Recado do Nassif: MPE do Rio de Janeiro negocia exclusão de Bolsonaro para manter caso Marielle

Ou seja, aceitam isentar antecipadamente Bolsonaro, sem checar as declarações do porteiro, sem periciar o PABX do condomínio

Segundo matéria de Bela Megale, em O Globo:

 “Os promotores acreditam que a citação do nome do presidente Jair Bolsonaro, trazido à tona pelo depoimento do porteiro de seu condomínio, no Rio, não influenciará na decisão do STJ. Para o grupo, o fato foi esclarecido depois que o porteiro assumiu que mentiu em seu primeiro depoimento. Os integrantes do MP do Rio destacam que o pedido de federalização foi feito muito antes pela então procuradora-geral da República Raquel Dodge!”

Ou seja, aceitam isentar antecipadamente Bolsonaro, sem checar as declarações do porteiro, sem periciar o PABX do condomínio, para poderem manter as investigações sobre a morte de Marielle.

Pergunto: se não é para apurar devidamente o crime, qual a intenção dos bravos procuradores do MPE do Rio de Janeiro?

Luis Nassif

18 Comentários

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  1. É uma pergunta retórica, Nassif? Só pode ser, né?

    Ora, mais do que não investigar, estão ali para GARANTIR que a autoria intelectual não será apurada. Pô, um bando de bolsonaristas; antes disso, antissociais, antipetistas, engolidores de doutrinação meritocrática, classe media emergente…

    Caramba…

  2. Isentar o Bozzo da trama toda? Que investigação mais mequetrefe o MP-RJ vai fazer do caso Marielle Franco….. E se o 3o. elemento, que dizem que estava no carro com os assassinos, for Carluxo Bozzo, como vão ficar as investigações? Vão passar o pano e esquecer o detalhe?

  3. …. enquanto não se fizer uma cpi para acompanhar as investigações, e eventualmente, punir quem o mereça, esqueçam, será um jogo de empurra de lojistas….. estranha essa falta de interesse dos congressistas com um crime de repercussão internacional…..

  4. Na tela do sistema de gravação da portaria do condomínio ( https://s03.video.glbimg.com/x720/8046526.jpg ), os 3 arquivos abaixo estão listados em sequencia:

    0001_20180314_164451_TX_B15_D000030_S28550_G00001_O0 – 14/03/2018 16:58
    0001_20180314_165212_TX_B15_D000039_S28550_G00001_O0 – 14/03/2018 16:58
    0001_20180314_170742_TX_B65_D000023_S28550_G00001_O0 – 14/03/2018 17:13

    Imediatamente antes da suposta ligação para a casa B65 (de Ronnie Lessa), existem 2 supostas ligações para a mesma casa B15, uma às 16:44:51 (_164451_ no nome do arquivo), com 30 segundos de duração (_D000030_), e outra às 16:52:12 (_165212_ no nome do arquivo), com 39 segundos de duração (_D000039_). Aqui supostas porque ainda não foi apresentada perícia do conjunto original de gravações que demonstre a autenticidade das mesmas, que os arquivos não foram renomeados, excluídos ou incluídos na lista apresentada e que não foram alteradas as datas e horas de gravação dos arquivos (à direita na lista).

    Como a investigação do assassinato de Marielle está envolta em mistérios e suspeitas, fica aí mais uma dúvida: uma verdadeira perícia não deveria verificar se as 2 ligações sequenciais para a casa B15 não poderiam ser – renomeadas e/ou (re)datadas – as 2 ligações que o porteiro diz ter feito para a casa B58, do ‘seu Jair’?

    Poder-se-ia perguntar se deixar essa possível fraude à mostra não seria muito estúpido, mas quer maior estupidez que a de Carlos Bolsonaro exibir essa tela/vídeo, tentando livrar a cara do pai e a sua, o quê, pelo contrário, levantou uma nuvem de suspeitas, inclusive em relação ao MP-RJ, com a ‘perícia a jato’ da sua promotora bolsonarista e outras questões?

  5. Vamos fazer um exercício de lógica:

    Se o assassino de Marielle fosse um pé de chinelo, um sujeito sem importância, uma pessoa insignificante do ponto de vista político… a polícia já teria ‘descoberto’ o homicida e a essas horas estaria posando para fotos como polícia competente.

    É óbvio que toda a confusão criada pela própria polícia, pelo MPE, e nos dias de hoje (não duvido) quem sabe até pelo judiciário carioca visa a ENCOBRIR um peixe grande, alguém significativo politicamente e/ou financeiramente.

  6. O abandono da Justiça pelo poder judiciário, na mesma proporção que também está abandonando a coragem, a imparcialidade e a sua independência, também aumenta o descrédito, a desconfiança e a suspeita de que a justiça se rendeu definitivamente ao fascismo ditatorial do governo Bolsonaro e seus militares milicianos.

  7. A verdade é que o caso Marielle/Anderson já está resolvido faz muito tempo. A grande questão é a conexão dos investigadores com a mídia para trazer a público a verdade por ora encoberta, mas esta é podre e, portanto, decadente, preguiçosa e partidária.

  8. Precisávamos realmente de um órgão que não fosse controlado por políticos e não isentasse ninguém, caso contrário as “investigações” irão divulgar resultados como os que foram apresentados:

    para a morte do Prefeito Celso Daniel, onde a coincidencia de outras sete mortes de pessoas que poderiam ser testemunhas, nunca foi elucidada. A da investigação ter sido comandada por uma tia de uma parente de Lula… ou,

    para o assassinato do Grande Ministro do STF, Teori Zavascki, que às vesperas de homologar delações que atingiriam o núcleo duro do atual governo pós-impeachment, citando expressamente propina de R$ 2 milhões em dinheiro vivo para Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, R$ 23 milhões na Suíça para José Serra, ministro das Relações Exteriores, e R$ 10 milhões para o próprio Michel Temer… ou

    para o assassinato de Eduardo Campos, principal concorrente à re-eleição de Dilma, ou

    para o assassinato de Roger Agnelli, que estava entrando em negócios que não interessavam ao governo (coincidentemente, do PT) ou

    para o… chega, tenho de trabalhar hoje. A lista vai longe…

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