Xadrez dos interesses ocultos nas operações das Forças Tarefas

A reportagem abaixo é fruto da pesquisa coletiva dos comentaristas do GGN  

Peça 0 – a título de prefácio

Adapto o exemplo abaixo de um modelo de Júlio Sameiro, visando aplicar os chamados princípios de Kant (http://migre.me/vynAu)

Um procurador descobre um malfeito de uma autoridade.

Quais as três decisões possíveis?

a)Não fez nada, porque a autoridade, além de muito influente, era do seu time.

b)Apurou rigorosamente o crime para ganhar reputação ou por outras formas de interesse.

c)Apurou o crime pelo fato de ser sua função apurar crimes.

Das três opções, a única moralmente legítima é a C. E é a menos utilizada pelo Ministério Público Federal, desde que passou a disputar o protagonismo político e a se envolver em pactos de sangue com a velha mídia.

Na A, ele segue seus interesses pessoais, no caso ligados aos grupos de interesses blindados. É o caso da inação do Procurador Geral da República (PGR) e da Lava Jato com políticos do PSDB.

Na B, ele apura rigorosamente, mas obedecendo a propósitos partidários (eliminar o PT), ou então para atender a interesses estratégicos da corporação – a ofensiva contra o presidente do Senado, Renan Calheiros, dias depois de ele anunciar medidas contra os salários que ultrapassam os tetos e votar o Projeto de Lei contra abusos de autoridade.

Apenas a alternativa C é moralmente legítima.

O fato é que o Estado de Exceção defendido por Luís Roberto Barroso, o iluminista de Monsaraz, abre espaço para todo tipo de jogada. Cria-se a figura do inimigo e, por baixo da guerra santa, há guerras comerciais, disputas partidárias, interesses corporativos e até confronto entre organizações criminosas. Tudo escondido debaixo do manto da luta contra a corrupção.

O caso Garotinho, até agora, é o exemplo mais flagrante do que acontece quando se derrubam os limites legais à atuação dos agentes públicos.

Peça 1 – Garotinho é utilizado para diminuir o efeito-Cabral

A prisão com estardalhaço dos ex-governadores do Rio de Janeiro Anthony Garotinho e Sérgio Cabral são ingredientes típicos da Alternativa B.

O Ministério Público Federal necessitava de um fato político de impacto para pressionar senadores a acatar integralmente as tais 10 Medidas contra a Corrupção, impedi-los de votar o Projeto de Lei contra Abuso de Autoridades e investigar os vencimentos acima do teto no serviço público.

Soltam, então, a bomba Sérgio Cabral Filho, que vinha sendo maturada há tempos.

Mas, aí, abririam um flanco contra a Globo.

O ex-governador Garotinho ameaçava divulgar um dossiê contra autoridades do Estado envolvidas no esquema de Cabral, assim que o adversário fosse preso. Dentre elas, o ex-futuro presidente do Tribunal de Justiça  do Rio de Janeiro, Luiz Zveiter, estreitamente ligado à Globo (http://migre.me/vynPH).

Zveiter controla um amplo espectro de relações no TJRJ. Ao lado da esposa de Sérgio Cabral, Adriana Ancelmo, teve papel central para convencer o governo Lula a indicar Luiz Fux para o STF (Supremo Tribunal Federal). Em retribuição, Fux tem procurado matar no peito as ações contra Zveiter (http://migre.me/vynSB).

Dias atrás, uma não-ação da presidente Carmen Lúcia, claramente alinhada com a Globo, e do corregedor José Otávio de Noronha, do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), livrou Zveiter de um Processo Administrativo Disciplinar (http://migre.me/vynYA)

Como impedir, então, que Garotinho levasse à frente seu intento e denunciasse os esquemas em vigor na Justiça carioca, deixando em maus lençóis seu parceiro, a Globo?

A maneira encontrada foi simultaneamente prender Garotinho para dividir o foco das atenções e colocar mais gás na pressão sobre o Congresso.

Peça 2 – Os antecedentes

Garotinho é acusado de crime eleitoral. Em nenhuma hipótese se justificariam interceptações telefônicas e, menos ainda, prisão preventiva. O estardalhaço montado visou mais do que isso, o seu assassinato político.

Não se pense que Garotinho seja figura ilibada.

No inquérito, é acusado de utilizar politicamente o programa Cheque Cidadão nas últimas eleições. O programa tinha 11 mil inscritos, entrando após avaliação e estava fechado há tempos por limitações financeiras. Segundo as denúncias, Garotinha teria inflado com mais 18 mil beneficiários, indicados pelos candidatos a vereador. E teria ameaçado testemunhas.

No despacho, o juiz Glaucenir Silva de Oliveira acusa Garotinho de se valer dos meios de comunicação – seu Blog e o jornal Diário, de Campos – “para causar temor e insegurança jurídica perante os munícipes e gerando também a descredibilidade da população nos ditames da lei e no trabalho da Justiça Eleitoral”.

Recorre à estratégia da Lava Jato de desqualificar qualquer crítica como obstáculo às investigações. Aliás, imita a Lava Jato até na menção ao discurso de Roosevelt sobre a corrupção: “Conforme discursou o presidente Franklin Roosevelt, ao Congresso Americano no dia 7 de dezembro de 1903, não existe crime mais sério que a corrupção”.

Naquele ano, Franklin Delano Roosevelt tinha 21 anos e nem pensava em ser presidente. Quem disse isso foi Theodore Roosevelt.

Peça 3 – os abusos

Como se pode conferir no despacho do juiz, Garotinho não é propriamente flor que se cheire. Em episódios anteriores, inclusive, foi acusado de se aliar ao delegado Paulo Cassiano – seu atual verdugo – para manipular eleições da cidade de Santa João da Barra.

Mas o juiz, os procuradores e os delegados da Polícia Federal atropelaram o Código Penal e as leis que definem os abusos de autoridade. Montaram um espetáculo midiático indesculpável na prisão de Garotinho e de Sérgio Cabral.

Armaram uma operação de guerra, avisaram a imprensa e promoveram um ato de vingança, ordenando o envio de ambos para o Presídio de Bangu, expondo-os ao achincalhe da população. Cabral foi exibido com cabelo raspado e roupa de presidiário.

Mas, como diz o Ministro Barroso, comendador da Ordem de Cosme Velho, o momento exige mais exceção e menos direitos.

A jovem advogada que é o que Barroso foi

Aqui, uma pequena pausa para um momento de esperança.

Não partiu de Barroso, o iluminista do Projac,  a condenação daquele espetáculo circense. Mas de uma jovem advogada, Maria Eduarda Freire Alves (http://migre.me/vy9ni) com muito mais maturidade e respeito pelos direitos, que comparou com as cenas do Coliseu romano e anunciou que ela não compartilharia daquele espetáculo. Professor de centenas de alunos, Barroso não conseguiu manter acesa a chama da democracia, que jovens como Maria Eduarda carregam no peito.

Peça 3 – O problema cardíaco

Toda a operação destinada a desumanizar Garotinho e transformá-lo em Inimigo Público Número Um esbarrou, contudo, em uma crise cardíaca não prevista que acometeu Garotinho e o levou ao Hospital Souza Aguiar.

Mesmo assim, o juiz Glaucenir atropelou recomendações médicas e ordenou que fosse literalmente arrastado para o hospital do presídio. Qual a razão para tamanha radicalização?

Comportou-se da mesma maneira impiedosa do juiz Ademar de Vasconcellos, ao impedir que José Genoino, em crise cardíaca, após uma cirurgia de alto risco, pudesse receber tratamento médico adequado (http://migre.me/vyf7j). A vida de Genoíno foi salva por uma moça corajosa, supervisora dos presídios do Distrito Federal.

O episódio de Garotinho na maca, coberto por um lençol, lutando contra a remoção, chocou até a opinião pública contrária a ele.

De repente, toda a construção jurídico-midiática, de desumanização do inimigo, de tirá-lo da condição de indivíduo, com direitos, foi por  água abaixo. Por falta de reflexo da cobertura, todos os holofotes acabaram se concentrando na cena de Garotinho sendo arrastado para a ambulância. Meramente porque não houve tempo para as chefias se darem conta do estrago que a cena traria para a operação.

E aí entra em cena nem se diga a falta de humanidade, mas a falta de esperteza desse espírito animalesco que rege os atos dos justiceiros: o juiz Glaucenir tratou de ampliar a imagem de martírio ordenando que, mesmo com crise cardíaca, Garotinho fosse transportado para Bangu.

De nada adiantaram os riscos à saúde e os riscos de vida – como ex-Secretário de Segurança, Garotinho tem inúmeros adversários no presídio, colocando sua vida em risco. Praticou-se, ali, um ato de vingança e, pensava-se, um assassinato político, enquanto jornais como O Globo e o Estadão celebravam a humilhação imposta a Garotinho.

No Estadão, fizeram um levantamento dos melhores memes criados em cima da cena degradante de Garotinho sendo transportado para uma ambulância e a família chorando (http://migre.me/vygqk). A Rede Globo difundiu a imagem em seus telejornais. Deu-se carne fresca a uma opinião pública doente.

As imagens foram tão chocantes que, no lado saudável da opinião pública, criou uma onda de indignação que superou a pós-verdade da Globo. Menos Luís Roberto Barroso, o renascentista da Globonews, para quem o direito penal do inimigo é a maneira de transportar o país para o novo século.

Peça 4 – a nova desconstrução

Houve então a necessidade premente de nova desconstrução da imagem de Garotinho, para retirar-lhe o ar de vítima.

No plano familiar, o colunista Artur Xexeo – há muitos anos especializado em desmoralizar pessoas, especialmente mulheres, que ousem criticar seu empregador – cometeu um artigo covarde explorando o desespero da filha de Garotinho (http://migre.me/vyo8Y). E a força-tarefa colocou em prática um conjunto de expedientes midiáticos, que compõem uma espécie de manual tácito da contrainformação, para se prevalecer do apoio da mídia.

Estratégia 1 – amplie as suspeitas sobre o réu.

O juiz Glaucenir informa que recebeu uma proposta de suborno de Garotinho e seu filho, entre R$ 1,5 milhão e R$ 5 milhões. No tribunal utilizado para a denúncia – a mídia – não aparece nenhuma prova da suposta tentativa. Nem se explica a razão do juiz ter mantido a informação em sigilo por mais de um mês, nem o fato de não ter dado voz de prisão ao subornador.

Estratégia 2 – coloque sob suspeita qualquer autoridade que possa se contrapor às arbitrariedades cometidas.

O juiz Glaucenir tratou de criminalizar a denúncia de Garotinho à corregedoria da Polícia Federal e colocar sob suspeita o corregedor, baseado em grampos, nos quais Garotinho meramente menciona que conversou com o corregedor ((http://migre.me/vyfiu)). Quem reforça as suspeitas é o delegado Paulo Cassiano, sobre quem se falará mais abaixo.

Essa estratégia, aliás, foi aplicada pela Lava Jato, quando os delegados – chefiados por Igor Romário – passaram a ser alvo de investigação devido às denúncias de grampo na cela em que se encontrava o doleiro Alberto Yousseff. Imediatamente procuradores saltaram em defesa dos delegados, denunciando os colegas de terem pago o Estadão para a publicação do dossiê dando conta das campanhas do grupo por Aécio Neves, no Facebook.

Através do Fantástico, a Força-Tarefa e a Globo fizeram o mesmo com a Ministra Luciana Lossio, que ordenou a transferência de Garotinho para prisão domiciliar. Matéria do Estadão tratou com suspeição o fato de Garotinho manter contato com ela, para alertá-la sobre os abusos (http://migre.me/vyfpw). Esse mesmo modelo de se valer de grampos ou delações e criminalizar contatos entre inimigos e juízes foi largamente utilizado pela Lava Jato para intimidar magistrados.

Nem isso sensibilizou o Ministro Barroso, a linha Maginot da democracia, que foi colocado para correr com os primeiros ataques desqualificadores que recebeu dos blogs de Veja.

Estratégia 3 – crie uma ameaça para fortalecer a imagem de heroísmo da Força Tarefa.

O procurador que chefiava a operação, Sidney Madruga, solicitou medidas de emergência contra ameaças que pairavam sobre o grupo (http://migre.me/vyfsg). A manchete do Globo informava que “prisão de Garotinho gera pedido de segurança a promotores e juízes”. Vai-se garimpar a informação e fica-se sabendo que um procurador recebeu um telefonema anônimo e não sabia informar qual a motivação. Apenas isso.

No dia seguinte, confirma-se a angioplastia em Garotinho, para a implantação de stents.

Peça 4 – os personagens do caso Garotinho

Mas a parte melhor da história é agora. Vamos conferir quem são os personagens que mereceram cobertura total do Ministério Público Federal e da Rede Globo.

O quebra-cabeças será montado em torno de Tucuns, um mega-escândalo de 15 anos atrás.

Personagem 1 – o advogado Arakem Rosa.

Foi acusado de ter se apropriado e negociado uma área de reserva ambiental na praia de Tucuns ((http://migre.me/vygPt), no que foi considerado o maior escândalo imobiliário de Búzios, um escândalo graúdo, de disputa de terras, uma área de 5,6 milhões de m2, que acabou promovendo remoção e punição de vários juízes e procuradores.

Personagem 2 – Paulo César Barcelos Cassiano.

Pai do delegado Paulo Cassiano, principal algoz de Garotinho, Paulo César foi nomeado interventor na Santa Casa de Misericórdia de Campos, depois que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou o afastamento do provedor Benedito Marques dos Santos Filho (http://migre.me/vyhKa).

Personagem 3 – Promotor Leandro Manhães

Na qualidade de promotor de Justiça de Tutela Coletiva de Campos, coube a Leandro Manhães entrar com a ação cautelar que levou à intervenção na Santa Casa (http://migre.me/vyhTj), na gestão Rosinha Garotinho na prefeitura. Leandro era um dos proprietários de terrenos no projeto imobiliário de Araken Rosa.

Personagem 4 – juiz Ralf Manhães

Intervém quando Rosinha, com base na opinião de outro procurador, ameaça retomar a Santa Casa.  Além de ameaçar os membros do MP, Manhães ordena à prefeitura que libere R$ 3 milhões para a Santa Casa (http://migre.me/vyi5T). Não se sabe o nível de parentesco com o promotor Leandro Manhães.

Personagem 5 – delegado Paulo Cassiano

Delegado da Polícia Federal, é um delegado polêmico. Evangélico, exibicionista, em 2014 acusou a Universidade Federal de Santa Catarina de ser “um antro de maconheiros” (http://migre.me/vygxf).

Já mandou para a cadeia dois prefeitos do interior, em São Francisco de Itabapoana e São João da Barra, ambas no Rio de Janeiro. Nos dois casos, foi acusado de partidarismo político.

Em 2012, a poucos dias das eleições, chegou a propor a prisão preventiva da prefeita Carla Machado, de São João da Barra, na Operação Machadada. O juiz Leonardo Antonelli indeferiu. No mesmo dia, Cassiano ordenou a prisão em flagrante de Carla na véspera das eleições, claramente com a intenção de influenciar o eleitorado.

Não apenas isso, como divulgou vídeos da prefeita (http://migre.me/vyiUu) a poucos dias das eleições.

Acusada de comprar votos, mais tarde a prefeita representou contra Paulo Cassiano junto à corregedoria da Polícia Federal e conseguiu seu afastamento da PF de Campos.

Na ocasião, Carla Machado acusou-o de trabalhar a serviço de Garotinho. Na época da convenção do PMDB local, Cassiano estacionou viaturas da Polícia Federal em frente o almoxarifado da Secretaria da Saúde, sem mandado judicial, criando um estardalhaço na cidade, segundo relatou Carla em sua página no Facebook (http://migre.me/vyiFt).

Tempos depois, um técnico de Campos confessou que tinha grampeado a prefeita em conluio com o delegado Cassiano (http://migre.me/vyiRu). Apesar da flagrante ilegalidade e de ter atropelado diversos capítulos da lei que dispõe sobre crimes de abuso de autoridades, nada de mais relevante aconteceu com Cassiano.

Nas últimas eleições, foi  acusado por Garotinho de telefonar pessoalmente para eleitores de Campos, pedindo votos para o candidato do PPS a prefeito, Rafael Diniz, eleito. Pelo WhatsApp comandou uma tal “corrente do bem” em favor de Diniz.

Personagem 6 – Fabiana Rosa.

Filha de Arakem Rosa na época do escândalo em São João da Barra, era Secretária da Saúde do município e foi acusada pelo delegado Cassiano  de distribuir remédios com prazo de validade vencido.

Tempos depois, o pai de Cassiano, Paulo César Barcellos Cassiano, assume a interventoria na Santa Casa de MIserircórdia e leva Fabiana como auditora. Em seguida, ela é nomeada Secretária da Saúde da gestão de Rafael Diniz, o prefeito apoiado pelo delegado Cassiano.

Personagem 7 – o juiz Glaucenir

Há um conjunto de fatos obscuros, descritos no post “Os mistérios da prisão de Garotinho” (http://migre.me/vydPY).

Conforme GGN já revelou, o juiz Glaucenir tem um histórico de truculência. Há o caso da Guarda Municipal de trânsito que foi indiciada por ele, após multa-lo (http://migre.me/vyg0U).

Antes disso, Glaucenir foi conduzido a uma delegacia em Vitória, acusado de ter sacado a arma em uma boate, contra o namorado de uma moça que teria sido incomodada por ele. Valeu-se da posição de juiz para manter a arma e o inquérito em sigilo (http://migre.me/vydAw).

Assumiu há um mês o caso.

Peça 5 – as guerras de quadrilhas em um país sem lei

Há muito ainda a investigar nessas operações.

Delegados, procuradores, juízes são  agentes do Estado.  A maneira de controlar seus poderes é a obediência rigorosa às leis.

Quando o próprio  Ministro Luís Barroso, plenipotenciário magistrado do Jardim Botânico, defende o Estado de Exceção, significa o país abdicar de qualquer forma de controle sobre os agentes públicos.

Dali para frente, tudo pode acontecer, especialmente quando se monta a parceria com cartéis de mídia. Perde-se o filtro, da mesma maneira que as empresas quando passam a recorrer ao Caixa 2 e perdem o controle da contabilidade oficial.

A tibieza do Procurador Geral Rodrigo Janot, a cumplicidade dos Ministros do STF com o arbítrio – especialmente Carmen Lúcia e Luís Roberto Barroso -, a irresponsabilidade da mídia instauraram um faroeste em todo o país, do qual será muito difícil sair.

                  

 

Luis Nassif

75 Comentários

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  1. É esclarecedor esse xadrez e

    É esclarecedor esse xadrez e é de estarrecer. O judiciário brasileiro transformando-se numa delegacia de polícia de 5a. categoria destrói o pouquinho de confiança que ainda restava. Aragão está certo ao dizer que quem quer respeito que tenha o mínimo de compostura antes de tudo. O país está desmanchando a olho nu.

  2. Portugal já teve o que temos hoje no Brasil…

    um poder executivo e dois outros, duas quadrilhas sem qualquer tipo de controle externo………………………..

    sem o povo como controlador externo, o Estado nunca deixará de ser fora da lei

    o voto para uma das quadrilhas virou arma usada contra o cidadão e o poder executivo

  3. Sepúlveda e o Monstro

    Após o Ministério Público ter sido criado, Sepúlveda Pertence disse uma frase profética, que ficou famosa, “Criamos um Monstro”.

    Agora o Monstro irá levantar a cabeça e rugir ameaçadoramente.

    Se o congresso ceder uma vez que seja às chantagens do MP, eles terão de ceder sempre, até virarem vassalos do MP e da mídia. Se o Congresso perder o foro privilegiado, ficará refém total das pressoẽs do MP, e da mídia, e por conseguinte, a sociedade toda também o ficará. se houver um mínimo de inteligência que seja nos parlamentares, eles enfrentarão esta questão, ao invés de se acovardarem e ceder.

    Se o Congresso perder seu foro privilegiado, ficará diretamente subordinado ao Ministério Público, e será chantageado a votar toda sorte de pautas importantes, como aumentos do judiciário, e talvez até a pena de morte. O congresso então ficaria imediata e diretamente subordinado a midia. As pessoas nem imaginam a magnitude do horror que isto seria.

    Agora para colocarem o gênio de volta na garrafa novamente será dificil, se é que o gênio não dominar o país de vez.

    Será preciso colocarem jabutis nas leis para cortarem as asas do MP, pois se fizerem um projeto de lei explícito, as represálias não tardarão a vir.

    Como um enxadrezista que não ataca de frente, mas sim encobre suas intenções com jogadas inocentes, assim deve ser,

    O ideal seria extinguir de vez o MP, e a PF, uma vez que só servem de ponta de lança da midia. Deveriam acabar com o concurso público para cargos de poder ( juiz, procurador ) deixando o cargo ou elegível, ou nomeado. Acabarem com o tempo de mandato do Procurador geral, permitindo que o mesmo seja nomeado ou exonerado segundo a vontade do Presidente, pois assim é nos EUA. Colocarem um limite de mandato aos Ministros do STJ.  Deixarem todos os julgamento obrigatoriamente correrem sob segredo de justiça, pois assim, cortariam as asas da mídia. E acabarem com a estabilidade empregatícia  dos servidores públicos de alto escalão (juízes, procuradores ) , pois são cargos de poder e o concurso público provou não ser boa forma de se escolher uma pessoa para cargos estratégicos.

    Assim como nos tempos que precederam a assenssão do nazismo ao poder, as pessoas não deram importância a pequenos avisos, e depois nãopuderam mais dominar o monstro que se formou e dominou toda a sociedade.

    Se não puderem votar as medidas de abuso do poder judiciário, pelo menos que não cedam um milímetro, e não votem as medidas anti corrupção. Devem se lembrar que estão lutando pelas próprias vidas.

    O menor vacilo nestas questões custará gendes sofrimentos para a nação, que irão aumentar cada vez mais.

     

    “A pior das ditaduras é a do Judiciário, pois contra esta não se pode recorrer”

    Rui Barbosa

     

     

     

    1. Caro Romulus, já disse

      Caro Romulus, já disse diversas vezes que o Nassif está cada vez mais do mesmo, sendo o mesmo brilhante, cada vez mais brilhante. É verdade que os “universitários”, e que universitários !, deram uma ajuda, mas este post figurará em qualquer compêndio futuro de nossa triste História. E a 1ª pergunta que se fará é por que um blogueiro sujo e seus universitários se meteram em um assunto que deveria ser de competência da PF, do Judiciário e assemelhados ? E a 1ª resposta que virá será porque a competência seria de incompetentes, ou de corruptos, ou dos “do mesmo time”, ou de tudo isso junto. O lado bom, e tem que ter um lado bom, oras ! ,  nem que seja só em nossas cabeças, pois mortos não estamos,  é que o equilíbrio algum dia retornará. Mas o lado bom do hoje é que,  tal como “Apesar de você” não teria existido sem uma ditadura, “Minha Vontade é Lei” não teria sido filmado sem preconceito homofóbico, se estivéssemos em tempos normais, e não o de uma ditadura de combate à corrupção comandada por muitos corruptos, de um judiciário judiciando num novo normal, de uma midia midiando a não notícia e escondendo a verdadeira, certamente o Nassif estaria escrevendo alguma bobagem sobre Economia na era moderna, e não este post histórico, Romulus estaria mandando da Suiça alguma informação sobre o uso do “alpenstock” no passado, e não esses deliciosos comentários caóticos, e todos os universitários estariam estudando, mas não pensando e participando. Nenhuma valia  meu julgamento, que vá, seja de uma pequena valia, um cumprimento a todos pelo brilhante serviço prestado è elucidação de uma parte nada edificante de nossa História Contemporânea.

      1. Pois eh.
        Tb vejo esse pequeno

        Pois eh.

        Tb vejo esse pequeno “troco” que nos deram ao nos roubar a democracia.

        Antes do golpe já lia td por aqui. Ha uns 10 anos! Comentava raramente.

        Com o avançar do golpe me senti compelido a comentar. E depois obrigado moralmente a escrever o blog.

        Fazer td o que estivesse ao meu alcance.

        E assim foi.

        Mas…

        O que não estava planejado foi o enorme volume de reflexões que escrever quotidianamente me proporcionou.

        E ate mesmo racionalizar ideias e sentimentos latentes.

        Quase uma (auto) analise.

        Por isso, mais de uma vez já “agradeci” aos golpistas:

        Parte de:
        (escrito no dia da votaçao do golpe na Camara de E.Cunha)

         

  4. E o presidencialismo condominial…

    … velozmente se degenera em “guerras de quadrilhas em um país sem lei”, quadrilhas, aliás, compostas justamente pelos próprios integrantes do Estado que deveriam zelar por ela.

    Que a lógica não poderia ser outra, né?

    – Primeiro, constante e ferozmente se ataca, até destruí-lo, o legítimo centro do poder político (chefia de governo/Estado), deturpando o que reza a Constituição (impedimento SEM crime de responsabiidade), e nesse mesmo movimento fazendo com que ela caia em descrédito. E o que se coloca no lugar, não adianta espernear, a usurpação ficará inscrita no seu DNA por toda a eternidade.

    – Depois, na “ultima trincheira da democracia”, quem deveria estar atento e forte, na guarda desses princípios e valores constitucionais, num piscar de olhos se evade a essa obrigação.

    – Logo, tudo (leis, normas, preceitos infra-constitucionais) acaba virando um castelo de cartas, que não tem como não virar.

    E todo dia uma carta desmorona, todo dia algo vai se esfacelar. Aliás, ontem mesmo várias “letras” se candidataram a “mortas”, não é mesmo? Concussão, advocacia administrativa, prevaricação…

  5. Nassif, concordo  com vários

    Nassif, concordo  com vários de seus argumentos. Mas quando você diz que a prisão de Garotinho foi o meio encontrado para impedí-lo de denunciar os esquemas da Justiça carioca,vejo diferente:  penso que sua prisão não o impede de fazer isso, (através de seu advogado ou da família). Pelo contrário, aí é que ele tem mais motivos para isso. 
     

    1. Sobre esta questão…

      Eu já concordo com os argumentos expostos por Nassif.

       

      Pois a questão é que para o cidadão comum pouco importa o que o Garotinho vier a denunciar a partir de agora.

       

      “Foi preso? Não é mais gente. É BANDIDO! Se é bandido, está mentindo”. Essa é a regra que vale atualmente em nosso país.

       

       

      Pouco importa se a prisão foi irregular, pouco importa o que ele possa denunciar. O máximo que conseguirá com uma suposta denúncia é dividir desigualmente a opinião, em benefício de seus algozes. Denúncia? De presos políticos desse novo regime de exceção? Pode… mas só se for delação premiada (e a gente já sabe muito bem quem é que pode ser delatado e quem não pode).

    2. Claro que sua prisão ira
      Claro que sua prisão ira aumentar sua ira, mas ele ja iria denunciar, sendo preso ou não. A diferença é que preso, suas denuncias podem ser desmoralizadas perante a opinião pública…

  6. Hoje, diante de um quadro em

    Hoje, diante de um quadro em que não há mocinhos, temos que fazer um esforço hercúleo para nos comportamos como a heroína Antígona, da peça de Sófocles. Nessa peça, Antígona desobedece a ordem do rei, que é o seu tio, é enterra o irmão, cujo corpo estava exposto ao ar livre. A questão é que esse irmão tinha ido até a cidade onde ele nascera para escravizá-la, pois agora ele lutava por outro cidade. Antígona vai enterrar um traidor da cidade. E ela faz isso por uma tradição – de fundo religiosa – que dizia os mortos tinham que ser enterrados para que eles ficassem em paz. Nós, que acreditamos num país de verdade, temos que lutar para que a lei e não a vingança seja aplicada a quem cometeu algum crime – mesmo que esse alguém seja gente da laia de Garotinho e Cabral. Não é algo fácil, mas é o único caminho pra isso daqui não virar um velho oeste a busca de um John Wayne. 

  7. Dúvida

    Nassif, tenho dúvida se Garotinho foi utilizado apenas para diminuir o efeito-Cabral.

    Claro que há indícios de que essa hipótese seja a verdadeira, mas acho que está acontecendo também um movimento político que pode ser decisivo nessa história Garotinho-Cabral.

    Como todos sabemos, os principais partidos que promoveram o golpe foram o PSDB e o PMDB. Entretanto, dentro da coalizão golpista, não tenho dúvidas de que a mídia e importantes setores do Poder Judiciário têm relações mais próximas com os caciques do PSDB (mais do que com o PMDB).

    Durante o golpe, todos eles estiveram juntos, apesar de terem suas óbvias e naturais diferenças. Concretizado o golpe, vejo agora um movimento de disputa pela hegemonia dentro da coalizão golpista.

    Nesse cenário, vejo as prisões do Garotinho e do Cabral como um movimento de conquista da hegemonia dentro do governo golpista, a preparação para o jogo eleitoral de 2018. Capitaneado pelo PSDB, utilizando suas relações próximas com o Poder Judiciário e com a mídia para costurar isto. 

  8. A equação do poder, no

    A equação do poder, no momento, é clara: a aliança da globo com o judiciário com expurgo dos políticos e da política. 

    Não à toa Carmem Lúcia vem recebendo doses cavales de mídia, sempre aparecendo como heroína preocupada com presos em masmorras fétidas, ela que votou pela constitucionalidade da prisão já em 2ª instância aumentando o drama do sistema penitenciário brasileiro, tudo indica que Carmem Lúcia vai ser lançada pela globo candidata à presidência da república.

    O cálculo político da plutocracia representada pela globo e pelo STF é de simples entendimento: por que precisamos de políticos se nós mesmos podemos governar?

    Ao MPF e à PF seriam destinados os papeis de “leões de chácara” da nova ordem, fariam a segurança do dueto que comandará o país, todo aquele que se colocar no caminho será aniquilado tenha ou não culpa, com prova ou sem prova.

    Esse é o quadro que se desenha. 

  9. Mais uma vez eu vou falar:

    Mais uma vez eu vou falar: Vocês precisam prender esses lunáticos que decidiram ser deuses nessa bagunça que vocês chamam de justiça brasileira, com o uso da força se for preciso. Ou vocês fazem isso ou o país se desmancha em um vale-tudo

    1. Concordo.
      Se não fizermos

      Concordo.

      Se não fizermos isto muito rápido o Brasil corre o sério risco de ser esfacelado como nação.

      O judiciário e seus penduricalhos, o psdb e a mídia golpista se transformaram em uma quadrilha pra assaltar o país.

      Jamais pensei em ver coisa parecida em nosso país.

      1. O Somebody pode ser de

        O Somebody pode ser de Austin, Texas, como de Austin Nova iguaçu. Para mim tanto faz, mas não deixa de oferecer pontos de vista interessantes…

         

    2. Concordo, porém

      Concordo com o Sr, caro Somebody . Porém, é impossível ao povo impedir o golpe que está em curso . Impossível porque o golpe é patrocinado pelos Estados Unidos e pela imprensa local no Brasil. Ninguém pode se opor aos EUA ( ou USA, como os americanos chamam), e internamente ninguém pode desafiar impunemente a imprensa, que é o poder máximo no Brasil.

      É como passar com um tanque de guerra sobre um formigueiro, o povo sabe muito bem que não tem a menor chance se reagir.

      Com flexibilidade, e ao longo de décadas e séculos o país irá criar “imunidade ” contra o golpe, e se adaptar à nova realidade imposta . O pior de tudo é que grande parte da população ainda acredita que os golpistas são ” heróis “, pois a imprensa assim o diz. Isto só o tempo ensinará a eles, quem é o herói de verdade e quem está  contra o país.

       

  10. Bom ver setores da sociedade,
    Bom ver setores da sociedade, principalmente jornalistas, que ousam demonstrar e peitar o desordenamento institucional. Nassif demonstra detalhadamente a falência do modelo democrata no solo brasileiro.

    O texto expõe a supremacia de entidades, públicas, como o Ministério Público e Poder Judiciário, e privadas, como a Rede Globo, sobre o poder da população.

    Não é por acaso que todas as Constituições de democracias define que

    “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.”

    Não existe nos estudos acadêmicos, nem na constatação da história, sociedades que possam vivenciar um mínimo de democracia com os poderes supremos fora do exercício direto das populações ou pela delegação do poder para representantes eleitos pelo voto direto.

    O movimento no tabuleiro de Xadrez da rede Globo para a derrubada da representação popular do mandatário maior já prenunciava a desorganização da democracia brasileira.

    Se uma entidade privada como a Globo já demonstrava um poder além de uma influência de opinião, ficava claro que as rédeas do país estariam fora do poder do povo; poder do povo é a condição que define um País no regime democrático.

    Essa desorganização da democracia ocorre pelo exercício diário, e massificado, da imprensa em denegrir a imagem da política ao ponto de formar um sentimento na população de que todo o político é corrupto, e, ainda além disto, de que todo o mal advém dos políticos.

    A cultura formada pelo bombardeio diário negativo contra a representação popular destruiu o poder presidencial e adestrou para dominar o outro setor de poder por delegação da população, que é o legislativo.

    Ora, destruindo os poderes da população, que o exerce através dos seus representantes eleitos, cria – se o chamado vácuo de poder.

    É pelo vácuo de poder dos representantes que o poder cai nas mãos alheias à população e desemboca em todos os regimes ilegais, descontrolados e violentos contra a própria população.

    As vezes essas violências são demonstradas de logo, ou atingem apenas a alguns segmentos da população, mas, a história demonstra, termina por ser perceptível e atingir a amplos setores da sociedade.

    Assim, se formam todas as ditaduras.

    Ou seja, fora do princípio de que “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.”, como está estabelecido logo no início da nossa constituição, estaremos fora do que se definiu como democracia.

    É aí que se encontra a desorientação filosófica jurídica do Ministro Roberto Barroso ao pretender justificar a extrapolação de poder do juiz Moro.

    O Ministro Barroso parece ter se esquecido do mais elementar proferido em suas aulas de que o poder emana do povo através de seus representantes eleitos(…) , e a importância do ” check and balances ” como sustentáculos ” sine qua non ” das sociedades democráticas.

    O Ministro Barroso em suas posições mais recentes contribuiu para enfraquecer o sistema de equilíbrio (pesos e contrapesos) , colaborou para a criminalização da política, e endossou o “estado leviatã” contra o estado garantista, pontos cruciaiss a todos os que ouviram as suas aulas de outrora.

  11. Desde ontem, devido a alguns

    Desde ontem, devido a alguns artigos que li, inclusive aqui, estou numa mistura de cabelos em pé com ânsia de vômito. Parece que não existe solução sem uso da força. O diabo é imaginar que a “força” também não estaria acima do bem e do mal, nem dos interesses e mentalidades dos que a possuem. Uma saída como aquela que resultou na “redemocratização” meia boca que acabou desembocando nisto tudo que está aí parece improvável. Parece necessária uma rebelião de ocupantes de cargos no estado que ainda manténham um mínimo de espírito público, ou algo assim. É angustiante constatar a quantidade de problemas e não verificar propostas viáveis para soluciona-los. 2018? Se houver eleição, ela será apenas para inglês ver, feito aquelas da ditadura e com um eleitorado totalmente manipulado. Além disso, acabamos de constatar que vencer eleição não significa assumir o poder sobre a máquina.

  12. Trabalho notável

    Prezados,

    Meus efusivos parabéns ao Luís Nassif e a todos que colaboraram para que esta magnífica crônica-reportagem pudesse ser escrita. 

    Nesta crônica ficam evidenciadas as contradições humanas, sobretudo aquelas relacionadas à opção e atuação política das pessoas. Os que se interessam pela Política, pela Economia, pela Administração Pública e pelos centros de poder, no sentido de como funcionam, estão acostumados a ver essas contradições. O fato grave é que as instituições cuja atribuição legal não é a atividade política, mas sim a ação para fazer cumprir a Lei, a fiscalização do cumprimento dessa Lei e aplicação dessa Lei, ou seja, os agentes do sistema de justiça – aí inclusas as polícias, os MPs e o poder judiciário – estão mergulhados na Política, atuando de forma político-partidária descarada, mesmo sem terem sido eleitos e recebido mandato para exercício dessa atividade.

    A crônica mostra que esse sistema de justiça está repleto de organizações criminosas, como venho denunciado há quase dois anos. A crítica implacável a Luís Roberto Barroso e Rodrigo Janot é mais do que justa: é necessária. Esses dois agentes públicos, assim como os integrantes da Fraude a Jato e vários ministros dom STF, são responsáveis diretos pelo Estado Fascista de Exceção, já em vigor, que ràpidamente desembocará numa ditadura judiciária e num Estado desagregado, dominado pela barbárie.

    Os veículos da mídia comercial, como mostrado na crônica, constituem também uma organização criminosa, comandada pela TV Globo e demais veículos da família Marinho. Essa mídia comercial é responsável direta pela disseminação do ódio nazifascistóide que hoje impera no Brasil.

    A crônica traz detalhamento suficiente dos episódios controversos e ações criminosas envolvendo agentes do sistema de justiça, de modo a derrubar o raciocínio raso e simplista que serve para fazer a lavagem cerebral e cooptar as massas, ou seja, o raciocínio binário, do tipo certo versus errado, bem versus mal, bandido versus mocinho. 

    Como sugestão para uma próxima crônica aponto o caráter folhetinesco da Fraude a Jato. Não terá essa ‘operação’ o dedo da TV Globo e seus roteiristas? A ‘novela’ caminha para o 40º capítulo; o conluio, a associção simbiótica entre as ORCRIMs do sistema de justiça e a do PIG/PPV não está evidente? Quem se dispõe a investigar ou fornecer pistas e provas desse conluio?

  13. Simples. 
    Estes cidadãos só

    Simples. 

    Estes cidadãos só entendem a linguagem da força, então, para nos defendermos deles, somente usando força contrária igual ou maior.

    Precisamos de justiceiros para confrontar os justiceiros.

    Já que o judiciário e seus penduricalhos como Pf e MPF resolveram implantar a barbárie nada mais justo de que eles também sejam barbarizados.

     

     

    1. Concordo

      O que falta no Brasil é uma revolução de verdade com guilhotina e tudo. Depois de uma vida como pacifista intransigente infelizmente desacreditei compltamente da via pacífica. Não haverá democracia no Brasil enquanto o sangue das elites não for derramado e essa sensação que eles tem de serem inatingíveis for demolida. Somente assim esses abusos das elites podem ser coibidos.

      Realmente voltamos à República Velha e é necessário uma nova revolução como a de 30, mas dessa vez não acredito que possa ser feita de forma pacífica.

      Queria muito estar errado.

    2. Esquece.
      A única categoria de

      Esquece.

      A única categoria de brasileiro que defende “o seu” de forma radical é o traficante de drogas.

      O resto, assiste o circo pegar fogo e enfia a cabeça no chão como avestruz.

      Sobraram as crianças estudantes para “tentar” um futuro bem lá na frente…

  14. Independência entre poderes?

    Independência entre poderes? Esquece

    Punição para juízes corruptos no Brasil? Nem pensar

    Agora é esperar que o judiciário tome as rédeas do poder nesse país juntamente com o PSDB, e o STF ao jogar no lixo o meu voto e o de milhões de cidadãos brasileiros não fez mais do que sua obrigação com as elites

    Mas o dinheiro da corrupção tá encurtando, a maioria do dinheiro público vai ser direcionado para o mercado financeiro e não não vai sobrar muita coisa pra se dividir entre os golpistas, a não ser, claro, àqueles que tem apartamento em Paris ou conta na suíça, com investimentos baseados na nossa taxa selic…

    O judiciário não quer entrar na roda do corte de gastos para vinte anos e os corruptos ainda estão se arrumando pra ver de onde sairá o dinheiro que deixou de vir da Petrobrás, provavelmente virá das privatizações como foi no governo FHC

    Vai ser uma tremenda briga de gatos, enquanto a população e a economia do país vão pro buraco 

    Só quero ver até onde e quando a pós-verdade da mídia irá sustentar essa situação…

     

    http://brasil.elpais.com/brasil/2016/09/14/politica/1473806780_150420.html

    http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Maior-escandalo-de-corrupcao-da-Historia-do-Brasil-foi-a-privataria-tucana/4/31796

    http://www.cartacapital.com.br/politica/o-desafio-de-punir-juizes-no-brasil-2769.html

    https://jornalggn.com.br/noticia/lewandowski-e-gilmar-mendes-batem-boca-na-sessao-plenaria

    http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/09/desemprego-fica-em-118-no-trimestre-encerrado-em-agosto.html

    http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/11/1834120-maioria-das-agencias-fechadas-pelo-bb-esta-em-sp-confira-a-lista-completa.shtml

    http://www.bbc.com/portuguese/brasil-38060740

    http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/11/1832829-jornalista-caco-barcellos-e-agredido-durante-protesto-de-servidores-no-rio.shtml

  15. “O episódio de Garotinho na

    “O episódio de Garotinho na maca, coberto por um lençol, lutando contra a remoção, chocou até a opinião pública contrária a ele.”

    Tem lá minhas dúvidas, Nassif. Um tia coxinha que eu tenho, garantiu que é tudo fingimento do Garotinho e que subornou a juíza que o mandou para prisão domiciliar.

    O ódio contra políticos de uma maneira geral, e que é proporcional à idolatria pelo Moro, leva pessoas pacíficas a querer ver linchamentos com requintes de tortura.

    A sociedade brasileira está a beira de um surto psicótico.

     

  16.  “Nos descobrimos uma

     “Nos descobrimos uma república das bananas devastada pela desonestidade e pela incorreção” – Luiz Roberto Barroso

    Humm… É má fé ou falta de cultura? Não é a corrupção que caracteriza uma República das Bananas, ministro Barroso (o senhor com apartamento em Miami comprado por offshore, nunca viu falar da Halliburton?). É o estado de exceção, ministro, esse mesmo que sua excelência prega que caracteriza uma república bananeira. Corrupção existe em todos os países, mas nas repúblicas verdadeiras o Judiciário não é cúmplice de golpes políticos, utilizando-se de álibis criados para obedecer aplutocracia e seus “coronéis” da mídia.Porque nas repúblicas verdadeiras o Judiciário honra o poder da República que representa.

    Se for por falta de cultura recomendo a vossa excelência a leitura de “Cem Anos de Solidão”. Caso não conheça, é um livro antigo, mas atualíssimo para explicar o Brasil atual que Vossas Excelências transformaram em República das Bananas. Vê lá se esse livro já não faz da decoração de sua bilbioteca.

    Agora se for por má fé, se inclua na desonestidade e incorreção citada por Vossa Excelência.

     

    1. Bem lembrado …

      Permita-me compartilhar seu comentario, com o devido credito. O Judiciário é, como diz o Nassif, a “linha maginot da democracia”. Aquela coisa anacrônica, pesada, cara e inutil, que nos remete a uma autentica republica de bananas.   

  17. A Banânia

    Não é o Brasil uma grande banânia dos políticos contra a justiça como certo ministro afirmou. Mas cada fato demonstrado nesta excelênte investigação mostra que a grande banânia é consequência da falta de justiça. Um poder podre e sem controle democrático. Como disse a Dilma sobre o Temer, parafraseio: o judiciário é menor que o Brasil.

    Parabéns novamente Nassif!

  18. A estrutura econômica e as grandes violências

     

    Nas proximidades de uma catástrofe, tal como num gigantesco tsunami, certos animais ficam agitados e inquietos pressentindo o iminente desastre. Por vezes, acontece o mesmo com os homens diante de algo de muito sério. Diferentemente dos animais, o dito ser humano pode reagir de modo destrutivo, irracional e violento. Bem semelhante ao que estamos vendo em várias partes do mundo, inclusive aqui, configurado nas promessas e violentas ações da desesperada extrema direita tentando dar sobrevida ao sistema capitalista.

    No Brasil, as ações da extrema direita podem ser vista no sujo golpe judicial-midiático-congressual de deposição da Presidente Dilma/PT, junto com cruéis direcionadas humilhantes perseguições políticas, a toda hora, acima dos bons costumes e das leis, ladeado por apressadas medidas judiciais e congressuais visando pilhagens, fazendo uso das conhecidas privatizações de estratégicas empresas estatais, vendidas a preços irrisórios como nas entreguistas privatizações FHC/PSDB. Causando gigantescos desempregos, amplas falências, seguido dos manjados aumentos de tarifas.

    Na avalanche do violento tsunami golpista de desmantelamento do estado geral de pleno emprego da economia Dilma/PT, a cada dia vai ficando mais claro, a acelerada deterioração da economia brasileira sob o comando dos incompetentes e entreguistas golpistas, para o desespero dos empregados, empresários, comerciantes e dos investidores.

    A gravidade da atual economia mundial necessita urgente compreensão, pois que ruma para consequências mais devastadoras e trágicas que o crash de 1929. Principalmente, por conta da esplêndida e formidável Dona Tecnologia desempregando aos milhares e milhares de trabalhadores, braçais e intelectuais, em todo o mundo. Exterminado o polo consumidor. Inviabilizando o polo produtor de riquezas.

    Em resumo, o turbilhão social e econômico que vai tomado posse do Planeta, tem que ser rapidamente analisado e compreendido. Querendo ou não, a humanidade está caminhando rapidamente em direção à sideral mutação global, de extermínio da civilização pela guerra nuclear, ou do início da montagem de um novo modelo de produção e distribuição de riquezas, pouco a ver com o que conhecemos do mundo capitalista. Muito a ver com justiça, paz e fraternidade. Possível e realizável. Só depende do homem. Só, que não há tempo a perder.

     

     

  19. A fala em vídeo do Garotinho

    A fala em vídeo do Garotinho sobre as causas da quebra do Rio de janeiro são terríveis e assustadoramente verossímeis!

    [video: https://www.youtube.com/watch?v=RXW0o9gsMlo&feature=youtu.be%5D

     

    A irresponsabilidade dos gestores foi de uma leviandade total!

    Se houvesse justiça no Brasil e no Rio de janeiros –  aquelas causas apresentadas TERIAM DE SER BUSCADAS!

    Garotinho teria de ser PROTEGIDO PELA JUSTIÇA ao invés de ser preso!

    Por que os funcionários públicos e a população do Rio que ficarão sem o equivalente desviado dos cofres públicos e é quem pagará por estes desvios!

    Se o carioca não lutar para esclarecer estes fatos, eles poderão ser ocultados pela prisão do garotinho…

    São tantos peixes grandes, que será mais fácil condenar o garotinho!

    Será o início do fim do Brasil transmitido ao vivo pelo telejornalismo da grande mídia!

    Isso medirá o quanto de corrupção está lutando contra nós brasileiros…

     

    1. O vídeo deixa claro porque o Garotinho virou um incômodo …..

      O vídeo deixa claro porque o Garotinho virou um incômodo ARQUIVO A SER MORTO.

      O objetivo do translado ao presídio era simples, alguém o mataria no presídio.

      As coisas começam a sair do controle e este pessoal golpista começa a jogar pesado. Se continuar nesta direção vão começar as execuções.

    2. A corrupção foi a gota que faltava para o copo transbordar

      Quer dizer que o Rio de Janeiro faliu por causa da corrupção do Garotinho e do Sérgio Cabral?

      Porque o Rio Grande do sul está quebrando? Porventura, Garotinho e Sérgio Cabral governaram o Rio Grande do Sul?

      A população do Rio de Janeiro botou o pé na parede e diz que não vai pagar a conta da corrupção feita por Sérgio Cabral e Garotinho. Agora a Rede Globo e os demais Meios de Comunicação brasileiros, que sempre afirmaram que o problema do Brsil é a corrupção, que é a corrupção que impede o Brasil de deslanchar, de ser um país próspero, voltam atrás, no intuito de fazer a população do Rio de Janeiro arcar com as consequencias da falência do Rio, e afirmam, COM TODAS AS LETRAS, que a Gravidade da Crise Fiscal não é Explicada pela Corrupção, que a coincidência da derrocada financeira do Rio de Janeiro com a prisão de Cabral e associados leva à ideia equivocada de que o combate aos corruptos resolve os problemas; que torna-se, então, fácil para políticos demagogos relacionarem a roubalheira com a falta de dinheiro, uma forma de tirar a importância crucial que têm medidas – tipo a elevação da contribuição previdenciária – para conter a crise; que sequer os números são comparáveis: estima-se em pouco mais de R$ 200 milhões o dinheiro surrupiado por Cabral e companheiros, enquanto o déficit orçamentário está na faixa dos R$ 17 bilhões; que não se pode menosprezar o efeito deletério da desonestidade nos cofres públicos. Mas, daí a achar que as agruras fiscais da Federação brasileira se explicam só pela roubalheira, é ir muito longe; que, em suma, os Trabalhadores do Rio de Janeiro têm que pagar o pato, pois se não o fizerem, a situação pode piorar ainda mais.

      http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:6fBuyryrP-8J:noblat.oglobo.globo.com/editoriais/noticia/2016/11/gravidade-da-crise-fiscal-nao-e-explicada-pela-corrupcao.html+&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br

      O problema é que se a Classe Trabalhadora do Rio de Janeeiro pagar o pato, a situação vai piorar ainda mais. Ou se o sujeito tiver que desembolsar ainda mais do seu salário para a previdência, a situação não vai piorar?

      De acordo com o Clã Midiático Marinho, as agruras que a população do Rio de Janeiro sempre sofreu e que agora se agravou e que vai se agravar ainda mais, principalmente se o pacote de maldades do Pezão for aprovado, não decorre do funcionamento do capitalismo, mas de erros crassos de política econômica e administrativos.

      Se de fato o problema for de política econômica e administrativo, então temos que chamar Marcianos para instituir a política econômica e para administrar todos os países capitalistas, pois todos estão quebrados.

      Devagarzinho, por força dos fatos, o Clã Midiático Marinho vai tendo que reconhecer o óbvio. Quem sabe da próxima vez, o império global reconheça que o problema é o capitalismo, e não política econômica e administrativo. E que em vez dos Trabalhadores arcarem com os ônus da economia capitalista, enquanto os Magnatas levam todos os bônus, que o mercado deve ser abolido. Mas não adianta enxergar o óbvio quando for tarde demais.

  20. O desrespeito máximo do

    O desrespeito máximo do senhor juiz foi a determinação de perícia médica. Dei-me ao trabalho de lê-la na íntegra. Simplesmente o referido juiz decreta a “inidoneidade” do médico de garotinho, sem qualquer base de provas. 

  21. Que tal fazer uma pesquisa-

    Que tal fazer uma pesquisa- Reportagem Coletiva – como tal em relação à existência de possível organização criminosa de Curitiba???… composta possivelmente por Moro e membros da denominada Força Tarefa do MPF ???…

    Hoje – segundo os próprios possíveis componentes da possível organização criminosa – basta o contexto e evidência do crime para a caracterização do crime e condenação.

    As evidências e contextos presentes em todos os autos dos processos da LavaJato e nas manifestações extra-autos como, por exemplo, parcialidade seletiva, pedidos de apoio à mídia e apoio popular, vazamentos de delações e a própria forma da obtenção das delações, participações em eventos (Dória, premiações da mídia, etc), nas atitude pessoais e familiares – entre outras – somadas aos resultados colhidos (desmonte do país, desemprego, de empresas de base, etc), evidenciam a possível existência de uma organização criminosa maquiada de legalidade composta e integrada por Moro e membros da denominada Força Tarefa do MPF…

    Prováveis crimes: lesa pátria e inúmeros dispositivos do Código Penal (contra a paz pública; contra a fé pública; crimes de falsidades; crimes contra a administração pública; dos crimes praticados por funcionários públicos contra a administração em geral; dos crimes contra a administração da Justiça; e outros)

    1. Exatamente isso!

      Caro Nilo Filho,

      Com uma ou outra palavra diferente você chama a atenção para o mesmo que eu: a existência de ORCRIMs no sistema de justiça. Quanto à Fraude a Jato eu não tenho convicção, mas certeza, com base nas inúmeras provas já levantadas, que se trata de um ORCRIM institucional com caráter político-partidário evidente, visando aniquilar a Eequerda, encarcerar seus líderes e deixar o caminho livre para a direitra oligárquica, plutocrática, escravocrata, cleptocrata, neoliberal, privatista e entreguista, que foi derrotada em 4 eleições presidenciasi consecutivas. O cérebro e alto comando do golpe ficam nos EUA.

    2.  
      Em reforço ao dito

       

      Em reforço ao dito acima:

      http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/266772/Defesa-de-Lula-v%C3%AA-conex%C3%A3o-suspeita-da-Lava-Jato-com-EUA.htm

       

      Defesa de Lula vê conexão suspeita da Lava Jato com EUA

      247 – A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva suspeita de que Lava Jato esteja colaborando em caráter não formalizado com o governo dos Estados Unidos. Segundo Cristiano Zanin, um dos advogados do petista, revelações feitas na segunda-feira durante depoimento de Eduardo Leite, ex-executivo da Camargo Corrêa, transparecem o problema.  Na ocasião, o delator chegou a dizer que foi procurado pelo Departamento de Justiça americano por intermédio de representantes da operação, mas voltou atrás, após reação do procurador Diogo Castor de Mattos e do juiz Sergio Moro. Em nota, o MPF afirmou que “o assunto em questão é sigiloso” e que, portanto, não se manifestaria”. 

  22. correção

    O juiz ralf não é irmão do promotor, até porque, o juiz ralf é o titular da 100ª ze, onde o juiz glaucenir entrou para cobrir suas férias. Se ralf fosse irmão do promotor estaria impedido, porque leandro é um dos promotores eleitorais que assinam a ação de investigação da justiça eleitoral (aije).

  23. novo prefeito velhos negócios.

    para colocar mais peças no xadrez, que mais parece quebra-cabeças:

    o novo prefeito rafael diniz nomeou leonardo wigand para cuidar da transição na secretaria de fazenda, e será o possível secretário.

    para quem não sabe, wigand é cunhado de ricardo teixeira, ele mesmo, o da cbf, casado com a filha do clá dos wigand.

    já que o xadrez aponta para ligações com zveiter, é bom lembrar os laços dele (zveiter) com o ex-manda-chuva do futebol (teixeira).

    o que temos aqui, nassif, é só a troca de um grupo pelo outro, nenhuma alternância de modelo.

    como no poema de drumond: fulano que amava fulano que amava fulano que amava fulano que não amava ninguém.

  24. Moralidade e legalidade

    Caro Nassif,

    acho seus xadrezes sempre muito esclarecedores. 

    Só queria desta vez fazer uma observação sobre a peça zero, onde você fala de Kant, sobre a diferença entre moralidade e legalidade. (Faço essa observação como professora de filosofia clássica alemã.) Uma ação moral é para Kant uma ação realizada não só CONFORME o dever, mas POR dever, enquanto basta para uma ação legal ser conforme o dever. O problema aqui não chega a ser o da moralidade, que para Kant não se pode medir observando a ação das pessoas, porque não há como saber a motivação das ações. Uma ação conforme o dever é o máximo que podemos esperar do ponto de vista do direito. Uma investigação rigorosamente correta, e isso significaria também imparcial, já seria muito. O problema é que não temos nem isso. Grande parte das ações que você descreve não cumprem, do ponto de vista de Kant, sequer com o requisito da legalidade. 

    Abs, 

    Miriam Madureira

    1. Perfeito e indispensável, seu

      Perfeito e indispensável, seu comentário. Adequado e oportuno.

      Eu ouso até acrescentar um ponto: esses concurseiros que mal ouviram falar de Kant, de Hegel ou de Engels – é serio, eu já ouvi de um a pronuncia “Égel” e “Kent” – na deformação mental deles, acham que o imperativo categórico se expressa no vale tudo contra os inimigos, tudo em nome do “combate à corrupção” e à “esquerdopatia”.

      Ou seja, as tentativas de identificar – ou esperar por – limites do fascismo não deram certo.

  25. Sobre o MP

    Não há força que a inteligência não supere.

    O Ministério Público, o monstro (de muitas cabeças) como profetizou o Ministro Sepúlveda Pertence, e que funciona como

    a Inquisição Espanhola, como qualquer serviço público pode ser desmantelado pelo simples desmazelo.

    O próximo governante será suficientemente inteligente para, valendo-se da “crise”, cortar verbas, congelar salários,

    aumentar descontos, tirar a independência financeira, proibir concursos, não admitir estagiários por força da crise, 

    não fazer manutenção dos prédios, atrasar na licitação de coisas comezinhas , como material de escritório, até a total

    astixia da entidade. 

    FHC o fez em sua época com a PF e outros setores da administração.

    As polícias estaduais já recebem esse tratamento, especialmente em São Paulo.

    Setores estratégicos da administração pública, têm por vezes objetivos não muito claros, mas quando esses  objetivos são   alcançados,  ou quando sua atuação  extrapola  interesses, cessa  a sua  utilidade. Daí para a sua supressão, reformulação ou reenquadramento é um pulo.

    O servidor público, por mais importante que seja seu posto, tem que às vezes se dar conta de que ele é uma peça no sistema e

    que o sistema também está a serviço do poder, poder esse  deveria estar a serviço do bem estar do povo. Esses garotos do MP talvez tenham que se aperceber disso mais cedo do que imaginam. O antigos da PF já o sabem. 

    Mas nenhuma crise é para sempre.

     

     

     

  26. IMPRESCINDÍVEL JORNALISMO AUTÊNTICO

    A aviltante manipulação de factoides produzidos com o objetivo de favorecer interesses inconfessáveis daqueles que se beneficiam da espoliação da sociedade brasileira resta denunciada com precisão e coragem no contundente artigo acima.

    A vergonhosa orquestração da manipulação midiática com a deterioração das estruturas políticas tradicionais e a flagrante incoerência do poder judiciário evidencia a crescente falência das estruturas arcaicas de dominação política e social.

    Nesta medida, a contribuição que pode e deve ser provida pela mídia independente e pelo jornalismo autêntico é indispensável para a conscientização da sociedade acerca da urgente necessidade de desenvolvimento de um projeto político de resgate da legalidade constitucional e de preservação e ampliação dos direitos sociais. Pois a firme defesa da democracia através dos meios democráticos constitui o único caminho apto a viabilizar a solução, pela via eleitoral, da gravíssima desestruturação do Estado Democrático de Direito, a fim de reverter os retrocessos fascistoides, desconstruir a disseminação do ódio, sanear o funcionamento do Estado, restaurar a credibilidade das instituições, e prover a construção coletiva de um futuro mais digno, sustentável e inclusivo.

      1. Respeite as bananas!

        Respeite as bananas! O que há ali são escorpiões, que nunca negam seu caráter; há najas, instilando a todo instante seus venenos; há hienas, prontas para atacar indefesos sorrateiramente e comer seus despojos; há Iagos, vaidosos, invejosos e ciumentos da capacidade de liderança, de discernimento e de entendimento da realidade da população brasileira que um Lula, retirante de Garanhuns, sem formação escolar, exibe pelos palcos do mundo.  

  27. Um país onde uma vida humana

    Um país onde uma vida humana vale seis anos de cadeia, era de se esperar que um dia chegaríamos a esse estado de coisas.

    É bom lembrar que Tim Lopes só morreu daquela maneira, porque o marginal que o matou estava fora das grades devido a uma decisão judicial que o colocou na rua.

    Não se iludam, esses políticos que aí estão jamais votarão medidas duras contra o crime, pois se assim o fizerem, estarão por condenar a si próprios e as suas famílias a viverem eternamente atrás das grades.

    Imagine como deve se sentir um cidadão honesto, trabalhador e ganhador de salário mínimo, morador de uma favela infecta e imersa na mais pérfida criminalidade vendo um político, um mega empresário, envolvido em desvio de dinheiro público, desfrutar das delícias de Paris ainda que com guardanapos na cabeça, e pondo-se a dançar na boquinha da garrafa, pois era exatamente assim que as coisas aconteciam nesse país em seus 500 anos de história.

    Diz o ditado que quando o gato se ausenta, os ratos fazem a festa. Os políticos se omitiram, exatamente para não endurecerem as Leis, para que essas mesmas leis não os pegassem e os enclausurassem atrás das grades. É natural que um outro poder viesse a público fazer o papel que cabia aos políticos fazerem e não o fizeram. Todo espaço vazio será necessariamente ocupado, ainda que seja por oportunistas de ocasião ou não.

    Dia desses li um relatório do tribunal de contas do estado do RJ, onde afirmava que o metrô do Rio custou 21 vezes mais que seu orçamento inicial. Ora, todo mundo que tem apenas dois neurônios sabe que nenhuma obra ou reforma custa ao seu término exatamente a quantia em que foi orçada no seu início, mais daí aumentar em 21 vezes mais, é nos querer passar atestado de idiotas. Trocando em miúdos: se 16km de metrô custaram 21 vezes mais o seu orçamento inicial, isso quer dizer que poderiam fazer pelo menos 160km de linhas férreas e metroviárias ligando a cidade toda, e ainda sobraria dinheiro. Por um acaso, ou interesse qualquer uma meia dúzia de larápios envolvidos com estas e outras obras superfaturadas foram parar atrás das grades. Isso só foi possível devido a esse outro poder (o judiciário) estar cioso em ocupar o espaço deixado por omissão, por esses mesmos políticos.

    É evidente que não há santos nessa disputa de poder. O que mais me preocupa é a parcialidade e a falta de grandeza moral em ambas as partes envolvidas nesse imbroglio. Quando a gente começa a ver o próprio julgador descumprir Leis, e ou se aproveitar das falhas e omissões dela para beneficiar a si próprio, e se locupletar com o silêncio e a cumplicidade da mídia, a coisa fica ainda mais séria.

    Isso é apenas uma disputa de mercado, ops! Disputa de poder, só estou querendo dizer que o espaço vazio foi ocupado, para o bem ou para o mal.   

  28. Sou obrigado a fazer uma mea

    Sou obrigado a fazer uma mea culpa com voce Nassif.Quando voce ja alertava que o janot era o capitão do golpe,eu não concordava.Achava isso meio maquiavélico.Po,justo o janot,que Dilma brigou tanto pra reconduzi-lo? Pois é né,voce estava coberto de razão!

  29. prisão de CabralGarotinho = Lava Brasil não tem culpa da crise

    A crise institucional e econômica brasileira está fora de controle, mas ainda há uma consciência única dos justiceiros em manter a sociedade sempre fidelizada, exemplo disso, foi a prisão de Cabral e de “brinde” à de Garotinho, isso foi uma resposta clara e objetiva anticorrupção à sociedade por essa estar começando em vincular crise econômica com a força tarefa Lava Brasil, por isso a meu ver o comando geral da LB está muito bem atento com a opinião pública, só essa tem o poder de afiança-lhes para permanecerem atuando sem finalmente. Porquanto, não precisa ser clarividente para entender a estratégia, é só assistir as suas entrevistas junto/para a mídia conservadora … (nem precisa se ater a: ”devolução deles de R$204.2 milhões a petrobrás”): ” Os desvios de Cabral são de R$224 milhões, por isso não há receita para pagar o funcionalismo público na crise do RJ”. No discurso sempre deve sempre existir o “valor material” para não haver mais o risco de descrédito como foi no caso powerpoint (há convicções!?)”. Na prisão de Garotinho, idem: ”Garotinho é acusado de compra de votos com o aumento de benefícios de R$200 às famílias pobres”. Nessa última manchete é incontestável a incitação do ódio de classes. No entanto, o carnaval da barbárie para desligitimar a parte de responsabilidade da Lava Brasil na crise econômica brasileira foi ofuscada pelo próprio Garotinho no episódio bizarro da ambulância. Portanto, novos lixamentos estão por vir.

  30. A crise no Rio de Janeiro

    A crise no Rio de Janeiro expôs de forma indelével a falência das nossas instituições. O Rio de Janeiro é uma amostra do que se passa em todos os estados brasileiros, muitos dos quais, os Ministérios Publicos ou estão em conluio com o poder local ou entrararam em guerra, mas não ha a equidistância necessaria entre um poder e outro.

    Parabéns ao Nassif por ter se dado ao trabalho, com a ajuda de muitos aqui, de destrinchar esse caso – aparentemente um emaranhado, cujo todos os poderes e a midia se imbricam – neste momento chave para o Brasil. Saberemos, muito em breve, se o novo surgira ou se afundaremos novamente em uma velha e rota republica.

  31. A pergunta é

    Porque todos que chegaram ao STF, estão acuados, e participando deste suiícidio institucional? Porque estes se submeterm a esta desmoralização? Submissos ousam chamar os outros e o país de  Bananas.  Não somos nós que iremos demonstrar o óbvio. estas pessoas compreendem muito bem o que estão fazendo. Há algo de muito perverso nisto tudo.

    1. não é covardia

      Não é covardia, meu caro amigo, é pura má fé. Chegamos ao ápice do desmando, da desonestidade, do “eu quero o meu”. Está uma guerra. Ex aliados se matam, se denunciam e os ministros do STF, que nada mais são do que um cargo de confiança, como o de qualquer outro comissionado, se veem apropriados do maior sentido do significado do termo sordidez.

  32. Que Judiciário?

    Um Tribunal Regional que dmite que  se aplique o Estado de Exceção, sendo referendado por um juiz de Tribunal Constitucionhal. Um juiz que divulga diálogo telefônico da Presidente da Repúiblica, obtido ilegalmente. Um juiz que determina à polícia militar a prática de tortura contra adolescentes, como em Guatánamo (privação do sono). Um juiz que determina a transferência de paciente cardiológico na marra para um presídio onde estão os bandidos que ele prendeu quando era secretário de segurança. Um juiz que proíbe estudantes de se manifestarem coletivametne em universidades. Uma Corte Constitucional, a quem cabe a defesa da Constituição, que anula direito fundamental à presunção de inocência até o TRÂNSITO EM JULGADO de sentença penal condenatória. Juiz que condena sem prova, porque “a literatura (estrangeira) permite”. Corte Constitucional que aplica a teoria do domínio do fato como responsabilidade penal objetiva, invertendo o ônus da prova e obrigando o acusado a provar um fato negativo. Juiz que não aplica regime semiaberto, instaurando procedimento administrativo contra réu, com base em notícia de jornal sensacionalista sobre uso de celular não provado, mantendo prisão ilegal por mais de seis meses. Juízes que recebem além do teto. Juiz que  prejulga publicamente casos envolvendo partidos políticos de que não gosta. Juízes que permitem deliberadamente o vazamento à mídia de processos sigilosos. Juízes que defendem afastamento de presidente da República eleita “para o dólar baixar e viajar mais a Miami”. Na minha opinião, chegou a hora de falarmos sobre o funcionamento Judiciário na Suécia!

  33. Garotinho, agora, sofre na

    Garotinho, agora, sofre na pele as ações do estado de exceção que ele mesmo ajudou a construir, ao apoiar o golpe 2016. 

    Seus aliados no congresso, inclusive sua filha, votaram pelo golpe, numa quebra no regime democrático.

    Rompidas as barreiras do estado democrático de direito, os algozes de Dilma tornam-se reféns de seus próprios atos.

    Pedaladas e Cheque Cidadão utilizados como pretexto para desconstruir figuras públicas indesejáveis aos políticos tradicionais e seus serviçais. Garotinhos participaram do primeiro ato. Nada podem reclamar agora.

     

  34. Clarissa não votou na sessão

    Clarissa não votou na sessão do golpe, por estar de licença médica, em função de complicações na gravidez, mas disse, com todas as letras, que era favorável ao golpe. Disse, também, que chorou por não poder votar pelo golpe. Agora, chora por ver o mesmo tipo de arbítrio voltar-se contra seu pai. Não bastasse, foi expulsa do PR ontem. 

  35. Em filme policial, o
    Em filme policial, o personagem corruptor, após sugestão do capanga, pensa alto: é, deve ser um bom negócio investir na justiça. Pano rápido.

  36. Adjetivação espetacular
     Poucas vezes vi reprovação por alguém ou alguma coisa com tanta classe , elegância e originalidade. É fácil entender o motivo do ilustre jornalista críticar as obviedades proferidas pela “lustrada” figura:1.O iluminista de Monsaraz; 2.Comendador da Ordem de Cosme Velho;3. O iluminista do Projac; 4. O renascentista da Globonews; 5. A linha Maginot da democracia;6  Plenipotenciário magistrado do Jardim Botânico. Espero que esse refinamento sirva para evitar um processo judicial.  Parabéns!    

  37. Parabéns Nassif pelo artigo
    Parabéns Nassif pelo artigo esclarecedor! Confesso que gostei mais ainda das ironias do iluminista de Projac,-Luis Roberto Barroso-o colunista de Monsaraz, Comendador da Ordem de Cosme Velho, o renascentista da Globonews, Plenipotenciário magistrado do jardim Botânico kkkkkk sensacional!!

    Se houve uma nomeação para o Supremo que mais me decepcionou foi a deste cidadão, lembro bem ainda na Universidade de Direito que assistia as aulas de Constitucional em vídeo cassete deste cidadão.

    Após ver a declaração dele que estávamos fundando uma Nova República com os recentes acontecimentos, constatei que estamos na verdade num Faroeste Caboclo, o último que sair apaga a luz pf.

    Abs

  38. Afinal… Em quem – e no que – acreditar?

    Semana passada fomos surpreendidos com manchetes estridentes dando conta que traficantes derrubaram a tiros um helicóptero do BOPE matando quatro PMs. Opinião pública enlouquecida… Onde já se viu? Tem que jogar uma bomba atômica nas favelas… O crime tomou conta do Brasil… e por aí vai. Posteriormente, de forma discreta e cautelosa, a mesma Imprensa divulga que não foram encontradas balas nem no helicóptero e nem no corpo das quatro vítimas, mas… as investigações continuam. Ou seja… Tudo indica que houve um acidente que foi usado pela própria polícia para justificar sua própria incompetência. E a Globo, sempre ela, comprou a versão apresentada – para dizer o mínimo – e fez o que mais gosta e sabe… Sujou sem dó nem piedade ainda mais a imagem do Rio. Parece algo corriqueiro, apenas mais um deslize da grande Imprensa… Mas não. A desinformação jornalística está no eixo de tudo de ruim que está acontecendo hoje no Brasil… Do Golpe à violência… Da crise ao desemprego. E para quem acha que não pode piorar, apenas uma mensagem… Feliz 2017!

  39. Alguém tem um coldre com dois
    Alguém tem um coldre com dois 38,
    para eu me defender deste faroeste brasileiro?
    Obs:Tenho q me defender conforme as minhas convicções,
    pq das instituições Judiciário e PF não espero nada!!

  40. O melhor são os títulos de Barroso

    Todos corretamente aplicados: plenipotenciario magistrado do jardim botânico, linha maginot da democracia, iluminista do projac, comendador da ordem de cosme velho,  renascentista da globonews, e iluminista de Monsaraz. São caricaturas perfeitas para o mais covarde dos covardes, o ministro Luis Roberto Barroso.

  41. para onde vamos?

    Cada vez que leio o blog é um susto!!!!

    O pior é que não é exagerado, inventado, manipulado!!!

    Para onde vamos?

    Quanto mais precisamos descer?

    Brasil!!!!!

    O que estão fazendo com este pais?

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