Tabela de cortes do governo

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Da Agência Brasil

As medidas propostas pelo governo para reduzir os gastos públicos e aumentar a receita visam a viabilizar o superávit primário (economia para pagar os juros da dívida) de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano que vem. O Orçamento de 2016 terá corte de R$ 26 bilhões. Ao todo, o governo anunciou nove medidas para a redução de despesas e o aumento de receitas.

Abaixo as medidas adotadas pelo governo:

tabela redução de gastos vale esta

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

19 Comentários

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  1. Absurdo!

    Dividir com o povo o ônus da incompetência e pulso frouxo com a corrupção.

    Nem é dividir na verdade, é 70% pro povo e 30% para a máquina estatal.

    A corda sempre arrebenta do lado mais fraco…

  2. Sobre o abono de

    Sobre o abono de permanência:

    Quando o servidor atinge os requisitos para aposentadoria (idade + tempo de contribuição), o governo deixa de descontar de seu salário a parcela equivalente à contribuição social (11%). Trata-se de um INCENTIVO para o servidor permanecer na ativa.

    Assim, o servidor que ganha R$ 5.000, todo mês tem descontados R$ 550, a título de contribuição social. Depois é descontado o IRPF.

    Quando ele atinge o tempo, esses R$ 550 deixam de ser descontados, e muitos continuam trabalhando.

    É exatamente essa MERRECA que DILMA está tungando do trabalhador. Além de ser uma mixaria pro governo, ainda é uma medida de burrice atroz (mais uma).

    Vamos pegar o caso da Receita e da PF. Cerca de 10% dos Delegados e Auditores já tem tempo para se aposentar, e estão recebendo o abono. São uns 150 Delegados e 1000 Auditores portanto (Total 1.150 funcionários).

    Em final de carreira, ganham 22.500 por mes. Portanto, o governo deixa de arrecadar R$ 2.475 de cada um deles (os tais 11% do abono).

    Com a esperteza de Dilma e Levy, serão tungados em mais esse direito (lembra que ela disse que não mexeria em direitos trabalhistas?).

    O que irá acontecer então? Esses 1.150 funcionários irão se aposentar, pois não terão mais qualquer incentivo para permanecer na ativa.

    Resultado: o governo terá de contratar mais 1.150 funcionários, gastando cerca de R$ 16.000, salário inicial das categorias.

    Economiza agora R$ 2.475 para gastar ali na frente R$ 16.000.

    NÃO É JENIAL!!? 

    1. Se a conta é essa mesmo que

      Se a conta é essa mesmo que vc colocou aí, é negócio pro governo sim, já que a hora é de reduzir gastos. Economizo 2.475 mais a diferença do salário do delegado e auditor em fim de carreira para o de inicio de carreira, que vc disse que é 16 contos. Vale a pena sim. Além de oxigenar o orgão, que receberá um novo funcionário e também vai fazer andar a fila do desemprego. Otimo – se for isso aí que vc falou!

      1. É mesmo?
        Antes o governo

        É mesmo?

        Antes o governo pagava 22.500 para um funcionário da ativa. Total = 22.500

        Agora vai pagar 22.500 para o que se aposentou MAIS 16000 para o novo funcionário. Total = 38.500.

        Deu pra entender agora?

        1. absurdo

          Absurdo em um pais de pobre e miseráveis esses vencimentos, e ainda , o privilégio de aposentadorias integrais! deveriam ir como todos para o teto do INSS. Com certeza temos diversos níveis de funcionalismo publico!

          1. Claro, vamos pagar salário de

            Claro, vamos pagar salário de fome para o servidor público, assim os jovens qualificados que hoje são atraídos pela carreira pública irão todos para a iniciativa privada, que se tornará mais atrativa.

            E órgãos de excelência como AGU, Receita, Bacen, PF etc atingirão o fantástico nível do DNIT, SUDENE, PM do Rio etc.

            Jenial!!

          2. Nem salário de fome, mas

            Nem salário de fome, mas tampouco salário de marajás. Pode ter nível de excelência que tiver. manejar recursos, responder por tarefas melindrosas. Tudo tem um limite! 

            Não há termos de comparação entre um servidor público e outro privado.Ao primeiro, tudo! Inclusive e principalmente a estabilidade, receber mesmo em greve, absenteísmo desbragado e sem consequência, planos de saúde diferenciados, nihil de cobranças acerca de produtividade  etc etc. Ao segundo, tudo ao contrário. 

            Aqui no Brasil é assim: ou calça de veludo(funcionários públicos) ou bunda de fora(iniciativa privada). 

          3. Absurdo?

            Você acha mesmo que o salário mencionado é alto para alguém tem a responsabilidade de arrecadar bilhões ou investigar lava-jato e afins?

            Quanto à aposentadoria, o limite do INSS já é a realidade para os novos servidores federais concursados.

    2. É pior que isso

      O comentarista mencionou Auditores e Delegados, mas o problema é muito maior entre os cargos com rendimentos mais baixos.

      Para aquelas carreiras há concursos periódicos, o que eleva a proporção de novos servidores não contemplados com o abono.

      Para as demais, no entanto, as contratações são esporádicas, o que torna a proporção de servidores ativos com tempo para se aposentar em relação ao total muito maior.

      Além disso, como o salário delas é menor, a dependência e a adesão ao abono é maior.

      Chego a afirmar que, em alguns casos, o percentual de “abonados” chegue a 40 ou 50% dos servidores de determinadas carreiras.

      Cosequentemente, com a medida de ajuste, haverá diminuição substancial do número de servidores públicos federais e, obviamente, piora da já precária prestação dos serviços públicos.

      Mas, como se vê, sempre existe o “jênio” capaz de repetir o falso mantra de que a máquina está inchada e aprovar a medida.

    3. Extamente isso.

      Na mídia está parecendo que o governo paga um extra na forma desse abono.

       

      Minha esposa é servidora federal e vai ter direito ao abono a partir de janeiro do ano que vem, pois vai atingir 30 anos de contribuição.

       

      Mas ela não tem a idade mínima, faltam dois anos, ou então é tomar o fator previdenciário na cabeça. Ela só podera parar em 2017.

       

      Ela está apavorada, pois esses quinhentos e pouquinho era a chance concreta de algum a mais no contracheque, ela está há mais de 10 anos sem aumento.

       

      Pensar que o funcionalismo vota ou votava em massa no PT. Eis a paga, anos sem aumento e agora esse tapa na cara.

       

  3. Adiamento de reajustes do

    Adiamento de reajustes do funcionalismo só atinge a administração direta, como sempre, pois o judiciário e o legislativo, pelo que me consta, já tiveram seus polpudos aumentos este ano.

    Temos servidores de primeira e de segunda linha.

    1. Também não atinge os hiper

      Também não atinge os hiper marajás do MP, que já estão recebendo desde janeiro de 2015 salário reajustado em 15%.

      Para esse Dilma não pede “sacrifício”. Ganham 30.000 brutos mais os indecentes “auxílios”, que chegam a mais de 30.000 em alguns casos. Tem procurador ganhando mais de 50 mil líquidos por mês.

      1. Concordo plenamente(já fiz

        Concordo plenamente(já fiz alguns comentários acerca disso) com as críticas aos exorbitantes, porque destoantes da realidade, hiper salários do MP e do Poder Judiciário. Qualquer um fica indignado quando constata isso ao pesquisar no Portal da Transparência referente a cada uma dessas instâncias. Uma vergonha! Um despautério! Um verdadeiro acinte!

        Bem, mas vamos fazer justiça á presidente. O MP e o Poder Judiciário são autônomos, inclusive no que tange a fixação dos vencimentos dos seus servidores. Aliás, eles propõem ao Poder Legislativo, portanto é este que aprova. 

        Mas isso não gera protestos raivosos, nem induz a textos ou comentários indignados na mídia. E a imoralidade é na esfera da União e dos estados. Em alguns deles a farra é de corar frade de pedra. 

        Dias desse, a “potência” que é o estado do Piauí se viu obrigado a pagar verba de moradia para JUÍZES E DESEMBARCADORES APOSENTADOS! E ainda mais retroativamente!

        No Ceará, outra unidade “riquíssima”, a esculhambação é similar.  

  4. Salários, vantagens, auxílios…

    Em 2012, Ivan Sartori ao ser empossado Presidente do TJ/SP deu uma entrevista em que falou também sobre salários e vantagens para juízes.

     Um trecho:

    O senhor assume o Tribunal de São Paulo em meio a uma controvérsia em torno de pagamentos milionários a alguns desembargadores. O que aconteceu exatamente?

    O que tem de ficar claro é o seguinte: os pagamentos não são ilegais. São direitos trabalhistas devidos. O tribunal deve 1,2 bilhão aos magistrados e 1,8 bilhão aos servidores da Justiça.

    Esses pagamentos são feitos em parcelas, às vezes ao longo de vinte anos, porque não há dinheiro para pagar tudo de uma vez. O que ocorreu há alguns anos — e soube-se agora — é que foram feitas quitações antecipadas a alguns colegas.

    No total, 29 desembargadores receberam esse dinheiro mais rápido do que os outros: dois deles tiveram pagamentos acima de 1 milhão de reais; três, acima de 500 000 reais; e os outros 24, entre 100 000 e 300 000 reais. Ficaram numa situação privilegiada em relação aos outros porque receberam antes, mas receberam valores que lhes eram devidos. Não houve prejuízo ao Erário nem crime. Estamos apurando se houve falhas éticas.

     

    Por que os juízes têm tanto dinheiro a receber?

    Todo servidor público do Estado de São Paulo pode tirar três meses de licença-prêmio a cada cinco anos de trabalho, isso não é uma prerrogativa exclusiva dos juízes. Se o servidor não tira, recebe o equivalente a esses três meses em dinheiro. Além disso, os juízes têm dois meses de férias por ano, mas costumam tirar somente um.

    Os desembargadores paulistas têm escala de férias. [O Tribunal de Justiça de São Paulo tem 360 desembargadores]. Se todos os que têm direito saíssem de uma vez, não haveria quem julgasse os processos. Então, quase todos têm período de férias ou licença a receber.

    Temos também o auxílio-moradia. Esse benefício surgiu porque, por lei, parlamentares e ministros do Supremo Tribunal Federal têm de ter os vencimentos equiparados. Os parlamentares ganhavam, além do salário, um auxílio-moradia — e os juízes pediram para receber o mesmo. Ganhamos essa ação e tivemos esse crédito reconhecido. Toda a magistratura foi beneficiada.

    A Justiça Federal e muitos Tribunais de Justiça já pagaram todo o retroativo. Em São Paulo, não havia dinheiro em caixa. O crédito avolumou-se com a correção monetária.

    Tudo somado, magistrados paulistas com cerca de trinta anos de carreira, como eu, têm créditos de mais de 1 milhão de reais atrasados. Com isso, recebemos de 8 000 a 11000 reais a mais todos os meses, para saldar essa dívida.

     

    Isso não reforça a ideia corrente de que a magistratura é uma classe privilegiada, que ganha vantagens indevidas?

    Quanto ganha um alto executivo numa empresa privada? Oitenta mil reais por mês. Quanto ganha o presidente da Petrobras? Deve ser mais de 45 000 reais por mês.

    O juiz ganha 24 000 reais. Não é um salário à altura do cargo. É inferior às suas necessidades.

    Nós sabemos que a classe operária não está sendo remunerada condignamente e, por isso, nosso salário causa um impacto maior, mas não temos FGTS nem hora extra — e garanto que um juiz trabalha além das oito horas diárias.

    Não temos adicional de periculosidade — e estão matando juízes.

    Falam que temos aposentadoria integral, mas, em boa parte, ela é custeada pelo próprio juiz. E o juiz que entra [na carreira] agora, depois da última reforma do Judiciário, não tem mais aposentadoria integral.

     

    http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/politica-cia/nao-passaremos-a-mao-na-cabeca-de-juiz-bandido-garante-o-novo-presidente-do-tribunal-de-justica-de-sp/

     

  5. Ainda sobre o abono de

    Ainda sobre o abono de permanência, o CONDSEF, entidade que reúne 80% dos servidores públicos federais (o chamado “carreirão”), afirma que há hoje 110 mil servidores recebendo o abono.

    Com o fim do benefício, Dilma e Levy “economizam” 1,1 bi.

    MAAAAS

    Possivelmente esses 110 mil se aposentem, e terão de ser contratados MAIS 110 MIL…

    JENIAAAAAALLLLL!!!!

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