Quebra de sigilo aponta para ‘rachadinha’ em gabinete de Jair Bolsonaro

Em meio a crise, a ordem no Planalto é tratar rachadinhas como assunto "de fora do governo"

Reprodução

Jornal GGN – A quebra de sigilo bancário do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos/RJ) e outras 100 pessoas investigadas no caso das ‘rachadinhas’ apontou indícios da prática de peculato e lavagem de dinheiro também no gabinete de Jair Bolsonaro (sem partido), quando ele ainda era deputado federal, e do o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). As informações são do UOL.

“O UOL teve acesso às quebras de sigilo em setembro de 2020, quando ainda não havia uma decisão judicial contestando a legalidade da determinação da Justiça fluminense, e veio, desde então, analisando meticulosamente as 607.552 operações bancárias distribuídas em 100 planilhas -uma para cada um dos suspeitos. O STJ (Superior Tribunal de Justiça) anulou o uso dos dados resultantes das quebras de sigilos no processo contra Flávio, mas o Ministério Público Federal recorreu junto ao STF (Supremo Tribunal Federal)”, revelou a reportagem. 

O caso envolvendo Jair Bolsonaro, aponta que quatro funcionários que trabalhavam no gabinete do mandatário na Câmara dos Deputados retiraram 72% de seus salários em dinheiro vivo. Eles receberam R$ 764 mil líquidos, entre salários e benefícios, e sacaram um total de R$ 551 mil  em espécie. 

O volume de saques chama atenção para a prática currupta, já que identificado pelo MP-RJ como parte do método usado durante a “rachadinha” de Flávio, na Alerj. 

O filho 02 de Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro, também teve movimentações que indicam a prática em seu gabinete. Funcionários do vereador sacaram 87% de seus salários. Juntos, eles retiraram um total de 570 mil, também em dinheiro vivo.

De acordo com a jornalista Carla Araújo, ministros e auxiliares de Jair Bolsonaro minimizaram as suspeitas sobre o esquema e avaliaram que, por se tratar de supostos crimes cometidos no passado, o ideal é deixar o assunto o mais distante do Palácio do Planalto possível.

Redação

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