Presidente do Senado não pode impor sua vontade sobre CPI da Pandemia, diz Renan Filho

Em entrevista a Luis Nassif na TV GGN, o governador do Alagoas fala do enfrentamento à pandemia, da eleição 2022 e o papel de Lula, novo ministro da Saúde, entre outros temas

Jornal GGN – O governador do Alagoas, Renan Filho, disse na manhã desta sexta (9) que a decisão do ministro Luis Roberto Barroso, do STF, está correta e que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, não pode “impor sua vontade” sobre os demais senadores. Barroso determinou a instalação da CPI da Pandemia na quinta (8). O Senado já dispõe das assinaturas necessárias para discutir a abertura da investigação.

“Sou contra a judicialização indiscriminada e a interferência de um poder em outro. Mas neste caso, a decisão de Barroso é correta. Se o número regimental foi atingido, isso quer dizer que a maioria dos senadores compreende que o caminho correto para o Brasil é essa CPI. Se isso é bom ou não para o País, não sei. Mas não é o presidente do Senado quem vai decidir sozinho, porque se não ele substituiu os outros senadores. Ele transforma a presidência do Senado numa instituição maior do que o plenário do Senado Federal, que é soberano seja quer for o presidente. O presidente do Senado pode conversar sobre o impacto político e econômico da medida, mas não impor sua vontade sobre a vontade regimental.”

A declaração de Renan Filho ocorreu durante entrevista a Luis Nassif, na TVGGN.

Acompanhe:

Na entrevista, Renan Filho falou sobre o enfrentamento à pandemia em Alagoas e as reuniões junto ao governo federal e outros estados, para discutir saídas para a crise sanitária.

Na visão do governador alagoano, o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, parece ter mais independência em comparação com seu antecessores na Pasta.

“Queiroga parece estar com autonomia maior do que os anteriores. A gente não sabe quanto tempo isso vai durar. Pelo menos nos últimos dias ele não foi desautorizado, ainda. Ele tem falado da importância da vacina e abriu canal com os Estados Unidos para que eles mandem para cá o estoque de vacinas que eles não vão usar agora”, comentou.

Para Renan Filho, os outros países precisam perceber que é urgente ajudar o Brasil na questão da vacinação em massa, por causa do surgimento de variantes da Covid-19.

O governador também comentou sobre o papel de Lula nas eleições de 2022. Para ele, o petista tem condições de liderar as conversas para levar o campo progressista a fazer uma inflexão ao centro.

Redação

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador