o juiz considera que, na possibilidade eventual de causar algum dano a outros meios, é justificável atribuir uma pena criminal a esse comunicador”, avalia a advogada da organização, Karina Ferreira.

    Na opinião de Karina, as leis que tratam do tema, como o Código Brasileiro de Telecomunicações, de 1962, estão defasadas e não se referem diretamente à prática da rádio comunitária, mas sim ao exercício clandestino da prática de telecomunicações. Por isso, na opinião dela, essas leis não deveriam ser tomadas como base de um processo penal contra as emissoras.

    *O nome foi alterado, a pedido do entrevistado.

  34. internet

    Quando quero me informar eu procuro varias fontes na internet, posso ir de tendencias de um extremo ao outro, isso dar uma liberdade incrivel de informacao impossivel para jornal de papel ou TV. Ademais, na internet a midia independente diz abertamente que lado esta. Jornal de papel para mim acabou, Tv por habito, mas nao eh fundamental. O unico problema eh que, apesar do acesso a internet ter se popularizado, nao sei quantas pessoas de fato a usam para se informar, vezes penso que apenas uma minoria com maior nivel educacional. Mas com certeza isso tambem esta mudando. 

  35. Um dos pontos para um virtual

    Um dos pontos para um virtual marco regulatório das comunicações é que as concessões públicas deveriam submeter suas contas a critérios mais claros de transparência. Não devem ser tratadas como se fossem propriedade privada, a serviço exclusivo de seus donos.

    Essa questão dos correios é mais do mesmo. Não há mais razão para esse governo financiar quem só deseja derrubá-lo e extorquí-lo. Não há mais o que essa oposição midiática possa fazer contra. Quem cede à chantagem vai ser chantageado sempre.

    Num momento em que se fala em ajuste fiscal, taí uma boa justificativa pra reduzir esses gastos “a fundo perdido”.

  36. Dizer que Nassif fez uma

    Dizer que Nassif fez uma abordagem correta do tema é redundante.

    De minha parte, creio firmemente que a história das últimas eleições teria sido outra, não fosse a existência dos blogs, apesar da desproporcionalidade entre as estruturas e da acessibilidade a uma parcela restrita de leitores.

    A internet revela-se um fator relevante da Democracia, pois permite uma melhor distribuição da Informação.

    Quanto à mídia tradicional, exerce o direito ao “jus esperniandis”, afinal concorrência é uma palavra fácil de ser pronunciada, mas seu conteúdo não é do gosto de muita gente.

     

  37. Sempre a perseguição dos que

    Sempre a perseguição dos que tem a grana contra os que não tem, sempre a mesma retórica daqueles que não tem nada a acrescentar. E o governo que quer calar e impor sua visão distorcida? Manipulação de números, contas que não fecham, mudanças nas leis para que o estado continue perdulário. Levante a bunda da cadeira e pare de reclamar, faça algo com sua vida além de pensar em si mesmo! 

  38. Blogs

    Interessante notar que, na matéria da Folha que acusa blogueiros jornalistas de ser patrocinados, está “O UOL, que pertence ao Grupo Folha, aparece em primeiro lugar na lista dos portais de internet, com R$ 45 milhões em publicidade.”

    Oras, reclamam de que?

    1. Reclamam porque são eles quem

      Reclamam porque são eles quem produzem conteúdo.

      Este mesmo conteúdo é utilizado por blogs.

      Este é o ponto.

      Agora a motivação esta correta, é o dinheiro mesmo.

  39. Revolução

    Lênin dizia que a eletricidade era aliada da Revolução. E explicava que, ao chegar a luz elétrica a uma cidade, o povo tinha como ler livros, jornais e panfletos, à noite, depois do trabalho. Isso mudou radicalmente a consciência dos cidadãos russos mais humildes.

    A internet é uma transformação muito maior do que a luz elétrica, pois leva diversidade de pontos de vista onde antes só havia a plim-plim.

  40. Tem uma Rede de Resistência a Casa Grande no Meio do Caminho

    Por que não estao entregando o que antes entregavam, não mais garantem o que antes garantiam, portanto o patrocinador descontente pensa em fechar as torneiras que os patrocinam em busca de melhor solução, pelo fato que, apesar de utilizados em 2014, com a antecipação planejada, todos os artificios pensáveis e inimaginaveis, possíveis e disponíveis, pouco importando se éticos, democráticos e lícitos ou não, perderam pela quarta vez consecutiva, não conseguindo recolocar a Casa Grande no poder central do Brasil, conforme planejado.  

    E por que não conseguem? Pelo simples fato de se ter formado na internet uma anárquica, ecumênica e poderosa rede progressista de resistência política a Casa Grande, a partir da “profissional”, fiel e veterana militância do PT, abastecida e abastecendo de informações outros pontos mais e menos relevantes dessa rede, de duplo sentido, a ponto de explodir em infindáveis blogs de maior ou menor importância, que servem para re/abastecer de informaçoes, calibrar a sintonia fina da mensagem e sentir-se a energética força coletiva, tão necessária ao prosseguimento da batalha contra o inimigo, hoje. Quando este for derrotado, dessa grande rede de resistência, nascerão os meios democráticos de informação do país, onde o contraditório e a pluralidade estarão garantidos, na e pela prática, e a diversidade então, se dará entre adversários e não inimigos, num Brasil moderno e menos desigual.        

  41. Conceitualente jornal

    Conceitualente jornal impresso já nasceu morto. Quem gosta de notícia velha é náufrago.

    Eu conheci bem a FSP lá na Barão de Limeira. Meu velho pai e eu desenvolvemos um produto à base de água para  limpar as impressoras(Até então eles usavam à base de solvente). Um dia me disseram que estavam mudando para Alphaville e que tinham comprado uma máquina novinha muito mais moderna(e cara lógico)para imprimir colorido. Fiquei surpreso pois que eu saiba a velocidade da notícia é muito mais importante do que a forma e cores que  é publicada. Falei pro meu pai que não havia sentido naquilo. E não havia mesmo. A internet se encarregou de fazer o resto do estrago. Paramos de vender o produto. Mais como diz o ditado, “Nóis capota mais num breka”

  42. Porque os grupos de mídia atacam os blogs

    Porque são idiotas. Perderam a credibilidade que nunca tiveram, com raríssima exceção, E viva os blog “sujos” .

  43. RESUMINDO: Não sei se voces

    RESUMINDO: Não sei se voces perceberam em suas casas, mas na minha casa duas expressões que eu começo a ouvir a toda hora ( toda hora mesmo ), são OLHA NO GOOGLE, e BOTA NO FACE . . . . pra tudo é isso meu, até pra ver o nome de uma pessoa, conferir uma data, saber rapidamente quanto tempo leva pra cozinhar o milho verde . . . . ou seja, a coisa tá mais do que  fatal para as midias impressas, exceto os out-doors e as caixas de pizza, por enquanto . . .

  44. A SIMPLES RESPOSTA

    É muito simples responder a indagação do Luiz Nacif. E a resposta é: PORQUE NÃO HÁ IMPARCIALIDADE DOS BLOGUEIROS E INDEPENDENTES!

    O que se nota é que os blogueiros (principalmente do IG), são tendenciosos e, notoriamente, defensores do governo do PT, mesmo com tantas “feridas expostas”; feridas estas, abertas pelas mazelas praticadas pelo partido mandatário e seus aliados – diga-se de passagem – que não se trata de invenção da oposição ou xagero da “mídia”, mas sim delação dos envolvidos diretos (corruptos e corruptores).

    Não adianta fechar os olhos para a realidade ou “tapar o sol com uma peneira”, como muitos acham que podem.

    Não se deve ouvidar o  que quer que seja; seja de qual partido político for.

    É corrupto ou corruptor, deve ser tratado com os rigores da Lei e com a maior transparência necessária – seja quem for.

    Nenhum partido político é dono do País!

    As instituições e o patrimônio público devem ser preservados e respeitados, porque pertence ao POVO BRASILEIRO.

    É com o que a grande maioria dos brasileiros honestos e corretos comungam.

     

     

    1. Antenor, podia pelo menos

      Antenor, podia pelo menos escrever o nome do Nassif de forma correta, é 

      LUIS NASSIF (se a dificuldade for a visão é só olhar na barra acima

      Luis Nassif Online

  45. Muito bom e escalrecedor

    Cabem algumas perguntinhas:

    Os jornalões estão apavorados, isto não é ótima notícia?

    Quando o governo vai deixar de fazer propaganda nos inimigos dele e do povo, não é contraproducente?

    Será que pensaram na hipótese, sei remota, de os jornalões fazeram jornalismo? No desespero…

    E os coitados dos jornalistas que entraram nesta fria de defender interesses do patrão que vão ser mandados embora, com que cara ficarão?

    E os jornalecos como o estado de minas, porque ainda não fechou as portas? Alguem lê?

     

  46. Corrupção pura e simples,

    Corrupção pura e simples, esse exemplo dado pelo Nassif. O Correios dá um “cala boca $$$” de alguns milhões para o pig, que passa a não escutar direito quando o Youssef fala em alguém da empresa envolvido na maracutaia.

    “Essa delação jamais será premiada, é só manter nosso cascalho em dia”

  47. Com o tempo suponho que a

    Com o tempo suponho que a tendência inescapável é a diluição do mercado de mídia motivada pelo surgimento da tecnologia internet.

    Quanto a redução do seu poder já tenho sérias dúvidas e também sobre a capacidade dos blogs de oferecerem material de ótima qualidade.

  48.  Marcos 3: 24. Se um reino

     Marcos 324 Se um reino estiver dividido contra si mesmo, não poderá subsistir.

    O problema não está na dupla visão, mas na tripla; a que vê a dupla e as divide em si mesma.

    Nos EUA existe o Estado por uma visão dupla. Está correto: Republicanos representam o poder da República federativa e Democratas o poder do povo. As atividades dos partidos nunca podem ir contra o Estado que concentra dois poderes que se completam dentro de um só poder soberano.

    O Brasil não tem centralidade dos poderes. O poder político depende do poder econômico que é hegemônico do ponto de partida que tem significado oculto – na especulação; e sem organização prévia, são 29 partidos lutando entre si num mesmo ramo de negócio: o Brasil para o mundo.

    A mídia é um meio dividido de desenvolver essa mesma organização expropriativa, com o poder de promover os interesses, em geral, de forma contraditória. 

  49. “…A Folha de S.Paulo está

    “…A Folha de S.Paulo está de parabéns: na sua edição de quarta 17 provou que o governo federal tem acentuadíssima vocação para mulher de apache, a gigolette que gosta de apanhar do gigolô. Ou se trataria de uma forma aguda da síndrome de Estocolmo? De todo modo, a reportagem desdobrada a partir da manchete da primeira página demonstra, com precisão de teorema pitagórico, que o governo cumula de favores aqueles que o denigrem ferozmente dia após dia…”

    Será que os blogs são assim essa linha de vanguarda para se omitirem tanto em relação à inépcia do governo?

    Por que perdoam o PT e seus caciques?

    Lealdade canina ou cumplicidade?

    P.s: quem seria o autor do parágrafo em destaque?

     

    1. no dia

      no dia em q os blogs da esquerda tiverem a certeza de que moverão o governo da sindrome sueca para seu ideario, eles passam  ao ataque integral a sindrome.

      Ate la o tempo joga a favor deles, viu moço?

      Bem que voce tem receio assim mesmo.

       

       

  50. Não sei porque o medo da

    Não sei porque o medo da mídia tradicional.

    Pelo menos 80% das materias que circulam nos blogs são matérias oriundas da mídia tradicional, na base do copia e cola.

    O blog aqui é um exemplo disso, a maioria das matérias que saem aqui primeiro sairam na mídia tradicional.

    Acho que a mídia tradicional perde na forma partidarizada que eles dão a noticia. 

    A mesma materia publicada num blog já tem uma outra abordagem, é mais plural.

    O fato de poder se comentar sobre a mátéria, e existirem  vários comentários contra e a favor, dá uma outra visão sobre o assunto.

    Na mídia tradicional vale o que está escrito sem o contraditório.

    Por isso viva os blogs, em especial os sujos.

  51. Vamos inovar Nassif, chega da

    Vamos inovar Nassif, chega da mesmice, a fim de nós comentaristas termos alguma possibilidade de vitória.

    Se este blog, digamos, mediar um tema de deturpação do Estado pelo mercado financeiro com um economista inescrupuloso – tal como a conjuntura do debate da vida real pela Golbo News, trazendo um entrevistado ao vivo – para nós comentaristas seria como repetir o tribunal de imcubação das facetas políticas; e até situação de virar o jogo com definições para o poder público; como foi o caso do frustrado Impeachment de Dilma.  

    Quem dominará sobre a vontade do povo?

  52. eles atacam porque morrem de

    eles atacam porque morrem de inveja. perderam a função de informar, viraram partido de oposição e, em troca de um salário e alguma exposição, os jornalistas perderam a identidade e a reputação profissional. São meros cumpridores de ordens. Agora, que os blogues precisam começar a ter pauta própria, precisam. E relegar as “notícias” dos jornais a um rodapé qq. Vi agora uma pesquisa do IBOPE (!!!) em que os jornais ainda tem a confiança de seus leitores, embora tenha crescido imensamente o acesso à internet para obter informação. Talvez as pessoas ainda não estejam reconhecendo as falsidades e segundas intenções dos jornais antigos. Mas vamos caminhando

  53. Alguns criticaram os blogs

    Alguns criticaram os blogs por se basearem em matérias da grande mídia ou usarem só corta/cola. Mas não é bem assim, pelo menos nos blogs que mais frequento. Algumas matérias da grande mídia realmente merecem destaque e os blogs as reproduzem. Outras, os blogs reproduzem para discutir/desconstruir. Há jornalistas blogueiros que constróem o próprio conteúdo – como esse mesmo apresentado pelo Nassif, que é estudioso do assunto. Há blog de jornalismo investigativo cujos projetos são financiados por leitores. Os blogs dão voz a estudiosos, pesquisadores, professores ou outros profissionais que não vemos na grande mídia e que nos dão visões diferentes, não viciadas. Outra coisa que aprecio é o fato dos blogs poderem assumir um posicionamento ideológico e construir sua audiência a partir dele, uma transparência que nem sempre existe em outros ambientes. Quanto a receberem verba do governo, e não só de anunciantes privados, já não sei julgar o quanto pode comprometer independência.

  54. Quando a grande mídia estiver

    Quando a grande mídia estiver na internet, será que vamos continuar contando com os excelentes textos dos blogs jornalísticos – alguns verdadeiras obras literárias – ou a imagem substituirá mil palavras.

  55. A mídia está diminuindo de um

    A mídia está diminuindo de um lado porque ela mesma não term mais espaço para crescer.

    Vai chegar um ponto em que a Grande Mídia vai começar a brigar por espaço com os blogs, e os blogs, por sua vez, vão ganhar imagem com o nosso tempo simultâneo para competiir com a TV.

    A mídia se completa e nós seremos todos iguais no tempo e no espaço.

    Só não pode o blog ter sexo explicito para comentaristas, pois blog não é lugar de Mult Show. 

    Eu vou querer entrevistar o Tombini, faz parte, e iria perguntar por que ele não tem interesse de, quando a inflação estiver um pouco em alta, pedir aos empresários para diminuirem uma quantidade X  de produção, antes de subir a taxa de juros. E; vou dizer não só para ele, mas para todo mundo, que, quando não há mais espaço para crescer não se conserta um problema com outro problema diferente que agride a razão de ser.

  56. “A partir de 2005 encerrou-se
    “A partir de 2005 encerrou-se o pacto e os grupos de mídia montaram sua estratégia de guerra visando a conquista do poder político. Aboliu-se o contraditório dos jornais, o direito de resposta. E passou-se a se valer das reportagens como armas de guerra, sem preocupação até com a verossimilhança das informações veiculadas”
    Isso coincide com a chegada do PT à presidência. A partir daí, a mídia em geral tornou-se um partido de oposição ao PT e seus coligados. Só nos salvam os blogs.

  57. “Quando começou a cair a

    “Quando começou a cair a tiragem da Veja, um dos estratagemas para turbinar a tiragem consistia em prorrogar a assinatura mesmo sem o consentimento do assinante e mesmo sem pagamento. Ou então proceder a uma vasta distribuição de assinaturas. Tudo entrava na conta das assinaturas pagas – a métrica que vale para medir tiragem. O custo da distribuição compensava mais do que a queda proporcional no faturamento publicitário”.

    Talvez isso explique porque algumas revistas e jornais são distribuídos gratuitamente em estabelecimentos comerciais de SP. Entregam de graça a assinantes fictícios para dizer que venderam e ganhar com o faturamento publicitário. E além disso, é uma forma de disseminar suas pregações, já que esses jornais e revistas são também panfletos político-eleitorais. Se fosse feita uma investigação para saber qual o verdadeiro número de vendas, provavelmente se descobriria ser muito menor do que o alegado. Panfletos equivalentes ao spam dos e-mails, que a população descarta com a embalagem, jogando na lixeira.

     

  58. Blogues e verba publicitária

    Escrevo sozinho dois blogues. Nunca vi a cor de nenhum dinheiro. Por que não recebo um tostão furado de verba pública?

    Essa grana existe ou é algum canto de sereia?

    Que faço para ter o mapa da mina?

     

     

     

     

     

     

  59. Porque os grupos de mídia atacam os blogs

    Fantástico seu artigo,Nassif!

    Te agradeço muito pelas palavras esclarecedoras e valiosas.

    Eu já fui leitora de FS,O Globo e Veja.Era leitora desinformada,pois não sabia como era manipulada,rs.

    Descobri seu blog,ao acaso,navegando pela internet.E hoje só acredito no que leio nele.Quando vejo qualquer notícia em outras mídias,venho aqui saber qual sua opinião sobre o assunto.Só então,formo minha opinião.

    Obrigada,por compartilhar seu conhecimento conosco.

    Abraços

  60. Um ataque que tem várias

    Um ataque que tem várias frentes, diga-se de passagem.

    Em um órgão do Judiciário Federal, resolvi navegar no DCM no horário de almoço outro dia. E descubro que o site foi bloqueado por um daqueles programas que automatizam a filtragem de conteúdo nocivo. A reação imediata foi visitar a Veja, que estava livre. Pensei: se o DCM foi considerado panfleto por alguém, a Veja é o panfleto com o sinal trocado. Depois fui no Conjur, e podia também!

    Não sou da área da informática, mas sei que esses sistemas de bloqueio geralmente são alimentados por alguma fonte com um banco de dados dos sites nocivos. Fiquei lembrando de quando este site recebeu mensagens de conteúdo malicioso, e se isso não pode ter a ver com essas ferramentas automatizadas, enganando alguma base de dados para indicar que o DCM poderia disseminar vírus, talvez (não o vírus ideológico). Imagino que o administrador possa bloquear manualmente também, mas é impossível saber quem cuida dessa área e as suas posições políticas, ou as motivações para um bloqueio seletivo assim.

    O acesso era o problema menor, porque dá para ler até no smartphone. Mas ficam várias questões abertas em um caso desse, começando pelo espaço para filtro ideológico pela Administração. Se pode Veja, então pode DCM.

    Além disso, sabe-se que cada vez mais as pessoas se informam majoritariamente pela internet, e se essa política de restrição de acesso for permitida, direciona-se leitores para a mídia tradicional, e bloqueia-se a entrada de novos concorrentes.

    A prática de influência indevida na esfera governamental é conhecida. Basta lembrar da nossa juventude, e lembrar quanta Veja havia em órgãos públlicos, que líamos inocentemente. Hoje, com a imprensa mais livre, sabemos um pouco sobre esses contratos e licitações, e bônus de publicidade, e etc. Sem liberdade, continuaríamos a crer no mito dos homens de bem que conseguem vender por produzir melhor.

    No Judiciário, que é um ambiente de decisões relevantes, as pessoas buscam a informação também na internet, onde existem sites sérios para achar juristas de referência como os das boas universidades, ou ferramentas práticas para jurisprudência, como a AASP e o Jusbrasil, ou alguns poucos bons sites com boas matérias e referências de lei, como o Âmbito Jurídico e outros pequenos blogs especializados.

    Em última análise, se todos os blogs progressistas estiverem bloqueados por políticas de informática, sobra apenas a informação da mídia de direita tradicional. Um bloqueio que pode ir da simples busca “quando usar crase” em um site adepto do Paulo Freire, até os gravíssimos “principais teorias sobre a função social da propriedade” e “aplicabilidade da teoria do domínio do fato” em um Âmbito Jurídico da vida, sobrando apenas o livre acesso a sites que queiram influenciar positivamente o Judiciário. 

    Em resumo, para além da regulação da propriedade cruzada, a fim de evitar cartel e oligopolização – coisa que já se faz no mercado de pastas de dentes – também é preciso prestar atenção nesse novo mundo da regulação do acesso à informação, com ferramentas que não são de fácil entendimento para o público geral. Creio que a grande discussão próxima disso foi a da neutralidade da rede no ano passado. Aqui no Brasil, com a parcela da sociedade que controla o poder sendo muito mais restrita, e tendo sido um pequeno curral da mídia tradicional por tanto tempo, inclusive com apoio em uma ditadura anistiada, essa discussão é ainda mais importante.

  61. A grande mídia hoje se resume

    A grande mídia hoje se resume em tres palavras, como disse muito bem o papa:

    Desinformação, calúnia e difamação .

    Além disso ela é a MANIPULAÇÃO PREMIADA.

     

     

     

     

     

     

     

     

     

  62. Blogs só repercutem jornais

    Os blogs andam de salto alto. Criticam e desqualificam os jornais. Ok. O jornal impresso terá cada vez menos importância: mas continuará forte na forma digital via internet. Os jornais têm estrutura e despesas altíssimas para buscar sua materia prima, a notícia. Os blogs, sem despesa e sem esforço, só chupam conteúdos. Tudo o que se vê no blog vem ou deriva da imprensa escrita. A desejada morte dos grandes jornais que não se submetem  ao servilismo e capachismo ideológico é de uma incoerência a toda prova; os blogs não terão mais o que falar ou criticar. Tá faltando bom senso e humildade.

    1. Acorda pra vida, Pereira. Há

      Acorda pra vida, Pereira. Há pelo menos duas décadas a mídia velha impressa não busca por notícias. Todo o trabalho da mídia velha consiste em elaborar versões combinadas com as co-irmãs em função de seus interesses econômicos, ideológicos e partidários.

  63. O PiG está desesperado porque

    O PiG está desesperado porque as pessoas que se informam pelos “blogs sujos”, portais de notícias grandes, médios e pequenos, grupos e páginas de interesse do Facebook, Twitter etc recebem tudo em tempo real.

    Raramente, quando assisto TV, acabo parando em algum jornal. Fala sério. Quem tem o costume de caçar notícias na internet já está sabendo de tudo aquilo que aparece na telinha faz tempo. Nisso a TV fica atrás até do rádio, que é sabidamente mais rápido.

    E os jornais então? Quando peguei um gratuito pra ler ou mesmo um “jornalão” em uma sala de espera, dá vontade de chorar com a lerdeza dos mesmos…

    É por isso que o PiG está desesperado. A internet é lebre.

  64. Na ditadura, na OPOSIÇÃO

    Na ditadura, na OPOSIÇÃO tinha-se Betinho, Henfil, Chico Buarque MUITOS outros!

    Havia crítica inteligente e a as palavras “Alinhados com o governo” tinha “Amaral Neto – o reporter” e muitos outros!

    Apesar de ter sido invertidos os papéis a pecha de “Aliados do governo” ficou como coisa RUIM E OPOSIÇÃO COMO ALGO Lucido!

    É preciso recuparar a dignidade das palavras…

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