Um dia antes de greve, ministro diz que caminhoneiros precisam “desmamar”

Com greve prevista para amanhã, o ministro de Infraestrutura diz que não irá atender a nenhuma demanda dos caminhoneiros

Foto: PR

Jornal GGN – O ministro de Infraestrutura do governo Bolsonaro, Tarcísio Gomes, afirmou que não irá atender a nenhuma demanda dos caminhoneiros, que estão se organizando para entrar em greve amanhã (02).

“Enquanto tiver a paralisação eu não converso com ninguém”, disse o ministro, em áudio no WhatsApp, que circulou nos últimos dias. A conversa teria sido feita entre Tarcísio e uma pessoa que se identifica como representante da associação de caminhoneiros da cidade Capão da Canoa, no Rio Grande do Sul.

Na mensagem, ele disse que não irá atender nem as atuais reivindicações, nem garantir que os atuais benefícios conquistados na greve de 2018 seja mantidos. Naquela greve, então candidato, Jair Bolsonaro apoiou os caminhoneiros, obtendo o voto de boa parte da categoria.

“A fiscalização não é efetiva e não vai ser nunca. Venderam pra vocês o piso mínimo de frete, que não vai funcionar nunca”, afirma, ao se referir sobre o valor básico de transporte.

“Botaram esse negócio na lei, botaram um doce na boca do caminhoneiro para o caminhoneiro voltar a trabalhar em 2018”, falou.

Entre as declarações dadas por Tarcísio Gomes nos áudios, segundo coluna de Chico Alves, o ministro ainda afirmou que os caminhoneiros precisam “desmamar” do governo, que eles deveriam pensar como os empresários e que os lockdowns de cidades prejudicariam ainda mais.

“Enquanto vocês não desmamarem do governo, vão ver as empresas crescendo e vocês com cada vez mais dificuldades”, disse.

Em resposta ao jornalista Chico Alves, o Ministério da Infraestrutura respondeu que Tarcísio “reafirmou o seu posicionamento em referência às ações setoriais adotadas pela pasta” e que estaria “aberto para o diálogo”.

 

Redação

1 Comentário

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  1. Entenderam…as empresas crescendo, não os peões…os peões morrendo para entregar o lucro dos empresários, morrendo de covid19 e de fome… miséria pouca é bobagem!

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