Universidades contribuíram com perseguição ideológica na ditadura militar

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Relatório feito pela Comissão da Verdade da Universidade de São Paulo (USP), apresentado em março, mostra que uma das principais instituições de ensino superior do País contribuiu com o regime militar espionando alunos e professores e repassando informações sobre posições ideológicas para o Serviço Nacional de Informações (SNI).
 
Segundo reportagem de O Globo, agora é a vez da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) revelar que operou de maneira semelhante, segundo um estudo que deve ser divulgado nesta segunda (14). A diferença é que, no caso da UFSC, não há indícios de que houve mortes ligadas à espionagem da instituição.
 
“No caso da USP, a Comissão da Verdade estima que até 10% dos mortos ou desaparecidos políticos no Brasil tivessem alguma relação com a instituição. De 434 pessoas que morreram ou desapareceram no país devido a abusos do Estado entre 1946 e 1988, 47 eram funcionários, professores ou alunos da universidade”, divulgou O Globo.
 
Além da UFSC e da UPS, Universidade Federal da Bahia (UFBA), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) levantaram indícios de que um órgão interno de controle municiava o SNI durante a ditadura. Essa Assessoria de Segurança e Informação (AESI) era composta por militares e civis.
 
Segundo levantamento feito pelo jornal, “ao menos mais 14 universidades montaram comissões com a mesma finalidade, mas ainda não concluíram o trabalho. Na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), por exemplo, o relatório final está sendo elaborado.”
 
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

1 Comentário

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  1. Devem ter acontecido casos em cada universidade se não haviam

    as redes sociais, mas já tinham os “caguetas”. Na federal de São Carlos teve o caso de um professor que criou um razoável patrimônio, provavelmente com a ajuda da ditadura pois foi um destes. Isto é ventilado na cidade há anos. 

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