Xadrez das trombadas entre Bolsonaro e o Exército, por Luis Nassif

A subserviência de Bolsonaro aos Estados Unidos tem produzido desconforto no Alto Comando. Há críticas internas à maneira como foi conduzido o acordo que entregou a base de Alcântara ao controle americano.

O destino do governo Bolsonaro depende de duas vertentes: o quadro econômico e as relações com os militares.

No front econômico, a situação é cada vez mais complexa. No front militar, há sinais de um distanciamento cada vez maior do Exército em relação ao governo.

Vamos ao nosso Xadrez montado com duas fontes experientes na análise dos militares.

Peça 1 – Bolsonaro e a cúpula militar

As relações de Bolsonaro com a cúpula do Exército são confusas. Bolsonaro não representa a cúpula militar. Se serve dela e, ao mesmo tempo, a despreza, pois sofreu humilhação pública com sua expulsão, episódio raro na vida de um oficial.

Na cabeça de Bolsonaro, ele precisa do aval militar para enfrentar forças políticas antagônicas, mas, ao mesmo tempo, não quer ficar refém. Observadores lembram uma semelhança com Hitler em relação ao Wehrmacht, o exército alemão.

Bolsonaro tem o apoio de uma minoria, os herdeiros da linha dura, como Alberto Heleno, que foi do gabinete de Silvio Frota. Mas é desprezado pela ala moderna e democrática do Exército, representada pelo general Santos Cruz, que considera Bolsonaro um perigo nacional. Esse pensamento é majoritário no alto oficialato e na maioria dos 16 oficiais do Alto Comando.

Peça 2 – o desconforto do Exército

A subserviência de Bolsonaro aos Estados Unidos tem produzido desconforto no Alto Comando. Há críticas internas à maneira como foi conduzido o acordo que entregou a base de Alcântara ao controle americano.

Há dúvidas também sobre a maneira como Bolsonaro se comportará ante as pressões do Secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, de provocar a interrupção do programa nuclear brasileiro, enfiando goela abaixo um acordo de não proliferação nuclear com a Argentina. No momento, Pompeo está em Buenos Aires pressionando Macris.

A visão da ala racional do Exército é sobre a necessidade de preservas espaços democráticos e buscar pontos de consenso com a oposição. Essa postura ficou clara no episódio em que Bolsonaro chamou o general da reserva Eduardo Rocha Paiva de “melancia”. (verde por fora, vermelho por dentro) devido às críticas que sofreu pelos ataques ao Nordeste. Direitista ideológico, Rocha Paiva taxou o comportamento de Bolsonaro de “antipatriótico” e “incoerente”.

Imediatamente o ataque de Bolsonaro provocou a solidariedade do general Sérgio Etchgoyen, que chefiou o Gabinete de Segurança Institucional no governo Temer. Conhecido como linha dura, Etchgoyen criticou a política de confrontos sucessivos e levantou a necessidade de se buscar um Pacto de Moncloa – como referência ao pacto na Espanha, após a queda do regime franquista. Há uma visão interna sobre a necessidade de preservar espaços para a oposição, como condição para a pacificação e para começar a se pensar em um projeto nacional.

Peça 3 –o papel do general Pujol

Tem-se no Comando do Exército, agora, o general Edson Pujol que, ao contrário de seu sucessor, general Villas Boas, mantém estrito profissionalismo, evitando qualquer interferência política e de protagonismo nas redes sociais. E, ao mesmo tempo, tem-se revelado um estrategista objetivo e determinado.

Seu primeiro movimento consistiu em dar uma “carona” no general Otávio Rêgo Barros, porta-voz de Bolsonaro, que não conseguiu a promoção e foi para a reserva.

Pujol colocou como comandante do Sudeste o general Marcos Antônio Amaro dos Santos, que foi Chefe da Casa Militar de Dilma e é considerado da direita civilizada.

Outro general bolsonarista da ativa, Luiz Eduardo Ramos, foi para a articulação política. Apesar de afável, a intenção de Bolsonaro foi intimidar o Congresso. Ramos continua na ativa, mas não participa mais do Alto Comando. Enquanto estiver na Secretaria de Governo será apenas um “agregado” de Bolsonaro, uma espécie de aposentadoria antecipada, antes de ir para a reforma.

Peça 4 – os conflitos próximos

Internamente, aumenta a preocupação com a rapidez com que o governo Bolsonaro está promovendo o desmonte do Estado, inclusive em setores que mexem com a segurança nacional, como o de energia.

Outro desconforto tem sido a atuação dos setores econômicos de desmonte do Estado brasileiro, com a política econômica e com o desmonte da política social. Do ponto de vista da segurança nacional, significa expor o país a problemas sociais de monta em futuro breve.

Considera-se que Paulo Guedes está em uma corrida contra o tempo, antes que termine o governo Trump.

Com a operação de ataque a Glenn Greewnald, Bolsonaro deu a partida para a radicalização final de seu governo. Sem conseguir entregar nada no front econômico, com o desalento aumentando, apostará mais uma vez na radicalização, inclusive como maneira de não perder o controle sobre a ultradireita da opinião pública.

É possível que esse açodamento provoque reações mais incisivas do Alto Comando, especialmente do Exército.

 

 

 

Luis Nassif

48 Comentários

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  1. Confuso não é o RELACIONAMENTO DE BOLSONARO COM OS MILITARES, mas o QUE É RIDÍCULO É VÊ ESSES GENERAIS LAMBENDO OS CURTUMES DE BOLSONARO. É obvio que isso é uma VINGANÇA POR PARTE DO BOÇAL e é por isso que faz o que faz, HUMILHA, PISA, DEMITE , OFENDE SÓ FALTA CUSPIR. O que esses GENERAIS COMO VILLAS BÔAS, HELENO E OUTROS QUE BABAM POR BOLSONARO pensaram… TOMAR O PODER, NÃO DEU CERTO. E hoje além deles colaborem em entregar o país SAIRÃO DESSE GOVERNO DESONRADO E SEM MORAL.

  2. Reações do Exército contra Bolsonaro ?
    Ala moderna e democrática do Exército no Alto Comando ?
    Preservar espaço pra oposição e pensar num projeto nacional ?
    Não acredito no “Sim” em nenhuma das três questões.
    O general Villas Boas até CHOROU com o agradecimento de Bolsonaro…
    Da Marinha e da Aeronáutica só espero subserviência ao Exército…

    1. Concordo. Não haverá reação. E a tendência é mais subserviencia acompanhada de sucateamento. Bolsonaro com a liberacao do armazenamento pesado já prepara sua SA milicia paramilitar q ajudou na ascensão de Hitler. A SA do bozo substituira as forças armadas. Vingança maligna.

  3. o duro é cpnviver com essavloucura cotidiana
    que inferniza a vida de todos…
    haja psiquiatria,
    haja freuds e lacans para expliocar-nos…
    haja jessés e nassifs e altmans, principalmente….

  4. Ledo e ivo engano, caro Nassif: os militares estão com o bolsonaro e o bolsanarismo para sempre: entreguistas, vendilhões e fascistas. Não vejo qualquer militar que não seja ultra-direitista: não gostam de pobres, não gostam de políticas sociais, abominam qualquer resquício de estado democrático de direito e, pior, pensam primeiro nos seus bolsinhos desde já recheados. Fossem o que você pensa que sejam, nem teriam entrado no desgoverno bolsonazi. Mas, ao contrário, não só entraram como o admiram (afinal, o bolsonada é o herói deles: foi expulso por querer defender os seus bolsinhos-casernovos).

    1. Eles não entraram no governo bolsonazi.
      Eles SEMPRE estiveram por trás do golpe que desgraçou o Brasil.
      Você acha que estes vagabundos do judiciário(moro, trf4, stj e stf + mpf) fariam o que fizeram se não tivessem a certeza da retaguarda protegida?
      Estamos sendo governados por bandidos da pior espécie e ainda por cima entreguistas sem qualquer noção de soberania e desenvolvimento.
      Se este boçal ficar lá até 2022 qualquer chance de desenvolvimento do brasil estará liquidada.
      O RICS já não conta mais com o Brasil e estão construindo alternativas, principalmente alimentares.
      Penso que o Brasil não terá outra chance com eles por não ser membro confiável.
      A verdadeira luta hoje é entre os EUA e seus vassalos contra a China, Rússia pelo domínio geopolítico e recursos naturais.
      Eles têm(Asia) mais de metade da área geográfica e da população mundial. Lá ainda há muito o que desenvolver e explorar. Sem contar que a China já cravou os pés firmemente na Africa.
      Aqui, já está tudo na reserva.
      Penso que ao Brasil não sobrarão sequer as migalhas.

  5. Discordo. Um bando de come e dorme, querem o salário no final do mês. Se fossem nacionalistas não deixavam esse louco e seus idiotas ser eleito.

  6. No popular dos comandos da ativa…
    um Estado que ninguém controla não é bom para ninguém, principalmente quando dissolve, invalida ou tira toda a importância das Forças Armadas

    há limites para violações de direitos garantidos e Bolsonaro já está quase lá com a sua estupidez

  7. “Há uma visão interna sobre a necessidade de preservar espaços para a oposição, como condição para a pacificação e para começar a se pensar em um projeto nacional.”

    Chega torcida, Nassif. Essa geração todinha de militares engoliu doses cavalares de “papo MBA”, para além da neurose de guerra fria.

    Tudo é “comunismo” pra esses incultos. Até Keynes é “socialista” pra eles.

    E isso vai do alto oficialato até o sargento.

    O papel do boçalnaro zero zero é cercar esse rebanho.

    Não adianta, a formação humanística desse pessoal é pífia.

    Qualquer coisa – ou seja, quase tudo – que eles ignoram é sinônimo de “petismo”.

    É assim que está tudo indo embora. É assim que já era.

    Esses caras estão perdidos, se achando melhores, ao mesmo tempo em que sabem que nao são.

    É aí que entra a manipulação psicológica.

    …E vão teimar pra sempre por causa da ma digestão da guerra fria.

    Chega de torcida e de seduçaozinha besta: eles não caem nessa de “debate nacional”; eles estão em guerra; a guerra deles, contra o inimigo interno…

    Aprenderam com as gerações anteriores, e já passaram para as gerações sucessoras… É a “vida” deles…

    Vão morrer atirando. A sensação é de vitória. Não vão “esmorecer”…

    É o Triunfo Da Boçalidaaadeee!

  8. Ainda não sabemos como será o incendio do Reichstag, mas os pequenos focos cumulativos estão se espalhando. Vide ação da Policia Rodoviária Federal, alegadamente sob orientação do Exército (que negou), contra a reunião que organizava um protesto contra Bolsonaro realizada na segunda-feira no Sindicato dos Professores do Amazonas.

  9. Bolsonaro já pagou o apoio dos.militares ao tira-los da reforma da previdência. E o nosso recruta Nero sabe que as PMs e o andar de baixo do exército estão com ele. O recruta zero não teria o menor pudor de jogar pm e forças armadas num confronto sangrento.

  10. Só não prenderam glenn porque isso teria uma repercussão mundial e faria o mundo nao ter mais duvidas que aqui não há mais democracia. Nossa elite presa muito a expressão é pra inglês ver. Nossa democracia é só pra inglês ver. Lembremos que os militares fizeram um regime em que um militar se tornava presidente após ser “eleito” pelo congresso. Não havia necessidade nenhuma pra essa palhaçada

  11. De novo o Nassif sendo por demais otimista.
    Confiar nesse exército cucaracha depois de tudo? Num país descente TODOS os generais seriam executados por traição.
    Certo estava o Millor: de onde não se espera nada é que sai nada mesmo. No caso do nosso exército é ainda pior, além de não sair nada, quando sai é m&¨%a certa.

  12. As forças armadas foram coniventes com o golpe APESAR de tudo que os governos do PT fizeram por eles. Valorização do soldo, caças, programa nuclear, submarino, estaleiros, Haiti, soft power, independência …

    Dilma foi muito infeliz na promoção do alto comando, que a traiu

    Não espere nada deles. O compromisso nunca foi com o país

  13. Se o Nassif e/ou suas fontes estiverem certos, bendito erro de somenos cometido no texto: Edson Pujol é o sucessor de Vilas Boas, não o contrário.

  14. Prezados Nassif e camaradas

    Deve haver militares nacionalistas. Mas, pelo que observamos até agora, a maioria é de milicos como este Augusto Heleno, que não passa de um velho ladrão. Vão vender e entregar tudo enquanto pingar algum na conta.

  15. Uma verdadeira elegia ao militarismo, às Forças Armadas, no claro entendimento de que, na realidade, são os garantidores dos governos no Brasil, qualquer governo, tropas de ocupação com desconhecidos objetivos estratégicos, muito menos a soberania a que se subordinam. A forma como é colocado, com base na orientação, parecendo pelo que está dito somente nelas, de duas fontes experientes na análise dos militares. Não precisa ser nenhum especialista em segurança para saber o que está sendo armado pelas ações do governo Bolsonaro, que afastado da imensa maioria da população e em seu desfavor, toma medidas tão somente em benefício do grande capital (nacional e internacional), deixando aos outros segmentos apenas o ônus de com seu tralho, se empregado, como também os cerca de 45 milhões de desempregados e subempregados, dar suporte a implantação do que se propõe, que dá para se perceber tão somente pelo que é feito, porque o roteiro, o plano sabe-se lá onde está. Não dá para colocar neste caso dos governos decorrentes do golpe de estado (Temer e Bolsonaro) apoiados enfaticamente por militares, que estes estejam à parte do que está sendo tocado. Não dá para serem colocados numa redoma, separados. São parte também do segundo governo dos golpistas e o que disto resultar também são responsáveis. E, aí sim, os mais experientes já vêem que os problemas se avolumam e irão impactar na segurança interna e externa do país, com o povo que suporta a carga pesada dos governos golpistas, agora acelerada, já que o tempo se estreita, mantido à parte desinformado e desmobilizado. E o manejo da economia do país não dá nenhum sinal de que possa suportar a avalanche ainda represada, sem liderança, que está bem à frente no nariz de todos, com a bolsa de valores bombando a mais de 100 mil pontos, os maiores juros reais do planeta, o desmonte da estrutura do estado para atendimento das necessidades básicas da população, bem como o desmonte da intelligentzia que se encontra no aparelho de estado (inclusive e principalmente áreas militares e diplomática), tudo com a venda de ativos, da estrutura que deveriam suportar essas atividades. O governo Bolsonaro é uma obra também dos militares, em favor dos EUA.

  16. Foi-se o tempo que Inteligência Militar era piada.
    É claro que os generais são conservadores. Mas tem um nível intelectual muito acima do capitão expulso por ser maluco.
    Eles não esperam demais e nem são afoitos. Só esperam um tropeço. No primeiro tropeço….

  17. Olorum, Ala’, Tupã, Deus, Zeus e todos os deuses do universo te ouçam, Nassif. Eu acredito? Não. Deram aval para o golpe, silenciaram até agora sobre a destruição do país com a entrega do pré-sal, da Embraer, na prisão do Almirante e só agora perceberam o militar anti patriota que colocaram no poder? Os desempregados e as vítimas da fome e da reforma da Previdência não contam com os benefícios que os beneficia. É mais uma tragedia que essa instituição impõe ao povo brasileiro. E se foram pródigos em manifestações políticas antes porque não se manifestam às claras agora?

  18. entrevista do Gal. Etchegoyen:

    “Nunca é uma palavra forte, mas o Brasil nunca, na minha opinião, viveu um momento em que foi tão importante a gente sentar para discutir um pacto pelo país. Não é de governança, não. De governança já não adianta mais. Pacto de governança já tivemos diversos e não resolveram nada. Temos que encontrar nossa Moncloa [referência aos pactos de Moncloa feitos por partidos políticos na Espanha, em 1970, para tirar o país europeu da crise econômica depois do fim da ditadura franquista], quem é que vai conduzi-la, quais são as lideranças disponíveis para apostar no país, e não na próxima eleição.”

    link: https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2019/06/23/exercito-nao-vai-ampliar-participacao-no-governo-diz-general-etchegoyen.htm

    esse Generais, soberbos Generais, ah se soubessem o que sabemos! não se iludiam, principalmente com eles mesmos, e não passavam aquilo que nosotros já passamos…

    dispam-se de todas as fardas ideológicas, livrem-se do figurino do preconceito e mirem-se naqueles que ousaram enfrentar o Imperium, para então elaborar uma específica e própria estratégia brasileira de Soberania Nacional Popular (pois não há soberania que não seja ao mesmo tempo nacional e popuilar):

    – Putin;
    – Chávez;
    – Fidel;
    – e para a completa ojeriza: o Hezbollah.

    Saibam que deixam o céu por ser escuro
    E vão ao inferno à procura de luz
    Por meu olhos, por meus sonhos
    Por meu sangue, tudo enfim
    É que peço
    A esses moços
    Que acreditem em mim
    .

  19. EXERCITO incomodado com BOZO e pensando em “dar espaço pra oposição” pra pacificar o país com LULA na cadeia e o STF sendo tutoreado pelas FFAA ..tá ..legal.

    e depois do sonho, qdo vc acordou, o que vc fez ?

  20. As FFAA cuspiram no prato que comeram desde a deposição da Dilma; traíram a segurança externa da nação – que é sua missão institucional; omitem-se contra os que brecam a expansão do Poder Nacional em sua dimensão econômica, contra o que preconiza a doutrina de segurança nacional. Pelo que projetam em suas declarações públicas, nossos generais são como sargentões.
    A economia, a democracia e a soberania vão pro brejo, e eles pensam em seus salários e na reforma da previdência (deles).
    É uma lástima. Dá pra ter saudade do Geisel!

  21. Nassif, com todo o respeito, mas dar destaque a um site da extrema-direita militar como o DefesaNet, o senhor está cometendo um erro gravíssimo. Não existe nenhuma crise entre o Bolsonaro e os militares que o apoiam. E mais: não existe hoje nenhuma “ala moderna e democrática do Exército”. O nacionalismo no setor militar não existe mais! O último militar nacionalista de destaque foi o general presidente Ernesto Geisel. Portanto, afirmar que existe um certo “desconforto” dos militares com o Bolsonaro não passa de miragem sua e de outros tantos desavisados. Não caia nessa! Está tudo dominado por essa extrema-direita fardada e, ou, civil cujo único objetivo é destruir o país e escravizar o povo. O fato é de que há claramente um projeto de recolonização do país comandado pelos EUA e pelo grande capital internacional com o auxílio incondicional de seus prepostos civis e militares. Portanto, tudo o mais é papo furado!

    1. Eu aposto minhas fichas que o Mourão está sendo coagido. Afinal, governo composto por milicianos não é para qualquer um… Quanto ao Exército…. Assiste ao jogo, esperando o momento em que dará um xeque-mate.

  22. Nunca fiquei tão decepcionado com as FFAA’s como atualmente. Na ditadura havia o totalitarismo fascista, muita burrice, atraso e fracassos, e crimes contra a cidadania, mas ainda havia um pensamento nacionalista e alguma busca por soberania. Agora nem isso. Parece que se tornaram uma mera Associação de militares, como uma corporação de profissionais defendendo apenas sua própria classe.
    A aeronáutica parece preferir empregos na Boeing nos EUA do que desenvolver tecnologia aqui. A Índia já manda uma nave não tripulada à Lua, e o Brasil é o único país do Brics que sequer lança satélite próprio e ainda entrega a base de Alcântara.
    A Marinha não defende o pré-sal e a amazônia azul do entreguismo às potências estrangeiras. Deveria defender a própria cadeia produtiva nacional do petróleo, lutar para preservar o conteúdo nacional, estaleiros.
    O exército chega a mandar um general brasileiro da ativa participar da estrutura hierárquia das forças armadas do comando sul dos EUA. Os brios deveriam achar isso completamente impróprio e até humilhante, mas acham uma honraria.
    A maior riqueza recente descoberto é o pré-sal, não só a commoditie, mas toda a cadeia produtiva envolvida.
    Esse DefesaNet mostra apenas disputas de poder palaciano dentro da extrema direita, em minha opinião. Pouco tem a ver com interesse nacional de fato.

  23. Nassif isto vai doer,mas nas “Instituições brasileiras”não tem macho não,fizeram uma cagada enorme(e só aumenta)e ninguém tem coragem de consertar,eles são bons só contra o PT/povo, achei muito ingênuo este artigo,é preciso focar em nós e desistir de esperar algo deles,quer coisa pior,a imprensa tradicional tá defendendo o Moro(Lavajato/mentiras) contra o Glenn(verdadeiro jornalismo)acho q foi pouco ainda o estrago q a Lavajato fez na economia,precisa mais!!!

  24. Moro será um Filinto Müller piorado….mais um monstro retorna através do túnel do tempo….”Filinto Strubing Müller foi um militar e político brasileiro. Participou dos levantes tenentistas entre 1922 e 1924. Durante o Governo Vargas, destacou-se por sua atuação como chefe da polícia política, e por diversas vezes foi acusado de promover prisões arbitrárias e a tortura de prisioneiros. Wikipédia

  25. Não sei se podemos aproveitar nada das forças armadas. Não me parecem profissionais, ou estavam até o pescoço no golpe da Dilma ou então, estão totalmente desinformados e a reboque dos fatos. Mais cedo ou mais tarde vão ter que responder pelos resultados. O mesmo para o judiciário, tão caro como as forças armadas e com resultados semelhantes. É por aí que deveríamos ter começado a reforma do estado, depois, da reforma bancária, é claro.

    Horacio

  26. Boa análise, mas não acredito que o exército brazileiro com histórico golpista, fascista e entreguista faça alguma coisa. Até porque falta-lhe legitimidade política na sociedade civil. Teria antes que costurar uma apoio com todos da oposição em cima de um projeto de nação totalmente diferente do que o bozo está fazendo. E isto vai direitamente contra o sistema financeiro internacional e o que os EUA de Trump desejam pro Brazil e pro mundo. Só acredito vendo…

  27. É de onde menos se espera é que não vem nada mesmo.

    PS: O colunista deve estar sendo assombrado pelo espirito do gal. Assis Brasil. Para os mais jovens, que cochilavam nas aulas de história, era o comandante do exército em março de 1964, que assegurou ao presidente João Goulart que todos os generais eram legalistas e o apoiavam.

  28. Nada mais decepcionante que a atitude dos generais do cabide de emprego do bozo.
    Começaram com o golpe contra a Dilma, depois no puxassaquismo ao bozo, e, agora, na covardia de abaixar e apanhar do olavo de carvalho, dos filhos do bozo e do próprio bozo.
    Só não sei se temos motivo para decepção.

  29. Leve a mal,não. Esse negócio de pacto como o de Moncloa lembra-me os recentes movimentos dos monarquistas brasileiros dizendo-se ser o que sobra para salvar a Democracia no Brasil. Pelo Parlamentarismo tem um montão de “democrata” pensando como solução. Num reinado, ou império o Parlamento governa através do Primeiro Ministro, e o rei ou imperador representa o estado. Além do mais, costuma ter um poder moderador, que cai como uma luva para nossos golpistas fardados. É cedo. Não tarda os movimentos vindos das profundezas do golpe para tentar um aggiornamento. A borrasca econômica montada, ainda mais com a tranca fiscal de vinte anos colocada pelo banqueiro Meirelles, e em favor do mercado, os levará a entender que, para salvar os pescoços hão que procurar ajuda nas forças que podem aglutinar o povo para participarem da mudança e destravar a economia do país. Se vivo estiver, Lula estará nessa.

  30. Com todo o respeito Nassif, o que vc escreveu aí encima não é sobre os militares brasileiros. Democratas? Racionais? Nacionalistas? Isso é tudo que eles não são. Vc deve estar se referindo às FFAA de outro país ou de outra época, pois as nossas são movidas só mesmo pelo vil metal e por altos cargos no governo ou em empresas privadas. O exemplo deixado pelo general Amaury Kruel é paradigmático:

    http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2013/10/14/bomba-kruel-traiu-jango-por-6-malas-de-dolares

  31. Pq. só Exército ?

    E os outros ? MAIS impotantes na atualidade que os “pés de poeira”, as forças realmente profissionais ( Força Aerea e Marinha ), cujos programas em desenvolvimento são muito mais relativos e primordiais em relação a nossa Soberania, não somente militar como principlamente tecnológica, aliás exclusiva, pois nosso “complexo industrial-tecnologico de defesa” foi “para o saco”.
    O Bozo et caterva, e seus subordinados periquitos velhos, podem até – creio dificil – bloquear iniciativas do Exército, mas as FFAA é tipo ” sem chance”
    P.S. : Rocha Paiva como “melancia”, é de um ridiculo absurdo, o general está mais para Plinio Salgado, nem um “geiseliano” ( tipo Mourão ) ele o é, nem nunca foi.
    Nos meus mais de 50 anos nunca teria imaginado, ou sequer montado um cenario, que as FFAA retornariam aos anos ’70/80, dos grupos ideológicos ( não de esquerda/direita ), mas os da compreensão geopolitica e entendimento sobre soberania, afinal Golbery/Geisel ou Frota/Medici deveriam ser apenas História.

  32. O exercito nunca foi democrático. Alias se tivesse sido, o Brasil hoje teria uma democracia solida, imune a populistas demagogos como o Bolsonaro.
    As forças armadas, tem uma única função. Proteger a CONSTITUIÇÃO DO BRASIL.
    Nada mais, nada menos. Só isso!
    Protejam e defendam a CONSTITUIÇÃO DO BRASIL, façam as forças armadas de qualquer país desenvolvido. Simples assim.
    Como é que você não vê militar dando opinião sobre o governo nos Estados Unidos?
    Porque lá a constituição reina suprema.

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