Xadrez de 2010, a década da infâmia, por Luis Nassif

Lula foi vítima do próprio sucesso. De um lado, ganhou uma força política imbatível. Sem perspectivas de conquistar a presidência, a oposição passou a conspirar. De outro lado, incensado mundialmente, confiou desmedidamente na sua intuição política e republicanamente desarmou-se.

Os historiadores, cientistas políticos, talvez consigam explicar, no futuro, o que levou uma nação ao suicídio.

Partidos políticos

Tudo começou quando um partido de esquerda, o PT, movimentou-se para o centro-esquerda, a social-democracia. Tinha como trunfo instrumentos da social-democracia que faltavam ao antigo aspirante, o PSDB, como sindicatos, movimentos sociais e um líder popular de expressão. E foi bem sucedido em suas políticas sociais, apesar da oposição infame da mídia.

Por seu lado, a financeirização empreendida no governo Fernando Henrique Cardoso, a morte de lideranças históricas, como Mario Covas e André Franco Montoro, a ascensão de duas lideranças inescrupulosas, como José Serra e Aécio Neves, e de uma liderança medíocre, como Geraldo Alckmin, afastaram cada vez mais o PSDB de qualquer veleidade programática. Sob FHC, Aécio e Serra, principalmente quando a popularidade de Lula bateu recordes, o PSDB tornou-se cada vez mais um partido de única bandeira: o “delenda PT”.

Mídia

Simultaneamente, os grupos de mídia entram em violenta crise econômica e, sem estratégia para enfrentar a quebra de barreiras representada pelos novos meios de comunicação, resolveram ganhar protagonismo político: “nós somos a verdadeira oposição”, dizia Roberto Civita, o pai do modelo. Teve início um período de jornalismo de esgoto, uma arma de guerra que estuprou todos os princípios jornalísticos, democráticos, plantou o ódio e contaminou irreversivelmente a democracia brasileira.

Supremo Tribunal Federal

Com suas armas preferidas – os ataques aos recalcitrantes e lisonja aos que aderiam – a mídia passou a monitorar as ações do Supremo, processo acentuado pela imprudência dos julgamentos televisionados e pela transformação de Ministros em celebridades.

Ministros dignos foram submetidos a escrachos; ministros indignos a aplausos televisivos; Ministros medíocres saudados como grandes poetas ou frasistas. E, com cenoura e chicote, o Supremo foi se moldando aos novos tempos de incúria.

Tinha-se, portanto, um partido que trocou a social-democracia pelo discurso de ódio, uma mídia que pretendia se tornar poder político para se salvar, e um Supremo passando a atuar sem os limites impostos pela Constituição.

Mas não ficou nisso. O vírus inicial espalhou-se por todos os poros da República.

As corporações públicas

As profissões de elite do setor público passaram  a ser prestigiadas com salários elevados. A nova elite do funcionalismo abdicou da missão de servidor público para assumir o espírito dos CEO de mercado. Como CEOs públicos,  puderam frequentar cursos superiores, cursar MBAs, ganharam bolsas de suas instituições para estudar fora. Agora, queriam seu naco de poder.

Essa onda de protagonismo foi se espalhando pelo setor civil armado do Estado, as corporações com poder da caneta. O aprimoramento dos sistemas de controle, com o Tribunal de Contas da União, Controladoria Geral da União, Ministério Público Federal, criou entidades de poderes ilimitados, especialmente depois que a campanha em torno da Lava Jato oficializou a máxima de todo poder aos Catões.

Com o vácuo institucional, até as Forças Armadas entraram no jogo, através do seu comandante, general Villas Boas.

O PT

O julgamento do “mensalão” marcou o início desse jogo macabro, de falsificação diária de notícias, de fabricação diuturna de escândalos e de manipulação de provas.

Lula venceu a primeira rodada de golpe pela maneira como enfrentou a crise de 2008, que alçou-o à condição de político mais popular do planeta.

Durante algum tempo o país ressuscitou a auto-estima dos tempos de JK. O modo de ser brasileiro, as políticas sociais, o soft power, a liderança diplomática sobre os países do sul, o avanço diplomático-econômico na África, Oriente Médio, o sucesso do etanol e do agronegócio, a mediação de conflitos no Oriente Médio, tudo apontava para o nascimento de uma nova Nação.

Lula foi vítima do próprio sucesso. De um lado, ganhou força política imbatível. Sem perspectivas de conquistar a presidência, a oposição passou a acelerar a conspiração. De outro lado, incensado mundialmente, confiou desmedidamente na sua intuição política e desarmou-se. Descuidou-se nas indicações para Ministros do Supremo e abriu mão de qualquer tentativa de influenciar  até  poderes sob responsabilidade da Presidência – como a Polícia Federal, a indicação do Procurador Geral da República. Foi terrivelmente imprudente na negociação de cargos na Petrobras.

Mais que  isso, cometeu dois erros fatais: na indicação da sua sucessão  e ao abrir mão  de concorrer nas eleições de 2014.

O caos

Aberto o caminho do vale-tudo, a partir do “mensalão” todos os pecados foram permitidos. Ministros do Supremo Tribunal Federal concordaram em participar de armações grosseiras sobre grampos, Ministros que assumiram como legalistas se encantaram com a nova onda, jogaram a Constituição no lixo e saíram rodando a baiana. Tudo isso perante um governo petista desarmado, inepto para enfrentar as disputas do poder.

Qualquer bobagem era motivo para explosões de escândalo de baixíssimo nível – quinquilharias, como a tapioca comprada com cartão corporativo, o perfil da jornalista alterado na Wikipédia, até factóides óbvios, como invasão das FARCs, dólares em garrafas de rum e outras obscenidades que marcaram para sempre a mídia brasileira.

O suicídio do reitor da Universidade Federal de Santa Catarina foi a síntese macabra das libações da Justiça, obra conjunta de uma delegada da Polícia Federal, um procurador do Ministério Público Federal, uma juíza da Justiça Federal, um interventor indicado pela Controladoria Geral da República.

Até hoje uma imprensa invertebrada, medrosa, foi incapaz de conferir ao episódio a gravidade de que se revestia, para não atrapalhar a estratégia do “delenda quem pensar diferente” ou simplesmente para não ir contra a onda.

Quando sobreveio a queda nas cotações de commodities, perdendo-se o bônus político dado pela economia, o país estava nas mãos honestas, sinceras, mas inexperientes e auto-suficientes de Dilma Rousseff.

Não houve condições de reorganizar a resistência política.

E agora, José? A noite chegou, o monstro surgiu, o custo dessa irresponsabilidade pode ser contabilizado no próprio número de mortes evitáveis do Covid, fruto do negacionismo do Frankenstein político que emergiu do cemitério em que foram enterradas as instituições e as esperanças de construir uma Nação digna.

O que se terá daqui para frente?

Os responsáveis pela destruição institucional e econômica

Moro, Dallagnol, setoristas da Lava Jato, colunistas de ódio, Eduardo Cunha e seu grupo político foram apenas coadjuvantes, os germes oportunistas em um organismo enfraquecido pela atuação dos responsáveis maiores.

O duro recomeço passará por alguns desafios complexos.

Peça 1 – o caráter nacional

A crise atual serviu para expor uma das piores heranças culturais do país: o chamado racismo estrutural.  

Mas há um outro componente pouco estudado, talvez primo-irmão, o caráter das elites brasileiras e dos setores que ambicionam um lugar na chamada Casa Grande.

A maneira como mídia, Supremo, políticos, corporações públicas ingressaram no golpismo mais explícito, sem a menor preocupação com a imagem ou, melhor, regozijando-se com sua imagem refletida no esgoto, é um fenômeno típico de sociedades sem caráter.

Tenho a impressão de que a necessidade de se identificar com as classes altas seja um resquício da República Velha, na qual as classes de baixo, para se defenderem dos abusos da Justiça e do poder, tinham que se abrigar sob as asas de algum coronel local.

Essa submissão, por sua vez, gerava um sentimento de onipotência quando, por alguma razão, o cidadão normal, através de estudos passava a cumprir o papel de jagunço letrado, tornando-se defensor das demandas da classe superior junto às instituições de Estado – em uma função de jornalista, juiz ou Ministro do Supremo. Aí havia  o deslumbramento total, dos que supunham ter conseguido a inclusão por cima.

Some-se o fato de uma sociedade historicamente permissiva, que permitia a convivência com traficantes de escravos, bicheiros, doleiros, desde que bem-sucedidos financeiramente. Grandes doleiros, contrabandistas, são aceitos com naturalidade nas sociedades do Rio ou de Brasilia, e confraternizam-se com autoridades no paraíso tropical de Miami.

Esse talvez seja o motivo por que, na guerra jurídico-midiática-política mais suja da história, não tenha ocorrido sequer as chamadas objeções de consciência como impeditivo.  Por tal, entenda-se a atitude do motorista de um trator, que recebeu a ordem de destruir as casas de famílias sem terra. Ele se negou a cometer a crueldade. Recorreu à chamada objeção de consciência.

Nada disso se viu no período em que o ódio foi plantado, cevado e colhido. Não houve objeção de consciência por parte dos principais agentes da conspiração e sequer  um mínimo de pudor, aquela pequena vergonha que acomete até as mentes mais insensíveis, quando flagradas em grandes malfeitos.

Em países com caráter, quem aderisse ao golpismo seria mal visto ao menos por sua categoria. Uma mídia com caráter denunciaria desvios de condutas, exporia os oportunistas, os excessivamente ambiciosos, os crimes cometidos pelos guardiões da lei.

Nada ocorreu. Pelo contrário, os bárbaros foram celebrados, houve pruridos da mídia até em divulgar o suicídio do reitor da UFSC.

Este foi o Brasil da década de 2010.

Por outro lado, começa a surgir uma onda de liberalização relativa, impulsionada pelos ventos externos. Alguns dos principais responsáveis pelo envenenamento político anterior ressurgem como baluartes da democracia – e nada lhes é cobrado, nem um mínimo de autocrítica.

Por tudo isso, nada espere desse aggiornamento liberal dos porta-vozes dos homens de bens, nem mesmo com as novas ondas que se propagam pelo mundo civilizado, como reação à barbárie da era Trump.

O país sem caráter só se submete a contingências de ordem política, de interesse pessoal e é reativo a movimentos de opinião pública.  Jamais assumirá o protagonismo da defesa da civilização.

Portanto, movimentos virtuosos que vierem a surgir, serão externos a esses personagens centrais do golpe.

Peça 2 – a mídia

A guerra cultural inicial em 2005 criou uma geração de jornalistas assustados, enquadrados. Não os culpe. Passou a ser pré-condição para seguir carreira.

Agora, começa a haver uma pequena reação de algumas cabeças mais independentes, no pequeno espaço aberto por alguns veículos que perceberam  que jornalistas com caráter próprio são peças centrais na credibilidade do veículo como um todo. Mas esse tipo de jornalista com luz própria ainda é minoria e pisa em ovos.

Além disso, o liberalismo midiático vai até o limite Lula. Persistem todas as idiossincrasias do período anterior, substituindo os assassinatos de reputação pela invisibilização. E tudo isso em um momento em que o mercado de opinião foi pulverizado por bolhas de todas as cores, tirando definitivamente da mídia o papel de mediadora central das discussões nacionais.

A grande contribuição da mídia será não repetir  o jornalismo de esgoto do período anterior e deixar de aspirar a ser partido político.

Aliás, os editoriais de hoje da Folha e do Estadão escancaram a estreiteza de visão, em relação à maior crise política da história. 

Peça 3 – o sistema de Justiça

Hoje em dia, o sistema de Justiça lembra os exércitos confederados depois da guerra da Secessão, grupos andando pelas estradas e fuzilando quem passasse pela frente, adversários, transeuntes, pouco importando. Bastava não vestir uniformes cor de cinza.

Primeiro foi a Lava Jato impulsionando o protagonismo político do Judiciário. Depois, o liberou geral de alguns tribunais, estimulando o lawfare judicial contra supostos adversários políticos.

Há em curso, também, uma guerra mundial interna no Judiciário.

A Procuradoria Geral da República monta uma ofensiva contra o juiz Marcelo Bretas e a Lava Jato Rio. Para se defender, ambos acertam uma operação que mira filhos de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ).  Antes disso, a Lava Jato de Curitiba se valeu de suas ligações internacionais ilegais para tentar provas contra Ministros do Supremo.

Nessa frente, o fim da Lava Jato é um refresco, mesmo deixando indevassáveis vários porões dos tribunais superiores.

No Supremo, a entrada de um Ministro garantista, ainda que indicado por Bolsonaro, traz esperanças de uma pacificação da corte e da Justiça em geral. Mesmo porque, os batedores de 1a instância, que vão na linha de frente fuzilando adversários, jogando bombas nos inimigos, representam ameaças efetivas ao próprio conceito de hierarquia jurídica.

Além disso, o fim da onda punitivista faz com que Ministros-que-seguem-ondas, como Luís Roberto Barroso, passem a cavalgar outras ondas, desinteressando-se da guerra nada santa contra os garantistas do Supremo.

Não espere nenhuma contribuição do Supremo – e da Justiça – a um pacto civilizatório de envergadura. Mas, também, não será mais um protagonista político, limitando-se a convalidar as políticas econômicas de desmonte das redes de proteção social votadas pelo Congresso. O que não é pouco.

Peça 4 – as Forças Armadas

Hoje em dia as Forças Armadas estão irreversivelmente ligadas à imagem do governo Bolsonaro. Os erros dos generais de Bolsonaro na questão de energia, especialmente na Saúde, na articulação política, a apatia ante a liberação de armas, a aceitação pacífica da oferta abundante de empregos na área civil, fizeram com que as Forças Armadas brasileiras tivessem seu momento Malvinas.

Não se verá mais atitudes como a do general Villas Boas que, com um mero twitter, ajudou a consolidar o golpe jurídico-parlamentar. Mas será um enorme desafio desalojar os militares do enorme mercado de trabalho criado na área civil e nas escolas militares.

De qualquer modo, apesar da excelência dos institutos militares de tecnologia, não espere das Forças Armadas nenhuma contribuição à ideia de pacto ou projeto nacional. Seu papel no desenvolvimento industrial, desde as políticas industriais dos anos 30 ao desenvolvimento da indústria aeronáutica e do enriquecimento de urânio, são apenas retratos na parede. Hoje, o que viceja é o padrão Pazuello.

Peça 5 – os partidos políticos

O sistema partidário foi triturado. Hoje em dia, o jogo político se dá em torno de dois movimentos:

Liberalismo selvagem – movimento que junta o MMS – Mídia, Mercado e Supremo. Seu objetivo único é sancionar o desmonte final do Estado e convalidar os negócios da privatização, o desmonte das políticas sociais, mas com um olho em 2022. A não consolidação de uma candidatura é o que mantém Bolsonaro a salvo, apesar de todos os descalabros que comete. Sua aposta é em Luciano Huck, apesar dos esforços de João Dória Jr em se habilitar.

Progressistas – há uma corrente progressista presente nos movimentos sociais e em várias categorias profissionais. Hoje em dia, há os economistas pela democracia, os juízes, os procuradores e os policiais antifascistas. Mas não há um ponto de organização para essas demandas.

Espinha dorsal do petismo, o sindicalismo foi fuzilado a partir do interinato de Temer. Mesmo antes, jamais conseguiu sair das bolhas corporativas. E o PT não conseguiu se arejar para repetir o papel dos anos 80, do grande ônibus abrigando movimentos sociais de toda espécie.

Lula mantém-se como a grande liderança, mas sem as condições de articulação de antes. Caso semelhante ocorreu com Getúlio Vargas quando retornou do exílio interno e se tornou novamente presidente. As circunstâncias eram outras, os atores eram outros e ele não conseguiu se mover com a mesma desenvoltura política de antes.

Por outro lado, movimentos auspiciosos que estavam se formando – como a frente dos governadores do Nordeste – recuaram devido às fragilidades fiscais provocadas pela pandemia. E o ativismo político da Justiça liquidou com o grande articulador da frente, Ricardo Coutinho, ex-governador da Paraíba.

Dono dos melhores diagnósticos sobre a crise, Ciro Gomes padece do mesmo voluntarismo que o marcou a vida toda.

Em todo caso, à medida em que as esquerdas não conseguem apresentar uma proposta competitiva, e a direita se perde em devaneios com Huck, há um espaço para o novo conhecido, o bonapartismo de Ciro.

Peça 6 – sem conclusões

Vive-se um momento totalmente inconclusivo. A década de 2010 legou um país destroçado, com as instituições desmoralizadas, sem lideranças expressivas. Não existe vácuo na política mas também não existe, à vista, nenhuma instituição em condições de empalmar o poder – o que é bom, pois poderia significar a consolidação da ditadura em mãos de um poder.

Mas, como não existe vácuo na política, resta aguardar movimentos mais concretos para um xadrez mais assertivo. O agravamento da crise, misturando segunda onda do Covid-19, fim do auxílio emergencial, pressão de custos, certamente colocará fatos novos na mesa.

Espera-se que para o bem do país.

Publicado por Google DriveDenunciar abuso

Luis Nassif

46 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Bonapartismo é uma ideologia política em que há o culto à personalidade do líder, o qual deseja ser um ditador. Definido deste modo, parece desonesto tentar qualificar Ciro Gomes como um bonapartista.
    Atualmente, ocorre o culto à duas personalidades. À direita, Bolsonaro. À esquerda, Lula.
    Em todos os cargos que ocupou (deputado estadual e federal, prefeito, governador, Ministro da Fazenda, Ministro da Integração Nacional) não há notícia de que Ciro Gomes tentou ser um ditador.
    O fato é que Ciro Gomes, em 2018, era o único candidato com um Projeto Nacional, com metas estratégicas. Defender seu Projeto com firmeza não caracteriza um ditador. Publicou suas idéias num livro, que estão disponíveis para contestação. Nenhum outro aspirante à Presidência tem algo parecido.

    1. O “problema” do Ciro chama-se PDT. Não e mais um partido de expressão nacional. Melhor sempre negociar com partido que com pessoas .

    2. Ciro não é bonapartista, com certeza. É um “coronelista”. Um membro das elites nordestinas, com a cabeça dita midernizada feita pelo Mangabeira Unger, que se auto promove como professor de Harvard, onde Moro e Barroso costumavam palestrar na época do impeachment (ver o papel das universidades no Inside Job). Ciro deixou de ter qualquer valor moral pra mim no dia em que declarou que os filhos do Lula eram corruptos e que os dele eram honestos porque tiveram boa educação. Ai se revelou o seu preconceito de classe, ataque a inocentes e desrespeito a uma familia adversária ao seu direito ao poder de coronel. Deixou de jogar o jogo politico ao usar a arma dos sem caráter: ataque a famlilia do adversário onde estavam dona Marisa, filhos e netos. Para entender quem é Ciro basta ver o papel que jogou na eleição de Bolsonaro de quem no dia seguinte a posse disse que não ia ser adversário. E Bolsonaro tem todos os defeitos, menos a falsidade de Ciro, e sempre se revelou a favor da tortura e contra os direitos sociais.

      1. Vera: procure saber porque Dona Mariza, chorando, abraçou Ciro Gomes e fez um agradecimento de mãe. Procure saber o que Marcio Tomaz Bastos e Ciro Gomes fizeram durante a farsa jurídica do mensalão. O uso do adjetivo “coronel” para um político do nordeste sugere um preconceito sulista. Mas aqui no Nordeste nós derrotamos Bolsonaro. Ou não ?

    3. Digno de todos os elogios a publicação de um livro por parte de Ciro Gomes,certo.
      Mas da minha parte,tenho uma ressalva:Eu só compraria o livro se ele tivesse autenticado,da primeira a última página,por algum Tabelionato de Ofício,detentor de fé pública.
      Sabe companheiro,tem um velho ditado popular que diz:O bom filho a casa torna.Ele já marcou até o casamento com o DEM de ACMNeto.
      Se você não sabia,o dito cujo ingressou na política pelas mãos da ARENA,hoje DEM.
      Se ligue mano.

  2. A Análise esta correta. Quisera eu conseguir por em palavras com foi feito aqui todo a montanha russa que foi a década.
    Olhando o ano que começa e a situação em que estamos continuo defendendo a formação dum novo partido que junte as forças politicas progressistas.
    Do jeito que esta , com um monte de partido, dificilimo fazer andar. Nessa hora tem que lembrar sempre da habilidade do Ulisses em manter o MDB unido. Melhor sempre brigar dentro do partido e sair junto.
    O proximo passo e começar o mesmo debate que levou à formação duma Assembleia Nacional Constituinte pra , de novo, escrever a Constituição já que essa que esta ai morreu. Principalmente para quem depende do trabalho pra viver.

  3. Correto. Porém, o buraco é mais em baixo. Para além das movimentações dos agentes institucionais, Midia, Mercado, Partidos, Congresso, Judiciário, MP, Polícias, Igrejas, etc, é preciso admitir que a coalizao golpista GANHOU a guerra cultural até agora. A máquina de propaganda de propaganda antissocial só aparenta ter perdido a força PORQUE a s plantação vingou e estão na fase da colheita. É esta disputa entre alto e baixo clero que está acontecendo. Com a mudança ESTRUTURAL ocorrida no jogo eleitoral (financiamento de campanha, grana), é pouco provável que o baixo clero aceite regredir para o papel de coadjuvante novamente. Em outras palavras: o boçalnaro REPRESENTA, sim, cerca de 1/3 do eleitorado que foi doutrinado nas ultimas décadas.

    Ou os setores progressistas aprendem a se comunicar e a defender o que fizeram e o que pretendem fazer ou vão ficar olhando os adultos disputarem o poder.

    O Partido Dos Trabalhadores, ou parte deles alguma coisa como “volta, PT!” ou… esqueçam, torçam pra nao serem proscritos de vez, com requintes de crueldade.

  4. Esqueceu do Facebook, whatszap e twitter. Redes Sociais e seu papel fundamental na disseminacâo do discurso do odio com falta de apuração de fake news, desinformação e negligência com robôs espalhando inverdades, dinamitando reputações e pavimentando o caminho da extrema direita no mundo. Trump e Bolsonaro são filhotes deste movimento.

  5. O Brasil não é uma nação, não é um país, não é um estado.
    O Brasil é um entreposto.
    Já foi apenas um entreposto comercial, onde a riqueza bruta ficava armazenada, aguardando a hora de ser embarcada para o mundo exterior.
    Hoje é basicamente, também, um entreposto financeiro, onde o capital que adquire essas riquezas pernoita, engorda, e viaja de volta à terra dos pastos mais verdejantes e climas mais amenos.
    E os funcionários que cuidam desses entrepostos, com zelo e dedicação, e um chicotinho na mão, são os personagens que o Nassif descreve nesse post: políticos, juízes, aventureiros de diversas cepas, etc., etc., etc.
    Alguns dos habitantes daqui, no caso do entreposto comercial, ganham alguns caraminguás carregando fardos nas costas e cavando a terra, além de levarem algumas chicotadas, aqui e ali.
    No outro entreposto, eles não são necessários.
    E, como dizia Guimarães Rosa, o mundo, ora, “o mundo, meus filhos, é longe daqui.”

    1. Que tristeza! Que desânimo! Que desalento!
      Segue a vida, Bolsonaro vai embora em 26 – tenho quase certeza de que ele será reeleito no ano que vem – e os brasileiros vão recomeçar o país, como recomeçaram em 1985.
      Posso citar outra frase do mesmo autor que você escolheu:
      “O que a vida quer de nós é coragem.”

      1. Rapaz, você já dá como certa a reeleição do seu presidente em 2022, e o triste, desanimado e desalentado sou eu?
        Viver é muito perigoso, não é mesmo? Tendo ou não coragem, viver é muito perigoso.
        O que vivemos hoje, prezado, ainda é o recomeço de 1985. Nova República, não foi assim que chamaram?
        Nem república, nem nova. Mais do mesmo, como se diz por aí.
        A propósito, isso não é tristeza, nem desânimo, nem desalento.
        É recusar novos nomes (que nem “catchy” são) para velhas coisas.

  6. Atenção também para o papel das igrejas, a pregação conservadora e alienante de milhares de pastores. Ganharam canais de TV, rádios, tem isenção de impostos e sua pregação é plenamente tolerada pela justiça em nome da liberdade religiosa. Atuam em todas as frentes, desde os costumes das famílias até em mudanças na estrutura legal do Estado, vide os juristas conservadores que a DAmares aglutina, com objetivo de ajustar a aprovação de leis com viés na bíblia.

  7. Há uma saída : Progresso comunitário local sustentável, com a colocação da escola primária como centro do envolvimento político-produtivo local sustentável por meio de orçamentos participativos, instrumentos de educação por competência e democracia direta, mobilização das lideranças locais via união das associações culturais liberais com o aumento da produtividade e competencia tecnológica-mercadista das pequenas-médias empresas , união dos diversos níveis de ensino através de sistema integrado extensão do conhecimento e da capacitação local com ensino-pesquisa-formação de lideranças cívico-empresariais. Parece complexo ? Não o é qdo se recordam movimentos a exemplo dos Civilian Conservation Corps, gestados no semiárido nordestino brasileiro e que ajudaram a tirar os Estados Unidos da América (do Norte) da grande depressäo pela via da valorização das culturas locais, apoio à fixaçäo das populações nos seus locais de origem (evitando concentrações populacionais e favelizações), com processos de reconhecimento/apoio produtivos locais integrados através ensino-capacitação vocacionada para o Progresso Comunitário Local Sustentável – a SUDENE representou memória desses trabalhos (porisso foi extinta ! mas, há farta bibliografia disponível, para não se partir de V zero !).

  8. Regojizo-me quando leio um artigo deste quilate,desta grandeza,mais,desta profundidade.
    Sem a intenção da ofensa,poucos daqui vão entender o belo texto de Nassif,de volta,assim com se fez presente esplendidamente no Caso de Veja.
    Nassif em um dos seus mais belos momentos de inspiração,nos brinda de forma solene a década perdida,elenca os motivos,enumera brilhantemente seus autores,nos leva às profundezas e as raízes de um País amargurado,abandonando,destruído,legado a própria sorte.
    Mais feliz fico,porque,mesmo indiretamente contribui de alguma forma.
    Quando Nassif já ao final do seu magnífico texto,na Peça 6:Sem Conclusões,me vejo presente.Há tempos,na escolha infeliz de Lula quando da indicação de Dilma Rousseff para sucede-lo,as escolhas sem nenhuma lógica para o STF,a repetição do erro em não disputar as eleições de 2014 diante da crônica da morte anunciada,visto que,além da inaptidão de Dilma para o cargo, o golpe contra ela já estava explícitamente desenhado,o acima assinado,fez dezenas ou até centenas de comentários na linha que nos brindou Nassif.Disse que o País tinha apodrecido,aniquilado,destroçado,bem como todas as suas Instituições,de fio a pavio.
    Humildemente peço a Nassif,antes de desejar a ele e aos que lhe são caros,um Feliz Ano,com saúde,paz e prosperidade,que este artigo, jornalisticamente abre o ano de forma sublime,fique a nos iluminar nos próximos 15 dias.Au revoir.

  9. Bom dia.
    Luis Nassif e outros jornalistas insistem em colocar o PT como corresponsável pela desgraça pela qual estamos passando por erros comuns de governo que, em hipótese nenhuma, seriam determinantes nesse xadrezinho.
    Nem li tudo, mas colocar o Lula e o PT em pé de igualdade com o judiciário, a mídia e outros atores políticos ou empresariais que construíram deliberadamente o ambiente que permitiu que o que estamos passando acontecesse é o mesmo que culpar mulheres que sofrem estupro por usar saia justa, ou o que o valha.
    Vou insistir nessa crítica porque, na minha análise, desde o mensalão, a blogosfera progressista contribuiu mais com os golpistas do que defendeu o golpeado e hoje parece que entre o apagão do FHC o o golpe contra a Presidenta Dilma não aconteceu nada de bom.
    Os planos de fazer sumir qualquer referencia boa sobre os governos petistas foi alcançado com louvor e o jornalista Luis Nassif, junto com outros ditos progressistas, deram substancial contribuição para que a nossa sociedade ficasse sem parâmetros do que são bons e maus governos.
    Com esse quadro, deliberadamente construído por anos, nós nunca vamos voltar ao normal, a menos que a autocrítica cobrada do PT seja feita por quem ajudou a desgastar o partido, inclusive dizendo que foram ingênuos ou excessivamente republicanos.
    Republicanismo é intransitivo: ou se é ou não se é. Ninguém é só meio, nem muito, nem pouco republicano.
    Isso NÃO EXISTE.

  10. Não sei, não tenho ideia do que possa acontecer daqui por diante, estamos num.impasse.
    Tudo exposto, tudo destruído, por onde começar a remendar a colcha de retalhos? Ou começar tudo de novo?
    Só sei que algo ou alguém tem que impulsionar a rebeldia do.povo.
    Só sei que não adiantar eleger ninguém, não vai consertar nada. Antes temos que reformar o sistema politico.

  11. Chamar Lula de “o político mais popular do planeta” é só uma frase bombástica, característica do barroco mineiro. Lula foi um Perón que não deu certo, e olha que ele se esforçou muito para ser o novo Perón. Ele foi e continua sendo um típico caudilho de “nuestra América”.
    O processo contra a chapa Bolsonaro-Mourão no TSE nem sequer saiu da fase de coleta de provas, o que significa que o capitão expulso do Exército será candidato na eleição presidencial do ano que vem.
    Luciano Huck é um Silvio Santos repaginado, não é sério. João Doria sairá pelo finado PSDB. E Ciro Gomes sai de novo pelo PDT, porque ele nada tem a perder.
    Lula não pode ser candidato a nada, até que os processos sejam anulados e voltem à Primeira Instância, SE isso vai de fato acontecer.
    Por enquanto, não há o menor sinal de que o supremo caudilho permita a emergência de qualquer outra candidatura pelo PT. É ele, sempre ele, só ele, e essa foi a razão essencial pela qual ele não quis Tarso Genro como candidato em 2010: “Lula não suporta alguém que lhe faça sombra”, como diz Elio Gaspari. Faltou combinar melhor a jogada 2014 com a Dilma. Ferrou-se.
    É o que temos hoje, a 21 meses das eleições do ano que vem.

    1. Elio Gaspari? Isto é referencia para qualquer crítica ao Lula. Escolha motivos melhores e autores idôneos. De resto só inveja rancorosa. Típico de FHC

        1. Todo Millôr tem seu dia de Elio Gaspari, prezado.
          Millôr foi um frasista brilhante e habilidoso, não há dúvida. Mas, como todos nós, cedeu, aqui e ali, à tentação da frase de efeito, rápida, de bate-pronto, e, frequentemente, insustentável.
          Veja, ninguém é viciado em si mesmo; ninguém é a sua própria maconha. No máximo, um sujeito pode viciar-se na opinião ou impressão que causa aos outros, quando essa lhe é favorável; mas isso não é traço distintivo para ninguém, é simplesmente humano. Todos nós nos viciamos nas boas impressões que causamos. O vício em si mesmo, de cara, elimina no viciado qualquer possibilidade de empatia, o que, creio que você mesmo concorda, não é o caso do Lula.
          Já houve quem dissesse que Lula escolheu Dilma pela simples vaidade de provar que poderia eleger quem quisesse, até mesmo um poste, como se diz; se você é dos que pensam assim, eu sinto muito.
          Escolher Dilma foi um erro colossal, certamente; mas o processo que levou ele a isso passa longe de um desejo puro e simples de lisonjear a própria vaidade.
          Millôr também disse, certa vez, “a ignorância (de Lula) lhe subiu à cabeça. Lula não sabe nada, e pensa que sabe tudo.”
          Já pensou em analisar uma frase como essa, para achar nela qualquer coisa de coerente, ou útil?
          Como alguém, ‘que não sabe nada’, pode ter algo subido à sua cabeça? O sucesso sobe à cabeça, entre outras coisas, por que o sujeito é capaz de perceber e identificar o que é o sucesso, embora, quase sempre, não tenha perfeita compreensão do significado das coisas. Mas, se o sujeito é ignorante, como pode ter algo subido à sua cabeça, se ele pensa que o que lhe subiu é outra coisa? Se ele não consegue sequer perceber e identificar do que se trata? Como alguém que não sabe nada, pode saber o que tem na cabeça, em primeiro lugar?
          Se Millôr estivesse se referindo ao sucesso obtido por Lula, internacionalmente, ou, mais especificamente, ao infame e sub-reptício “elogio” de Obama, “esse é o cara”, uma tal avaliação poderia, de certa forma, se explicar pelo mesmo sentimento que FHC nutre por Lula, ainda hoje.
          Mas, se não me falha a memória, ele disse isso logo que Lula surgiu na cena política brasileira. E isso só expõe uma idéia pré-concebida, e, lamentavelmente, preconceituosa.
          Só o que você vai achar, em frases “matadoras”, “perfeitas”,” no alvo”, como essa, é a revelação, plena, perfeita, no alvo, dos preconceitos e defeitos de quem as emite, de quem só sabe ver, nos outros, as suas próprias falhas, vícios, além de outros sentimentos ainda menos abonadores.
          Millôr, repito, foi um homem inteligente, culto, além de frasista habilidoso. Mas, em relação à Lula, quase sempre, expôs apenas seu lado mesquinho.

          1. Lula escolheu a Dilma por que ela fez com que o unico estado que não tivesse apagão na era FHC fosse o Rio Grande do Sul, onde ela era a secretaria de minas e energia. Como a ministra na era Lula ela conseguiu interligar todos os sistemas de energia do sul ao norte, reduzindo drastimente o risco de um novo apagão tipo 2001/2002. Infelizmente Lula não previu que apesar de excelente técnica, Dilma não era política. Se em 2014 fosse o candidato e novamente Dilma novamente a técnica, a possibilidade de golpe como o que aconteceu não seria tão fácil como ocorreu com a Dilma. Mas o se?

        2. Millôr Fernandes? O super ego? Que não admitia alguem superior a ele? Que escrevia na revista Oia? Que não tinha amigos, por que falava mal de todo mundo, menos dele? Cara, continua fraquinho, Pesquise mais um, sua bibliografia até agora só mostrou os rancorosos do Lula! E não venha com Ziraldo também! São todos comprometidos com a inveja que mucha folha de zinco!
          https://www.youtube.com/watch?v=RKLtYrwKI0Q

    2. Kkkkkkkkklkkkkk.”CAETANO VELOSO DECLARA VOTO A CIRO EM 2022″
      Bem companheiro,agora você carrega 4 cruzes.Caetano é conhecido como pé de gelo.Em Santo Amaro da Purificação,terra dele,nunca elegeu nem o Provedor da Santa Casa de Misericórdia de lá.Dizem que mantida por algum tempo,com ajuda dele e da irmã Maria.
      Amanhã eu vou recontar a história de Moacir Paranhos,meu amigo e SANTAMARENSE como pé de gelo.Me aguarde.kikikikikilikikiki

    3. Eu sempre leio e quase sempre aprendo com os comentários aos meus comentários, quando ocorrem. Só não tenho como gostar, refletir e aprender, se os comentários descambam para o nível das arruaças de botequim, porque aí não dá.
      Invejoso, ressentido, fracassado etc são os adjetivos habituais dirigidos a mim, mas já ganhei também “podridão humana” e “gabiru”.
      Não tem problema, eu lido com os fanáticos do PT desde os anos 80, na FFLCH-USP.

      1. E você esperava o que se já nasceu com uma Cruz no nome!!!!!!!!
        As outras três foi agraciado pela pouca inteligência de suas escolhas.

      2. O que você chama de fanatismo eu chamo de pragmatismo. Ou você conhece outro político que fez o que Lula fez ao Brasil? Isto incluído governos estaduais e municipais proporcionalmente? E sendo honesto e criando todas as ferramentas publicas possíveis para tentar controlar a corrupção?

  12. gostei da provocação, identificar os atores, cenários, importante para perceber como os jogadores se movimenta, achei importantíssimo trazer o racismo estrutural para debate, é impossível sair dessa barbaria sem enfrentar as herança escravocrata que afeta de forma racializada toda sociedade brasileira. Pois 53% dos brasileiros (dados dos Ibge pop. negros)continua sendo tratado como não humanos.

  13. ooh Nassif… pedetistas-brizolistas “históricos” [*] que fizemos nossa campanha presidencial em 2002; que vimos o PDT ser desmontado e transformado em cartorial-fisiológico em 2008; parece que já aprendemos a lição:
    1) O Ciro Gomes tem tudo aquilo que o PT não tem; ou seja, um programa claro de Nacionalismo Econômico [Vejam o que já dizia Friedrich List em 1844!] =
    2) O PT tem tudo aquilo que o Ciro Gomes não tem; ou seja, um partido organizado em âmbito nacional, em contato com “o povo”… =
    [*] histórico-sofredores, ou seja, com a “pêia” moreira-franco-proconsult, em 1986 no Rio; com o Inácio indo para o 2o turno em 1989, para perder para o collorido-da-globo; com o Brizola depois querendo se aliar ao mesmo collorido, um erro do Briza; com a eleição de 2002 em que nosso partido estava destroçado, não decolou.

  14. Vê-se agora com maior clareza,que você assim como a quem você presta sua devoção,que és um Cirista desesperado,a procura de alguém que lhe dê às mãos e votos.De Lula jamais terão.
    Todos os Ciristas,sem exceção,são irmãos siameses,talquei seu Guru de estimação :Pusilanimes,odiosos,raivosos,de caráter duvidosos,sem rumos definidos,melifluos,esquerdistas de porta de botequim ou do primeiro aceno a quem lhe arranje votos, como no caso do DEM.
    Ciro Gomes jamais será Presidente da República enquanto Lula pertencer ao mundo dos vivos e vocês sabem disto.
    Confesso-lhe,que em algum momento cheguei a ter pena de você,por carregar duas cruzes:Uma da Bíblia Sagrada,a outra do seu nome.Para meu gáudio,você carrega uma terceira:Ciro Gomes.Esta você vai precisar de um acordo com DEM(O) para carrega-la.

  15. As vezes ficam de bronca comigo sem motivo algum,visto que,em quase todas as minhas observações,a razão me assiste.
    No comentário que fiz acima,acentuei com a mais absoluta certeza que esse artigo de Luís Nassif,pelo seu brilhantismo,sua visão de Brasil,principalmente pelo seu valor histórico,quando pintou de forma sublime,o retrato mais dantesco da última década deste País deserdado por Deus,
    que poucos,pois não,pouquíssimos participantes daqui entenderiam a profundidade do que nos foi oferecido.
    A baixa receptividade até o momento,quero crer,esteja relacionado com o feriado prolongado,ou,quem sabe,alguns preferiram dar umas braçadas salgadas em companhia do Messias.

  16. Prezado GGN
    Sou leitor assíduo e muito interessado, divulgando bastante, deste sítio, sendo que o link para o GGN é o primeiro da lista em meu blogue:
    Eu gostaria muito de saber porque meus comentários são apagados, ou não são aceitos…???
    Agora eu havia deixado um comentário relevante sobre o PDT: foi rejeitado diversas vezes no “enviar”… Depois estava para a moderação, mas sumiu!! Por que, e por que???

  17. ooh Nassif… pedetistas-brizolistas “históricos” [*] que fizemos nossa campanha presidencial em 2002; que vimos o PDT ser desmontado e transformado em cartorial-fisiológico em 2008; parece que já aprendemos a lição:
    1) O Ciro Gomes tem tudo aquilo que o PT não tem; ou seja, um programa claro de Nacionalismo Econômico [Vejam o que já dizia Friedrich List em 1844!] =
    2) O PT tem tudo aquilo que o Ciro Gomes não tem; ou seja, um partido organizado em âmbito nacional, em contato com “o povo”… =
    [*] histórico-sofredores, ou seja, com a “pêia” moreira-franco-proconsult, em 1986 no Rio; com o Inácio indo para o 2o turno em 1989, para perder para o collorido-da-globo; com o Brizola depois querendo se aliar ao mesmo collorido, um erro do Briza; com a eleição de 2002 em que nosso partido estava destroçado, não decolou.
    http://www.virtualpolitik.bravehost.com/lula_jango.html

  18. Porque tantas palavras Nassif para descrever o Brasil, e seus 500 anos até agora? O Brasil simplesmente está sendo aquilo que ele foi planejado pra ser desde que Cabral chegou aqui. Tudo se resume nisso, tudo se limita a isso. Toda a estrutura social posterior se construir sobre esta base, por isso esta herança não passa nem consegue ser mudada. Se querem um Brasil diferente, precisam destruir estas bases, desconectar o Brasil atual com toda a história pregressa que o levou até aqui, tem que haver um rompimento do País atual com a estrutura social e cultural que chagu até aqui. E o único meio para isso é uma guerra catastrófica que ponha todos os pilares históricos da sociedade no chão. Estamos dispostos a tal preço?

  19. Faltou o básico: o PT, depois de ser contra a CF 88, não ter se unido ao Brasil no governo Itamar, forçando FHC a se unir ao ex-PDS para governar. Este foi o erro inicial. A polarização advinda depois veio do próprio Lula (nós contra eles, nunca antes…).

  20. Brilhante analise, como sempre, com uma profundidade rara, não poupando nenhum dos elementos formadores da atual crise, incluindo o sacrossanto Lula e seus mil defeitos de visão de mundo, de classes, de Pais, suas más escolhas, especialmente de Ministros da Justiça que pavimentaram a estrada da Lava Jato, com leis mal feitas de delação, de lavagem de dinheiro, de ficha limpa, com gestão frouxa de Banco Central e outras instituições, com indicações desastrosas para a PGR e STF, foi a grande rodovia por onde desfilou o bolsonarismo captando os restos caidos na estrada e com eles chegando ao Poder. Incluo nessa analise os quatro mandatos do PT, que formam a Era Lula. Parabens Nassif.

  21. Os advogados criminalistas apontaram diversos abusos da lava jato. Abusos do MPF, do Moro, da PF e da Receita Federal e todos foram legitimados pelas instâncias superiores, inclusive STF. Os caipiras reacionários do MPF alugaram um hotel de luxo para expor o power point que apontava Lula como comandante máximo do maior esquema de corrupção tendo como vantagem um triplex meia boca no Guaruja, sem posse, sem propriedade e sem ato de ofício. Canalhas. Durou um ano e quatro meses entre Moro aceitar a denúncia do Triplex e a condenação do Lula em segunda instância no TRF 4. Todo abuso cometido para tirar Lula das eleições com apoio incondicional da Globo e da mídia hegemônica.

  22. O CASO EU RECONTO COMO O CASO EU VI.

    No início de um novembro ensolarado de 1992,se a memória não me falha,um dia de sábado,eu estava em Santo Amaro da Purificação,terra natal de Cae Veloso,o pé de gelo.
    Aos sábados,de 15 em 15 dias eu me dirigia a Santo Amaro por dever de ofício.Fiz isso durante uns 10 anos.Já era conheçedor por excelência das mumunhas santamarenses.
    Nesse sábado de novembro me fazia acompanhar do meu comprade e amigo,Antonio Ramos,padrinho do meu filho mais velho,precocemente falecido.
    A campanha para Prefeito da cidade se afunilava a todo vapor.Acho que tinha mais candidatos que votos.
    Um deles era Moacir Paranhos,auditor do Tribunal de Contas dos Municípios,colega me parece que de escola primária e de Ginásio de Cae Veloso,por um desses partidos ditos de centro esquerda,nome do qual não me recordo.
    Como de costume,paramos eu e meu compadre Ramos no Bar de Nelsinho Carvalho,onde se sabia de tudo,inclusive quem comia quem,para molhar a palavra.
    Ao entrarmos no recinto,Ramos deu de cara com Moacir Paranhos.
    Comprimentos de praxe,Ramos que tinha o irmão José Ramos,Juiz de Direito de Santo Amaro,me apresentou Paranhos de quem era amigo há tempos.De bate pronto Ramos perguntou:E aí Moacir agora dá pra ganhar?Moacir já tinha tentado uma ou duas vezes,sem sucesso.Tô eleito,já encomendei meu terno de posse,inclusive,não sei se lhe falei,Caetano tá me ajudando,inclusive gravou um áudio( hoje é Live),que coloquei em todos meus carros de som.
    Depois de altos paus e redondoros bois,na volta para Salvador,comentei com meu compadre Ramos:Compadre,a informação que tenho sobre as eleições de Santo Amaro são outras.Me disse Nelsinho,que o favorito é João Melo,apoiado por Genebaldo Corrêa,um dos anões do orçamento e porta voz da quadrilha de João Alves.Você tem razão,José também me disse,respondeu Ramos.Moacir não vai ganhar porra nenhuma.
    Após as eleições retornei a Santo Amaro e depois do cumprimento do dever,acompanhado do administrador da Fazenda,corremos para o Bar de Nelsinho,que já me esperava como sempre fazia,com uma grade de Cerveja Pilsen Extra da Antártida,na temperatura que só ele sabia dosar.
    E aí Nelsinho,como foi a coisa.Nem me respondeu,puxou-me pelo braço,entramos no famoso “reservado,e fez as apresentações:João,Prefeito eleito de Santo Amaro,este é o amigo de qual lhe falei.
    A cerveja correu solta a tarde toda.Moacir Paranhos ficou em quarto lugar,certo de que ele nem as belas músicas de Caetano ouve mais.
    Caetano foi aquele que votou em Lula no primeiro turno e em Geraldinho Alckmin no segundo.
    Caetano,o pé de gelo,politicamente é um tolo e,segundo o Estatuto das Máfias,os tolos morrem antes.

    1. Não só politicamente,Caetano afora cantar e compor,praticou e nos deu a saber que é um outro desastre.
      O Jornal O Globo o contratou para ser “colunista semanal”.Li todos os artigos de Caetano.Posso afirmar peremptoriamente que nem ele sabia ou entendia o que colocava nos seus horrendos textos.
      Se ancorava em Jorge Mautner,seu guru à época (hoje é Jones Manoel), e ligava nada ao coisa nenhuma.Seu ibope chegou a níveis insuportáveis,ele pediu penico.
      Caetano é vaidoso,xiliguento,meio boçal,arrogante e tem bronca de Lula por ter sido preterido para o Ministério da Cultura.
      Aliás,Lula teria que criar 5 Ministérios da Cultura:Um para Caetano,outro para Gabeira,outro do outro para João Ubaldo e um outro do outro para Ruy Castro e um último para Jô Soares.
      Caetano tem todo direito como celebridade de optar por quem ele quiser,agora eu tenho o direito de achar que é detentor ad eternum do Troféu Fafá de Belém.

  23. O Sr. Nassif esqueceu-se de fazer a pergunta: quem ganha?
    Os EUA, as petroleiras, os bancos e banqueiros não aparecem na narrativa. Os financiadores não apareceram.
    Já notaram que os banqueiros e os grandes bancos são incorruptíveis, inodoros, incolores e insípidos? Sempre saem incólumes da história.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador