1/3 do valor gasto com mais Médicos em 2015 “retornou” por causa da queda nas internações

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – A BBC Brasil divulgou nesta sexta (23) uma reportagem informando que o Mais Médicos gerou para o País uma economia de R$ 840 milhões, só no ano de 2015, porque a ampliação do atendimento básico à população reduziu o número de internações.
 
Segundo o estudo citado na reportagem, em 2015 cerca de 520 mil internações foram evitadas por conta da maior oferta de médicos no atendimento básico de saúde, representando um “aspecto positivo sob a ótica fiscal” equivalente a “um terço do orçamento do programa naquele ano”.
 
O estudo da economista Débora Mazetto e de seu orientador, Enlinson Mattos, no mestrado da Fundação Getúlio Vargas (FGV), analisou dados de quase 3 mil cidades antes e depois do Mais Médicos, e apontou que houve redução de 4,6% das intenções em geral e de 5,9% nas relacionadas a doenças infecto-parasitárias, em 2015.
 
Naquele ano, mais de 11 milhões de internações custaram aos cofres da União cerca de R$ 18 bilhões. Com o Mais Médicos, economizou-se, portanto, R$ 840 milhões em internações. O montante representa 33% do orçamento do programa em 2015, que foi de R$ 2,6 bilhões. 
 
O programa Mais Médicos com a participação de profissionais cubanos foi implementado em 2013. Em novembro de 2018, o Ministério da Saúde de Cuba anunciou o fim da cooperação entre os Países. A pasta alegou que o presidente eleito desrespeitou e colocou em dúvida a formação dos médicos cubanos, ao ameçar a exigência do Revalida para sua permanência no programa, entre outras mudanças que descaracterizam as diretrizes estabelecidas junto à Organização Pan-Americada da Saúde. Com a decisão de Cuba, o Brasil deve perder ao menos 8 mil médicos.
 
Leia a reportagem completa aqui.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

3 Comentários

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  1. Medicina preventiva?

    Que nada!

    O negócio é comer mal, dormir mal,, não ter água potável, comida…

    Dentre outras coisas.

    Doenças degenerativas… não sei, pq ninguém diz que é como se vc apodrecesse em vida?

    Qualquer país decente se volta para atenção básica e para a medicina preventiva. Até pelo fato de ser econômico.

    Diz-me a planilha que é mais barato não fumar a um tratamento contra o câncer.

    Diz-me a planilha que é mais barato ter escovação decente do que fazer um implante.

    Já ouvi de um médico, há uns vinte anos atrás: “Os negócios vão mal. Hoje, estou sem paciente.”

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