Presidente do CFM insiste no uso da cloroquina contra a covid-19

Em entrevista, Mauro Ribeiro afirma que estudos científicos internacionais “não são suficientes” para que medicamento seja condenado

O presidente Jair Bolsonaro e Mauro Ribeiro, presidente do Conselho Federal da Medicina (CFM) – Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República

Jornal GGN – Nem mesmo os estudos internacionais usados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como parâmetro contra o uso da cloroquina para combater a covid-19 foram suficientes para Mauro Ribeiro, presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), condenar a aplicação de tal medicamento.

“Se pegar uma média, pode ser que seja o que você está falando. Provavelmente até é. Mas se pegar a literatura como um todo, não. E a experiência observacional do médico não está sendo levada em conta e ela também é importante”. disse Ribeiro, em entrevista à jornalista Roberta Jansen, do jornal O Estado de S.Paulo.

“Por isso, delegamos essa decisão ao médico. Metade da população brasileira, ou até mais, quer fazer o tratamento precoce. De 25% a 30% dos médicos, segundo levantamento nosso, já propõem o tratamento precoce”, afirmou.

O presidente do CFM declarou que metade da classe médica acredita no tratamento, seja pela prática diária ou pelos trabalhos lidos. “Uma coisa é estarmos aqui no ar-condicionado, sem estresse, discutindo sobre o tratamento. Outra coisa é estar na UPA, com um paciente inseguro, chorando na nossa frente, com medo da doença, com a família estressada (…) E tem que levar em conta o médico na ponta; não o que fica no gabinete lendo estudo e nunca encontrou um paciente na vida”, reafirmou Ribeiro.

Redação

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