70% dos médicos brasileiros formados no exterior são reprovados no Revalida

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Foto: Agência RBS
 
Jornal GGN – Cerca de 70% dos médicos brasileiros que se formam no exterior foram barrados no Revalida em 2016, último ano com dados disponíveis. A informação foi divulgada com exclusividade pelo Huffpost Brasil nesta terça (11).
 
Quando a análise é feita com médicos de todas as nacionalidades, e não apenas de brasileiros, o índice de sucesso no Revalida é de menos de 25%, segundo o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira).
 
Ficaram abaixo da média de 24,85% de aprovação os diplomas emitidos na Bolívia, Venezuela, Equador e Cuba.
 
A maior parte dos diplomas são bolivianos e “historicamente” enfrentam mais dificuldade no exame. Em 2016, 2,8 mil médicos formados naquele País tentaram revalidar o diploma, mas só 655 (ou 23,3%) foram aprovados. Desse total, 538 eram brasileiros.
 
Entre os médicos de nacionalidade boliviana que tentam o exame, apenas 1 em cada 10 passaram em 2016. Pela análise do Huffpost Brasil, desde 2011 o índice é baixo.
 
Os médicos de nacionalidade cubana foram, depois dos brasileiros, os que mais tentaram o registro no Brasil. O índice de aprovação, em 2016, foi de 24,3%, ou seja, de 1,456 cubanos que tentaram o Revalida, 354 tiveram sucesso. 
 
Os diplomas da Argentina são os que tiveram melhor êxito: foram aprovados 44% em 2016. Naquele ano, os médicos formados no Paraguai atingiram 26,6% de aprovação.
 
Desde que Jair Bolsonaro provocou a saída dos cubanos do Mais Médicos, o governo brasileira vem lançando editais para preencher as mais de 8 mil vagas deixadas em aberto.
 
Segundo o Huffpost, o chamamento entrou na fase de inscrição dos médicos com diploma estrangeiro, sejam brasileiros ou profissionais de outras nacionalidades. São 106 vagas ociosas, mas o número pode aumentar dependendo do volume de desistência de médicos brasileiros que já se inscreveram no programa, mas não se apresentaram ainda.
 
Leia a matéria completa aqui.
Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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