A falência do PT, por Tariq Ali

Enviado por Antonio Ateu

https://www.youtube.com/watch?v=OqQKSWfFx88 height:394

Da TV Boitempo

Tariq Ali, responsável pelas introduções do recém lançado “Manifesto comunista/ Teses de Abril” (http://bit.ly/2f6dMmv), foi um dos convidados internacionais do Seminário “1917: o ano que abalou o mundo”. Sua conferência, intitulada “Diálogos com o pensamento teórico de Lênin” contou com comentários de Virgínia Fontes e Marly Vianna. A mediação da mesa ficou a cargo de Fernanda Mena.
 


GETTY IMAGES – Em visita ao Brasil, intelectual da esquerda britânica diz que Revolução Russa tem lições positivas sobre democracia

 

Por Camilla Costa 

Insistência na candidatura Lula ‘mostra a total falência do PT’, diz escritor Tariq Ali, referência da esquerda internacional
 
Da BBC Brasil
 

Há 100 anos, em outubro de 1917, acontecia a revolução que estabeleceria um Estado socialista na Rússia e em outros países do leste europeu – e fortaleceria a esquerda política em todo o mundo. Mas 74 anos depois, em 1991, esse Estado entrava em colapso.

Em 2017, no entanto, um dos principais intelectuais de esquerda do Reino Unido, o escritor Tariq Ali, acha que os partidos de esquerda ainda têm o que aprender com revolucionários russos como Lênin – especialmente sobre como fazer autocrítica e admitir seus erros.

“Antes de morrer, Lênin pediu desculpas à classe operária russa. E ele também disse ‘nós não sabíamos de nada’. Quando foi que um político da esquerda ou da direita disse isso de novo?”, indaga.

O escritor ainda defende posições polêmicas, como a de que o socialismo implantado por Hugo Chávez foi um sistema “extremamente democrático” em seus primeiros anos.

Ali admite, no entanto, que o autoritarismo soviético foi o legado “terrível” de 1917 para o socialismo. E afirma que a admiração ao ex-líder Josef Stálin não deveria estar presente na esquerda atual.

“Ser socialista hoje significa querer um sistema muito mais democrático do que jamais existiria no capitalismo. Com democracia em todos os níveis.”

Em São Paulo para lançar uma nova edição dos principais textos da Revolução Russa no seminário “1917 – o ano que abalou o mundo”, da editora Boitempo, o britânico faz duras críticas ao PT e diz que o partido escolheu não aproveitar o momento de crise, após o envolvimento em escândalos de corrupção, para se renovar.

“Fico com muita raiva, porque essa é a única chance que o Brasil teve por algum tempo”, afirma.

Veja os principais trechos da entrevista.

BBC Brasil – Em 2016, você disse que seria necessário uma autocrítica de Lula e do PT. Há indícios, na sua opinião, de que ela tenha acontecido?

Ali – Não, eu não vejo. Também acho que não acontece por causa da maneira como a direita orquestrou o golpe constitucional – porque, até onde sei, Dilma foi removida sem nenhuma justificativa. Isso foi interessante para as pessoas dentro do PT que queriam dizer: “estamos cercados de inimigos, não podemos fazer muita autocrítica agora, é preciso nos unirmos para enfrentá-los”. Esse tipo de situação isola o debate.

É um erro tão grande o que eles estão cometendo. Podiam fazer até agora, chamar uma convenção do partido em que todos os membros do partido possam ir e ter uma discussão aberta sobre o que deu errado. Isso seria o caminho da salvação deles. Mas pode ser tarde demais agora. Fico com muita raiva, porque essa é a única chance que o Brasil teve por algum tempo.

BBC Brasil – Há um ano você disse que o impeachment da presidente Dilma Rousseff era “inevitável”. Como vê hoje a situação da esquerda brasileira?

Ali – A esquerda brasileira está muito frágil no momento. Acho que a elite política queria se ver livre do PT. E sem dúvida o impeachment de Dilma foi algo horrível. Mas não é só por causa disso. É porque o PT não fez nenhum debate, não pediu desculpas para a população. E porque agora a única chance que eles têm é Lula conseguir se eleger em 2018. O futuro é desanimador.


O escritor em evento realizado em São Paulo | Foto: Ana Maria Barbour

BBC Brasil – Mas um ano atrás você disse que não achava a candidatura de Lula uma boa ideia.

Ali – Isso era o que eu pensava na época, mas hoje a esquerda não tem outra oportunidade. Ainda não é uma ideia ótima. O que isso mostra é a total falência do partido, que não conseguiu produzir uma nova geração de líderes que possa tomar a frente e fazer coisas melhores. Eles dependem do velho líder de São Paulo. Mas se (a candidatura de Lula) for feita de uma forma não apenas para se vingar, mas para reconstruir a política e fazer coisas boas, quem sabe?

Mas mesmo que Lula seja inocentado, se candidate e ganhe – e são três coisas diferentes – ele só ganharia porque a oposição aqui também está falida. Não há muitas pessoas na direita nem no centro que você pode dizer que são honestas, mesmo se discordar com elas.

BBC Brasil – Como lidar com o fato de que o atual presidente Michel Temer, que você critica por considerar de direita, era o vice-presidente de Dilma Rousseff e pertence ao partido que era o principal alicerce do PT no Congresso?

Ali – (Ri) Não sei. Assim é o Brasil. Essa é uma prova terrível de como o sistema político e eleitoral funcionam aqui. Quando Lula ganhou o primeiro mandato, com muita esperança das pessoas, ele poderia ter feito uma Assembleia Constituinte e colocado uma nova Constituição para referendo popular, como se fez na Bolívia e na Venezuela. Mas ele não fez isso. Ele não queria incomodar ninguém “importante”. E se você não faz isso, sua escolha é trabalhar com os partidos corruptos no Congresso.

BBC Brasil – O PT tem falado em boicotar as eleições, caso Lula seja impedido de concorrer. O que acha disso?

Ali – Há ocasiões em que se pode boicotar uma eleição, então, em princípio, não tenho nada contra. É uma escolha tática que se faz. A questão é: por que estão fazendo essa escolha? Por que acham que as eleições serão realmente corruptas ou porque não há ninguém mais no seu partido que seja tão popular como Lula? Algo construtivo e positivo seria se o PT apoiasse outro candidato da esquerda, que não fosse necessariamente do partido.

BBC Brasil – Há outras opções para a esquerda no Brasil? Quais seriam?

Ali – Acho que não há. Os dissidentes que saíram do PT e criaram o PSOL fizeram isso cedo demais – e muitos deles agora são meus amigos. Mas não funcionou. O mais importante agora é a unir a esquerda brasileira. E você não pode uni-los em torno de algo que seja muito específico do PT. Por isso seria interessante chegar a um acordo sobre um candidato de esquerda que não seja Lula, e que o PT possa apoiar.

BBC Brasil – Você já disse que o modelo bolivariano da Venezuela, que teve início com o governo de Hugo Chávez, poderia trazer alternativas para o socialismo. Como vê hoje a situação do país ?

Ali – Olha, eu ainda acho que o governo de Chávez, especialmente em seus primeiros anos, foi muito democrático e que a constituição feita naquela época é muito democrática. E muitas das coisas ditas sobre o governo de Chávez na época em jornais de todo o mundo eram simplesmente falsas.

BBC Brasil – E quais eram coisas ruins que eram verdadeiras a respeito do regime de Chávez?

Ali – Honestamente acho que uma das coisas que se tornaram fora de controle nos últimos anos do governo Chávez foi a corrupção. Ele se opunha pessoalmente a ela, mas não fez muito a respeito, porque envolvia o Exército.

BBC Brasil – O que acha do governo de Nicolás Maduro?

Ali – O governo Maduro está numa situação muito diferente, enfrentando uma crise enorme criada pela queda dos preços do petróleo, que dificultou todos os seus programas sociais. Eles cometeram erros ao se recusarem a fazer reformas monetárias, o que resultou num enorme mercado clandestino e aumentou a corrupção. O regime não recebeu bons conselhos econômicos, e quem tentou dar bons conselhos foi ignorado.

BBC Brasil – E na política? Maduro criou uma Assembleia Constituinte que não foi reconhecida pelo Parlamento, de maioria oposicionista, e que agora funciona paralelamente a ele. O Parlamento, por sua vez, diz que suas decisões são anuladas pelo governo. O presidente também é acusado de responder com violações de direitos humanos e violência excessiva aos protestos.

Ali – Eu não concordo com isso (com a criação da Assembleia Constituinte). A Constituição de Chávez era boa para a Venezuela. Acho que o grande erro dos bolivarianos, mesmo com Chávez, era não ter um sistema político proporcional. Se tivessem, a diferença entre a oposição e os chavistas não seria tão grande. A população continua muito dividida. Sabemos que a oposição também está usando violência, mas isso não justifica de forma alguma a violência do governo.


REUTERS – Candidatura de Lula é “única esperança do PT” atualmente, mas mostra “falência do partido”, segundo Ali

BBC Brasil – Para onde aponta o futuro dos partidos de esquerda latino-americanos, depois destes grandes escândalos de corrupção? A impressão é a de que esses partidos não passaram no “teste do governo”.

Ali – É normal que, depois de algum tempo, as pessoas se cansem de um partido no poder e tenham críticas. Isso não significa falhar. Não acho que eles necessariamente falharam, apesar de terem cometidos muitos erros. Mas o Equador e a Bolívia, por exemplo, estão indo razoavelmente bem. Na Venezuela, a crise tomou um caminho mais extremo. Mas não acho que a esquerda nesses países vai desaparecer. As pesquisas de opinião ainda revelam que há apoio da população à esquerda. Mas eles certamente vão continuar sofrendo eleitoralmente por causa dos seus erros.

Todos esses partidos falharam na hora de implementar reformas estruturais profundas em uma sociedade capitalista. Eles não romperam com o sistema. Chávez até tentou em seus primeiros anos, Lula nem isso. A resposta para lutar contra a burguesia tradicional venezuelana não era criar uma burguesia bolivariana. Ou uma burguesia do PT, no caso do Brasil. Isso não funciona.

BBC Brasil – Você veio ao Brasil para falar sobre os 100 anos da Revolução Russa. Por que é importante falar disso ainda hoje?

Ali – É importante falar da Revolução Russa principalmente por duas razões. Primeiro, todas as três revoluções europeias – a britânica, a francesa e a russa – levaram o mundo para a frente, mesmo que tenham feito coisas excessivas. A revolução inglesa atacou o coração do feudalismo, criando um mundo dominado pela burguesia e uma aliança dela com a aristocracia feudal que criou as bases da revolução industrial. O mesmo ocorreu na França. Eles destruíram a monarquia, os aristocratas, transformaram o território, criaram um novo código legal, etc.

A Revolução Russa de 1917 mostrou que o capitalismo poderia ser atacado em suas necessidades culturais, sociais e econômicas. Houve um período muito criativo, de grandes transformações arquitetônicas, por exemplo, que tentavam mudar a exploração da mulher e a divisão de tarefas domésticas. Até os anos 1930, os apartamentos de trabalhadores tinham arquitetura voltadas para isso. A Revolução Russa trouxe muitas coisas que ainda podemos aprender.

BBC Brasil – Mas a revolução socialista falhou, no fim das contas.

Ali – Mas veja, o socialismo falhou uma vez. E todos dizem: “ok, você já teve sua chance e não fez direito, tchau”. O capitalismo já falhou pelo menos oito ou nove vezes nos últimos 200 anos e não se fala disso.

BBC Brasil – Mas muitos também consideram que Cuba também foi uma falha do socialismo, assim como a China, a Venezuela…

Ali – A China ainda é uma história em progresso, na minha opinião. Mas a revolução chinesa abriu espaço para muito do desenvolvimento deles, porque se criou uma população educada. Eles educaram os trabalhadores, os camponeses, e têm uma enorme reserva de cientistas, matemáticos, etc.

BBC Brasil – Mas o país se abriu para o capitalismo…

Ali – O capitalismo chinês é muito diferente. Não que ele não explore, explora. Mas é diferente porque o Estado tem uma grande participação na maior parte dos investimentos importantes e pode retomá-los, se quiser.

E no caso de Cuba, acho que o que fizeram é incrível em termos de necessidades básicas. É a população mais bem educada do mundo, seus médicos viajam o mundo todo. O maior problema da Revolução Cubana foi que ela se enfraqueceu junto com a queda da União Soviética nos anos 1990. A criatividade política do povo cubano nunca foi estimulada. Eles criaram um Estado de partido único com monopólio da informação. Isso não foi bom para Cuba.

BBC Brasil – E as liberdades civis? Você já disse que “o capitalismo não se importa com as liberdades civis de verdade”. Mas, se o socialismo se importa, por que todos esses regimes foram autoritários ou ligados, de alguma forma, a práticas autoritárias, falta de liberdade de expressão, perseguições políticas?

Ali – Eu acho que isso é indefensável. Não há nada inerente ao socialismo que diga que o autoritarismo é necessário. O próprio Lênin escreveu isso de maneira muito clara. Mas a maioria dos países seguiu o modelo da União Soviética. E porque existiu de fato uma tentativa, em todos esses países, de acabar com essas revoluções, há uma certa paranoia: “se dermos liberdades, eles vão acabar conosco. Eles têm mais dinheiro, mais recursos”. O argumento é esse.

Acho que, na Rússia, uma vez que a guerra civil acabou, eles deveriam ter permitido a volta dos partidos, ao menos os que, em geral, apoiavam o governo. Isso teria sido muito bom para a saúde da revolução, mas aí já havia uma certa arrogância política. Lênin lamentou muito isso e alertou contra isso. Contra Stálin, inclusive. As coisas que ele fez foram terríveis. Se Lênin tivesse vivido mais cinco anos, a situação teria sido muito diferente no partido e no país.


REUTERS – “As coisas que Stálin fez foram terríveis. Se Lênin tivesse vivido mais cinco anos, a situação teria sido muito diferente no partido e no país”, afirma escritor

BBC Brasil – Se o stalinismo “sequestrou” outros modelos mais democráticos de socialismo, para quais modelos a esquerda deveria estar olhando hoje?

Ali – Sequestrou mesmo, porque muitas pessoas até hoje igualam o socialismo a este tipo de governo. Não deveria ser o caso, mas essa é a realidade. Muitas pessoas nos partidos comunistas nos anos 1930 e 1940, especialmente durante a guerra, adoravam Stálin. Mas há muitos outros modelos.

Por exemplo, o que começou a ser criado na Tchecoslováquia em 1968: socialismo humanitário, democrático, com muitos direitos e liberdades. A imprensa se tornou a mais livre na Europa. Foi por isso que os russos invadiram o país. Porque não queriam que esse modelo se espalhasse pelo bloco. Na época, o Ocidente também não achou essa invasão ruim. Os jornais da ONU na época mostravam admiração pela rapidez com a qual os tanques soviéticos tomaram Praga.

BBC Brasil – Mas vemos que Stálin, um líder totalitário, ainda é tido como referência para alguns grupos da esquerda atual. Ele deveria ser uma referência?

Ali – Não deveria ser. Mas acho que não são tantos grupos assim que o têm como referência. E insisto que não se deve usar as idiotices que existem nas redes socialistas para pensar que há um enorme movimento pró-Stálin escondido esperando para atacar.

Assim como não acho que as idiotices do outro lado são prova de que há um grande movimento fascista. O fascismo cresceu na Europa nos anos 1930 como uma resposta final de uma burguesia muito assustada, que preferiu ter sua própria versão de “soldados capitalistas” do que os marxistas no poder.

Mas o capitalismo não é ameaçado por nenhuma força hoje. Então esse tipo de fascismo já foi. Os partidos de extrema-direita europeus hoje são influenciados por essas ideologias fascistas, mas dificilmente vão tomar o poder por meios extraparlamentares.

BBC Brasil – Qual o principal legado positivo da Revolução Russa que o mundo esqueceu? E qual o pior legado que foi mantido?

Ali – Em seus primeiros 10 anos, a Revolução Russa foi muito criativa e educou as população, que era 90% analfabeta. Eles descriminalizaram a homossexualidade, deram direitos às mulheres muito antes de que o Ocidente fizesse isso. Eles tentaram criar uma sociedade em que a prioridade eram os trabalhadores. E, em certo sentido, conseguiram. E precisaremos relembrar essas coisas se os países querem andar para a frente.

Mas o legado profundamente ruim, que só foi discutido muito tempo depois, é o Estado de um só partido e a falta de divisão entre partido e Estado. Quando o partido decidiu banir todos as facções dissidentes dentro dele, teve que banir todo o resto fora também. Isso foi uma tragédia enorme para a Revolução Russa, porque estabeleceu um modelo autoritário que os chineses seguiram, os cubanos seguiram, os vietnamitas seguiram e muitos países africanos no processo de se libertar do colonialismo também seguiram.

BBC Brasil – Você disse que, “precisamos de mais alguns Lênins”, apesar de que muitos historiadores hoje se recusariam a estudá-lo, por considerar que ele foi um “assassino”. Por que exatamente precisamos de pessoas como Lênin?

Ali – Vejo Lênin como o que ele era: um homem que tinha muito claro no que acreditava. Em seu último texto, que não foi terminado, ele defendia uma União Soviética com democracia e com prestação de contas à população. Eu não o vejo como um assassino. Ninguém chama Abraham Lincoln de assassino, e ele liderou uma guerra civil brutal nos Estados Unidos, quando cidades inteiras foram destruídas pelos soldados da União. As pessoas idolatram Lincoln apesar disso.

Lênin destruiu o czarismo, a autocracia e criou, com a ajuda de outras pessoas, um Estado que ele esperava que se tornasse um Estado modelo. Quando ele morreu, era muito crítico a si mesmo e aos outros revolucionários. Ele escreveu: “Devo desculpas à classe operária russa. Eu os decepcionei”. E ele também disse “nós não sabíamos de nada”. Quando foi que um político da esquerda ou da direita disse isso de novo?

É isso o que quero dizer quando digo que precisamos de mais Lênins. Não pessoas que vão fazer exatamente o que ele fez. Aquela situação já passou há muito tempo e vivemos num mundo completamente diferente. Mas pessoas que tenham a coragem de admitir erros.

 

Redação

29 Comentários

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  1. Pelo amor de DEUS eu li essa

    Pelo amor de DEUS eu li essa porcaria no El País,como li um artigo falando da ditadura bolivariana e vejo essa porcaria no ggn. De que lado jogam esses progressistas se quanto mais a merda fede mais a revolvem?Que caralho de esquerda é essa que deveria estar falando a verdade de que eleições nada resolvem e convocando o POVO entorpecido a se rebelar a derrubar o golpe e seu crimes contra o País mas opta por enfraquecer cada vez mais? A covardia nos faz a todos VERMES que envergonharia Juanito filho de um amigo em Camaguey com sua hortita:- Juanito se Obama vier roubar de sua hortita…..:-muerte ao gusano!

  2. PSTU – aliado tácito da direita

    O sectarismo do PSTU seria hilário, se não fosse uma força aliada à direita com aparência de esquerda.

    O título desta matéria copiada da Boitempo é revelador da motivação publicitária. O titular do blog poderia ter escolhido outra frase do próprio Tariq Ali: “O mais importante agora é unir a esquerda brasileira”.

    Mas o sectarismo do PSTU faz o possível e o impossível para dividir a esquerda !

  3. Um ideólogo de esquerda que

    Um ideólogo de esquerda que ao analisar o momento atual (100 anos após a Revolução Russa) e não comenta a imensa luta subterrânea que a  Besta (o monopólio, o financismo, a nação indispensável, o mundo unipolar, a full spectrum dominance, etc.) trava contra a liberdade de todos nós, deixa a desejar. Ficar atirando contra a esquerda (ah, o PT tem de se renovar; Maduro não estimulou a democracia; Lula se candidatar é decepcionante; tem de fazer autocrítica!; etc.) enquanto os think tanks liberais avançam com seus planos de nos escravizar a todos, cercando qualquer tentativa de autonomia. Viva a candidatura Lula! Viva a união das esquerdas (se estas tiverem ainda um pouco de inteligência)! 

  4. Máfia maçonaria tucana dos inférno! Tomaram os 3 poderes e tudo+

    O país está 100% dominado pelos centenários corruptos, criminosos, assassinos golpistas. Discussões sobre direita, esquerda, sistemas de governo, sistemas econômicos, sistemas sociais etc etc etc… somente são cabíveis em condições normais de pressão e temperatura, ou então considerando-se o quadro. O Brasil, e os brasileiros principalmente os menos favorecidos, estão sendo dilacerados pelos golpistas com residência aqui e com parceria de golpistas internacionais. Quem quiser discutir um assunto sem levar em consideração o entorno, melhor e muito mais aproveitável para todos nossotros, publicar uma receita de bôlo.

  5. Um problema seríssimo!

    O Tariq Ali só tem um problema muito muito muito sério quando fala do PT: ele não sabe que os petistas estão tão bestialmente cegos e embotados que são absolutamente incapazes de escutar qualquer coisa que se diga para eles.

    1. Você é uma jóia rara neste Blog de baixo-clero pseudo-esquerda

      acho q temos um tipo de fé(mesclado com masoquismo) pq não aceitam a diversidade,não enxergam,acho q não é tanto ques-tão de inteligência(deve ser,mas também),é de sentimento, emoção necessidade de seguir um ídolo e um ícone partido… q tur-va a visão e o raciocínio.Sim,tem uma ou outra jóia rara no Blog,dificilmente aparecem(uns já se foram).Cansam pq sequer não entendem uma frase jocosa provocativa(pra todos rirmos,pra não chorarmos com a situação em que chegamos no país. Es-querdas burras,algumas radicalóides q pensam a realidade de uma Rússia feudal e 1917.E como xingam!Só brincando pra não embarcar(Por motivos particulares,tenho postado demais,e levado agressões fascistóides de pseudo-cultos q o GGN só não expulsa pq dá Ibope,pipoca,audiência,propaganda,o GGN precisa sobreviver, entende?… Horror.

    2. Eu entendo que um estrangeiro
      Eu entendo que um estrangeiro não saiba.o que aconteceu no Brasil nos ultimos 2 anos, mas um brasileiro e de esquerda.nao enxergar que estamos vivendo um golpe não é aceitável.
      O PT aceitaria de.bom grado a derrota.nas urnas como sempre fez, mas nunca a derrota no tapetão..
      .e mais, no meio de.uma guerra politico-midiatica não há espaços para autocrítica, deixemos, portanto, que a história faça O seu trabalho.
      Lula não queria ser.candidato e a política de concessões com o capital que o PT implementou já estava desgastada, mas isso não é motivo para sangrar a.democracia.
      Sim, todos sabemos dos.erros, ninguém é cego, mas também não.e idiota de dar munição ao inimigo.

  6. A política envelheceu. Não só

    A política envelheceu. Não só o PT ou Lula. Hillary e Trump têm quantos anos, somados? Mais de 140! Mas pior que isso é que os jovens hoje pensam com a cabeça de Matusalem… E vemos cada porcaria tentando se passar por “novidade”!

  7. Imperialismo intelectual da esquerda europeia

    Tariq Ali não faz a menor ideia do que acontece aqui no Brasil e fica dando pitaco.

    Lula não queria ser candidato e o PT não queria depender de Lula para a próxima eleição à presidência.

    Mas no meio do caminho tinha um golpe.

    Tariq Ali já foi informado disso?

    Ou também acha que a culpa do golpe é do PT?

    É o mesmo imperialismo intelectual (no popular, arrogância) do Bloco de Esquerda português, que soltou antes de ontem uma nota descendo o cacete no governo Maduro (o Departamento de Estado agradece!).

    P.S.: o lero lero do Bloco de Esquerda foi republicado aqui no Jornal GGN: https://jornalggn.com.br/blog/antonio-ateu/venezuela-maduro-vence-mas-nao-convence

  8. Não funcionou nem vai funcionar.

    “Os dissidentes que saíram do PT e criaram o PSOL fizeram isso cedo demais – e muitos deles agora são meus amigos. Mas não funcionou.”

    Não funcionou nem vai funcionar. Por que será, né?

    Essa esquerda diversionista é um porre. A direita golpista agradece.

  9. TROPSTU-TROPSOL da Elite II – Agora o Inimigo é o Mesmo

    Ali não sei, mas aqui, essas tropas xodós da elite “só tem um problema muito muito muito sério quando falam do PT: eles sabem que os petistas estão tão bestialmente cegos e embotados que são absolutamente incapazes de escutar qualquer coisa que se diga para eles”, mas mesmo assim, insistem em dizer dos petistas, descendo a lenha no PT como sempre, ao invés de colocarem em prática essa fantástica sabedoria revolucionária, tão bem sucedida na campanha do “não é só por 20 centavos”.

    Hoje, de fato e sem direitos, sabemos todos que não era só pelos 20 centavos, mesmo…, enquanto, para variar, renovam os votos contra o PT, “o inimigo a ser abatido”, em plena ditadura jurídica-midiática que está transformando o Brasil em entreposto comercial do Norte. Só rindo, se não chorar possível fosse. 

  10. Concordo que o Tariq Ali não
    Concordo que o Tariq Ali não sabe nada do que acontece no Brasil. Nem no PT, nem na esquerda, tampouco na direita, que teve um golpe. Aliás eu acho que os amigos dele do PSOL ainda não contaram pra ele que teve um golpe.
    Nossa que intelectual de esquerda mais por fora!

  11. Tariq, o Brasil não é Ali, é aqui!
    Nassif, se fazer autocrítica e pedir desculpas à população resolvesse nossos problemas – como reitera o escritor Tariq – não haveria problemas. Ao criticar a dependência do “velho líder” Lula e ao mesmo tempo confessar que seu país precisa de mais alguns Lênins, criticando a falta de novas lideranças petistas, ele defende a tese de que os velhos russos mortos são mais novos que os nossos sertanejos idosos porém vivos ou simplesmente demonstra que não entende nada de Brasil: as novas lideranças petistas, como Zé Dirceu, foram defenestradas da política pela ditadura togada no poder. E essa última só deu e mantêm o golpe pelo simples fato do PT ter praticado a democracia em todos os níveis, deixando a República vulnerável aos que têm mais dinheiro e mais recursos. Dizer que tudo isto poderia ter sido evitado caso Lula resolvesse “incomodar alguém importante” e tivesse feito uma Assembléia Constituinte e uma nova Constituição comprova que Tariq ignora ou finge ignorar que por muito menos o PT teria sido alijado da Presidência àquela época, uma vez que sua eleição não significou a redemocratização do sistema político-econômico brasileiro: ele teve de dividir o poder com a UDN/Arena e seus sucedâneos, como o PMDB/PSDB, sob pena de não tomar posse e poder implementar as políticas de redução das desigualdades que precipitaram o seu fim, como se vê agora, quando a elite dominante quer reimplantar o trabalho escravo e pôr término a todas as conquistas sociais e patrimônios coletivos que amealhamos. E dizer que a candidatura Lula representa a total falência do PT é talvez o título do editorial do Globo caso tenhamos eleições em 2018. Tariq, o Brasil não é Ali, é aqui, seu quinta coluna duma figa!

  12. Parabéns, Antônio Ateu !!!!!!!!!!! Mil parabéns!!

    Concordar ou discordar eu já acho secundário,de menor importância (Mas eu concordo com Taric ).É muita coragem tua,uma façanha (é raro eu parabenizar o Nassif e GGN – a recíproca deve ser verdadeira também…. Parabenizo o GGN).Colocar um tiquinho de pluralidade e de diversidade e crítica ao partido único e ao semideus é ser de Esquerda. Pena q a Irmandade não tolera(desconfio q mal lê e…não tolera).Parece q inocentes desconhecem a trajetória do PT e os debates (não as trocas de aplausos e gentilezas “politizadas”,as ilusórias estrelinhas.Passam longe de um JornalNexo, de uma APUBLICA,e mesmo q oantagonista diga um furo,ou notas q podem sair em qq blog de esquerda eles aki xingam,é troll,é tucano,é coxinha,é sei lá.

  13. O PT não faliu. Reergue-se com a força do voto do trabalhador!

    Como enxergo a entrevista e a afirmação equivocada: o PT faliu.

    Há um erro nessa análise, a de entendimento do que foi o Governo do PT. Este tipo de intelectualidade não para pra pensar que o PT é o Partido dos Trabalhadores e não um partido comunista ou socialista, penso eu.

    Enquanto Partido dos Trabalhadores ele cumpriu com eficácia seu papel. Criou mais de 20 milhões de empregos com carteira assinada, quase dobrou o valor de compra do salário mínimo, fez diversas novas leis que foram incorporadas à CLT, criou mecanismos de erradicação eficiente do trabalho escravo e assim por diante. 

    Lula não é e não foi um Socialista no Poder nos termos clássicos. Ele é um operário que se tornou Presidente e que sempre sonhou em empoderar a classe trabalhadora para ela ter uma vida digna, com direito à saúde, educação, alimentação, ao lazer, ao consumo de bens duráveis, ter direito de viajar e de ser um cidadão com direitos numa sociedade de oportunidades para todos. 

    Lula e Dilma buscaram criar uma sociedade formada por uma grande classe média sem criar uma única classe social em um modelo sem chances de mobilidade (ascensão de classe). 

    Grosso modo buscaram criar:

    Um Capitalismo com o Estado Forte com grandes empresas estatais e privadas fortes capazes de ganhar competitividade no Mundo Globalizado e impulsionar o desenvolvimento tecnológico e social do Brasil. 

    Quando se parte de uma premissa que não foi aventada por Lula e Dilma e se critica os dois pelo que não propuseram, não se chega a lugar nenhum, é um erro Teórico. Teoria e prática estão divorciadas no nascedouro da crítica.

    O PT não tem de fazer autocrítica, porque sequer tem tido o direito de ser um Partido, tamanha a perseguição contra ele, mesmo que não seja revolucionário no modo clássico, porque sequer uma sociedade mais justa e inclusiva, onde, a classe trabalhadora possa participar do banquete do consumo e possa concorrer igualmente com as classes sociais média e médio-alta tradicionais + as elites por espaços de destaque na sociedade deixam prosperar. 

    E o PT tem sido perseguido as 24 horas do dia e não tem respiro.

    Uma questão.

    Não há como dimensionar se houve dentro do partido e do Governo corrupção e seu tamanho, esta é uma falácia clássica da direita que nunca pode explicitar sua plataforma política, econômica e social e que apela para o moralismo e a corrupção como formas de “criar uma imagem” fabricada, via oligopólios midiáticos, dos partidos e partidários das esquerdas; e que via forças conservadoras da sociedade incrustradas no Judiciário acabam sendo acusadas, quase sempre, de crimes e erros que não cometeram.

    Judiciário, diga-se de passagem, formado por representantes das classes média e médio-alta tradicionais e que são a massa de manobra mais eficaz do Sistema para destruição de partidos e políticos de esquerda, porque são reféns dos meios de comunicação, pessoas que se informam sobre o Brasil e o Mundo via mídia mercadista e pró-imperialismo e são educadas nas escolas privadas pró Capitalismo e formadas na Ideologia meritocrática e da competição, escolas, que até conseguem lhes incutir na cabeça de que não pertencem à classe trabalhadora. 

    Corrupção existe desde sempre. E havia um presidencialismo de coalizão posto, bem antes do PT chegar ao Governo Federal. Sem ele não se governaria.

    Não há como viver da utopia de que o PT poderia ter convocado uma Constituinte, em 2003? Se para assumir o Poder precisou de uma carta aos brasileiros, imagina se deixariam o PT em paz se quisesse propor uma Constituinte? Duraria 6 meses no Poder, ainda mais com a propaganda anti Hugo Chávez e anti bolivarianismo do Sistema através de suas mídias hegemônicas, no Brasil pró-imperialismo e mercado sem respiro.

    O Sistema não perdoa. Quem foi golpeado não tem de fazer uma autocrítica agora e explícita, tem, sim, de conversar internamente e aprender com os erros para que não aconteça mais, o que não é garantia, no estágio atual do Capitalismo. 

    Qual candidatura deveria o PT e os petistas + Lula apoiarem? Boulos, Luciana Genro, Zé Maria, Rui Costa Pimenta? E a sociedade está organizada para votar nestes candidatos de uma esquerda revolucionária no sentido de ter no estatuto de seus partidos a transformação do Sistema de capitalismo para socialismo/comunismo?

    Lula não desejou romper o Sistema, porque ele não é um candidato antissistema. Os que existem têm votos para vencer uma Eleição no Brasil? Fácil é dizer o que fazer, impossível é realizar o Teórico que não tem pé na realidade. E o povo é revolucionário? Quer fazer a Revolução hoje, e mudar o regime para o Socialismo? Ou quer o direito de viver uma vida digna, se possível confortável sem muito ser atrapalhado/ importunado?

    Bem sabemos que precisamos avançar em um ponto num novo Governo de Esquerda, na democratização da mídia, para termos forças para barrar novos golpes através da contrainformação e de um melhor Jornalismo, capaz de informar a população com clareza das ações do Governo, Governo que precisa ajudar, montando uma rede de publicidade governamental eficiente. 

    O PT foi tirado do Poder por um Golpe e sem chances sequer de formar lideranças fortes com chances de votos expressivos, para além de Lula, esteve neste período de pré-Golpe e Golpe consumado, vide as eleições municipais de 2016, na esteira da lava-Jato e o ódio ao PT, um ponto que jamais pode ser desmerecido em uma análise de conjuntura atual e do PT.

    A popularidade do PT está voltando com a descoberta de que o Golpe foi um Golpe contra o Brasil e os brasileiros: uma grande enganação e ele, o PT, já tem 1/5 dos brasileiros como preferência partidária, enquanto PSDB e PMDB patinam na casa dos 3 a 4% em viés de queda.

    Petistas nem podiam sair pra rua em 2014, 2015 e 2016 e vamos querer que um substituto ao Lula estivesse a postos para substituí-lo nas eleições. Lula é candidato, melhor, está candidato, porque o Golpe não dá outra chance, o Golpe deseja tirar Lula e o PT do páreo, se possível cassá-lo como partido. A força popular de Lula e seu Governo de inclusão e ascensão social é que tem impedido de o Golpe prosperar no sentido de acabar com o PT e as esquerdas e de o Golpe criar forças para barrar a Eleição presidencial de 2018.

    É o recall do passado, a lembrança do tempo de bonança do PT no Poder que impede de as esquerdas desaparecerem do mapa. 

    No futuro será preciso modificar a comunicação com a população e criar formas de controle das arbitrariedades do Judiciário e quem sabe, conseguiremos fazer a necessária Constituinte para uma Reforma Política séria. Dilma propôs em 2013, pós as Jornadas de Junho, mas foi impossível.

    Assim, acontecendo, talvez fiquemos imunes desse fantasma chamado Golpe.

    O PT não faliu. O PT está se reerguendo com a força do voto do povo trabalhador. E, talvez, isto incomode uma parcela da intelectualidade, dos partidos e da militância de esquerda, porque se enxerga nesses grupos uma Revolução, talvez, um dia possível, talvez, embrionária, pela radicalidade do Golpe contra a classe trabalhadora e os pobres, mas, ainda, não vislumbrada no horizonte e nem na cabeça do povo trabalhador.

    Lula é a chama ardente que brilha nos olhos do povão. A esperança da volta de dias melhores. O maior líder popular da História brasileira. Renascerá das cinzas para o Brasil voltar ao prumo e a sua inexorável condição de rumar para a consolidação de uma Nação desenvolvida, soberana e plena de Justiça Social.

    É isso que eu penso. 

    1. Prezado Alexandre
      Prezado Alexandre,

      Concordo cem por cento com o seu pensamento. Apenas acrescentaria a necessidade de união das esquerdas para a eleição de uma forte base parlamentar esquerdista em 2018.

      Saudações

      1. Valeu Rodrigo!

        Valeu Rodrigo!

        Uma união das esquerdas pressupõe a busca de encontrar o adversário verdadeiro e que não está dentro do PT, e smi, do outro lado, nos realizadores do Golpe. 

        Não vão entrevistar um defensor do PT e dos governos Lula e Dilma num canal pró capitalismo neoliberal. 

        Colocam uma esquerda à serviço de ideias não possíveis na prática como entrevistado porque a manchete desejada precisaria ser: O PT faliu. Nada é por acaso. 

        Nada mais valioso que um intelectual de esquerda e respeitado para referendar o que a BBC e o capitalismo neoliberal querem que acreditemos: o PT faliu!

        Não há união das esquerdas possível assim! Se damos aos neoliberais a afirmação mais desejada por eles.

        Temos que observar a conjuntura atual e pensar, sem Lula quem pode ganhar em 2018?

        Lula precisou encampar a candidatura, por hora, porque senão o Golpe sequer deixaria acontecer eleições e não teríamos esquerda para competir. A direita golpista não quer só tirar o PT, Lula e Dilma, quer acabar com a esquerda. 

        Corrupção a gente inventa para qualquer um. Sai Lula o próximo candidato que aparecer das esquerdas, 1 milésimo de segundo depois já virou corrupto.

        União é saber de que lado estamos na batalha por um mundo melhor e mais justo de se viver. 

        Podemos unir forças se soubermos quem é que é o nosso verdadeiro adversário.

        Abraço,

        Alexandre! 

  14. Desatualizado e enviesado

    O Tariq Ali traz a sua visão britânica, com apoio da BBC, sobre uma esquerda que já não existe; sobre um capitalismo que já foi sublimado pelo mundo global; sobre uma relação capital e trabalho onde ambos protagonistas da equação são subordinados à nuvem do capital financeiro. O novo capitalismo não quer saber de esquerda nem de direita em cada nação, mas quer romper fronteiras ao capital global e encurralar as colônias dentro de territórios controlados de fora e anárquicos por dentro, visando a mera produção e exportação de matérias primas.

    Entre outras desatualizações em relação à realidade nacional Tariq ainda deve pensar que o Roberto Freire é “comunista”. Como outros comentaristas colocaram, o Tariq parece não saber que vivemos dentro de um golpe e procuramos agora saída para retomar as bandeiras tiradas da população. O Lula é o que melhor representa esta retomada, e a luta deste contra a “caçada” a que é submetido, torna desnecessária qualquer atitude de “pedido de desculpa”. Desculpa aos golpistas? Os pecados já foram punidos com o golpe e com esta persecução e, ainda há que pedir desculpa?

    O PT falido? Só na cabeça do Tariq!

    Lenin pediu desculpa a um país autônomo que efetivamente comandou, onde foi realmente responsável pelos seus equívocos. Lula e o PT tem tentado libertar o Brasil da sua condição de colônia e ainda tem que pedir desculpas à população por ainda não ter conseguido?

    Criar uma nova geração de líderes? Claro, lá na USSR do Lênin, mas, aqui no Brasil, onde mal nasce um novo líder e já é abatido pela imprensa e a rede Globo? O que aconteceu no Brasil, pelo contrário, tem sido o estímulo à Torre de Babel, tornando qualquer um em “estadista”, não para continuar a obra do Lula, mas apenas para manifestar a sua inveja e ouvir os cantos de sereia de quem estimula estas candidaturas pífias que surgem a toda hora, transvestidas de esquerda.

    “Algo construtivo e positivo seria se o PT apoiasse outro candidato da esquerda, que não fosse necessariamente do partido” diz ingenuamente (?) o Tariq. Ou seja, o grande ideólogo da esquerda limita o seu raciocínio para apontar pessoa X ou Y, desde que não seja o Lula? Ou seja, mais um do tipo Mangabeira Unger arrotando esquerda Harvard e dizendo que a solução seria trocar Lula por Ciro?

    Submeter o melhor e maior partido do Brasil a outro candidato que não seja Lula? Nem o PIG, nem o Moro e nem todo o aparelho golpista poderia conceber algo melhor para 2018.

    “todas as três revoluções europeias – a britânica, a francesa e a russa – levaram o mundo para frente”. Cara-pálida, elas levaram a Grão Bretanha, a França e a Rússia para frente. A União Soviética quis a América latina para sim (proletários do mundo unidos), numa espécie de together ou “vamos que vamos” sob o comando soviético; do mesmo modo que o Capitalismo queria. Hoje existe um poder maior, que é o capital global financeiro, sem nenhuma fronteira, a não ser o nosso esquerdismo infantil.

    Em Cuba não ganhou o socialismo, mas sim a independência de Cuba como nação autônoma. Na China não ganhou o comunismo, mas sim ganhou a tentativa de, durante alguns anos de “serviço cívico-militar obrigatório” criar uma nação autônoma e em melhores condições para poder entrar agora no jogo capitalista,

    Cabe aqui, pelo contrário, uma retomada do que foi bom (Lula faz parte do que foi bom) e uma volta ao comando da nação, desta vez com experiência para não cometer os mesmos equívocos que, na minha impressão, foram mais por omissão que por ação. Faltou ser mais enérgico com as privatizações tucanas, com os meios de comunicação (GLOBO) e outros aspectos. Havendo volta de Lula estes equívocos agora serão remediados.

    O que nenhum desses intelectuais globais enxerga é que no hemisfério norte a esquerda ou direita eram opções relativas a nações autônomas visando o seu próprio futuro e através deste, expandir para o mundo. Estes intelectuais ainda não entendem que a maior luta da esquerda de terceiro mundo é pela nação autônoma (que ainda não é) e pela justiça social. Aqui não queremos um livro de autoajuda, desses que se vende em aeroportos, que trazem uma cartilha sobre o que esses intelectuais pensam sobre o que é esquerda ou direita.

    Vivemos aqui uma tentativa operária, de classe, tentando unir o povo brasileiro em torno de uma nação autônoma com justiça social. Chame-se isso como a BBC quiser. O Tariq não passa de outro desatualizado, enxergando direita esquerda num único eixo, sentado na sua poltrona, sem entender o caráter de dominação global, onde esquerda na Europa é uma esquerda modernosa e colorida, dentro de uma nação que é só deles. A nossa esquerda não é de grife nem de caviar, mas apenas de povo colonizado física e culturalmente, que ainda não concluiu sequer o sonho de Simon Bolívar.

    A luta da esquerda latino-americana é pela independência das suas nações e pela justiça social dos seus povos, considerando ainda que as nossas mal chamadas “elites” já compraram imóvel e hipotecaram a sua aposentadoria e os seus sonhos em Miami.

    O Tariq é mais um Vargas Llosa, embora de outra corrente ideológica, deambulando por aí falando de um mundo que se resiste a ser como eles imaginam que seja.

    1. desatualizado….

      Tariq, foi mexer com Fanatismo Religioso, olha no que deu? Para um Fundamentalista, tudo que for contra o seu Objeto de Devoção é digno de destruição e de desprezo. Mesmo que o personagem seja do seu círculo de ideologia e visão de Mundo. E afirme que o maior erro daquele que ele apoia e não combate, tenha sido não aumentar seu poder com a ampliação de suas idéias e atitudes reafirmadas pela Sociedade, que o tais representam. Ou seja a omissão e a negação em não democratizar suas ações políticas diminuiram o tamanho do seu apoio. Mas vitimização e fatalismo serão apresentados como tal consequência. E ainda querem saber o porque do PT sem Lula não representar mais nada. É muito fácil entender a limitação tupiniquim.  

  15. Lula, os sertões e as veredas

    Lula, os sertões e as veredas

     

    https://www.brasil247.com/pt/blog/emirsader/323540/Lula-os-sert%C3%B5es-e-as-veredas.htm

     

    “Há de haver no mundo certa quantidade de decoro, como há de haver certa quantidade de luz.
    Quando há muitos homens sem decoro, há sempre outros que têm em si o decoro de muitos homens.
    Estes são os que se rebelam com força terrível contra os que roubam aos povos sua liberdade, que é roubar-lhes seu decoro.
    Nesses homens vão milhares de homens, vai um povo inteiro, vai a dignidade humana.”

    (José Martí)

    Há pessoas que representam, simbolizam o que pior pode ter uma sociedade, assim como há outras que simbolizam, representam o que essa sociedade tem de melhor. Há os que significam a rapina do patrimônio publico, a devastação dos direitos do povo, a degradação da estima e da esperança de todos. E há os que expressam a esperança de que o pais possa recuperar e fortalecer seu patrimônio, que possa recompor os direitos de todos a uma vida digna, que possa voltar a aparecer para todos como o pais que comanda a luta contra a fome no mundo.

    Há quem fale em nome da minoria de banqueiros que governa o pais, mas ha quem fal em nome do povo, vitima desse governo. Ha’ quem tenha pânico do povo e quem tem esperança no povo.

    Quando Lula anunciou sua primeira Caravana, a direita ficou na expectativa, calou, censurou, fingir desconhecer, até que se deu conta do sucesso inquestionável. Só publicou fofocas menores, não teve coragem de publicar as milhares de fotos do Lula nos braços do povo, porque além de difundir a consagração definitiva do Lula, representa o fracasso da maior campanha de tentativas de destruição da imagem de um líder politico brasileiro.

    Nem bem a Caravana do Nordeste tinha terminado, a direita usou os instrumentos que tem: a calunia, as acusações sem fundamento, difundindo uma suposta nova morte política definitiva do Lula, que so durou até a pesquisa seguinte, que mostrou que quem decide da vida e da morte dos lideres é o povo.

    Agora, diante do iminente sucesso da Caravana do Lula por Minas, ao lado dos sucessos das reuniões que o Lula têm feito, especialmente em São Paulo, a direita não esperou e desatou, desde já, nova onda de acusações sem fundamento contra  Lula. Tentam se precaver, se prevenir, para ver se conseguem neutralizar as repercussões sensacionais que vem por ai com a nova Caravana. Tentam ocupar os espaços midiáticos para justificar seu silencio diante da recepção que o povo de Minas vai dar ao Lula.

    A direita não aprende dos seus erros e tropeços, porque ficou reduzida a isso: às calunias, à reiteração de suspeitas sem fundamento. Depois de 3 anos de caçada tentando destruir a reputação do maior líder politico da historia brasileira, ficam reduzidos a tentar provar algo pífio a respeito de um recibo, mesmo assim desmentido reiteradamente. Ficaram reduzidas a isso todas as acusações contra o Lula, ao final de três anos de difamações.

    Porque acontece que o Lula não é uma pessoa, não é apenas um líder. Lula representa um projeto para o Brasil. Um projeto que ja começou a ser construído nos primeiros 12 anos de governos do PT, no primeiro capitulo de construção de um pais menos injusto, mais humano e solidário.

    Lula representa, aos olhos do povo, a dignidade, os direitos, a auto estima, o orgulho de ser brasileiro, a possibilidade de se voltar a ser feliz. É isso que está espelhado nos olhos que dos que vêem no Lula um passado melhor, um presente de luta e um futuro de esperança.

    E isso não se destrói com propaganda enganosa, com denuncias inverídicas, com artigos anunciando o fim de um líder que se tornou perene pela sua historia e pela obra política que começou a construir. O pânico se apodera da direita quando se dá conta que não consegue impedir que a construção de um país democrático e justo só começou com o primeiro capítulo de governos do PT.

    Não se dão conta que um homem que representa um projeto para o pais, é indestrutível. Que quanto mais o odeiam, mais fortalece, no povo, o desejo insuperável não apenas de protege-lo, de defende-lo, mas de levar esse projeto a mais uma vitoria. E esse projeto tem um nome, tem uma fisionomia, tem uma voz, tem um passado, um presente e um futuro para o Brasil.

  16. A falência do PT, por Tariq Ali

     

    para entender quão precoce foi a senilidade do PT, até com o Golpeachment atingir o atual estado de completa falência, basta fazer algo que os Lulistas tem pavor: analisar os fatos e os dados.

    Em 1991, 14,9% dos petistas tinham renda entre dez e vinte salários mínimos, já em 1997, o percentual de membros do partido que tinham essa faixa salarial era de 27%, passando para 34% apenas dois anos mais tarde, em 1999.

    Já aqueles militantes com renda entre vinte e cinquenta salários passou de 6,2% em 1991, para 23% em 1997.

    a falência do PT vem de longe!

    ninguém pode mudar de opinião, se é pago justamente para mantê-la.

    até que o último burocrata morra enforcado nas tripas do último pelego.

     “Ninguém poderá nos destruir, exceto os nossos próprios erros” Lênin

    para compreender os danos que o Lulismo fez ao Brasil, olhem para o Rio de Janeiro,

    para compreender os danos que o Lulismo faz ao Brasil ainda agora, olhem para Minas Gerais.

    .

  17. ainda bem que a confraria beata no GGN é muito limitada

    e não influencia em nada no “jogo de xadrez” político-partridário-eleitoral. Alguns são prolíficos, outros sintéticos. Alguns criticam as exceções com elegância e educação; outros, com desaforos e mesmo agresões com todo o tipo de preconceito (e se têm como democratas, socialistas, progressistas). Alguns desses se não são, cumprem muito bem a tentativa de papel da polícia procurando saber a identidade ou tentando que a minoria caia fora do blog e o deixe entregue à ridicularização de eventuais visitantes silenciosos (se houver visitantes).Fazem todos esses o papel da direita, “esquerda que a direita gosta”.(Mas é um passatempo, é divertido, é curiosidade pra ver até que ponto o partido único cega e leva a mais ilusões )

  18. O PT faliu mas continua como
    O PT faliu mas continua como objeto central para garantir os holofotes. É grave essa dependência que a esquerda “crítica” tem do PT para poder exercer sua verborragia.

    Alguém já comentou que há ainda os que associam o PT ao comunismo, e sim, esses são da “esquerda.

    Há quem garanta seus minutos de fama por somente falar de Lula e do PT. Essa falência, no meu entender, deveria significar a desimportancia do partido, mas é justamente ao contrário. Basta ver comentaristas chamando petistas fé bestializados.

    Para o bem ou para o mal é preciso que essa intelectualidade assuma de uma vez seu vício e desejo por Luiz Inácio Lula da Silva e o partido que ele ajudou a fundar, pois o amor se expressa de formas tortuosas.

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