Xadrez do Brasil na era do narcotráfico – 2

Peça 1 – os ladrões de bicicleta e os de helicóptero

Vamos a desdobramentos do artigo anterior, incorporando análises e informações trazidas por vocês e uma longa conversa com o juiz Luiz Carlos Valois, de Manaus.

O juiz chama a atenção para algumas discrepâncias que se tornaram corriqueiras na análise do tráfico.

Como imaginar que organizações criminosas, formadas apenas pelo baixo clero, cujas principais lideranças estão presas, e são moradores de barracos em favelas, possam comandar uma estrutura da dimensão do tráfico de cocaína? Como diz Valois, os verdadeiros comandantes andam de helicópteros.

Tome-se o transporte de cocaína. A parte mais artesanal são as mulas, em geral provenientes de países africanos, trazendo cocaína na bagagem ou no estômago.

Trata-se de uma quantidade irrelevante, perto dos sistemas profissionais de transporte: containners com drogas, no meio de produtos de exportação, vindos por avião, navios ou por caminhões pela fronteira.

Esse grande atacado exige sistemas muito mais pesados de corrupção. Passam pela aduana, nos aeroportos e portos do país, pelo acesso a grandes escritórios de advocacia e aos tribunais superiores, por informações provenientes dos órgãos de investigação.

Exigem fluência em línguas para estabelecer os contatos internacionais, e sofisticação financeira para transitar o dinheiro pelos paraísos fiscais ou em grandes esquemas de lavagem.

Como bem coloca a leitora que assina Hydra:

Também foi menosprezada pelo autor um fator preponderante, sem o qual nenhuma estrutura organizada funciona: o Estado.

Não a corrupção dos agentes estatais, mas a participação do Estado como resultado de suas políticas públicas, ou seja, de sus escolhas.

As rotas relevantes internacionais e nacionais, aquelas que carregam volumes em nível de atacado (tubarões) não existem da forma precária imaginada.

Não.

Elas funcionam com o conhecimento de esferas importantes de controle nos portos, aeroportos e outros modais.

Foi justamente a desregulamentação (advinda da privatização) de portos, aeroportos, etc, que conferiu a possibilidade das redes de tráfico de atuarem livremente e em escala global.

Todo mundo que trabalha em aduana conhece os containers e o modelo green light, por exemplo.

As redes de contrabando e tráfico de pessoas/armas (bem mais antigas que as do tráfico) foram as principais privilegiadas com o processo de desmonte estatal, transformando as aduanas em terras de ninguém.

Portanto, a facilitação do tráfico de drogas foi resultado de uma escolha política, de uma ação de Estado, juridicamente sustentada, politicamente legitimada.

Faltou também ao autor considerar os mercados de bens de luxo, assim como o mercado imobiliário, artes, joias, veículos, coleções e leilões, grandes parceiros das redes de lavadores de dinheiro ilegal, que já funcionavam como acessórios de outras atividades criminais (desvio de verbas públicas, por exemplo) e que agregaram o dinheiro do tráfico de drogas como um plus, e que hoje funcionam em completa sinergia.

Peça 2 – o mercado global do crime

Primeiro grande sociólogo a estudar o fenômeno da globalização do crime, o espanhol Manuel Castells constatou que o crime recorre aos mesmos modelos de atuação das multinacionais.

A globalização, os sistemas de informação instantâneos, a convivência das diversas formas de crime em um mesmo circuito, favoreceram o chamado empreendedorismo do tráfico.

No mercado financeiro, existe ainda uma zona cinzenta dos paraísos fiscais e dos doleiros, onde convivem caixa 2 de empresas, corrupção política, diversas formas de contravenção – do bicho ao roubo de remédios –, mercado de artes e de jogadores de futebol, e capitalistas em geral, atrás de negócios rentáveis de retorno rápido.

É um mercado informal em que as oportunidades de negócios são oferecidas através do circuito de consultores financeiros e doleiros em geral.

Suponha um jovem empreendedor que queira atuar no mercado do narcotráfico. Sua organização necessitarias das seguintes especialidades:

1.Especialista em comércio exterior.

O conhecimento das entranhas das alfândegas, dos entrepostos, dos sistemas de transporte, é know-how das redes tradicionais de contrabandistas, das tradings e, hoje em dia, de qualquer grande empresa nacional ou internacional sediada no Brasil. Ou seja, há um conhecimento consolidado sobre as estradas e picadas do comércio internacional e oferta de mão-de-obra especializada.

2.Operadores financeiros

Há um amplo know-how no país, de doleiros operando em todas as pontas do esquema, dos investimentos na contravenção à lavagem de dinheiro. As formas de lavagem de dinheiro do PCC – postos de gasolina ou vans – são varejos irrelevantes, perto do dinheiro envolvido no tráfico, o que fortalece a versão de que são a ponta pobre do sistema.

3.As ligações internacionais

Como identificar pontas fornecedoras e pontas compradores de drogas? Ora, são informações que circulam no mercado cinza, através da rede de doleiros, ainda mais com as interligações possíveis nesses tempos de Internet e What’sApp.

4.As formas de blindagem

Autoridades – políticos, magistrados, delegados – que entram no negócio e ajudam a fortalecer a blindagem, da mesma maneira que Carlinhos Cachoeira valendo-se do ex-senador Demóstenes Torres.

Portanto, há todo um ambiente propício ao empreendedorismo no narcotráfico: mão-de-obra especializada, circuito exclusivo de informações, modelo de negócio já testado. Basta o narcoyuppie identificar uma região demandante para montar seu negócio juntando as demais peças do jogo.

Voltando à conversa com o juiz Valois, quem está mais apto a reger essa orquestra, o narcoyuppie que anda de helicóptero ou o traficante que está no presídio?

É por aí que se entende o provável superdimensionamento das organizações criminosas.

Peça 3 – a ficção da repressão às drogas

Por tudo isso, as supostas superogranizações criminosas, que hoje estão no centro de todas as políticas repressivas, talvez não passem de uma mera ficção, um enredo cômodo, de estruturas criminosas, compostas apenas de peixes miúdos e que têm a particularidade de todos seus líderes estarem presos.

Para a polícia, o trabalho se resume a campanas, prisões de mulas ou pequenos traficantes e à descoberta eventual de carregamentos maiores de cocaína. De vez em quando, um Ministro exibicionista aparece em fotos podando pés de maconha.

Para o Ministério Público, a denúncia também não dá trabalho: é padrão. Para o juiz, a detenção ou condenação é como em uma linha de montagem. Depois, no presídio, separam-se os presos de acordo com a região onde moram, engordam-se as estatísticas de prisões e de população carcerária e alimentam-se as lendas sobre as superquadrilhas.

Juízes de 1a, 2a ou 3a instância, assim como promotores, procuradores regionais ou subprocuradores, nem precisam dedicar muito tempo aos casos. Está tudo padronizado, catalogado, armazenado em docs no computador, bastando apenas trocar o nome do réu a cada processo. O trabalho da inteligência se resume a identificar novas áreas de plantio e novas rotas de entrada. E todos dão o trabalho como concluído, enquanto aumenta exponencialmente o comércio de drogas.

Só dá trabalho quando algo sai do previsto. Como, por exemplo, a detenção de um piloto de helicóptero, sem saber que pertencia ao filho de um senador da República, amigo e correligionário de um candidato à presidência da República.

Não é por outro motivo que a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) passou a ser um imposto maldito, pelo fato de permitir rastrear as movimentações inclusive no mercado cinza.

Peça 4 – a economia da droga

E aí se entra em um terreno muito distante para um país que não consegue enxergar um palmo além do momento presente: está perto o dia não apenas para a descriminalização da droga, mas, como observa o juiz Valois, para a regulamentação da economia da droga.

Segundo trabalhos acadêmicos, a demora para os EUA descriminalizarem a droga estava ligada à dependência de importações.

Nesse interregno, os EUA já patentearam as sementes de grande parte das espécies de maconha conhecidas.

Nos próximos anos, prevê Valois, surgirão as novas Ambevs ou Souza Cruz, explorando as novas formas de droga legalizada.

Será um movimento gradativo de liberalização, em que haverá uma regulamentação específica para cada droga, de acordo com seu menor ou maior efeito. Hoje em dia, por exemplo, as embalagens de cigarro são obrigadas a estampar fotos de pessoas afetadas pelo fumo. As de bebida escaparam das fotos de grandes acidentes provocados pelo álcool.

A regulamentação gerará receita fiscal, possibilidade de políticas de saúde para os dependentes. E, principalmente, liberará a polícia para trabalhos efetivos de prevenção e de elucidação de crimes. Hoje em dia, praticamente todo o tempo policial é dedicado exclusivamente ao trabalho de combater a arraia miúda do tráfico.

O enorme exército de mão-de-obra envolvido com o tráfico será absorvido pela economia formal ou por formas menores de contravenção. E o rico mercado cinza terá que descobrir outras formas de dinheiro fácil.

Talvez, aí, polícia e Ministério Público tenham mais tempo para apurar outras modalidades de crimes de colarinhos brancos.

Luis Nassif

60 Comentários

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    1. “9) Instala-se um regime

      “9) Instala-se um regime autoritário em quem cuidará do trafico serão os VERDADEIROS LÍDERES DO CRIME ORGANIZADO, QUE ASSUMIRÃO O PODER.”

      Isso não acontecerá. Já aconteceu! Estamos na pior ditadura já verificada no planeta. Grupos políticos uniram-se e formaram a maior quadrilha golpista já verificada. É a máfia demotucana peemedebista do fhc clinton! Queremos os nossos votos de volta e a restituição dos nossos projetos democráticos com a devolução da presidência a Dilma Roussef. Filhodaputas nenhum é mais do que nós para roubarem os nossos votos!

    2. Rdmaestri, você é um dos

      Rdmaestri, você é um dos colaboradores mais inteligentes do GGN, e nós brinda com textos maravilhosos, me incomoda, porém, algumas derrapadas suas na sintaxe. Não que eu me importe com isso, mas porque os fascistas se importam e adoram defenestrar alguém de esquerda quando cometem errinhos irrelevantes. Isso me dá ódio. A regra do uso do verbo haver em frases com sentido temporal é elementar: quando é passado, usa-se verbo haver: já escrevi HÁ algum tempo. Quando indica futuro, usa_se a preposição A: vou escrever daqui A algum tempo. Não me xingue. Estou escrevendo isso apenas porque admiro muito você e sua inteligência. No meu blog aqui no GGN fiz um texto enumerando nossos erros mais comuns, tão comuns que eu mesmo errei alguma coisa no texto e um comentarista apontou no ato, kkk. Dá uma olhada naquele Post. Pesquisei para nosso uso mesmo.

      1. Tenho sérios problemas não só com a sintaxe.

        Com a pontuação, concordâncias e mais outras regras que acentuam-se conforme a seriedade do texto.

        Infelizmente para mim não é nada simples escrever textos que levo extremamente a sério e são altamente dolorosos a sua redação, não fico animado em olhá-los com o rigor que deveria ter, porém só tenho duas escolhas, escrevê-los ou não.

        Poderia dizer que é praticamente um bloqueio.

        1. Não, pelo amor de Deus,

          Não, pelo amor de Deus, escreva de qualquer jeito, com revisão ou sem revisão, mas escreva. Você é um estrategista fenomenal, vê longe, e nós não somos professores de português mesmo… 

      2. testa da cazzo

        A nova tropa do Azevedo/Mainardi/Villa zesgomes e o lema: “a gramática vos libertará”

        Como os clássicos trolls o inicio é o elogio, isto faz crer isenção em seguida a vírgula se mal posta????  incriminará o malfeitor.

        E opôs a leitura do livro da gramática portuguesa e jn no final do dia deita e dorme tranquilamente.

        É definitivamente testa da cazzo.

    3. Parece-me claro que estão organizando um grande massacre….

      Parece-me claro que estão organizando um grande massacre do pseudo crime (des)organizado.

      Como já escrevi há algum tempo, parece que determinados agentes do Estado estão preparando uma grande farsa como a do Plano Cohen. Para quem não sabe o Plano Cohen foi um falso roteiro de um golpe escrito pelo então Capitão Mourão em 1937 (que posteriormente foi quem iniciou o golpe de 1964) com o falso pretexto de mostrar um golpe que os comunistas estavam preparando para assumir o governo do país. Na realidade o Capitão Mourão, que era um fascista brasileiro, um integralista, pretendia ele e seu grupo assumisse o governo do país derrubando o presidente da época Getúlio Vargas. Muitos membros do Estado Maior das Forças Armadas foram enganados pelo tal estratagema enquanto outros sabiam da falsidade do plano.

      Porém o objetivo do Plano Cohen falhou em parte, Getúlio Vargas com militares que o apoiavam, utilizou este falso plano simplesmente para ele mesmo dar o golpe, usou os Integralistas e decretou o Estado Novo, que aos olhos dos fascistas da época seria o início de um governo fascista Entretanto na mesma época Getúlio já se aproximava do governo norte-americano e preparava o Brasil para ir contra as forças fascistas na Europa. Depois o próprio Getúlio acabou com os fascistas, tornando-se um ditador.

      Com o plano Cohen toda a oposição de esquerda foi presa no Brasil porém só em 1945 a democracia foi restituída.

      O que parece no momento que a fortes forças no governo federal que pretendem criar um clima de Caos utilizando o crime (des)organizado para assustar a classe média. Com este Caos se criam leis de exceção, como os Atos Institucionais nos governos militares, votadas pelo congresso e apoiadas pelo judiciário.

      Depois destes atos o governo Federal assume poderes ditatoriais, e em nome da ordem pública implanta-se a censura para toda a oposição. Como com censura e com apoio da justiça, toda a esquerda que é favorável aos “famigerados direitos humanos” será indiretamente criminalizada, pois “logicamente” quem é favorável aos tais de “direitos humanos” de criminosos, são por “defaut” também criminosos.

      O roteiro é simples:

      1) Permitem que as “fracções” criminosas do crime (des)organizado ataquem as forças policiais, morrendo muito destes policiais e agentes penitenciários.

      2) Espalha-se a ação deste membros do crime (des)organizado pelas cidades mais importantes, Rio, São Paulo e outras.

      3) Queimam-se ônibus e viaturas policiais além de assaltos a bancos e outros locais em que há dinheiro vivo.

      4) Com a grande mídia maximiza-se todos os eventos para criar pânico geral.

      5) Decreta-se estado de Emergência e utiliza-se as forças armadas para conter estes grupos.

      6) Como a “desordem será muito grande” (principalmente vista pelas telas da TV aberta) projetos esdrúxulos e autoritários da bancada da bala e seus aliados serão votados, todos na direção da supressão de direitos individuais. Logicamente num primeiro momento todo este discurso que será empregado contra os criminosos.

      7) Associa-se a ação de pessoas que lutam por direitos humanos (principalmente de esquerda) com o crime (des)organizado.

      8) Prende-se todos estes pseudo associados ao crime (des)organizado, que neste momento seus pseudo e poderosos líderes já estariam todos mortos por embates contra a polícia e exército.

      9) Instala-se um regime autoritário em quem cuidará do trafico serão os VERDADEIROS LÍDERES DO CRIME ORGANIZADO, QUE ASSUMIRÃO O PODER.

    4. PSDB e midia tem khow no uso
      PSDB e midia tem khow no uso do PCC para se manter no poder para que o povo troque, por exemplo, um Haddad por um Doria…

      Nas campanhas ao governo de SP o kit PCC sempre foi usado para dar a populaçao a sensaçao de que outro governo que nao o PCC sic PSDB colocaria a populaçao sob risco…essa “engenharia” será repetida no plano das eleiçoes presidenciais, a interiorizaçao do tráfico está avançando e já chegou ă área rural ao mesmo tempo em que o conluio midiático-penal está focado na perseguição ao ex-presidente Lula…

      Em 2006 o palhaço bufão Arnaldo Jabor/Globo produziu um texto de ficcāo que ate hoje circula como se fosse real, Jabor usou deste artifício para atacar o PT naquele ano de eleição e, por causa do direito ao contraditório, Lula foi reeleito….nao dando certo a campanha na midia vem o golpe de estado e, com apoio da midia, mercado/FIESP patos e cia e Instituiçoes convertidas em verdadeiras organizaçoes criminosas pq foras-da-lei, tomam de assalto o poder e, pelo andar da carruagem, não vão soltar o osso tao cedo: a Petrobrás/Petrosal dará lugar à PetroCoca/PetroCrack

      A carta de Jabor/Globo voltou a circular nos ultimos dias no zap zap

      https://www.google.com.br/amp/www.e-farsas.com/entrevista-que-o-lider-pcc-marcola-deu-globo-e-real.html/amp?client=ms-android-samsung

  1. Relembrando pra quem

    Relembrando pra quem esqueceu:

    O JUDICIARIO DE MINAS GERAIS TOMA E ACATA ORDENS DE POLITICOS TRAFICANTES DE COCAINA PRO MERCADO NORTE AMERICANO.

    Uh…

    Eu lembrei de berrar?

  2. Vocês Acreditam Realmente?

    E tem otário (e como tem) que ainda acredita que o “chefe” lá do morro (que quando morre a comunidade tem que fazer uma vaquinha para enterrá-lo) é, de fato, um dos grandes chefes do tráfico. O cara mal sabe assinar o nome, como vai conseguir lavar milhões todas as semanas sem que, por exemplo, um Moro da vida descubra como ele lava essa grana toda?

    Outra coisa, como consegue contrabandear tantas armas sofisticadas, passando por fronteiras e “n” barreiras nas estradas…? Já pensaram que essas armas podem perfeitamente entrar no país desmontadas e com as peças misturadas às peças de equipamentos pesados importados por alguma indústria?

  3. O legado de 24 anos de PSDB em São Paulo: PCC

    O PCC e o risco de o Brasil se tornar um estado falido

     

    por Mauricio Moraes — publicado 13/01/2017 15h08, última modificação 13/01/2017 16p9Se o domínio da facção continuar se expandindo, a violência pode explodirinShare  Antonio Cruz / ABrPresídio

    O caos carcerário está na raiz do problema

    Leia também“Problema central é encarceramento em massa, e não facções”“No Brasil, muitos preferem vingança à aplicação de justiça”Juristas e advogados pedem a renúncia de Alexandre de Moraes“Foi a ausência do Estado que produziu essa violência cruel”Condições desumanas nas prisões são problema “urgente”, diz HRW“Chacinas evidenciam conluio do Estado com facções”Após aplaudir chacinas, secretário de Temer é obrigado a se demitirGovernadora de Roraima diz que não pode garantir segurança de presos

    Em boa parte das redações de São Paulo, por muito tempo, não se podia citar o PCC nas reportagens. Editores justificavam a medida como forma de evitar publicidade para o crime organizado. A receita era diluir a autoria dos crimes, chamando os autores apenas de traficantes. Mas a realidade volta e meia se impõe e o submundo vem à tona. Foi o que aconteceu há poucos dias, com os mais de 100 mortos em presídios no norte do País. 

    Os massacres no Amazonas e em Roraima são sinais perigosos do poder crescente do PCC. Enquanto o establishment tentava invisibilizá-los, o grupo cresceu e se expandiu. Depois de monopolizar o mercado de drogas em São Paulo, onde nasceu no rescaldo do massacre do Carandiru, em 1993, expandiu-se para estados vizinhos e até mesmo para outros países, como o Paraguai. 

    Para ganhar território, o PCC usou como tática eliminar concorrentes ou aliar-se a eles. A insólita aliança com o Comando Vermelho, no Rio de Janeiro, recentemente desfeita, pode ser o motor do atual conflito, já que o grupo carioca seria aliado à Família do Norte, com quem o PCC vem se enfrentando. 

    Se o PCC se impuser no Norte, como já vem fazendo no Rio, ele não será apenas o maior grupo de crime organizado no País – será um dos grandes players do narcotráfico regional e um dos maiores desafios que o Brasil tem pela frente. Nunca o País teve um grupo criminoso tão organizado, e no momento de nossa maior fragilidade institucional em décadas. 

    Há sinais de que o PCC esteja se infiltrando no estado. Nas eleições municipais, em várias cidades de São Paulo, falou-se de candidatos financiados pelo grupo. Colômbia e México já passaram pela experiência e o resultado foi trágico, ao verem a falência do Estado no combate ao crime. 

    Para entender o que está acontecendo nos presídios do Norte, é bom olhar para a história recente de São Paulo e a do próprio PCC, muito bem contada pela pesquisadora Camila Nunes Dias, em sua tese de doutorado pela Fundação Getúlio Vargas. O grupo nasceu como reação à violência institucional praticada desde sempre nas masmorras brasileiras, escancarada para o mundo no massacre do Carandiru. 

    O PCC foi fundado, então, para proteger os “irmãos da cadeia”, botar ordem interna nos presídios e criar uma rede de proteção aos familiares dos detentos. Nasceu como máfia, ao prover e cobrar por proteção e assim garantir a integridade física dos presos, o que o Estado nunca foi capaz de fazer. 

    Ainda que controlado de dentro das celas, o PCC ganhou lastro na sociedade, ao dar assistência aos familiares dos detentos. É o PCC quem dá transporte para familiares visitarem os presos, quem garante o sustento de mulheres e filhos de prisioneiros. 

    Só que não demorou para o PCC deixar de ser apenas uma máfia para entrar no lucrativo mercado de drogas. E esta é a espinha dorsal do sistema. Qualquer medida para conter a violência, dentro e fora os presídios, que não seja a descriminalização de todas as drogas e a legalização da produção e venda de maconha será apenas paliativa.

    Por isso a proposta do governo de construir mais presídios é mero enxugamento de gelo, conversa para distrair a plateia.

    Em São Paulo, é possível repassar a história do PCC analisando o índice de homicídios. Em 1993, ano de fundação do PCC, havia 28 mortos por 100 mil habitantes. A violência dispara em seguida, na fase em que o PCC vai para a guerra, eliminando concorrentes e se atracando com a polícia. Em 2001, já eram 42 por 100 mil, no auge das rebeliões em São Paulo, sempre segundo dados oficiais.

    Após o PCC dominar os presídios e eliminar os concorrentes, passa-se a uma segunda fase, em que começam a cair os homicídios. Mas a violência ainda é alta, até porque há ainda uma efetiva política de repressão dos criminosos pela polícia. 

    A terceira fase começa após o PCC dar um xeque mate nas autoridades em 2006. Na ocasião o estado criou o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), que isolou líderes do grupo nos presídios. Foi o estopim para os criminosos atacarem delegacias e PMs, espalhando medo e um caos nunca antes visto na maior cidade do país. Foi o momento em que o PCC conquistou definitivamente o território. Na época, o índice de homicídios era de 19 por 100 mil

    A partir daí, começa a queda vertiginosa dos homicídios em São Paulo. É o resultado do que estudiosos chamam de “pax criminosa”, o tão falado acordo do PCC com o governo paulista. Sem concorrentes e com a conivência do Estado, o grupo segue livre com os negócios. Já não há mais mortes em conflitos com rivais.

    O Estado, por outro lado, entendeu que não conseguirá bancar o conflito. E assim todos ganham uma falsa sensação de segurança, sem rebeliões e com menos homicídios. O governo chegou anunciar uma taxa menor a 10 por 100 mil em 2015, embora haja controvérsias sobre a precisão dos dados.

    Não se sabe até quando durará a trégua criminosa em São Paulo. Se o que aconteceu no estado se replicar no País, é possível que tenhamos uma explosão da violência no Rio e no norte nos próximos meses.

    Resta saber como o governo desacreditado de Michel Temer vai administrar a crise de segurança, como se já não bastasse a ruína das instituições políticas e da economia. A única certeza é que não será Alexandre de Moraes o ministro da Justiça capaz de segurar essa marimba. Faltam a ele condições políticas e morais para dar conta da história.

     

  4. Narcogovernos e narcoyuppies
    Narcogovernos e narcoyuppies andam juntos

    NOTICIAS

    A vida extremamente perigosa dos ativistas das redes sociais que estão denunciando os narcos mexicanos

    RODRIGO RODRÍGUEZ

    Arrobas anônimas denunciam na internet os crimes do narcogoverno que estabeleceu uma ordem de medo, silêncio e terror no nordeste mexicano

    https://www.vice.com/pt_br/article/a-vida-extremamente-perigosa-dos-ativistas-das-redes-sociais-que-esto-denunciando-os-narcos-mexicanos

  5. Faltou ,abordar a base da

    Faltou ,abordar a base da pirâmide.Nas quebradas , eles nomeiam um irmão que está com a palavra. Que gerencia todos os conflitos, assaltos, desentendimentos em famiília…eles pagam faculdade de direito, para seus futuro advogados… Quem está na rua no corre…tem que contribuir com R$500,00 ,por mês….daí eles tiram o dinheiro para dar assistência….as famílias dos irmãos presos. No caso das vans tem vans que roda especificamente para sustentar a família de irmão preso. Já faz uns 8 anos ouvi de uma pessoa ativa…dentro do “partido”,,,que eles estavam preparando um agente para ser o presidente do Brasil…uma espécie de infiltrados….muita das coisas que está pessoa me contou se concretizaram…

    Quanto a presidios….conheço umas histórias interessantes…de diretores envolvidos com o tráfico e desvios…aqui em São Paulo.

  6. CPMF
    Não esqueça, Nassif, que mesmo sem CPMF a RFB ainda consegue os dados de todas as movimentações bancarias do pais. Ela só não investiga poderosos, como uma empresa que não mostra um certo DARF de R$600 milhões e cujo processo (que estranhamente não era “digital”) conseguiu “sumir” nas mãos de uma funcionaria de carreira.

    http://m.istoedinheiro.com.br/noticias/economia/20160201/receita-aumenta-controle-movimentacao-financeira-empresa-pessoa-fisica/339416

    http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2013-07-09/funcionaria-da-receita-e-condenada-por-sumico-de-processo-contra-globo.html

    1. Ela foi boi de piranha

      Bruno,

      Já se tem como certo que a dona que dizem que sumiu com o processo (chantagem) já fazia o procedimento antes, mas era negócio pequeno e no varejo. E assim como disse um comentarista aí em cima, que os policiais dos aeroportos já sabem quem vão pegar com a pequena quantidade para possibilitar a entrada ou saída da grande quantidade, fizeram o mesmo com essa funcionária da receita, então alguém de dentro pegou o processo dos 600 milhões e sumiu com ele, e claro, colocaram a culpa na vaca de piranha. Mas o mais interessante foi que quem sumiu com o original tirou cópia e tentou chantegear a poderosa, e pelo que sei no momento da troca da cópia do processo pela grana rolou até assassinato e cobertura da própria rede de TV que montou o circo. Um dia saberemos o que realmente ocorreu.

  7. Encenação

    Há alguns meses , assistindo aos episódios das séries AEROPORTO e FÉRIAS NA PRISÃO do canal NATGEO ,  nos quais eles mostram a fiscalização dos policiais nos aeroportos e como pegam pessoas tentando embarcar com drogas , me chamou a atenção o depoimento de um passageiro preso em flagrante no qual ele relata que os próprios cartéis de drogas fornecem aos policiais dos aeroportos os mulas que serão presos . 

    É uma encenação : os cartéis já apontam para os policiais quais passageiros irão embarcar com pequenas quantidades de cocaína para serem presos e dar a impressão de que a polícia está fazendo seu trabalho de fiscalizar e prender. Em troca , para cada passageiro preso com uma quantidade pequena , a fiscalização permite que se passe outros com quantidades várias vezes maiores de droga . 

  8. Superdimensionamento? Quá quá
    Superdimensionamento? Quá quá quá… Convido o autor a visitar qualquer favela com mais de 20 mil moradores e contar quantos fuzis, granadas, lança rojão, existem nestes lugares…

    Legalizando a tal economia do tráfico, o que estas pessoas farão com estas armas?? Pequenos delitos? Qua quá quá

    1. Zé, entendo diferente o

      Zé, entendo diferente o significado do superdimensionamento. Não se menospreza o poder de fogo da “grei miuda”, até porque é onde ocorrem as mortes violentas, de envolvidos e de inocentes. Mas eles são apenas os infantes, o poder todo está com o “gado graudo” , os generais, encastelados em seus “congressos”, seus “judiciários”, seus “bancos”, suas “midias” e suas “empresas”. E é onde todos também morrem, mas de velhice, e ricos.

      1. Isso é graúdo?

        Na maior mídia e no partido preferido e adotado pela elite.

        Resultado de imagem para huck aécio

        Resultado de imagem para huck aécio

        Uma dessas aí da foto foi internada (Rio) às pressas e às escondidas. Uma overdose por muito pouco não a leva dessa pra melhor.

  9. DROGA é uma droga
    Não adianta

    DROGA é uma droga

    Não adianta liberalizar  ..DROGAS informais e ilegais continuarão a surgir pra competir  ..é o mercado ditando quem fica quem sai

    Estado regulamentando e burocratizando gera mais e mais corrupção  ..ele sempre vai ANOS e ANOS atrás do problema

    Regulamentar não vai purgar ou REGENERAR bandido que sempre encontrará uma fresta pra se locupletar

    Enquanto as forças motrizes do capitalismo (mercado) estiverem galgadas em valores como a inveja, cobiça, ambição, usura, ganância, orgulho, ostentação, egoísmo e competição (dentre tantas outras formas deletérias de convívio) vai ser isso

    Regras são regras  ..é o mínimo que se exige de uma sociedade dita civilizada  ..identificar o mal e tentar evitá-lo, e não aprender a CONVIVER com ele ou tolerá-lo (que que é isso ?! ARREGO? interesse ?)

     ..abrasse as pernas e depois pra fechar é um UAAA 

     

    1. Prezado Romanelli, não me

      Prezado Romanelli, não me considere um desrespeitador de sua liberdade de opinião mas eu a entendo como a mesma de fundamentalistas religiosos travestidos de procuradores, ou vice-versa. Conviver com a droga numa sociedade civilizada pode ser uma regra, não pode ? E as “forças motrizes do capitalismo” podem ser modificadas numa sociedade civilizada sem a interferência de pastores “moralistas”, não podem ?

  10. hipótese

    Esse negòcio de pó (coca, heroína) é internacional e sua cúpula é integrada.

    Basta ver Turquia, Afganistáo, Balçãs  (heroína), e guerra na Síria. Na realidade, guerra em todo oriente médio e norte da Africa. (a totalidade da heroína é produzida no afeganistão, controlado pelos americanos: otan, cia)

    Como a guerra é alimentada? DAESH. Um bando de desesperados, bem pago pelos chefões, e coordenado por militares da Otan. O resto é visagem do tipo Holywood.

    Aquí, os desesperados são as ditas facções, até já cortam cabeças.

    Após o desmonte completo dos Estado Brasileiro, nada como uma guerrinha para sossegar a população. Ademais, com o estado desmontado não vão haver tetas para nossa oligarquia mamar, daí a necessidade de um narco estado

  11. Ah ! agora se falou do

    Ah ! agora se falou do verdadeiro tráfico e operadores. Até então, o 1o. xadrez ficou nos “mesmos de sempre”: os “titicas”. Valeu, no entanto, por ter suscitado prosseguimento e esse 2o. xadrez

    1. Hoje ensina a fumar maconha.

      Hoje ensina a fumar maconha. Já reparou o que tem aparecido de filme feito no país EUA mostrando o padrão “casal jovem e bem sucedido que fuma maconha”? De Beleza Americana, pseudo-crítica, ao moralismo raso de “Knock knock” (Bata antes de entrar), o casal padrão bonitinho classe média daquele país fuma maconha.

  12. detalhe

    Esse é um aspecto secundário ao ótimo “Post” com o qual não concordo:

    “Hoje em dia, praticamente todo o tempo policial é dedicado exclusivamente ao trabalho de combater a arraia miúda do tráfico.”

    No meu ponto de vista o trabalho policial é reprimir pobre, proteger classes médias e ricas e, principalmente, o tempo policial  é dedicado em prover as necessidades dos próprios polícia. Desde lanches e almoços filados até dinheiro de corrupção pura e simples. A achacação é geral. O sistema não cumpre com a obrigação constitucional porque é auto-corrompido. Salários minúsculos (na base) falta de meios, treinamento fornecido por gente ligada à antiga ditadura militar e por reputados bandidos. O exemplo recebido é péssimo. Não há sobrevida possivel para quem chega às polícias por vocação patriótica. Para muitos sobra pedir transferência para os Bombeiros, setor mais alinhado com os interresses da maioria da população, menos violento e corrupto. Talvez por esse motivo o mais aplaudido pelo povo nos desfiles.

    O que terá acontecido com os PF que com sacrifício pessoal deram campana por vários dias na mata para num flagrante perfeito apreender um helipóptero cor de uva lotado de cocaina? Foram promovidos, ganharam alguma comenda? O piloto, jovem aspirante maçônico, está preso? O sítio em São Paulo onde a aeronave pousou foi investigado? O amigo do senador e do filho deputado donos helicóptero foi eleito Presidente da República?

  13. “As invasões bárbaras”

    Capital desregulado, bah… E onde já se viu acatar bobagens como a patente de sementes de maconha? Daqui a pouco esses babacas estadunidenses resolvem patentear as sementes de rosas, de margaridas, patentear a água, o ar a Lua e o Sol. Bem… a Lua já tem uma bandeira dos EUA espetada. Lawfare nas patentes, também. Qualquer bobagem serve de pretexto para tomar o produto do trabalho – dinheiro – dos outros. A alternativa: “Olha que jogamos bombas em vocês, hein? O que você preferem, lawfare ou warfare?”

    A meu ver a única saída é desacatar essas patentes, é o desprezo global, em massa, àquele pais e a todas as pessoas que acreditam em que os EUA devem ser a maior nação do planeta. Não é fácil aos colonizados mudarem hábitos, mas a pena por mantê-los é a eterna escravidão, e a recompensa pelo esforço, a liberdade, a soberania e a prosperidade. E aos coitados dos cidadãos dos EUA, então? Sofrem lavagem cerebral desde que nascem para enfiarem em suas cabecinhas que os EUA são o melhor país do mundo senão o único. Lavagem cerebral pior do que as que acusavam os comunistas, os nazistas e os muçulmanos de receberem…

    Pensamento livre… difícil. Mas não impossível.

  14. o risco de uma possível legalização das drogas ilícitas

    É extremamente preocupante a possivel legalização das drogas ilícitas em um cenário futuro, pois isso contemplará uma sociedade indigente. 

    Nas últimas décadas o tráfico de drogas ousou ainda mais, adicionando ‘substâncias viciantes’ na composição química da cocaína, não é preciso nenhuma pesquisa ciêntifica para essa constatação, basta perguntar para um usuário conhecido, como era os efeitos das drogas há duas décadas atrás, atualmente além de fazer uso de maior quantidade, o risco de se viciar é muito mais elevado. As drogas, inconteste, é a maior causa do genocídio de jovens da periferia, no entanto, tratar a sua legalização como uma medida rasoável para conter a matança, pode gerar um flagelo humano mais nocivo ainda, pois sentimentos de amor ao próximo serão cada vez mais insignificantes, causando assim, uma desfraguimentação do arcaboço moral do homem, por consequência disso, pode gerar muito mais mortes, e uma epidemia gigantesca de usuários com potencial de se viciar, pois poucos se satisfarão com dozes controladas. Além do mais, o tráfico ainda permanecerá com produtos mais potentes do que os vendidos legalmente.

    Os EUA, maior comércio de drogas do mundo, exemplo maior, comprova que a batalha contra essas substâncias ilícitas é precária, a meu ver não pelo fator financeiro, nem pelo impossível enquadramento dos chefões do tráfico e das centenas de milhares de mini traficantes, mas pelo fato de existir uma quase incapacidade de recuperação permanente dos dependentes químicos, estes sim devem ser objeto de mais estudos cientificos.

    Nessa obscuridão social por causa das drogas, dar prioridade a fiscalização a laboratórios de manipulação de substâncias artificiais que potencializão a cocaína pode ser um grande passo para minimizar os altos índices de usuários viciados. Ademais, todos os pais ja sabem que é impossivel enganar uma criança, portanto suas condutas éticas (verdadeiras) serão a única formúla mágica para seus filhos evitarem o convite às drogas de um amiguinho.

  15. E mesmo correndo o risco de

    E mesmo correndo o risco de chover no molhado… quem pode esquecer das atrocidades das chamadas “Guerras do Ópio”, ainda ontem na nossa história? Injustiças tão patentes que resultaram em “acordos” conhecidos como “Tratados Desiguais”?

    – “Nós temos o direito de impor e vender drogas estupefacientes a seu povo, mesmo que as proibamos ao nosso.”, é mole?

    Há que haver um jeito de instar esses anglo-estadunidenses a interromperem a escalada de violência, imoralidade e sujeirada que vêm impondo ao mundo há pouco mais de, sei lá… 200 anos. Afronta-los belicamente não é a solução, creio que o desprezo mundial seria bem mais eficaz, o isolamento. Não é essa, afinal, a ideia de reclusão compulsória, da cadeia, isolar quem prejudica a comunidade em sua busca por harmonia, por sua evolução?

    Convido:

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerras_do_%C3%B3pio

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Doutrina_do_destino_manifesto

    1. A riqueza dos comentários

      Importantes processos históricos a serem relembrados nos seus links sugeridos, pois mostram que o domínio dos capitalistas sempre envolveram a guerra, o saque ,a pirataria, o tráfico de pessoas ou de drogas e são bases da formação dos capitais originários na sua conquista de mercados, corações e mentes rebeldes contra seus domínios violentos e desumanos.

      Uma boa idéia sempre, para conhecermos história.Legal.

  16. O buraco é mais embaixo…

    O Brasil já é o segundo mercado do mundo em cocaina e perde só para os EUA!

    Juntando a “expertise” do crime organizado e a desorganização do estado brasileiro, estamos ferrados…

    Já estamos nas mãos dos corruptos, agora os traficantes já devem estar indicando ministros e negociando cargos!

    Em breve teremos quadrilhas metralhando por ai…

     

  17. O livre mercado das drogas ilícitas
    Caros, em especial Nassif, o volume de dinheiro do mercado de drogas ilícitas é muito grande, muito relevante, não é crível que não se estivesse estabelecido um circuito econômico-político-social que opere esta massa de dinheiro deste mercado. Nassif apresenta corretamente os indícios deste circuito, o qual é submerso das vistas públicas com excepcional competência.Saliente-se que o mercado paralelo não paga imposto, opera no sistema de livre mercado, sem intervenção regulatória do governo, é o paraíso em terra do apóstolos do livre mercado radical, dos libertaristas e Vom Misses. Mas ressalte-se que este mercado existe por que é justamente mantido fora da lei, se entrar para o mercado legal ele deixa de existir. Ou seja os operadores do mercado precisam que as drogas permaneçam ilegais. Outro ponto importante é a repressão policial como agente regulador da oferta e procura, sem repressão com prisão e assassinatos, o mercado seria inundado de oferta e o preço e margem de lucro despencariam. Passando para o tema do helicóptero, vamos levantar quem pagava o combustível do mesmo, o piloto já sabemos de quem era empregado, mas mais importante é quem pagava o seguro de responsabilidade civil, pois por um acidente alguém iria ser responsável por custos civis. Mas mais interessante ainda é como se afirma o helicóptero foi alugado para um serviço por seu dono, vamos pedir então o contrato de locação, onde se incluem as cláusulas de responsabilidade civil, por que não é crível que se alugue um Helicóptero sem contrato, e principalmente sem contrato de responsabilidade civil sobre acidentes. Claro que se não havia contrato, não havia contratante.

     

  18. A unica possibilidade do

    A unica possibilidade do Brasil liberar as drogas é se os EUA o fizer. O problema é que lá os estados da federação tem mais autonomia em termos de lei. É possível que os estados possam começar liberando um de cada vez, mas não o país inteiro de uma vez.

    Provavelmente vai restar algum estado mais atrasado que não libere. Como o Brasil, atual, só copia a parte ruim dos Estates, o otimismo fica comprometido.

    A pena de morte que existe em alguns estados e outros não nos Estates deve ser copiada aqui antes do a liberação das drogas. A civilização no Brasil está entrando em falência

     

  19. Mais considerações…

    Faltou o editor mencionar que a repressão ao tráfico serviu, e serve, com importante instrumento no chamado controle social criminal.

    Nossa matriz, os EUA, montou uma nova era de castas, substituindo o racismo oficial do tipo Jim Crow pela criminalização em massa dos mais pobres, camada onde estão os pretos.

    Isso foi possível com o (re)aproveitamento das rotas de tráfico para o esforço de guerra à esquerda e outras intervenções geopolíticas pró-petróleo, que resultou no despejo de toneladas e toneladas de cocaína e heroína nas ruas dos EUA.

    Até o fim de década de 70, o problema do uso/abuso de drogas, bem como a violência relacionada ao tráfico, estava sob controle nos EUA.

    Montou-se aí a campanha de terror (do mesmo tipo da lei seca, no começo do século passado), e militarizou-se o combate.

    De 80 times tipo SWAT, que os EUA mantinham em suas polícias ao redor da federação, houve um salto para mais de 800 no início dos anos 2000.

    Por aqui, a cópia veio a jato, e tome BOPE e outros esquadrões da morte glamourizados.

    No decorrer da War on Drugs, pequenos condados dos EUA, com menos de 5 mil habitantes, com aquels xerifes típicos, tiveram acesso a uma crescente oferta de armas de guerra, até blindados, tudo com o aporte do Governo Federal de lá.

    A mídia branca deitou e rolou, como aqui.

    Como o próprio juiz disse, é tudo pré-montado…quem achou um abuso/absurdo a manipulação da teoria do domínio do fato sobre atores petistas, não imagina o que se faz todos os dias nas comarcas pelo país, sob a chancela de “associação ao tráfico”.

    Novamente, o encarceramento em massa de milhões de pessoas, a maioria pobre e preta, tanto nos EUA (5% da população mundial, 25% da poppulação carcerária do mundo, e 1ª colocado em população carcerária) como no Brasil (perto de 1 milhão de presos, 4ª colocação de população carcerária e população menor que dos EUA) funciona como uma azeitada máquina, que realimenta a indústria do tráfico, e possibilita a elite política manipular a histeria da classe mé(r)dia e dos mais pobres, com a disseminação de conceitos falsos, como por exemplo, o custo per capita do preso no país, que desconsidera os bilhões desviados na construção e manutenção de presídios que funcionam como masmorras medievais e vomitam presos piores que engoliram.

    Detalhe: eu desafio o editor a perguntar ao juiz, e tantos outros de outras varas de execução penal ao redor do país, quantos presos que estão no sistema penitenciário são de classe social alta, e vinculados às esferas superiores dessa indústria?

    Temo que o número seja estatisticamente desprezível.

    Indicação de leitura para saber como o tráfico se transformou em crime global, e como utiliza outras redes criminosas: Camorra, do repórter siciliano Roberto Saviano.

    Filmes: Traffic, com Michael Douglas, e o outro filme com mesmo nome, recente, que deu origem a uma série.

     

    PS: não é leitora é leitor.

     

  20. Mais uma crônica histórica da série “O xadrez…”

    Caro Nassif, caros leitores.

    Estas duas últimas crônicas são extraordinárias e dispensam longos comentários. Chamo a atenção para a Peça 4, em que Nassif mostra qual será o futuro da economia da droga. Eu sempre defendi a legalização e regulamentação do tráfico (que na acepção original do termo significa simplesmente comércio) dos diferentes tipos de droga. Sempre afirmei também que os EUA combatiam/combatem as drogas das quais não detinham/detêm a produção e distribuição. As drogas sintéticas e farmacêuticas, assim como a indústria do tabaco jamais foram objeto da cruzada de pseudo-combate como observamos em relaçao à cocaína e antes com a maconha. Se, e quando, os EUA desenvolverem, catalogarem ou  patentearem variedades de coca capazes de se desenvolver em alguma região do próprio país e eles se tornarem grandes produtores e exportadores da droga, é quase certo que serão formados lobbies visando legalizar o comécrio não apenas nos EUA, mas em todos os países potenciamente compradores. 

    No passado colonial os ingleses provocaram a chamada guerra do ópio, já abordada por vários historiadores como a estratégia para dividir e dominar um país, além de ser uma mina de dinheiro. Na década de 1920 uma cruzada pseudomoralista quis implantar a chamada lei-seca nos EUA, o que foi um prato cheio para que a máfia e o crime organizado se desenvolvessem, além da corrupção de autoridades públicas. Al Capone foi preso por sonegação fiscal, não pelas dezenas de assassinatos que mandou executar. Ou seja, os intocáveis de Eliot Ness, ao contrário do que é romantizado no cinema, estavam de olho é no dinheiro que Al Capone e sua gangue movimentavam. Passada essa fase, todas as drogas de que os EUA são controladores da produção (pesticidas, fármacos, cigarros, bebidas alcoólicas, etc) passarama  ser permitidas. A indústria desses setores passou a ser grande exportadora e geradora de divisas pra o país. Na década de 1990 foi tomada uma decisão inteligente; foi proibida a publicidade, não o comércio e o uso/consumo de cigarros e derivados do tabaco. A legislação se tornou restritiva, mas não proibitiva, contribuindo pra a redução do número de fumantes. No Brasil, legislação similar foi implantada no ano 2000; de lá para cá o percentual de fumantes, que era de 30% da população adulta, caiu à metade.

     

     

  21. outro detalhe, papel-pó…

    não caiam nessa de que operam com um dinheiro que não existe

    porque nunca precisaram de depósitos em ouro, só de golpes como o que tivemos por aqui

  22. Duas frases nesta tímida

    Duas frases nesta tímida notícia de 2009 sobre descoberta de pasta base de cocaína em fazenda en cidade do interior de SP:

    “Ninguém foi preso”

    “O dono da fazenda é vítima”

    Isto soa familiar, meus caros? Adivinhem de qual partido político é o dono da fazenda!? 

    Sim, as autoridades se apressaram para isentar (praticamente pedindo desculpas) o dono da fazenda. O link da notícia: 

    http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0406200933.htm

  23. A Colômbia é aqui
    O que aconteceu na Colombia nos ultimos 50 anos se repete no Brasil. O perigo mora ao lado e não sabemos. Até que ponto as cidades do interior e zona rural com prefeitos e sistema politico local estão comprometidos com a mafia. O uso do lawfare como arma de guerra contra inimigos politicos dos mafiosos sera ampliado, ai da pra entender a perseguicao a Lula atraves do uso do lawfare ou Direito Penal do Inimigo

    http://m.jb.com.br/internacional/noticias/2015/08/03/jornalista-que-revelou-segredos-da-camorra-diz-que-mafia-italiana-e-colombiana-sao-unidas/

  24. Nassif gostaria de saber
    Nassif gostaria de saber sobre narcocapitalismo. A midia brasileira nao vai abordar o assunto de forma a especular como o sistema funciona. No maximo uma nota aqui outra ali. O leitor Hydra apontou a questao do uso do lawfare sob a pecha de “associaçao ao trafico” para perseguir não aliados como Lula.

  25. As “razões” de Estado e a racionalidade narcocapitalista…

    Infelizmente, não sou tão otimista quanto o Juiz Valois quanto a regulamentação da atividade de venda e uso de drogas atualmente proscritas.

    Vejam bem, a proibição de uso de entorpecente é, e sempre foi, uma tarefa impossível ao aparato estatal.

    Assim como todas as outras práticas individuais que estão adstritas a esfera jurídica do agente, explico:

    Abortar, fazer ou não um tatuagem, beber cerveja ou inalar corcaína, suicidar-se ou fazer sexo com quem bem entende, rezar para Alá ou Javé, todas essas são chamadas condutas de repercussão individual, ou para efeitos penais, condutas de autolesão.

    O Estado fracassou solenemente em todas as épocas que tentou regrar essas condutas individuais, e por isso, recorreu a sistemas de cruel repressão, disseminando violência quer repercutia em mais violência, no caso específico do uso de drogas.

    O que o Estado pode e deve fazer, e os Estados mais avançados nessa questão já entenderam isso, é reprimir as condutas derivadas, ou seja: não adianta proibir ingerir bebida alcoólica, mas deve-se punir severamente quem pratica crimes sob influência dessa substância.

    E por que manter essas proibições?

    Temos o exemplo específico da lei seca dos EUA.

    Uma decisão de Estado, atendendo ao lobby de determinados setores, mas principalmente, correspondendo a uma demanda política específica, a de rotular determinados estratos sociais como criminosos e alimentar a engrenagem “vigiar e punir”, tão bem descrita em Foucault.

    A proibição da maconha teve com principal incentivador o grupo DuPont, que explorava a incipiente indústria de fibras sintéticas (lycra) que via a fibra de cânhamo como um competidor imbatível.

    E também atendia a necessidade de rotular negros como viciados e estupradores violentos de mulheres brancas, todos sob efeitos das drogas.

    Os lobbies são importantes, mas não estão sozinhos.

    A proibição é ferramenta de construção do imaginário popular.

    Os lobbies, então, encontram a cumplicidade dos sistemas políticos que enxergam nas proibições uma fonte de poder inesgotável, uma argumento poderoso de controle social das camadas mais pobres, e no caso do jogo geopolítico, uma desculpa para ações anti-soberania.

    E sobretudo, chance de lucros astronômicos, que seriam bem reduzidos com a regulamentação estatal.

    Apesar não só do conluio, mas da certeza de que os sistemas criminais globais funcionam como combustível paralelo dos sistemas financeiros internacionais, nunca nada foi feito drasticamente para alterar os fluxos de capitais.

    Ora, já que se tornou quase impossível separar os capitais “sujos” dos “limpos” (essa distinção nem faz muito sentido), por que não taxar essa movimentação, conferindo aos Estados Nacionais um up grade para reparar danos causados pelas atividades que se entranharam nos sistemas legais?

    Porque esses sistemas ilegais são a própria realização do sonho capitalista em seu estado da arte.

    Afinal, qual foi e qual é a ladainha permanente dos liberais? Fluxo livre de capitais, desregulamentação do poder soberano estatal, fronteiras livres…

     

    Querem imaginar o futuro, partam da premissa dos 1% e dos 99% da população mundial, onde 1% detém a renda maior que os outros 99%.

    Os sistemas ilegais se encaixam como luva nessa conjuntura, verifiquem os ínidices de letalidade violenta dos bairros mais ricos e dos mais pobres.

    A proporção é parecida.

    Verifiquem a classe social dos mais ricos presos frente ao quantitativo de pobres. 

    A proporção deve ser parecida, também…

    Veirifique, a mortalidade por classe e raça…a proporção se repetirá…

    Verifique a classe social e raça dos representantes (parlamentares) nos diversos níveis da Federação, frente aos representados…acrescente o gênero nessa questão…

    Esse é o painel das sociedades das proibições.

    Por isso não sou otimista como o Juiz Valois…

    Torço para estar errado.

  26. Afeganistão pacificado pelos
    Afeganistão pacificado pelos EUA se tornou maior exportador de heroína do mundo. Adivinhe de onde vem as grandes fortunas. Imagine se os grandes banqueiros ficariam de fora desse mercado sem impostos. Vejam a história do ópio, do HSBC… é tudo muito óbvio. E a justiça cumpre seu papel de fingir que há justiça nesse mundo.

  27. Narcocapitalismo
    De fato a sofisticação do narcocapitalismo é muito grande.

    Enquanto isso no momento o caldeirão explode no RN e não pensem que isso ficará restrito às paredes das masmorras… e o Janota sabia….e o Moro sabia…e a PF sabia..
    a Globo das Offshores sabia…

    https://www.google.com.br/amp/brasil.elpais.com/brasil/2017/01/11/politica/1484142145_443247.amp.html?client=ms-android-samsung

    O crime organizado: PCC e Camorra

    http://ibgf.org.br/index.php?data%5Bid_secao%5D=3&data%5Bid_materia%5D=1063

    Só não entendi pq a Lava Jato, que destruiu empresas como a Odebrecht, mereceu mais a atençao de tudo e de todos a ponto de ser usada para um golpe de Estado numa das maiores economias do planeta se o buraco é mais embaixo.

    Sinceramente năo entendi….ou será que entendi…

    SP foi o embrião de tudo isso e o mudus operandi do uso do crime para se manter no poder sera colocado em pratica a nivel federal…o caldeirão vai explodir e não serå dentro dos presídios: tchau querida liberdade de ir e vir

    https://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&rct=j&url=/amp/veja.abril.com.br/politica/ministerio-publico-aponta-ligacao-entre-pcc-e-mafia-italiana/amp/&ved=0ahUKEwiU19m–sPRAhWCD5AKHeluDVwQFggiMAM&usg=AFQjCNF9zs22AKIXpQ7e3kfhfDup3IDUHg&sig2=wQG0q-zJvr_MJVVXqit_SA

    O kit PCC sempre foi usado no jogo do poder pelo PSDB.,,,…o uso do medo e do terror como forma de marketing para manter no poder essas aves do bico grande

    https://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&rct=j&url=/amp/m.folha.uol.com.br/amp/cotidiano/2017/01/1850133-governo-de-sp-exportou-pcc-para-outros-estados-ao-transferir-presos.shtml&ved=0ahUKEwiJ1q23gMbRAhVDkJAKHchCDy4QqUMIHDAA&usg=AFQjCNEItjkJ8-7otms0Eu5QarTrjCYzuw&sig2=rnQ7et_dYT0Lsb89ad0FQw

    Isso tmbm….há “batizados” dentro e fora dos presidios

    https://www.google.com.br/amp/www.cartacapital.com.br/sociedade/o-pcc-e-o-risco-do-brasil-se-tornar-um-estado-falido/@@amp?client=ms-android-samsung

    E isso

    http://www.brasil247.com/pt/247/sp247/275131/Alerta-aponta-risco-de-ataques-do-PCC-em-São-Paulo-na-terça-feira-17.htm

  28. Drogas & Drogas

     

    As drogas são resultados. Sintomas de uma sociedade decadente, indiferente, egoísta e materialista. Tais como milhões de miseráveis, favelas, revoltas, distúrbios, grandes corrupções, massacres militares em busca do petróleo alheio, e outras mais, sinalizam uma sociedade profundamente enferma e perigosa.  

    Fosse uma sociedade justa, fraterna e solidária, não haveria muito espaço para solidão, desajustes e neuroses. As drogas são como fungos. Precisam de adequado clima ambiental. Se o clima muda, perdem a grande força que possuem. As drogas precisam da ausência de amor, precisam da indiferença e frieza humana, bem próprias da sociedade capitalista.  

    O grande espaço aberto para as drogas vem da sociedade de consumo, vazia, materialista, injusta, ilusória e movida a fortes emoções.  Importante é gente nova, bonita, bem sucedida e alegre. Os fracos, velhos e não aptos, que fiquem pelo caminho. Uma cruel realidade. Para os que não possuem a devida resistência interna, viver em semelhante ambiente, só mesmo drogado. Por isso mesmo, os EUA continuam sendo os maiores consumidores de drogas do mundo. Numa merda de vida.

     

  29. Estado de Defesa/ sítio

    Tem um tempo que vejo a movimentação do Temer.

    É um sujeito pequeno, meio covarde. Covarde suficiente pra trair a presidência e o acordo, pactuado pelas eleições, com o povo.

    Fez isso garantindo por em prática os planos do mercado neoliberal..dai surgiu a “ponte para o futuro”.Motivação principal: salvar a si e os outros 500 parlamentares implicados na lava-jato, que hoje é translucido ser conduzido não por agentes brasileiros – estes apenas testa de ferro- mas tem comando de fora.

    Hoje Janot declarou que a lava-jato é pró mercado. Elementar, meu caro Watson.Quem saiba seja está a cabeça a rolar para acalmar a orda empresarial brasileira, incomodada com o não florecimento da economia brasileira? Não será reconduzido, se Temer ali estiver ainda. Se for, Inevitavelmente, o governo se esgota.

    Acredito que ele possa fazer tudo o que está ao seu alcance pra não ser preso/perder a presidência. Inclusive, aproveitar da situação nos presídios e declarar, em acordo com o Congresso, estado de defesa/ sítio.

    O golpe já deixou de ser velado de qualquer forma.

    Se assim for, passará a ser descarado.

     

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