Xadrez do Brasil na era do narcotráfico

 

Atualizado às 08:50

Peça 1 – a cadeia produtiva do narcotráfico

A característica central das novas organizações criminosas é a descentralização e a flexibilização. O avanço das novas tecnologias, a integração das economias nacionais, abriu amplo espaço para terceirizações, alianças, mudando o velho sistema das estruturas hierarquizadas.

Houve quatro etapas na história recente das drogas.

Na primeira etapa, investidores externos vinham até os países andinos – Peru, Bolívia e especialmente a Colômbia – adquiriam a coca e colocavam nos países consumidores. Controlavam, assim, todo o processo de comercialização.

Na segunda etapa, os produtores decidem assumir o controle de toda a cadeia produtiva. É assim que se formam os cartéis de Medelin e de Cali e, no caso brasileiro, a tentativa de Fernandinho Beira-Mar de assumir as duas pontas do comércio de drogas. Esse modelo torna os cartéis alvos fixos da repressão norte-americana.

Aí se entra na terceira etapa, que é a pulverização dos cartéis e a montagem de alianças com organizações criminosas na ponta do consumo e a terceirização ampla dos serviços intermediários.

A quarta etapa tem início quando os grandes distribuidores – PCC, CV – decidem escapar das limitações do fornecedor e passar a controlar também a ponta da produção, mas adotando um modelo de gestão flexível, baseado em códigos de conduta, uma máfia ou cosa nostra  na era do celular e da Internet.

Com algumas variações, o modelo da organização do narcotráfico é o seguinte:

1.     Chamemos de Chefão do Tráfico o cabeça que organiza as diversas estruturas: os produtores, os consumidores, o fornecimento de produtos químicos, o financiamento. Embaixo dele há um Setor Operacional, que monta os contatos com as diversas pontas do sistema, preservando o Chefão e garantindo a compartimentalização – uma peça não conhecendo outra.

2.     Na ponta da produção: o Traficante Produtor organizando a produção interna, montando laboratórios ou adquirindo a produção de laboratórios independentes.

3.     Na ponta da distribuição: parcerias com organizações criminosas locais, como o Comando Vermelho (CV) ou o Primeiro Comando da Capital (PCC). Estes, por sua vez, montam parcerias com organizações criminosas regionais ou municipais, como as estruturas do jogo de bicho. O trabalho não é exclusivo. Além do tráfico, a parceria pode se estender para contrabando de armas, assassinatos pagos e outros produtos. Mas os chamados “donos do morro” dependem totalmente dos fornecedores para manter seu negócio.

4.     No fornecimento de matéria prima: empresas especializadas ou suborno a funcionários de grandes empresas químicas para desviar parte da produção para o tráfico.

5.     No transporte: empresas terceirizadas ou mulas.

6.     No financiamento: o Chefão do Tráfico procura doleiros e apresenta oportunidades de negócios. Os doleiros, por sua vez, oferecem a investidores não diretamente ligados ao tráfico, mas perfeitos conhecedores das oportunidades e riscos.

7.     Na lavagem: montagem de empresas da economia real, onde o dinheiro do Chefão do Tráfico possa ser lavado. Um caso emblemático é do bicheiro Carlinhos Cachoeira que investiu em laboratórios farmacêuticos em Anápolis – setor com grande afinidade com o refino de coca.

8.     Na blindagem: os contatos pessoais do Chefão com políticos e autoridades.

Peça 2 – a guerra do tráfico e os episódios do norte

O negócio do tráfico assumiu proporções bilionárias. No caso da Colômbia, estima-se em U$ 6 bilhões as exportações para os Estados Unidos, em US$ 5 bilhões para a Europa e em US$ 1,75 bilhão para África e Ásia. Na ponta dos grandes atacadistas, a venda final faturaria cerca de US$ 12,8 bilhões ano. Se incluir o preço final do varejo, aumentaria substancialmente o faturamento.

Segundo reportagens de Mário Magalhães em 2000, quanto mais acima entrava a cocaína (Pará, Roraima, Amazonas, Acre e Rondônia), maior a possibilidade de se destinar ao exterior.  Era a produção da Colômbia, considerada de muito melhor qualidade. É o que explica o crescimento de uma quadrilha localizada, a Facção Família do Norte (FFN).

Por Mato Grosso do Sul e Paraná vem a produção da Bolívia, mais destinada ao mercado interno.

Uma das versões mais consistentes sobre a guerra do tráfico foi de Carlos Wagner, repórter da região, para os Jornalistas Livre. O desmonte dos cartéis colombianos abriu os olhos da FFN e do CV para a possibilidade de se livrarem dos Chefões do Tráfico e controlarem, eles próprios, o ciclo total da produção e venda (https://goo.gl/uPQEu9). Principalmente, o acordo de paz firmado com o governo colombiano, retirou as Farc do jogo, deixando um vazio para ser ocupado. O pacto entre a FFN e o CV garantiria ao grupo o controle da produção e da demanda.

Por sua vez, o PCC teria o controle do presídio em Roraima, da produção que vem da Bolívia e de outra que passa pelo Paraguai e entra pelo Paraná.

Peça 3 – a repressão e os bagrinhos

Na cadeia produtiva do narcotráfico, a repressão se concentra nas pontas, dos plantadores e produtores e dos pequenos distribuidores e das mulas (que transportam individualmente a droga) – anotadas nas manchas rosas.

Hoje em dia, até a parcela não-colarinho branco do tráfico – CV e PCC – consegue acordos com governos estaduais, conforme se observa em São Paulo. A área verde, onde se concentra o colarinho branco, é preservada.

  Todo o aparato repressivo entra em um jogo de enxugar gelo. Chega um nigeriano no aeroporto de Guarulhos, em muitos casos, mero boi de piranha – para ser flagrado, enquanto o resto da turma passa incólume. Preso, a Polícia Federal faz uma ocorrência. O delegado o interroga e, algumas vezes, até descobre ligações com outras pessoas que viajaram juntas. Abre-se o inquérito, com laudo toxicológico do que foi apreendido. O nigeriano vai preso e o inquérito vai para o procurador que recebe, faz o pedido da conversão do flagrante em prisão preventiva – já que o réu não tem residência no Brasil. O nigeriano fica preso, somando-se aos demais presos, o processo corre e quase nunca se chega ao chefão.

Por outro lado, o próprio sistema prisional se incumbe de engordar as organizações criminosas. De um lado, pela ampla liberdade concedida aos chefes para comandarem suas organizações a partir dos presídios.

De outro, pelas próprias políticas penitenciárias. A falta de informações sobre o que ocorre na ponta ajudou a criar o monstro, segundo o juiz Luiz Carlos Valois, de Manaus, explicou ao GGN.

O PCC e o CV eram fenômenos confinados no Sudeste, São Paulo e Rio. Sua expansão para o Norte e Nordeste se deveu a um erro de estratégia das políticas de segurança do PT, construindo presídios federais de segurança máxima.

Quando algum marginal provocava problemas nos presídios do norte e nordeste, é despachado para os presídios federais. Ele retornava alardeando o contato com seus colegas do PCC e do CV, o que lhe conferia um status especial no presídio de origem. Além disso, quando era transferido para o presídio federal, criava um vácuo na liderança do pavilhão, que não raras vezes resultava em disputas sangrentas até se consolidar o novo líder. Voltando, disputava a liderança com seu antecessor, gerando mais sangue.

Mais que isso, ajudava a disseminar a mística do PCC e do CV, com seus códigos, discursos políticos próprios de irmandades criminosas.

Mesmo assim, a FFN não tem expressão maior em Manaus, diz Valois, como a de parar cidades, como o PCC fez em São Paulo em 2006.

A situação é pior nos presídios paulistas e cariocas. O sujeito é preso por um assalto. No presídio, indagam de que facção ele é. Ele informa que não é de facção nenhuma, que apenas perpetrou um assalto. Indagam, então, de que bairro ele é. De acordo com o bairro, é enquadrado em uma das facções existentes e confinado junto aos supostos colegas.

Referência no trabalho dos presídios, Valois sustenta que líder de corredor ou de ala sempre existiu no sistema penitenciário. Quando as facções nasceram, passaram a carimbar cada líder com a marca da facção. Criaram lendas. Segundo ele, basta dois criminosos se comunicando com walk talk para serem taxados de organização criminosa.

Todos esses equívocos, na base, ajudaram a construir a mística das organizações criminosas, que acabaram infladas pela retórica e pela explosão das populações carcerárias.

Peça 4 – as audiências de custodia para o baixo clero

Hoje em dia, a população carcerária é de 600 mil pessoas. A um custo anual de R$ 36 mil per capita, representam um custo total de R$ 21,6 bilhões ano. Desses,

240 mil são presos sem condenação, que passam em média 6 meses em prisão preventiva, sem julgamento e sem sentença.

A rigor, o único trabalho sério para reduzir a população carcerária foram as audiências de custodia, na gestão Ricardo Lewandowski no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Com base no Pacto de São José da Costa Rica, da Convenção Americana de Direitos Humanos (https://goo.gl/FbnCiW), Lewandowski soltou uma resolução obrigando que os presos fossem apresentados aos juízes no prazo de 24 horas, mesmo em fins de semana. Nesse período, haveria como o juiz conferir se o preso foi submetido a sevícias pela polícia e se seu caso é de prisão.

As audiências revelaram que 45% das prisões eram desnecessárias, além de mostrar a viabilidade de manter fora dos presídios réus de baixa periculosidade, recorrendo a medidas cautelares alternativas, como o uso de tornozeleiras eletrônicas, a prisão domiciliar e restrições a direitos.

Pelas projeções do CNJ, se tentaria reduzir em 50% o total de presos provisórios. Isso permitiria uma economia anual de R$ 4,3 bilhões na sua manutenção e de R$ 9,6 bilhões na redução de necessidade de construção de 240 presídios (https://goo.gl/BngKu4).

Durante 2015, as audiências carcerárias lograram reduzir em 40.584 pessoas os presos provisórios.

A audiência com cada preso não leva mais que dez minutos.

O projeto mereceu o reconhecimento da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) (https://goo.gl/Y6axcs), ligada à Organização dos Estados Americanos (OEA). A rigor, foi a única menção positiva ao Brasil na última visita do observador do CIDH.

Mesmo assim, a experiência foi amplamente ignorada pelos veículos de mídia, por ser de iniciativa de personagem público, o Ministro Lewandoiwski, tratado de acordo com o direito midiático do inimigo. E mereceu resistências dos órgãos de classe de juízes, por significar trabalho adicional, e do próprio Ministério Público, por seu viés acusador.

Peça 5 – a blindagem do alto clero

Se os presídios estão abarrotados com representantes do baixo clero, da mais alta à mais baixa periculosidade, as celas especiais destinadas ao colarinho branco estão vazias.

Hoje em dia, qualquer estratégia contra o crime organizado teria que obedecer à máxima de “seguir o dinheiro”.  A figura-chave, então, passa a ser o operador financeiro, o doleiro, que une as pontas do Chefe do Tráfico, os financiadores, a corrupção política.

Em 2003, o então Ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos desenvolveu a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla), juntando mais de 60 órgãos dos Três Poderes ligados a alguma forma de fiscalização (https://goo.gl/LTjTlB).

O modelo foi amplamente utilizado na Operação Lava Jato. Nem resvalou no combate ao tráfico. Um superdoleiro como Alberto Yousseff conseguiu sua segunda liberdade provisória sem que o juiz Sérgio Moro – veterano do caso Banestado – ousasse extrair nenhuma informação sobre o tráfico. Ressalve-se que o tráfico tem argumentos eloquentes para demover delatores: quem delata, morre.

Mesmo assim, cada vez que se avança sobre doleiros, bate-se de frente com a economia formal, com grupos influentes, muitos deles parceiros preferenciais do MPF que se valem dos mesmos canais de lavagem de dinheiro do narcotráfico. Quando chega aí, as investigações param. Aliás, o fato do dinheiro transitar no mesmo duto teoricamente permite a financistas montarem suas apostas também no jogo do tráfico.

Alguns exemplos:

1.     Em 2009, procuradores do MPF estouraram o escritório de um casal de doleiros do Rio de Janeiro, na Operação Norbert. Toparam com uma conta de Aécio Neves em Liechtenstein. O caso foi parar na gaveta do PGR Roberto Gurgel em 2010 e só saiu em 2016, quando a parcialidade do PGR Rodrigo Janot se tornou flagrante. Mesmo assim, o inquérito caminha a passos lentíssimos, com jogos de empurra entre o Ministro Gilmar Mendes, do STF, o PGR e a Polícia Federal (https://goo.gl/KASihP).

2.     Nas investigações sobre o suposto Triplex de Lula, a PF implode os arquivos da Mossak Fonseca, escritório norte-americano famoso pela lavagem de dinheiro de ditadores e políticos. Depara-se, então, com contas da família Marinho. A investigação desaparece e nao renasce nem com os Panama Papers (https://goo.gl/IgvSCb).

3.     Em um dos dos maiores escândalos dos últimos anos, o da FIFA, dois desembargadores polêmicos, da Tribunal Regional Federal do Rio de Janeiro (Paulo Espírito Santo e Antônio Ivan Athié) determinaram a suspensão das remessas de dados do MPF para o FBI. O STJ (o Superior Tribunal de Justiça) manteve a suspensão. O caso está parado no STF.

4.     Quando o caso HSBC veio à tona, apareceram nomes de grupos de mídia aliados do MPF. O caso sumiu.

5.     O caso Carlinhos Cachoeira foi exemplar. O MPF de Goiás montou a Operação Monte Carlo. Foram encaminhados ao Procurador Geral Roberto Gurgel os dados relativos aos parlamentares – que tinham foro privilegiado. Gurgel paralisou as investigações. Chamado pela CPMI de Cachoeira a dar explicações, informou que segurou o inquérito para não atrapalhar a Operação Las Vegas, destinada a investigar o bicho. Posteriormente, procuradores de Goiás informaram que as duas operações não tinham relação entre si (https://goo.gl/oNyfk0). Cachoeira está solto e tendo, entre seus ativos formais, um laboratório farmacêutico (!).

O episódio mais notório é o do helicóptero que caiu transportando 500 quilos de cocaína. Não há nenhuma prova concreta conhecida a ligar o caso ao presidente do PSDB Aécio Neves. Mas existe um conjunto de circunstâncias que, no mínimo, exigiriam investigações e explicações:

1.     O helicóptero pertencia a Gustavo Perrela, filho do senador Zezé Perrela, estreitamente ligado a Aécio.

2.    Conforme o GGN publicou em 26 de julho de 2014, (https://goo.gl/OmFYYc ), não haveria condições do helicóptero ter percorrido 1,17 mil km em linha reta sem uma parada para reabastecimento. E o reabastecimento não ocorreu em nenhum aeroporto fiscalizado pela ANAC. Por coincidência, o aeroporto de Cláudio, construído no governo Aécio perto de propriedades da família, ficava na rota percorrida pelo helicóptero e ainda não fora homologada pela ANAC.

3.    Morador em Cláudio, o primo de Aécio, Tancredo Tolentino, foi acusado de negociar habeas corpus para traficantes, em conluio com um desembargador do Tribunal de Justiça.

4.    Perrela injetou muito dinheiro no Cruzeiro Futebol Clube. Depois de conquistado o bi-campeonato nacional, praticamente todo o elenco foi negociado com o exterior (https://goo.gl/vmcF19). O comércio de jogadores sempre foi uma peça relevante na lavagem de dinheiro.

Hoje em dia, o inquérito está parado, graças a um HC do Tribunal de Justiça de Minas, apesar dos esforços de procuradores da República de Minas de tocarem as investigações.

Não se ouve protesto no Supremo Tribunal Federal (STF), nem da parte de Ministros que passaram a defender o estado de exceção contra a corrupção, como é o caso de Luís Roberto Barroso. Parceira do MPF no combate intransigente à corrupção, nenhum grande veículo da imprensa se interessa pelo tema – cuja cobertura está restrita aos blogs e portais alternativos.

De fato, o crime organizado domina o país. Mas ele não está restrito às celas infectas dos presídios.

Correção – foram corrigidos os dados referentes ao HC que impediu o envio de dados sobre a FIFA pelo MPF para o FBI.

Luis Nassif

84 Comentários

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  1. Kojak

    Dentro dos partidos, à frente o PSDB, e, atualmente, no primeiro escalão do governo federal.

    É a mexicanização do Brasil.

    Aragão: ¨Não temos adversários, temos inimigos.¨

    Estamos numa guerra onde somente os invasores agem à luz do dia e na hora em que bem entendem.

    Somos todos covardes, um País de acovardados!

  2. Brasil, mostra a sua cara

    Seu acervo tem substância, basta compilar e editar um livro. As faces ocultas do Brasil precisam ser desnudadas, nenhuma aula de história é mais relevante do que esta. É a derradeira vacina contra a ignorância que serve de base ao poder de manipulação midiático.

  3. Post objetivo e corajoso

    O Nassif coloca as coisas muito bem. Conclui-se, naturalmente, que para alguns do andar de cima o crime compensa. Para o bagrinho não.

    Assim como no desmanche de carros fica evidente que a loja que vende este tipo de “produtos” roubados é quem alimenta e financia este delito e, em última instância o comprador final de produto roubado, o usuário de droga é quem permite gerar a demanda, que justifica todo esse mercado. Os peixes maiores não apenas contam com bons advogados, mas com dinheiro e poder para corromper agentes públicos.

    Isso vale para quem deseje comprar órgãos (rins, etc.), que fomentaria crimes. Também vale para quem compra DVDs piratas na rua. O usuário fomenta e os agentes públicos são corrompidos.

    No Brasil, pela ponta da demanda, há apenas censura moral ou é considerado como vitima (uma vitima estranha que encoraja ao criminoso para vitimá-lo)

    Eu apenas agregaria, na lista final que Nassif colocou, os seguintes fatos: A fazenda chique em São Paulo, por onde o helicoca do Perrella passou, pernoitou, e deixou 50 Kg por lá. O pacote de documentos sobre a dívida da rede Globo, que foi “subtraído” por uma funcionária (que foi filmada) e que ficou por isso mesmo. A ameaça que a mulher do Carlinhos Cachoeira fez para um Juiz, e que ficou por isso mesmo. O policial de MG que acusava ao Aécio e que “veio a falecer” misteriosamente. Há muito mais…..

  4. RS$ 3 mil MÊS por preso ?

    RS$ 3 mil MÊS por preso ? ..aí tem  ..tem muito desvio ..safadeza ..beneficio e salário Nababesco pra aguns agentes e/ou funcionários do Estado  ..muito contrato superfaturado  ..não é possível ..nos tomam por imbecis

  5. Há uma passagem num livro do

    Há uma passagem num livro do escritor italiano Pitigrilli onde 2 amigos conversam sobre um 3º comentando a ingenuidade e credulidade do mesmo. Um deles diz mais ou menos isso : “Se ele encontrar você na cama com a mulher dele mas você disser que é alucinação ele acreditará”. Ao que o outro responde: “Não se preocupe, nós tomamos nossas precauções”. Lembrei-me ao ler este brilhante e informativo post do Nassif, que de ingênuo e alucinado não tem nada, mas que os “homens” tomam as precauções, ah! se tomam !  Impossível tudo isso se não houvesse as “conveniências” entre doleiros, políticos, Judiciário, Polícias, empresários, midia, religiosos. Claro que sempre há as exceções entre eles, se procurarmos encontraremos alguma agulha nesse palheiro.

    1. Peço desculpas a Da.Lourdes e
      Peço desculpas a Da.Lourdes e a Nassif por não ter tirado as crianças da sala.Eu e minhas eternas elucubrações.Vamos dar outro entendimento para essa passagem do livro do escritor italiano Dino Segre,Pitigrilli para os íntimos,que saborosamente nos trás Eduardo Outro.Imaginemos por fantasia,que dos três personagens citados no seu texto,um deles fosse você.Um outro,provavelmente o chifrado,chegasse para um outro,provavelmente o chifrador,e abrisse o verbo:Escuta aqui seu Dudu,Tô sabeno que tu tá de caso com minha mina,e aí qual é o rolê Mano?Alto lá mané,eu não tenho nada com sua mina,diria você.Tu tá me confundindo com o Outro,e pernas para que te quero.De uma forma ou d’outra,esse seu sobrenome aínda lhe trará sérios mal entendidos.

    2. Só de imaginar que você
      Só de imaginar que você recebeu 5 estrelas por esse texto,da-me uma vontade desgraçada de substituir Mendoncinha no Ministério da Educação e recriar o Movimento Brasileiro de Alfabetização,quê no meu tempo chamavam-no de Mobral.Não saberia dizer se teria vagas para tanta gente.

      1. Caríssimo Junior,  vou

        Caríssimo Junior,  vou confessar, por favor não espalhe. Fui propinado pelo clã Nassif, as 5 estrelas são apenas a parte não remunerada. A remunerada, que não é bagatela, eles depositam direto numa ofechore, na conta denominada caixa 3. Motivo da propina ?  Eles não aguentam mais você ficar pegando no pé deles e me pagam para eu distraí-lo para que possam continuar na brilhante e necessária função que exercem sem serem molestados.  Também peço que não espalhe mas se a propina for cortada eu continuarei tentando lhe distrair, pois isso é um dos presentes que meu soberbo nome me deu. Grande amplexo.

        1. Em edicao extraordinaria.Pare

          Em edicao extraordinaria.Pare com isso Dudu,agora.Esse negocio de se envolver com propina,exige tirocino,sangue frio,e alto grau de periculosidade,coisas que voce nao tem.Se pegaram e vao enjaular um dos crliminosos mais perigosos do Pais,Geddel Vieira Lima,o boca de jacare,imagina uma besta quaddrada como tu.Do Bem.Esse seu sobrenome continua a lhe colocar em situacoes constrangedoras,chegando ao ponto de lhe transformar em um reles cuiudeiro.Como voce tem a coragem de envolver a familia Nassif com essa historia de propina?A companhia desses cadastrados daqui esta lhe botando no mal caminho.So posso lhe mandar outro amplexo,quando voce se arrepender e voltar a trilhar o caminho do bem,e,principalmente pedir desculpas ao “cla Nassif”ajoelhado em carocos de milho.

    1. Só o Brasil? Tente acabar com

      Só o Brasil? Tente acabar com o tráfico nos EUA, na Colômbia ou em qualquer outro país americano…

      Talvez em Cuba seja diferente mas todos os outros países desse continente são assim. Sobre o Canadá convido: assista “As invasão bárbaras”, Denys Arcand, 2003.

  6. Vigilante desde aurora.Que
    Vigilante desde aurora.Que não se tenha dúvida,a série Xadrez montada com rara maestria pelo maior jornalista de sua geração,que por certo será transportado para um futuro best seller,é o maior contraponto que se tem nos dias atuais,contra a manipulacao,o engodo e as mentiras descaradas da velha mídia e seus tentáculos.A cada Xadrez que edita,munido de provas inquestionáveis,Nassif como um bólido, rasga as entranhas das Instituições,que paradoxalmente estão aí para combater o que denuncia,e de forma avassaladora e vergonhosa,as deixam completamente com as vísceras expostas.Coloca em situaçoes delituosas,políticos,ministros,juizes,procuradores,na teia criminosa do narcotráfico e do crime organizado,trazendo a luz do sol que os massacres do Amazonas e de Roraima não são caso isolados,e que por trás deles aparece as digitais nada edificante dessas Instituições e personagens de alto coturno que se escondem em algum pedido de vistas nosso de cada dia,em uma articulação combinada.E o que nos mostra esse novo capítulo.A série Xadrez é a maior pedra no sapato do Brasil fascista que a todo custo tentam nos impor e consolidar,e encontram pelo caminho um jornalista corajoso,destemido e valente,que nada mais faz,senão cumprir com seu dever.Como já dito,não faço comentários específicos sobre a série Xadrez,tal a quantidade dos elementos e fatos que nos trazem.Limito-me a fazer constatações e observações que a série permite.

  7. Vigilante desde aurora.Que
    Vigilante desde aurora.Que não se tenha dúvida,a série Xadrez montada com rara maestria pelo maior jornalista de sua geração,que por certo será transportado para um futuro best seller,é o maior contraponto que se tem nos dias atuais,contra a manipulacao,o engodo e as mentiras descaradas da velha mídia e seus tentáculos.A cada Xadrez que edita,munido de provas inquestionáveis,Nassif como um bólido, rasga as entranhas das Instituições,que paradoxalmente estão aí para combater o que denuncia,e de forma avassaladora e vergonhosa,as deixam completamente com as vísceras expostas.Coloca em situaçoes delituosas,políticos,ministros,juizes,procuradores,na teia criminosa do narcotráfico e do crime organizado,trazendo a luz do sol que os massacres do Amazonas e de Roraima não são caso isolados,e que por trás deles aparece as digitais nada edificante dessas Instituições e personagens de alto coturno que se escondem em algum pedido de vistas nosso de cada dia,em uma articulação combinada.E o que nos mostra esse novo capítulo.A série Xadrez é a maior pedra no sapato do Brasil fascista que a todo custo tentam nos impor e consolidar,e encontram pelo caminho um jornalista corajoso,destemido e valente,que nada mais faz,senão cumprir com seu dever.Como já dito,não faço comentários específicos sobre a série Xadrez,tal a quantidade dos elementos e fatos que nos trazem.Limito-me a fazer constatações e observações que a série permite.

  8. O caso do helicoca revela que

    O caso do helicoca revela que há um conluio entre o tráfico de drogas e a política, foi o maior episódio de acobertamento que sem tem notícia no país em tempos democráticos.

    Se a coisa chegou ao ponto de as próprias autoridades da PF se exporem daquele jeito é porque o prêmio pelo abafamento vergonhoso e escandaloso valia muito à pena.

  9. Problema do Narcotráfico

    A solução seria a legalização das drogas (maconha e cocaína) acompanhada de políticas públicas na saúde e em setores da economia. O Estado ganharia grandes quantias em impostos se adotasse o modelo de negócio do cigarro e do álcool, por exemplo. Além disso, tal medida causaria um enorme impacto na situação prisional do país. Eventualmente, surgiriam novos caminhos para os criminosos, mas a sociedade ganharia tempo com a ruína do principal pilar do narcotráfico: girar capital com a venda de drogas.

    1. Só o Brasil? Tente acabar com

      Só o Brasil? Tente acabar com o tráfico nos EUA, na Colômbia ou em qualquer outro país americano…

      Talvez em Cuba seja diferente mas todos os outros países desse continente são assim. Sobre o Canadá convido: assista “As invasão bárbaras”, Denys Arcand, 2003.

    1. manda…..

      Nas cadeias brasileiras só tem ladrão de galinha. Fora algumas raras exceções, repercussão midiática gritante só tem pobres extremamente miseráveis. Se tem algum dinheiro, não vai preso nunca. Esta é a história do Brasil. Fortunas de milhões de reais em roubos milionários ou trafico de drogas está no meio de barracos e miseráveis nos morros ou favelas? Vamos continuar com este nível de discussão?  Então vem todas as autoridades públicas, inclusive juízes e dizem que as chacinas nos presídios é uma aberrração, uma atrocidade medieval? Tudo isto são as condições dos presídios brasileiros, caras autoridades. Atrocidade medieval é um país depois de 30 anos de redemocratização com Constituição Cidadã permitir que o caminho mais largo para o futuro da sua  juventude seja a entrada de uma cadeia. Atrocidade Medieval é o nível das Instituições e do Poder Público brasileiro, inclusive Juízes e Ministério Público. Até quando, Brasil?!

    2. manda…

      Narcotráfico, chacinas, presididos….Melhor explicação e analise: “INDUSTRIA” do Controle do Crime. É só ler. Precisa ser dito algo mais? 

    3. Sinto-me um bunda-mole, um

      Sinto-me um bunda-mole, um completo inútil, verdadeiro verme rastejador quando tento me encaixar nessa história de “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. Não gostaria de que meu filhos tivessem ideias assim sobre o pai deles, meu desimportante ser pessoal. Não, desculpe, não consigo me encaixar nisso…

  10. que beleza de Xadrez…

    agora já temos a certidão de nascimento de um Estado viciado……………………….

    nesta certidão podemos descobrir quem é o pai, o poder

    e quem é a mãe, a riqueza

    Sigam a droga e, ao mesmo tempo, descubram os encantos oficiais e alucinantes de Minas Gerais

  11. OS PRÓXIMOS ANOS

    A ocupação da região Norte do Brasil se dará pela justificativa de que ali se formou o maior cartel de drogas do mundo e que congrega, além do nosso país, todos os demais que fazem fronteira com a região amazônica. A intervenção, via governo norte-americano, se justificaria como forma de combater o tráfico para dentro dos Estados Unidos.

    As rebeliões estrategicamente deflagradas no norte do país têm função semelhante às passeatas de 2013 que culminaram com a queda de Dilma.

    Elas  deflagram uma situação que, no futuro, criará uma justificativa plausível para uma intervenção e ocupação da Região Norte do Brasil pelos Estados Unidos com a anuência do governo brasileiro e de nossa população.

    Os atos violentos envolvendo trafico de drogas serão cada vez mais constantes em nosso território e amplamente divulgados pela mídia, como forma de causar terror na população que, acuada, aceitará intervenção externa em nosso território..

    Com nossas forças armadas sucateadas e acovardadas  e nossa população com senso de nacionalidade abalado pela mídia, fica fácil deduzir o que virá nos próximos anos.

    Viveremos “um inferno midiático” que nos bombardeará diuturnamente para que aceitemos perder um pedaço do nosso território para estrangeiros.

    Já aceitamos entregar nossas riquezas e nossa força de trabalho por ninharias em menos de seis meses de governo Temer.

    Entregar uma parte do nosso território, longínquo, desabitado e apinhado de narco-terroristas que infernizam os grandes centros urbanos será amplamente apoiado pela população acuada.

    Duvidam?

    Quem sobreviver…

    verá.

    P.S. Os EUA diminuirão suas intervenções no Oriente Médio e nos Balcãs, pelo menos é o que diz Trump em seus discursos. Por esse motivo os EUA devem  voltar-se com mais atenção para seus dominados (América Latina),como forma de conter a invasão chinesa no continente americano, portanto, ter a posse da região amazônica que congrega nada menos que nove países, dará aos EUA um domínio físico considerável no continente.

    A única chance que temos dos planos americanos de intervenção por aqui melarem, seria um possível impeachment de Trump nos próximos anos e o retorno de uma nova Guerra da Cesseção nos EUA.

    Aí, a divisão seria lá, não aqui.

    Rezemos para que isso aconteça!

  12. é por isso que, no Brasil, escrevem pouco sobre o tráfico…

    ou escreviam, porque GGn já escreveu com todas as tonalidades do pó branco e do buraco negro da política e da justiça

    só por curiosidade: alguém sabe quantos dos nossos políticos são viciados?

  13. Uma das práticas recorrente das organizações criminosas como o P

    Uma das práticas recorrente das organizações criminosas como o PCC e o CV é oferecer proteção e amparo não só aos presos, mas também as suas famílias. A forma como essas organizações agem vão muito além do comércio, envolve também domínio territorial de regiões com graves vulnerabilidades sociais.

    Os membros dessas organizações criminosas são oriundos de regiões com altos índices de desempregos e onde as polícias praticam todos os tipos de arbitrariedades. É nesse contexto que irmandades criminosas ganham adeptos entre jovens que não têm perspectiva nenhuma de futuro fora da criminalidade.

    1. Estados paralelos

      Talvez a chamada criminalidade seja, na prática, um estado muito mais justo do que o que chama, pelas leis que cria, àquele de criminoso. Talvez o mais criminoso dos estados seja o que a gente vive, caro Wilton. Digo, tirando a hipocrisia, o “deveria ser”, né?

      Há um estudo sobre as relações familiares feito pelo saudoso Ângelo Gaiarsa, “A família de que se fala e a família de que se sofre” (original e provisoriamente chamado de “A família de que se fala e a família que se vive”), que desmascara as hipocrisias que nos fazem caminhar como baratas tontas.

      Alguém da área jurídica poderia escrever algo como “As leis de que falamos e as leis que vivemos”. Ou, da sociologia, “A sociedade de que falamos e a sociedade que sofremos”…

  14. Pergunta incomoda, verdade também.

    Clareza e verdade indispensáveis! Algumas ideias me vêm à cabeça:

    “O que vocês chamam de traficante, eu chamo de comerciante.”

    (Mano Brown, TV Cultura, Roda Viva, 24/09/07)

    E trocando-se, à luz da assunção da verdade a dissolver a escuridão do moralismo hipócrita, a palavra “criminosas” por “capitalistas” no primeiro parágrafo dessa urgente matéria, fica assim:

    A característica central das novas organizações capitalistas é a descentralização e a flexibilização. O avanço das novas tecnologias, a integração das economias nacionais, abriu amplo espaço para terceirizações, alianças, mudando o velho sistema das estruturas hierarquizadas.

    Talvez haja quem proteste:

    Não é porque as organizações ditas criminosas usam o mesmo modelo que as pretensas não-criminosas que se pode condenar às duas da mesma forma. O que diferencia umas das outras é a subordinação de cada uma delas às leis.

    Ora, as leis… como se não fosse do projeto capitalista a mais completa insubordinação às leis e a tudo o que venha do estado. Mas como bem sabemos, as leis, em sociedades que admitem o capitalismo, se aplicam tanto mais quanto menos dinheiro a pessoa tem. O que joga por terra a ideia do Lalau (Stanislaw Ponte Preta):

    Ou restaure-se a moralidade ou locupletemo-nos todos.

    Não, nem a moralidade será restaurada e nem locupletaremo-nos todos. Na real o Capitalismo é assim mesmo, ué: quem pode mais chora menos. Não é porque sabemos da festa no andar de cima que podemos dela participar. Ok, os do andar de cima têm armas, as polícias, mas são menos do que nós. Será que se – ou quando – nós os derrubarmos faremos como eles fazem?

  15. tava na cara, ou mais exatamente, no nariz…

    porque ao se considerar as dificuldades tecnológicas envolvidas, fica tão fácil concluir que as drogas valem mais do que o petróleo e até mesmo que a justiça, a constituição e a democracia juntas

    1. O investimento no que é

      O investimento no que é ilegal é a menina dos olhos do capitalismo: negócios insujeitos às leis, ao fisco, aos impostos e às regulações. Por isso drogas são mantidas na ilegalidade, peregrino.

  16. Boa análise, Nassif

    É preciso colocar luz nesse buraco negro. Não há dúvidas que entre a quadrilha que assaltou o poder no Brasil por meio de um Golpe de Estado há várias conexões com o crime organizado.

    Coisa que impressiona é que desde 2006, quando o PCC colocou o governo tucano de quatro, há mais de 10 anos, portanto, não existe NENHUM indicador que comprove a redução de poder dessa facção. É 7 a 1 todo dia pra cima da PM e da área de Segurança Pública de SP.

    A vergonhosa indicação de Alexandre Moraes para Ministro da Justiça, um pé-rapado que advogou para uma cooperativa de vans de fachada do PCC, mostra o nível de subserviência do governo alckmin, do PSDB, do governo temer, do Golpe ao crime organizado.

    1. Assim como chegou um momento

      Assim como chegou um momento em que o tráfico perguntou-se “porque não interferir no estado” e passou a, entre outras ações, administrar penitenciárias, o estado também perguntou-se “porque não interferir no tráfico?”.

      Será que há mesmo dois estados paralelos, o legal e o ilegal? Ou as pessoas, tendo oportunidade, jogam ao mesmo tempo nos dois lados, tirando de cada um o máximo possível de lucro em poder econômico e político? O que seria do PSDB se não se acertasse com o PCC? O que seria do PCC se não se acertasse com o PSDB?

  17. Xadrez do Brasil na era do narcotráfico

    Parabéns Nassif. Há poucos brasileiros com esssa coragem, inteligência, determinação e respeito pela verdade. A grande mídia (PIG) está na lata do lixo.  

  18. Quem tem medo das implicações do narcotrafico?

    A Lava-Jato é quase uma bobagem perto do verdadeiro problema que assola o Pais, que é essa mafia que vai corroendo as bases do Estado brasileiro. Eh obvio que o experiente Alberto Youssef sabe muito sobre a ligação de politicos e empresarios com o narcotrafico, mas, por uma estranha razão parece não interessar em absoluto nem ao “impoluto” Sergio Moro nem aos moralistas do MPF nem ao PGR Rodrigo Janot. Todos sabem de tudo o que foi aqui elucidado e portanto fecham os olhos, as bocas e os ouvidos.

    E a imprensa? O papel da imprensa brasileira no que tange à informação tera que, uma hora ou outra, ser reavaliado e substanciamente mudado. Tal qual ela persiste em continuar não sera possivel. Se o escândalo do helicoptero da familia Perrela tivesse efetivamente ido à publico, hoje não haveria uma pedra sobre o inquérito. Assim como todas as investigações que levam a caciques politicos do PSDB, PMDB e DEM.

    Eh escandalosa a parcilidade da imprensa em conjunto com juizes, STF, Procuradoria de estados e da Republica, Ministério Publico estaduais e federal e PF. Estão todos esperando a condenação certa, posto que Sérgio Moro trabalha fora da legalidade juridida, de Luis Inacio Lula da Silva e com ela, o fim da Lava Jato. Eh certo que a Lava Jato não foi em nenhum momento instrumento de se fazer justiça, apenas justiçamento segundo a otica de Sérgio Moro e da força-tarefa, portanto é certo o fim de qualquer esperança de um minimo de justiça nos casos que não envolvam o PT. Temer e seus quarenta ladrões, Aécio Neves, Andréa Neves e parte da familia, Geraldo Alckmin e sua turma, José Serra, Verônica Serra e todos os outros comparsas seguirão com seus discursos moralistas para o brasileiro-midiota ver e apenas abanar as orelhas, dizendo morte ao PT.

    1. Graças a Deus

      GGN também é imprensa, Maria Luisa.

      Aliás GGN e assemelhados são a verdadeira imprensa. O resto, como dizia o Millôr, é armazém de secos e molhados.

      1. Ainda bem que este espaço existe

        Sim, Renato. E espero que este espaço de midia assim como todos os blogs de jornalistas que fazem Jornalismo se espalhem e tornem-se lidos por uma amostra maior da sociedade brasileira. Precisamos de uma grande plataforma de informações, talvez juntando varios desses jornalistas para que tenhamos maior alcance da opinião dita publica. Senão, ficaremos ainda por muito tempo nas mãos de grupos como a Globo, Abril, Folha-Uol, etc.

  19. Intransponível drama social do sistema

     

    A crescente falta de empregos e de oportunidades vai se firmando em todo o mundo por conta da acelerada decadência do sistema capitalista, incapaz de conviver em harmonia com a fantástica Dona Tecnologia, que democraticamente, sem pudor e preconceito algum, prossegue fazendo baixos salários e botando no olho da rua, milhares e milhares de trabalhadores braçais e intelectuais, causando os mais diversos tipos de problemas e tragédias, pessoais e familiares, da sociedade de consumo.

    Como não bastasse a crueldade do desemprego e da falta de esperanças, a sociedade capitalista vai se tornado, a cada dia mais vigiada, insegura e controlada, deixando pouco espaço para maiores amizades, muita das vezes, nem mesmo, dentro da própria família. Em semelhante ambiente, tentar de algum modo, fugir deste mundo egoísta, materialista, frio e indiferente, a opção da maldita droga passou a ser uma das “portas de emergência”. Não é por acaso que os EUA são os maiores consumidores de drogas do Planeta.

     

  20. É uma pena que ainda se

    É uma pena que ainda se associe o binômio “CIA x Tráfico de drogas” com teoria da conspiração.

    Realmente uma pena.

    Há muito material, no exterior, produzido por jornalistas sérios, como este artigo do GGN no plano doméstico, sobre o assunto. E, na mesma proporção, material totalmente delirante, cujo objetivo, obviamente, é desacreditar os demais.

    Tráfico de drogas é um negócio lucrativo e estratégico demais, para ficar apenas nas mãos de escobares e fernandinhos.

  21. Nassif exuma mais alguns cadáveres do Estado repressor.

    Prezados leitores,

    Nesta crônica-reportagem, da série “O Xadrez…”, o Jornalista Luís Nassif exuma mais alguns cadáveres do Estado policial e repressor, mostrando como o alto comando do crime organizado está nas estruturas do Estado (polícias, MP, PJ, agentes políticos) e na turma da bufunfa (empresários, investidores, doleiros, quiçá bancos e instituições financeiras formais, indústrias químicas e farmacêuticas). O médio e o baixo clero sujam as mãos de sangue e cometem as chacinas que vemos acontecer nos presídios. Mas a cúpula é sempre preservada, como mostrado na reportagem demolidora.

    Talvez pelo cansaço e pela indignação fente à seletividade, omissão ou ação deliberadamente criminosa dos agentes do Estado em relação ao episódio do “helicoca”, Luís Nassif cometeu alguns erros:

    1º) A a eronave não caiu, mas foi apreendida com 445kg de pasta-base de cocaína, em meados de 2013, na cidade de Afonso Cláudio, no ES.

    2º) Não há provas concretas (materiais, cabais) do envolvimento direto do senador Aécio Neves da Cunha, mas indícios fortíssimos disso. Aécio é amigo pessoal do senador Zezé Perrela, o mafioso que presidiu o Cruzeiro e que é acusado de muitos crimes, como lavagem de dinheiro e desvio de dinheiro do clube, para a compra de fazendas no interior de MG. Aécio assistia, na faixa, aso jogos do Cruzeiro no Mineirão, ao lado de Perrela, na tribuna de honra. As polícias federal e civil liberaram a aeronave e declararam sumariamente a inocência dos Perrela (donos da aeronave), mesmo antes de qualquer investigação mais aprofundada.

    Mais uma vez parabéns ao Nassif, pela coragem de fazer o verdadeiro Jornalismo investigativo e de denúncias.

  22. Puxa Nassif, sem palavras

    Puxa Nassif, sem palavras eloquentes para agradece-lo; se expondo e à sua família dessa forma é muita coragem e honradez. Que haja Deus e que vocês sejam protegidos. Muito pbrigado!

  23. Questão de ordem. Reconhecimento

    Com o devido respeito aos demais profissionais, não há hoje, no Brasil, um jornalista fazendo um trabalho que minimamente se aproxime ao que o Luís Nassif/GGN vem desempenhando, notadamente nos últimos 3 anos. Não por acaso, 95% do que compartilho no meu perfil do Facebook tem origem no GGN. É o endereço mais importante, relevante e imprescindível do jornalismo brasileiro. Primeira leitura obrigatória. 

  24. Nesta esquematização me

    Nesta esquematização me chamou a atenção duas coisas que não foram comentadas pelos colegas:

    1.A NÃO citação explícita de que igrejas de GARAGEM e o agronegócio (mais o bovino) são duas das melhores formas pra se esquentar a grana

    2. e as gravíssimas ilações dadas em direção a um tucaninho oligarca, conhecido como MINEIRINHO no processo da LAVA JATO, ele que ha anos é conhecido do anedotário popular como tendo ligado a sua “carreira” política até ao consumo de cocaína que se dava na Chapada dos Veadeiros ..falo de  Aécio Neves que, com certeza, precisa mais do que ninguém clarear com ligeireza (o que não é comum aos mineiros) os fatos aqui RELEMBRADOS

     

  25. Vamos pedir ajuda para o Noé!
    Vamos pedir ajuda para o Noé! Ele já nos salvou das águas do demo-capêta! Só ele pode nos salvar do pó demo-tucano!

  26. Vamos pedir ajuda para o Noé!
    Vamos pedir ajuda para o Noé! Ele já nos salvou das águas do demo-capêta! Só ele pode nos salvar do pó demo-tucano!

    1. Não tenho como afirmar,mas
      Não tenho como afirmar,mas muito provavelmente essas benditas 5 estrelas que lhe deram,foram dos passageiros da arca de Noé.

  27. Brasil, entre Puerto Rico e o México

    Quem ganha 10 mil/mês, vive como quem ganha 10 mil; quem ganha 100/200 mil/mês, vive e ostenta como quem ganha isso. É do conhecimento até do mundo mineral que é no Denarc/Polícia Civil que está o nó do problema, afinal o crime organizado e o tráfico vicejam porque recebem a devida proteção e cobertura, e mantém os agentes do Estado muito bem remunerados. Se fosse séria, bastaria a Corregedoria investigar os sinais exteriores de riqueza de seus servidores. Delegados e investigadores (?!?!) com casas na praia, SUV de 150 mil na garagem, e jet ski são incompatíveis, por óbvio.

    Dois casos emblemáticos (palavra que não gosto,mas não tem outra). Em uma determinada rua famosa e emblemática (olha ela aí de novo) de São Paulo, uma pizzaria trocou de mãos, por um valor expressivo, coisa de milhões. Até aí nada de anormal, seria apenas mais uma transação comercial como muitas. Só que não. O vendedor revelou a forma inusitada de pagamento: metade em cheque (caixa 1), a outra metade em dinheiro vivo (caixa 2). O dinheiro vivo estava úmido, com cheiro de bolor, mofo, o que indica que estava emparedado ou enterrado. O comprador? Um certo delegado da PC, que coleciona pizzarias, esta última foi a décima quinta (15ª) aquisição. 

    O outro foi parecido, a mãe deu de presente para o filho um bar, na mesma rua, onde pontos comerciais são muito caros, em um momento em que a recessão se aprofunda dramaticamente. O bar pouco abre, não tem dia certo, é apenas um local onde o menino reúne os amigos para fazerem muita bagunça, uma espécie de clube. A mãe? Delegada da PC. 

    O Brasil na encruzilhada. A destruição das empresas e empreiteiras brasileiras, da engenharia nacional, da indústria naval e de defesa, o estraçalhamento das instituições nos aproximam de Porto Rico, um Estado em tudo dependente dos EUA. A predominância do crime organizado e do tráfico nos aproximam de um narcoestado mexicano. 

    1. concordo…

      “Quanto ao estraçalhamento das instituições nos aproximam de Porto Rico, um Estado em tudo dependente dos EUA”, estou de acordo, quanto crime ao organizado, acho que a crise pos em evidencia esta  predominacia, mas que ja acontece faz algum tempo, e em nivel de selvageria, me parece, que ja alcançamos o Mexico sem problemas……quanto as prisões mexicanas, não sei se são piores que a brasileiras…..tenho duvidas…. quanto aos muito instrutivos “casos emblematicos”, me leva a conclusão que os varios orgão responsaveis por cobrança de impostos no Brasil, são de uma incompetencia,seja pela razão que for, estarrecedora……morando fora da patria amada a muito tempo, conto um causo em que sou protagonista….
      Quando aqui chegei, la pelos anos 90, fui a uma conssesionaria comprar um carro usado, no valor atual de mais ou menos 15 mil euros.Tinha um pouco de dinheiro vivo para a operação e perguntei ao vendedor se era possivel pagar uma parte em dinheiro vivo, ele disse que sim……disse que seriam algo como 5 mil euros….o vendedor arregalou os olhos,quase caiu da cadeira e me respondeu:não senhor, no maximo mil euros, e o resto o senhor nos paga com um cheque nominal….. perguntei o por que da coisa, ele me respondeu que era para evitar sonegação e lavagem de dinheiroe, exigencia da receita federal do pais…. comprar bens mais caros como carros ou imoveis, é quase impossivel, ninguem te vende em dinheiro vivo….tem que ter algum registro da operação.Para min, este é um meio realista e de relativa facil aplicação de combater a lavagem de dinheiro, efetivo e sem estardalhaço…

  28. A área plantada de folha de
    A área plantada de folha de coca na Bolívia aumentou no mínimo três vezes nos
    Últimos anos,já estrategicamente o PCC está ousadíssimo,agindo e controlando a venda de maconha no Paraguai,enquanto isso,aqui no Brasil;
    TUDO É CULPA DA DILMA/LULA E DO PT!!

  29. Nassif;
    Corajosa, clara ,

    Nassif;

    Corajosa, clara , objetiva e contundente matéria.

    Vivemos nesta triste realidade e não enxergamos.  e não nos esforçamos para enxergar

    Onde está o judiciário mais caro do mundo? Onde estamos nós, povo que náo nos  revoltamos? 

    Após esta leitura não tenho nenhuma dúvida que não dá mais para postergar o enfrentamento a este câncer que assola o Brasil, desmascarando toda a hipocrisia dos citados por você na PEÇA 5. Blindagem ao alto clero.

     

    Genaro 

    1. Bem observado. Esse é o

      Bem observado. Esse é o câncer que assola o Brasil. O país do judiciário mais caro do mundo também é o mais condescendente com a tragédia do tráfico de cocaína. Enquanto o país afunda num mar de merda, prendem alguns bagrinhos e recebem altos salários para fazer trabalho de tartaruga.

      “Ponha sua boca ao pó, a ver se há esperança.” 

       

      [video:https://www.youtube.com/watch?v=gnv-k_mKMR8%5D

      Cena do filme “Transpoint, sem limites” em que o protagonista mergulha no esgoto para resgatar a droga que estava em seu intestino:

       

  30. Youssef foi réu de Moro em ação de tráfico de drogas. ABSOLVIDO!

    Youssef foi réu de Moro em ação de tráfico de drogas. ABSOLVIDO!

    Na Lavajato foi constatada, sim, a ligação de Youssef com o tráfico internacional de drogas. No processo nº 5025687-03.2014.404.7000 (*), o bandido Alberto Youssef foi denunciado pelo MPF pela lavagem de dinheiro do tráfico internacional de drogas, participando o escritório do bandido em Sáo Paulo da lavagem de US 36.000 (29%) do total de US$ 124.000 lavados.

    Estranhamente, ao final do processo, o bandido Alberto Youssef FOI ABSOLVIDO pelo juiz Sérgio Moro, com a também estranha concordância do próprio MPF que se “arrependeu” de tê-lo denunciado. O argumento para absolver o bandido de estimação (de muitos) foi muito interessante, sendo (em outros termos) o seguinte: “não comete crime o bandido que apenas cede o seu escritório de lavagem de dinheiro para que outro bandido entregue dinheiro do tráfico a “funcionário do escritório” (no caso, Rafael Angulo), que, em seguida, numa outra oportunidade, no mesmíssimo escritório, repasse o dinheiro do tráfico a outro emissário da lavagem”. 

    Não é uma jurisprudencia FOFA essa do Moro, gente?

    ————————————————————-

    (*) Resumo do processo citado pode ser visto na página do MPF http://lavajato.mpf.mp.br/atuacao-na-1a-instancia/denuncias-do-mpf , e é transcrito abaixo, onde se observa outra FOFURA, desta vez do MPF, ao omitir que Alberto Youssef fora ABSOLVIDO, por recomendação do próprio MPF. Muito gracioso a convicção do Dallagnol de que o bandido de estimação Alberto Youssef era INOCENTE no caso, COITADO. Segue a transcrição:

    “4) Lavagem do tráfico internacional de drogas – Processo penal nº 5025687-03.2014.404.7000, chave de acesso 380118535714:

    Síntese: Em 22 de abril de 2014, o Ministério Público Federal ofereceu denúncia em desfavor de RENE LUIZ PEREIRA, SLEIMAN NASSIM EL KOBROSSY, MARIA DE FÁTIMA STOCKER, CARLOS HABIB CHATER, ANDRÉ CATÃO DE MIRANDA e ALBERTO YOUSSEF pela prática de crimes de tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico internacional de drogas, de lavagem de dinheiro – tendo como antecedentes os crimes de tráfico internacional de drogas e de evasão de divisas.

    Os denunciados promoveram evasão de divisas para o exterior de US$ 124 mil, valor proveniente do tráfico internacional de drogas. A lavagem de dinheiro consistiu na utilização de contas de laranjas para lavar valores provenientes do tráfico de drogas transnacional. RENE foi denunciado também pelos crimes de tráfico e associação para o tráfico de drogas, em razão do transporte de 678 kg de cocaína.

    O processo, mais tarde, foi desmembrado em relação a SLEIMAN NASSIM EL KOBROSSY, foragido, e MARIA DE FÁTIMA DA SILVA, narcotraficante presa na Espanha em virtude de outro processo. O processo desmembrado assumiu o número 5043130-64.2014.404.7000, chave de acesso 461422285514.

    Em 20 de outubro de 2014, ao sentenciar esta ação penal, o Juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba/PR condenou RENE pelos crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, recebendo pena de 14 anos de reclusão, em regime inicial fechado, e multa. Condenou também HABIB a cinco anos e seis meses de reclusão, em regime inicial fechado, e multa e ANDRÉ a quatro anos de reclusão, em regime inicial semiaberto, e multa, ambos pelo crime de lavagem de dinheiro.”

    1. Banestado

      E a mesma dupla Moro-Youssef escondendo o escândalo do banestado. Onde Youssef fez delação premiada e ficou solto.

      E o fechamento de Ouro, com Moro indo morar nos EUA.

  31. Quem mesmo pratica tráfico de influencia
    Quem mesmo pratica tráfico de influencia….para os sabujos da Farsa a Jato foi Lula ao usar seu prestigio para ousar na årea da geopolitica, alavancando as empreiteiras nacionais.

    O que será orgulho nacional depois da Farsa a Jato: o tráfico de drogas e cabeças sendo decepadas com o apoio de Instituiçoes golpistas, midia e mercado, forças convertidas em organizacoes criminosas a serviço dos verdadeiramente corruptos que tomaram de assalto o poder e o cofre da Res Publica…nāo hå luz no fim do túnel nessa ponte para o inferno: o pato da FIESP perdeu a graça e tá ficando caro para o povo brasileiro.

    Quem mesmo pratica tráfico: de influência inclusive:

    ” 4. Quando o caso HSBC veio à tona, apareceram nomes de grupos de mídia aliados do MPF. O caso sumiu.

  32. Grandes valores que não são tocados

    Por falar nos lucros estratosféricos dos traficantes de pessoas, de drogas e similares, os grandes latifundiários estão devendo quase UM TRILHÃO em impostos à União e fica tudo por isso mesmo. Em qualquer país normal esse escândalo mereceria, no mínimo, uma CPI no Congresso Nacional:

    https://youtu.be/H_WihPiZ0L4

     

    PS – O helipóptero dos Perrela não caiu, ele foi apreendido numa operação da PF cujo inquérito resultante sumiu.

  33. Algumas considerações.

    Faltou no pimeiro infográfico o setor financeiro, sem ele a engrenagem internacional do tráfico de drogas não funcionaria…

    Outro ponto que já comentei no outro post sobre o assunto: as redes de solidariedade do tráfico, pelo menos no Brasil, não estavam ligadas organicamente ao jogo do bicho, pelo menos não no início.

    Na verdade, as redes de solidariedade ao tráfico estavam mais ligadas às estruturas pré-existentes e rudimentares, como os traficantes de maconha.

    No resto da América Latina já havia redes de contrabandistas (Escobar é o melhor exemplo), e por aqui havia um tráfico incipiente de maconha, que com a chegada do produto de alta rentabilidade e valor agregado (cocaína), acabaram por se especializar nesse ramo.

    Voltando ao setor financeiro, volto a afirmar: é por isso que a CPMF foi derrubada, com aquela patacoada da mídia contra a “altíssima carga tributária”. Esse chip tributário daria aos órgãos anti-lavagem um poder imenso de rastrear movimentações onde quer que fosse, com com uma simples calculadora de bolso e regra de três.

    Também foi menosprezada pelo autor um fator preponderante, sem o qual nenhuma estrutura organizada funciona: o Estado.

    Não a corrupção dos agentes estatais, mas a participação do Estado como resultado de suas políticas públicas, ou seja, de sus escolhas.

    As rotas relevantes internacionais e nacionais, aquelas que carregam volumes em nível de atacado (tubarões) não existem da forma precária imaginada.

    Não.

    Elas funcionam com o conhecimento de esferas importantes de controle nos portos, aeroportos e outros modais.

    Foi justamente a desregulamentação (advinda da privatização) de portos, aeroportos, etc, que conferiu a possibilidade das redes de tráfico de atuarem livremente e em escala global.

    Todo mundo que trabalha em aduana conhece os containers e o modelo green light, por exemplo.

    As redes de contrabando e tráfico de pessoas/armas (bem mais antigas que as do tráfico) foram as principais privilegiadas com o processo de desmonte estatal, transformando as aduanas em terras de ninguém.

    Portanto, a facilitação do tráfico de drogas foi resultado de uma escolha política, de uma ação de Estado, juridicamente sustentada, politicamente legitimada.

    Faltou também ao autor considerar os mercados de bens de luxo, assim como o mercado imobiliário, artes, joias, veículos, coleções e leilões, grandes parceiros das redes de lavadores de dinheiro ilegal, que já funcionavam como assessórios de outras atividades criminais (desvio de verbas públicas, por exemplo) e que agregaram o dinheiro do tráfico de drogas como um plus, e que hoje funcionam em completa sinergia.

    Outra coisa: o desmonte dos carteis colombianos teve reflexo na geopolítica do tráfico no Brasil, mas todo o processo brasileiro é residual, ou secundário. O Brasil ainda é um mercado secundário, onde as facções atuam de forma fragmentada, daí a violência.

    O grande resultado do desmonte dos colombianos foi o fortalecimento dos carteis mexicanos.

    Lá (Tijuana, Ciudad Juarez, etc) o banho de sangue obedece a mesma lógica da época da sedimentação dos colombianos: militarização do combate e guerra por território.

    É possível que em algum tempo haja estabilização por lá, como aconteceu na Colômbia por algum tempo.

    Como toda atividade capitalista, o foco, o centro das atenções é onde tem grana, EUA e Europa.

    Os números das exportações estão subestimados. É muito maior.

    Outro quesito esquecido pelo autor foi a atuação da indústria (legal) de armas. Sem analisar essa rede, sem conhecer como atuam para vender tanto para polícias quanto para criminosos, nossa análise sai bastante prejudicada.

    O episódio da Promotoria de NY e os bancos ingleses em paraísos fiscais, onde se descobriu grandes volumes de dinheiro ilegal (tráfico de drogas, armas, etc), que resultou um uma simbólica “multa” de 1,2 bilhão de dólares apenas, e nenhuma condenação, dá a ideia de como as coisas funcionam.

    Dizem que as agências do HSBC nas cidades fronteiriças do México, mudaram a configuração dos guichês dos caixas, para possbilitar que os depositantes entrassem com grandes baús cheios de dinheiro, que todo mundo sabia de onde vinha. Pode ser lenda urbana, mas pode não ser.

    Há outra “lenda”, que diz quem em 2008, alguns países, e quem sabe o mundo, foram salvos, ou sentiram menos o baque, porque uma grande parte do dinheiro ilegal foi “perdoado” e trazido para dentro do sistema.

    Bem, se a gente considerar o que tem sido feito para a chamada repatriação de ativos no Brasil, e o que se fez com o dinheiro dos delatores premiados, parece que a realidad é que não faz muito sentido.

    Vocês imaginam que no meio da grana “lavada” pela lava jato do doleiro youssef, por exemplo, tenha só grana da política? Pois é…

    Esse tema é vasto, e não dá um ou dois posts, dá uns bons livros…

     

    1. Se lembro bem…….

      “As rotas relevantes internacionais e nacionais, aquelas que carregam volumes em nível de atacado (tubarões) não existem da forma precária imaginada.Não.Elas funcionam com o conhecimento de esferas importantes de controle nos portos, aeroportos e outros modais”

      Se lembro bem,temos um presidente que tem ” negocios” obscuros com o porto de Santos(Codesp)………

      https://jornalggn.com.br/noticia/como-temer-operou-no-esquema-no-porto-de-santos-por-marcelo-auler

      Vejo o mal em todo o lado……deve ser paranoia………ou não?

       

    2. campos de pouso clandestinos

      Abrindo uma exceção ao meu propósito de não aparecer por aqui, em atenção à excelente análise de Nassif. Também a alguns comentários, como este aqui (de Hydra). Fala-se muito na extensão de nossas fronteiras para justificar o escasso controle de drogas e de armas. Esta desculpa não explica o trajeto de armas/drogas desde os países limítrofes até os morros (p.ex.) do Rio de Janeiro. É de pensar em conivência mesmo do Estado (das Forças Armadas e da Polícia Federal), no mínimo.

      Na omissão do Estado (ator bem lucidamente lembrado por Hydra), figuram os campos de pouso clandestinos…nem tanto. Conheço um, de pista muito boa, no Sertão de Pernambuco. Nada o explica, economicamente. É uma região produtora de maconha, de ótima qualidade.

      Esta era a colaboração que sinto devida, pois tive alguma atuação funcional neste terreno. Um trabalho assim, tão excelente, como este de Nassif me gera obrigações.

      fabiano

  34. Sabe aqueles exercícios de

    Sabe aqueles exercícios de ligar que as pré-escolas fazem com as crianças numa determinada fase do aprendizado? Pois a minha filha caçula todos os dias ligava as pessoas nas refeições aqui de casa. Suas ligações atendiam mais a sua criatividade e o seu emocional do que a objetividade. Conseguia ligar a irmã com o gato, se esse estava sentado em alguma cadeira na mesa, porque o gato era dela. E o primo com a cachorra porque a cachorra foi dele. Como as ligações eram surpreendentes todas as vezes que ela terminava a brincadeira diziamos: será? Pois bem, lendo esse post, e como eu não sei fazer o esquema power point, me deu vontade de brincar de ligar.

    Primeiro caso:

    entrada de drogas pelo Paraguai – helicóptero do Perrela – delegados federais da Lava Jato aecistas militantes – SERÁ????

    Segundo Caso:

    Carlos Cacheira – Demóstenes Torres – Gilmar Mendes – imprensa que o protege – SERÁ????

    Terceiro Caso

    Perrela – Aécio Neves – PGR/Janot – STF/Gilmar Mendes – imprensa que o protege – SERÁ????

    Quarto caso

    Alberto Youssef – Delegados da PF da Lava Jato – Procuradores da Lava Jato – Juiz Sergio Moro – militância, proteção e ligação com Aécio Neves/ amigo do Perrela – SERÁ????

    Quinto Caso:

    Perrela – CBF – Judiciário/desembargadores do Rio de Janeiro – Rede Globo – FBI – SERÁ?????

    Sexto Caso

    Lavagem de dinheiro – Off shores – Rede Globo – Lava Jato – SERÁ????

    Sétimo Caso e mais grave

    Impunidade – Policia Federal – PGR – STF – Imprensa – SERÁ????

    Enfim, essas combinações parecem um caleidoscópio onde alguns nomes e instituições brasileiras são as pedras coloridas que só mudam de posição.

    PS – Está explicado porque a Polícia Federal, o Ministério Público e o Judiciário perseguem  José Dirceu, Dilma Roussef e Lula. Precisam esconder a podridão em que estão metidos mostrando serviço em cima de alvos fáceis fabricados pela imprensa.

     

     

     

     

     

  35. Bem observado. Esse é o

    Bem observado. Esse é o câncer que assola o Brasil. O país do judiciário mais caro do mundo também é o mais condescendente com a tragédia do tráfico de cocaína. Enquanto o país afunda num mar de merda, prendem alguns bagrinhos e recebem altos salários para fazer trabalho de tartaruga.

    “Ponha sua boca ao pó, a ver se há esperança.” 

     

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=gnv-k_mKMR8%5D

    Cena do filme “Transpoint, sem limites” em que o protagonista mergulha no esgoto para resgatar a droga que estava em seu intestino.

  36. só uma ressalva ao texto

    O Bicampeonato do Cruzeiro em 2013 e 2014 foi sobre a administração do advogado Gilvan de Pinho Tavares. Ou seja, os Perrelas não mais estavam no comando do Cruzeiro. Há até comentários em Belo Horizonte que os Perrelas pretendem voltar a direção do maior de Minas “batendo chapa” com o nome a ser indicado pela administração do Gilvan de Pinho Tavares. A bem da verdade, esta parte do texto em comento deve ser retificada.

    1. Gilvan foi vice jurídico dos

      Gilvan foi vice jurídico dos Perrelas, tanto de Zezé quanto de Alvimaar. É da casa. Em 2012, primeiro ano de Gilvan, este clube quase foi rebaixado.  Dizem que haviam divergido. Em 13 e 14, montaram um time que, surpreendemente, ganhou quase tudo. Havia dinheiro (muito) para a montagem de time. Quem sabe tenham entrado em acordo. Em 2015 e 2016, novos fracassos, em todos os campeonatos que disputou. Brigaram de novo? Gilvan foi candidato a deputado estadual e perdeu, apesar do bi nacional. Gustavo Perrela, filho de Zezé, também perdeu.

      Por fim, para realçar mais um pouco a relação entre Aécio, Zezé e Janot, é importante divulgar mais amplamente o afastamento do promotor Eduardo Nepomuceno das ações que envolvem o senador Zezé.  

  37. Jogo escondido

    Perfeita análise e conhecimento sobre o assunto.

    O crime organizado só se vale crescer através de grandes coorporações. Não é pessoas dentro do prísidio que movimentam milhões, estes são pobres coitados usado para mostrar que o crime só é feito por pobre e não por rico.

     

  38. Jogo escondido

    Perfeita análise e conhecimento sobre o assunto.

    O crime organizado só se vale crescer através de grandes coorporações. Não é pessoas dentro do prísidio que movimentam milhões, estes são pobres coitados usado para mostrar que o crime só é feito por pobre e não por rico.

     

  39. Esse é um blog de verdade,

    Esse é um blog de verdade, trazendo as informações de que todos precisamos para entender esse país e o mundo.

    Como sempre digo, aqui, o post é importante, mas a maior parte dos comentários dão um banho em qualquer órgão de imprensa que se conheça por aqui.

    Quem não lê o blog, como diria meu pai, não sabe o que está perdendo.

    Parabéns Nassif.

  40. Excelente reportagem. Só há

    Excelente reportagem. 
    Só há de se constar que Zezé Perrella não é presidente do Cruzeiro desde 2011 portanto não teve influencia direta na venda de jogadores após o bicampeonato nacional de 13/14.
    Porém ele pretende voltar à presidência no ano que vem.

  41. Prezado Jornalista Luis Nassif

    Sugiro ao senhor e a todos os seus leitores que leiam esta matéria que foi postada no blog Conversa Afiada pelo ex-ministro da justiça EUGÊNIO ARAGÃO. 

    É uma das matérias mais importantes que eu já li depois do golpe e tem por título “O mimimi do “ministro da justiça”: por que xingar não é melhor que argumentar ou calar”. 

    Como o título sugere, trata-se um libelo contra o atual “ministro da justiça”, Alexandre Moraes, mas não só isso.

    Na minha modesta opinião é uma matéria para ser divulgada aos quatro cantos do mundo, e não posto aqui na íntegra por ter a certeza de que o Senhor o fará depois de uma primeira leitura. IMPERDÍVEL!

     

    https://www.conversaafiada.com.br/brasil/aragao-e-o-mimimi-do-moraes

     

     

     

     

     

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