Qualquer cidadão tem direito de pedir a volta dos militares?

Comentário do post: Procurador que convocou as Forças Armadas retornará ao cargo
 
 
1.            A via, legítima, para os militares voltarem ao poder, com base na Constituição Federal de 1988, é por meio do processo democrático, ou seja, candidatando-se à Presidente da República, por meio do processo eleitoral e, certamente, não vejo nada de estranho nisso.
 
2.            A outra via, ilegítima, de os militares voltarem ao poder, seria por meio de golpe militar, que descarto, por que não há condições para coisas desse tipo, na atualidade, considerando que questões estruturais de uma sociedade devem ser resolvidas, inteligentemente, pela própria sociedade e não pela força.
 
3.            Contudo, existem acontecimentos que podem vir a levar militares ao poder, em qualquer país. Exemplo?
 
4.            Imagine que, no Brasil, por hipótese, que os políticos, civis, deixaram o país à deriva, privilegiando o seu “pirão”, em detrimento do “pirão do povo”, em meio ao aprofundamento do colapso do modelo civilizatório, baseado no egoísmo humano.
 
5.            Imagine, também, que o povo, em sua comodidade e imaturidade, ainda não aprendeu a ser cidadão e vive assistindo, inerte, toda sorte de desvios, corrupção, degradação moral coletiva e irresponsabilidade, coletiva, crescente, da parte de ocupantes de “cargos” chave, na iniciativa privada e pública, e, quando o povo é atingido em seus interesses, ao invés de se mover, com base na lei e na Constituição, prefere a via, rápida, da ruptura, pedindo que o papa, o Presidente dos Estados Unidos, os militares ou qualquer outra pessoa com poder, coloque ordem na nossa casa, da qual nunca cuidamos como deveríamos.
 
6.            Neste caso, como sempre acontece em qualquer país que se desorganiza socialmente, os militares podem acabar sendo conclamados, por todas as forças políticas da sociedade civil, para restaurar a ordem, momentaneamente, embora não conseguirão resolver a desordem estrutural, provocada pelos efeitos da crise econômica mundial, sobre a economia brasileira, e os efeitos da imoralidade, coletiva, que assola a iniciativa privada e pública, no Brasil, há várias décadas, e que só está aparecendo, em função da crise econômica nacional, provocada pela crise econômica mundial.
 
7.            Consta da matéria intitulada “TEMER: “NÃO PODEMOS ROMPER A ESTABILIDADE INSTITUCIONAL”, divulgada em 10/12/2014, disponível no link http://www.brasil247.com/pt/247/poder/163287/Temer-%E2%80%9CN%C3%A3o-podemos-romper-a-estabilidade-institucional%E2%80%9D.htm, o que está abaixo transcrito:
 
a)           “A uma plateia de 400 integrantes do Grupo de Líderes Empresariais, formado por empresas com faturamento anual superior a R$ 200 milhões, o vice-presidente Michel Temer defendeu uma reforma política como forma de atualizar “o avanços estabelecidos pela Constituição de 1988”.
 
b)           “O Brasil tem hoje 32 partidos, mas é claro que não tem 32 correntes de opinião. Temos de mudar isso e estabelecer o voto distrital para o público ser melhor representado e a democracia ganhar mais força, disse Temer”.
 
c)           “A empresários, em São Paulo, vice-presidente ataca o que chamou de “crise institucional”; segundo Michel Temer, “governo sabe e quer conviver com a contestação, mas nos limites da democracia”; ao grupo de líderes empresariais, presidido por João Doria Jr., Temer enalteceu conquistas da Constituição de 1988; “Quando vejo gente pedindo a volta dos militares digo que não é bom nem para o Brasil nem para os militares”.
 
8.            Se os empresários, cidadãos, podem pedir a volta dos militares, em evento público, com a presença do Vice-Presidente da República Michel Temer, por que razão o Procurador, afastado por ter publicado carta em rede social, pedindo o retorno dos militares, não pode pedir o retorno dos militares como cidadão?
 
9.            Será que não devemos punir o Vice-Presidente Michel Temer por ter participado de um evento onde se discutiu a volta dos militares?
 
10.         Será que o Vice-Presidente Michel Temer quebrou o decoro parlamentar?
 
11.         Obviamente que que o Vice-Presidente Michel Temer não quebrou o decoro parlamentar, pois faz parte da democracia discutir, inclusive, a extinção da própria democracia.
 
12.         Claro que não se punem discussões sobre extinção da democracia, mas ações, concretas, que tendam a ameaçar a existência da democracia e, certamente, a opinião de alguém, pedindo a extinção da democracia, não se enquadraria como algo que tende a ameaçar a existência da democracia.
 
13.         Ambos (400 integrantes do Grupo de Líderes Empresariais e o Procurador) manifestaram opinião, como cidadãos, de volta dos militares ao poder, mas os empresários podem manifestar, livremente, seu pensamento, pedindo a volta dos militares, e o Procurador, como cidadão, não pode manifestar, livremente, seu pensamento, pedindo a volta dos militares? Que democracia é essa de dois pesos e duas medidas?
 
14.         O artigo 5º, da Constituição Federal de 1.988, ao dizer, no caput, que “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes”, enfatizando, o inciso IV que “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”,
 
15.         E o artigo 220, da mesma Constituição, referida anteriormente, diz que “A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição”, sendo “É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística”, conforme reza o parágrafo segundo desse mesmo artigo.
 
16.         Dizer que o Procurador, por ser Procurador, não pode manifestar certas opiniões, como CIDADÃO, em função do cargo que ocupa na administração pública, não encontra amparo na Constituição Federal de 1988 e não se coaduna com o regime democrático que deve garantir a todos, sem distinção, os mesmos direitos de concepção política ou ideológica.
 
17.         Mais do que ficar perseguindo, inutilmente, manifestações, individuais, do pensamento pela volta dos militares, que estão sendo expressadas por setores representativos da sociedade civil, deveríamos todos, no Brasil, especialmente integrantes dos Governos Federal, Estadual e Municipais, REFLETIRMOS QUAIS SÃO AS CONDIÇÕES QUE ESTÃO DETERMINANDO ESSE DISCURSO DA “VOLTA DOS MILITARES” QUE SE ESPALHA POR SETORES REPRESENTATIVOS DA SOCIEDADE CIVIL E ATUAR SOBRE AS CAUSAS DESSES DISCURSOS EM TERMOS DE IMPLEMENTAÇÃO DE AÇÕES, CONCRETAS, MORAIS, ÉTICAS E RETAS.
 
18.         Não descarto a ocorrência dessa via de acesso, legítima, dos militares ao poder (sociedade, em peso, pedindo a volta dos militares), se os políticos de todas as esferas, no Brasil, continuarem agindo como “extraterrestres”, como se nada estivesse acontecendo, no mundo e no Brasil, especialmente quando começarem, em breve, as demissões em massa de trabalhadores em vários setores da economia, ao mesmo tempo, por que a perda, generalizada, da representatividade das instituições leva à desorganização social e a desorganização social, leva, naturalmente, os militares ao poder, para restaurar a ordem, por meio da força.
Redação

29 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Todos os cidadãos adultos são
    Todos os cidadãos adultos são reservistas, defensores em potencial do Estado e do regime constitucional. Em caso de golpe de estado os reservistas podem recorrer à violência para rechaçar uma gangue de fardados que tentem rasgar a CF/88. Neste caso os cidadãos que reagem são militares, os demais não apenas criminosos a serem impiedosamente destruídos.

    1. Ao primeiro estampido, corre para debaixo da cama

      Revolucionário de Internet. Nunca esteve num conflito armado. Capaz até de nunca ter dado um tiro antes na vida, muito menos matar uma pessoa e acha que engana alguém. Isso me lembra uma vez um sujeito que disse em sala de aula que queria ter lutado na II Guerra Mundial para matar nazistas hehe. O professor disse que era mais fácil ele morrer na primeira oportunidade do que conseguir matar algum nazista rsrsrs. Esses meninos criados a todynho e leite com pera tsc tsc tsc.

      1. Só Chuck Noris? Tais sendo

        Só Chuck Noris? Tais sendo econômico. Pela valentia demonstrada já acho um híbrido de Chuck Noris+Steven Seagal+Rambo I, II, III e IV+Carlos O Chacal+Ted Boy Marino+Karate Kid….hehe 

  2. ILÓGICO

    Irreal, alucinado, bestial, ilegal e engorda

    Pedir… todo mundo pode pedir o que bem entender – qualquer coisa – incluindo todos os sóis ou a galáxia inteira.

    Porque, raios, afinal, nunca apareceu um barbanacho velho, do comando das Forças Armadas, pra dar um basta na grita geral e apontar o dedo sujo pros baderneiros de ocasião (remunerados) que este é um pedido ilógico, irreal, alucinado e bestial?

    Quem manda nessa corja de fardados comequietos?

    A Dilma não manda?

    Fui!

  3. Não é alguem pedindo que os

    Não é alguem pedindo que os militares voltam. Por outro lado há muitos pedindo um Estado radical de esquerda, tambem é probido ? Cidadãos comuns, sem funções de poder, podem intelectualmente defender qualquer regime, faz parte da democracia.

  4. Defesa do arbítrio!

    A que ponto chegamos: a defesa do arbítrio. Ninguém pode, diante de nossa constituição, que deixa claro que o poder emana do povo e em seu nome será exercido, defender o retorno ao poder dos militares, mesmo que “com boas intenções”, pois de boas intenções, sabe-se, o inferno está cheio.

    Com o mesmo objetivo, houve a tal marcha com Deus, com a família e pela liberdade. Logo tivemos o período mais negro de nossa história. Diziam que os militares tomariam o poder e, logo depois, quedada a corrupção, devolveriam ao povo. E foram longos e longos anos negros na  nossa história.

    Temos que enfrentar os problemas de nosso País, basicamente a corrupçao – sem nunca esquecer que estamos em regime democrático. Pelo contrário, temos que enaltecer a democracia. Sem ela,  Roger, jamais estaríamos conhecendo todos  os escândalos que hoje estamos tomando conhecimento.

    Um procurador jamais poderia, ao meu ver, pedir o retorno de militares, máxime em detrimento de nossa liberdade. E mais: não só a liberdade estaria em perigo, mais ainda a vida e todos os nossos direitos. Na verdade, o procurador mesmo que tenha desabafado é pago com recursos públicos para preservar o direito do povo – direito de escolher seus representantes legais. E a lei é que irá punir aqueles que se desgarram disto.

    Reflita melhor. Com todos os nossos problemas,  será melhor enfrentarmos com a libedade ao nosso lado, com o direito à vida e a dignidade também. Jamais com o retorno do arbitrio.

     

  5. ‘…em detrimento do pirão do

    ‘…em detrimento do pirão do povo’. Já não sei o que é pirão do povo considerndo que no periodo dos militares a educação, saude, salarios, inflação, soberania, liberdade, divida externa e interna, inflação, tudo isso piorou. Nem mesmo o pirão deles foi defendido. Só melhorou mesmo para alguns deles e para um monte de ‘empresarios’. Os picaretas.

  6. Onde diabos, no texto abaixo,
    Onde diabos, no texto abaixo, que relata a presença de Temer nessa reunião, está dito que os 400 empresários ou parte deles pediam a volta dos militares? O que dá para ver é que Temer disse que “quando vê gente pedindo” e não que alguem entre os 440 pediu, isso não tá posto. A partir desse engano, auto-engano, ou ainda, engodo, o autor tece loas ao pedido de interevnção militar do procurador e defende seu direito de livre manifestação como se se tratasse de qualquer profissional e não de alguem que se preparou e ganha para fazer a defesa e a aplicaçõa da Carta Magna, que em nenhuma de suas páginas prevê o caso de intervenção militar sob qualquer pretexto. A livre manifestção posta na carta, não inclui juízes falar fora dos autos sobre processos que estão analizando, militares emitir opinião pública sobre a conjutura política de seu país, juizes e delegados da PF vazarem informações de forma seletiva vizando beneficiarem este ou aquele candidato e por aí vai. Esse entendimento não é apenas brasileiro, é universal. Parece que o aticulista quer pegar carona no artigo 5º para justificar toda sorte de sandices. Passa fora     “A uma plateia de 400 integrantes do Grupo de Líderes Empresariais, formado por empresas com faturamento anual superior a R$ 200 milhões, o vice-presidente Michel Temer defendeu uma reforma política como forma de atualizar “o avanços estabelecidos pela Constituição de 1988”. b)           “O Brasil tem hoje 32 partidos, mas é claro que não tem 32 correntes de opinião. Temos de mudar isso e estabelecer o voto distrital para o público ser melhor representado e a democracia ganhar mais força, disse Temer”. c)           “A empresários, em São Paulo, vice-presidente ataca o que chamou de “crise institucional”; segundo Michel Temer, “governo sabe e quer conviver com a contestação, mas nos limites da democracia”; ao grupo de líderes empresariais, presidido por João Doria Jr., Temer enalteceu conquistas da Constituição de 1988; “Quando vejo gente pedindo a volta dos militares digo que não é bom nem para o Brasil nem para os militares”. 8.            Se os empresários, cidadãos, podem pedir a volta dos militares, em evento público, com a presença do Vice-Presidente da República Michel Temer, por que razão o Procurador, afastado por ter publicado carta em rede social, pedindo o retorno dos militares, não pode pedir o retorno dos militares como cidadão?       

  7. É a arenga golpista

    É a arenga golpista procurando argumentos, por mais toscos que sejam, em forma e conteúdo, para se justificar. Militares devem obediência ao poder constituido democraticamente pela vontade popular, através do voto, no cargo de Presidente da República. Quem se insurgir contra a constituição não pode ser chamado de militar, mas de criminoso.

  8. Em qualquer país democrático

    Em qualquer país democrático esse pessoal que pede golpe militar estaria respondendo processo criminal ou atrás das grades indefinidademente como fazem os EUA com qualquer cidadão que atente contra suas instituições, que consideram democráticas.

    No Brasil, não sei porque o Ministério Público, o Ministério da Justiça e a Polícia Federal nada fazem, já que a Lei n. 7.170/83, que define os crimes contra a segurança nacional, tipifica como crime:

    Art. 22 – Fazer, em público, propaganda:

    I – de processos violentos ou ilegais para alteração da ordem política ou social;

    Pena: detenção, de 1 a 4 anos.

    § 1º – A pena é aumentada de um terço quando a propaganda for feita em local de trabalho ou por meio de rádio ou televisão.

    § 2º – Sujeita-se à mesma pena quem distribui ou redistribui:

    a) fundos destinados a realizar a propaganda de que trata este artigo;

    b) ostensiva ou clandestinamente boletins ou panfletos contendo a mesma propaganda.

    § 3º – Não constitui propaganda criminosa a exposição, a crítica ou o debate de quaisquer doutrinas.

     

    1. Estupidez

      Sempre que eu vejo um sujeito invocar a LSN para supostamente defender a democracia, sinto calafrios.

      Aliás, aquando o sujeito começa com “em qualquer país democrátco” ,  remetendo-nos a um terceiro-mundismo e denotando o vira-latismo, pode contar que vem besteira.

      1. Canalhice

        O que mais me surpreende é a canalhice que aflora dos cachorros que dizem ter pedigree e por isso se sentem superiores aos viralatas.

        A lei mencionada foi recepcionada pelo STF. Portanto deve ser aplicada, em conformidade com a constituição, para coibir canalhas que se acham superiores à maioria da população que elegeu legitimamente seu representante. 

        1. Ok

          Apliquemo-la, então, em todas as situações nela previstas, não apenas naquelas que lhe agradam.

          Pelo artigo 26, o dono deste espaço e  boa parte dos comentaristas já deveria estar atrás das grades condenados por um tribunal militar, conforme preve essa aberração ditatorial.

          1. Aplicabilidade da Lei de Segurança Nacional

            MPF denuncia sete envolvidos na greve da PM na Bahia por crimes contra a segurança nacional

            Os denunciados formaram uma quadrilha armada para lesar e expor a perigo o Estado Democrático de Direito, com articulação nacional e nítida motivação política, aterrorizando a população baiana, ao ordenar e executar a prática de uma série de crimes

            O Ministério Público Federal na Bahia (MPF/BA) denunciou, no dia 9 de abril, sete pessoas entre vereadores, soldados e cabos da Polícia Militar (PM) da Bahia por diversos crimes, a maioria deles contra a segurança nacional, praticados durante a greve da PM, ocorrida entre os dias 31 de janeiro e 10 de fevereiro do ano passado. Os vereadores são integrantes e ex-integrantes do quadro da PM, que auferiram com a greve lucros políticos nas eleições 2012. Foram denunciados: os vereadores de Salvador, Marco Prisco Caldas Machado (ex-policial militar e líder do grupo) e de Jequié/BA, Gilvan Souza Santana; o cabo Jeoás Nascimento dos Santos; os soldados Josafá Ramos dos Santos e Jeane Batista de Souza; o líder da greve dos Bombeiros no Rio de Janeiro, Benevenuto Daciolo Fonseca dos Santos, e David Salomão dos Santos Lima, de Vitória da Conquista/BA.

            Os sete vão responder por crimes previstos na Lei de Segurança Nacional (Lei nº. 7.170/83), no Código Penal (Decreto-Lei No 2.848/40) e no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Nº 8.069/90). Entre os crimes estão: associarem-se mais de três pessoas, em quadrilha ou bando armado, para o fim de cometer crime; impedir, com violência ou grave ameaça, o livre exercício de qualquer dos Poderes da União ou dos Estados; apoderar-se ou exercer o controle de veículo de transporte coletivo, com emprego de violência ou grave ameaça à tripulação ou a passageiros; praticar sabotagem contra instalações militares, meios e vias de transporte; paralisar total ou parcialmente, atividade ou serviços públicos essenciais para a defesa, a segurança ou a economia do país; incitar à subversão da ordem política ou social; constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão; submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento.

            PEC 300 e eleições – De acordo com o MPF/BA, os sete denunciados formaram uma quadrilha armada com o objetivo de lesar e expor a perigo o Estado Democrático de Direito, com articulação nacional e nítida motivação política, aterrorizando a população baiana, ao ordenar e executar a prática de uma série de crimes. Além disso, os denunciados prolongaram a greve o máximo possível para que policiais de outras cidades baianas e estados também aderissem ao “movimento”, minando, dessa forma, a segurança e o regime democrático na Bahia e, depois, de outros estados do país. A estratégia, às vésperas da maior festa popular, o Carnaval, visava, não somente o aumento dos próprios capitais políticos dos denunciados – o que restou claramente comprovado no curso das Eleições de 2012 –, mas também forçar o Congresso Nacional a aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) n. 300/2008, que altera o parágrafo 9º do art. 144 da Constituição da República, estabelecendo um piso salarial nacional paraa categoria. 

            Dos sete denunciados, dois conseguiram eleger-se vereador: Marco Prisco Caldas Machado e Gilvan Souza Santana. O atual vereador Prisco foi o principal beneficiário dos atos criminosos, uma vez que, munido da notoriedade deliberadamente obtida com os crimes contra a segurança nacional que praticou, voltou a candidatar-se no pleito de 2012, tendo sido eleito vereador com votação expressiva. Foram mais de 14.820 votos, ou seja, cerca de 815% a mais em relação à eleição anterior. Outros três denunciados quase chegaram lá: Jeoás Nascimento dos Santos, em Natal; Josafá Ramos dos Santos, em Feira de Santana/BA, e David Salomão dos Santos Lima, que teve votação significativa para o cargo em Vitória da Conquista/BA.

            “Escudos humanos” – Sob o comando de Prisco, os policiais ocuparam a Assembleia Legislativa, impedindo o livre exercício do Poder Legislativo durante o movimento grevista. Também levaram suas famílias ao local, transformando mulheres e crianças em verdadeiros “escudos humanos”, em afronta ao art. 232 do Estatuto da Criança e do Adolescente. Como se não bastasse, ameaçavam que, em caso de tentativa de desocupação, reagiriam à bala e se poria em risco a vida dos “escudos humanos”, incluindo crianças indefesas.

            Os denunciados determinaram, durante a greve, que fossem tomadas ou depredadas viaturas que realizavam o policiamento da capital, sabotando esses meios de transporte a fim de causar dano e paralisação dos serviços públicos essenciais à segurança da sociedade. Com isso, eles diminuíram a frequência do policiamento ostensivo da cidade, além de dotar a própria quadrilha armada de maior mobilidade. Tática semelhante foi utilizada com caminhões e ônibus, que foram tomados e atravessados nas pistas, sem as chaves, em várias avenidas da cidade. Documentos que acompanham a denúncia, de 85 páginas, comprovam a sabotagem de viaturas policiais e de ônibus de passageiros com o emprego da mesma tática: rasgando-se os pneus e danificando-se a chaparia. “Os delitos perpetrados atentaram, não apenas contra a segurança da sociedade, mas também – e principalmente – contra o regime representativo e democrático, a Federação e o Estado Democrático de Direito”, afirmam os procuradores na denúncia.

            Prejuízos – Do ponto de vista financeiro, o prejuízo também foi muito grande para os cofres públicos. Os custos decorrentes da mobilização das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança Pública, para garantia da lei e da ordem no estado, foram elevados. De acordo com informações prestadas pelo Estado-Maior da Aeronáutica e pelo Comando Militar do Nordeste, os gastos realizados com a Operação Bahia somaram cerca de 14,4 milhões de reais. Na Operação Bahia, realizada de 3 a 18 de fevereiro de 2012, foram mobilizados efetivos de 49 militares da Aeronáutica, que transportaram integrantes do Exército e da Força Nacional de Segurança, 154 fuzileiros navais e 4.182 militares do Exército, totalizando 4.635 militares na operação.

            A paralisação dos serviços públicos de segurança, durante os 11 dias de greve, trouxe sérios problemas para Salvador, principalmente o crescimento do número de homicídios, furtos e roubos de veículos, além da disseminação do clima de medo e insegurança por toda a cidade. E mais: a redução do horário da prestação do serviço público de transporte coletivo; prejuízos a estabelecimentos comerciais e ao turismo; adiamento do início do ano letivo, prejudicando milhares de estudantes; além do não funcionamento ou encerramento antecipado do serviço em órgãos públicos municipais, estaduais e federais.

            Confira a íntegra da ação penal ajuizada pelo MPF/BA

            Assessoria de Comunicação

            Ministério Público Federal na Bahia
            Tel.: (71) 3617- 2294/2296/2200
            E-mail: [email protected]
            http://www.twitter.com/mpf_ba

             

  9. “A via, legítima, para os

    “A via, legítima, para os militares voltarem ao poder, com base na Constituição Federal de 1988, é por meio do processo democrático, ou seja, candidatando-se à Presidente da República”

    Isso, porém, não é “a volta dos militares ao poder”.

    Da mesma forma como a eleição de Lula não foi a chegada dos metalúrgicos ao poder, nem a eleição de Fernando Henrique foi a tomada do poder pelos sociólogos.

  10. meu brasil meu opovo

    Meu Brasil Meu povo

    Meu país foi Assolado,
    invadido e destruído
    Os tiranos são muitos,
    Devastaram nosso futuro
    Somos de paz,
    mas estamos em guerra
    Estamos sendo atacados,
    Em nossa soberania.
    Você foi morto na fila do hospital,
    Morreu por falta de remédio,
    Levou um Tito fatal,
    De um ladrão,
    recruta do mal,
    O Brasil vai mal,
    Nunca vi nada igual
    Secou seus recursos,
    Seus filhos saíram da escola
    Oh! Meu país,
    Quão grande é sua a sua historia,
    E agora desce a ladeira,
    Como uma carreta sem freio
    Sonho acordado
    E penso…
    Quando tudo isso vai acabar
    Nossos sonhos secaram
    Não da para confiar em mais ninguém
    E digo além
    Declaro guerra a esses mercenários
    Que estão atacando nossas almas,
    Não vejo líder
    Não vejo saída
    Só se falam em milhões,
    Roubados aqui e ali.
    Mas se é uma guerra ?
    Onde estão nossos soldados,?
    Iludidos, caminham
    Aqui e ali
    Procurando emprego,
    Sem sossego,
    Sem dormir,
    Caminham aqui e ali,
    Iludidos com noticias compradas,
    Se é uma guerra?
    onde estão nossos soldados? ,
    Estão adoentados
    Sem atendimento médicos,
    Sem educação,
    Apenas torcendo pelo seu time do coração,
    Ah! Mas é muito pouco
    Estou ficando louco
    De tanto pensar,
    Onde tudo isso vai parar,
    Se o soldado envelhecer,
    De miséria vai morrer,
    Mas se é uma guerra?
    Onde estão nossos soldados?
    Estão mendigando nas ruas,
    Ah! Inimigo
    Tenha piedade de nós,
    Esse país é de paz,
    Mas isso é utopia!
    Sei que se não lutarmos,
    Vamos morrer a míngua,
    E uma terra tão bela
    Vai virar uma Venezuela,
    Eu topo,
    Se é guerra
    Faça-se o que tem que tem que fazer,
    Se morrer ou for preso
    Muitos mais virão
    E um novo caminho,
    Pode surgir
    E das cinzas
    Dizer, viva nosso país!

    (HAMILTON D FERREIRA)

  11. Direitos democráticos

    A lei para ser eficaz não pode ter um meio termo confuso ao entendimento do povo, para o povo principalmente os mais humildes ou menos letrados entende-se que: Algo é exatamente isso ou não é exatamente isso, é bem complicado entender algo considerado talvez ou mais ou menos isso. A democracia baseia-se na liberdade de expressão, direito de reclamar pedir e clamar por isso ou por aquilo. Entende-se também o cidadão comum e menos letrado que: Os cidadãos letrados e conhecedores da lei, juízes e desembargadores etc., e aqueles que compuseram a assembleia constituinte, ou seja, aqueles que criaram e votaram as leis vigentes, esperava-se que dessas pessoas letradas partisse um exemplo para o povo em cumpri-las as suas próprias leis ao pé da letra. Sendo estes letrados e com poder de autoridade jurídica no estado, conhecedores da lei e doutores juramentados e comprometidos a cumprir as leis, esperava o povo que ao menos as cumprisse como exemplo de funcionalidade e ordem das mesmas. O povo também não entende os privilégios adquiridos que estas autoridades possuem quando cometem delitos sabendo e conhecendo as leis ao pé da letra. Desse modo o cidadão contesta o pouco ou muito que sabe sobre a frase que diz: Somos todos iguais perante a lei.

  12. A sociedade como um TODO é RESPONSÁVEL por TUDO que OCORRE no país.
    Sendo que coube aos Militares, na época de seu comando, dentre inúmeras tarefas, a da EDUCAÇÃO ESCOLAR.
    E NESTA, a palavra FALHA é um eufemismo para o que aconteceu.
    ANTES da “INTERVENÇÃO MILITAR”, para não vir com palavras provocativas, porque o que está em apresentação AQUI é tão somente IDENTIFICAR ERROS. E não injuriar. – – Retomando, ANTES, o sistema de Ensino/EDUCAÇÃO nas escolas era/foi EFICAZ/FUNCIONAL.
    E com a Lei 5692 da Reforma do Ensino houve um RETROCESSO ABISSAL, gerando, ao longo de décadas o que HOJE ocorre. Sem contar com OUTROS aspectos negativos, de SUMA IMPORTÂNCIA, que atingem aos professores, que atualmente estão sendo CALUNIADOS de INCOMPETENTES e DESLEIXADOS.
    MAIS, – O CONTROLE de FRONTEIRAS – é de responsabilidade precípua da Polícia Federal, QUE POR SUA VEZ ESTÁ SUBORDINADA às Forças Armadas, em especial o Exército.
    Logo, não é preciso mais do que 3 neurônios para depreender que “a LIVRE CIRCULAÇÃO de TRAFICANTES” é um, dos inúmeros ERROS/INCOMPETÊNCIA por parte de um chamado Comando Militar.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador