A mídia tem que escapar da armadilha da polarização criada pelo bolsonarismo, por Luis Nassif

Há que se ter compromisso com a qualidade das informações, mas não o de tomar partido sem analisar todos os argumentos

Nas grandes discussões públicas, uma das maiores dificuldades é escapar da armadilha da primeira versão, do consenso do grupo. Abandona-se a riqueza do contraditório, da análise e sopesamento das diversas opiniões por uma espécie de MMA intelectual.

Minha caçula, a Dora, descobriu esse viés quando tinha pouco mais de 16 anos. Entrou em um grupo de feministas no Facebook. Quando descobriram sua capacidade de argumentação, passaram a encaminhar para ela textos para serem desconstruídos.

Dora se tornou popular no grupo, recebia likes. Ate que largou tudo, saiu do grupo e fechou seu Face apenas para convidados.

Explicou-me claramente:

– Papai, discussão é para os dois lados aprenderem um com o outro. Aqui, só querem saber de lacrar, lacrar.

Continuou uma ardorosa feminista, mas não mais da turma das “feministas de Facebook”, como se referia ao grupo.

Invisto contra esse efeito manada há muito tempo. Insurgi-me contra a cobertura totalmente enviesada no impeachment de Fernando Collor, apesar de ter sido vítima de suas investidas. Reagi, sozinho em um primeiro momento, contra os massacres na Escola Base e no Bar Bodega. Passei os anos 90 dividido entre a análise econômica e a reação contra as unanimidades da mídia – especialmente nos linchamentos públicos.

Hoje em dia a mídia está disposta a recuperar sua imagem, depois de mais de uma década de discurso de ódio que pavimentou o sucesso do bolsonarismo. Mas continua presa ao mesmo movimento de efeito-manada de outros tempos.

O efeito-manada atual é legitimador. Com respaldo da ciência, enfrenta a besta-fera do bolsonarismo e seus micos amestrados. Mas continua manada. Se a manada caminha para blindar o Ministro da Saúde Luiz Fernando Mandetta, todos blindam. Se o boi condutor muda de direção, todos mudam.

Digo isso a respeito de duas teses centrais: o isolamento social e o uso da cloroquina. Aqui no GGN somos a favor do isolamento, por não enxergar outra alternativa; e – até informar sobre as pesquisas da Prevent Senior – céticos em relação à cloroquina.

Mas como formamos nossa opinião, não sendo especialistas? Lendo os estudos e as declarações dos especialistas e, a partir daí, nos guiando pela lógica dos argumentos e pelo bom senso.

Mas para tanto, tem que se apresentar todos os argumentos consistentes, contra e a favor. Não pode haver uma seleção apriorística da informação, de acordo com os critérios de manada.

Se há argumentos consistentes contra o isolamento, o público tem que ser informado, ao lado dos argumentos a favor do isolamento. Se há pesquisas comprovando a eficácia da cloroquina, não podem ser ignoradas, e têm que ser confrontadas com as pesquisas questionando sua eficácia – desde que ambas estejam respaldadas por estudos sérios.

Se a modelagem estatística do Imperial College estima os mortos na casa dos milhões, em países maiores, há que se abrir espaço para os estudos que questionem a modelagem, para não correr o risco das previsões serem atropeladas pelos fatos desmoralizando a ciência.

Sei que é difícil, ainda mais com a polarização e os fake News do bolsonarismo. Mas se a imprensa endossar o caminho da polarização, não estará cumprindo com sua obrigação de levar todas as informações ao público. Há que se ter compromisso com a qualidade das informações, mas não o de tomar partido sem analisar todos os argumentos.

Se não, corre-se o risco de tornar o bolsonarismo vitorioso, se uma só de suas apostas se revelar correta.

Luis Nassif

24 Comentários

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  1. Perfeito só interessa aos manipuladores essa falsa polarização. Os interesses de gestores de fundos de investimentos, dos braços financeiros de grupos de interesse, da mídia submissa, dos Coaching trainers que nunca trabalharam ou produziram na vida e seus discursos de retorica vazia, que só forma submissos nas piramides financeiras (mesmo que exista um suposto produto) e estes (os submissos) formam a grande manada da derrocada da economia real.

  2. Acho oportuno tb lembrar aqui do espírito de MACKARTISMO que o radicalismo dos bolsominions esta nos induzindo a praticar.
    Quer um exemplo ?
    Recentemente uma médica, dra Lucia Dantas Abrantes faleceu de CORONA ..imediatamente a turma foi fuçar nas redes até descobrirem o FACE da moça. Lá teriam encontrado postagens de MINIONS que foram tiradas de contesto, e no afã de desmerecerem a vítima, os “policialistas” tratarão de propagar pelas redes que Lucia era uma admiradora do BOZO, o que é contestado pela família.
    FATO é que, do que consegui rastrear, não sabendo precisar efetivamente sua origem, a matéria apareceu no VIOMUNDO e de lá se propagou sem filtros, como rastilho de pólvora, em sites “ditos amigos”, episódio que por ora só foi desmentido no YOUTUBE pelo Carlito, O HISTORIADOR.
    Penso que vale conferir e registrar este episódio pra história, desse período tenebroso, onde mais uma vez a DIALÉTICA e o debate franco e honesto, limpo, ficam de lado, pra darem espaços a boatos, maledicências, radicalismos e desconstrução de pessoas que ousam pensar o contrário ou, como no caso narrado, daqueles que sequer pensaram, mas que deram espaço pra que radicais imaginassem o que deveria ter sido.

  3. uma hipótese que se deve levar em conta é: ainda com o isolamento (seja ele extremo ou mais lhano, o fato é que alterou até mesmo o efeito estufa ao nosso redor), a doença avança. imagine se não houvesse o isolamento, seria um tsunami no sistema de saúde. ou seja, desde os primeiros alertas da China, ainda que retardatários, os isolamentos têm tido certa eficácia. dá-se tempo de trabalhar com substâncias que possam controlar a circulação do vírus. há de se ressaltar, também, as informações, digamos, científicas, das primeiras levas até agora: que o vírus não sobrevive a ambientes quentes, o que não se comprovou; que é mais fatal aos considerados mais vulneráveis, também não se sustentou; que uma vez adquirida, há a imunização, também não há resposta. a medicina ocidental, digamos assim, sempre foca no paliativo. pois mais lucrativo, óbvio. qual o motivo de curar, se as doses são mais rentáveis.

  4. Nao adianta, Nassif. A mídia cevou a extrema direita rebaixando o debate público e desinformando sistematicamente. O que ela (principalmente a globo) ignorantemente não se deu conta foi que a fascistada se voltaria contra ela, inicialmente pela pauta moral capitaneada por setores evangélicos, depois por querer reavaer do mito a cabeça de chapa do antipetismo.

    Portanto, Nassif, não tem como a midia “abandonar a polarização” porque ela É o fator mor da polarização. É assim que ela se coloca como “neutra”, “isenta”, porque é atacada pelos dois lados. É imprescindivel, pois, que esses dois lados sejam representados como opostos perfeitos.

    Lembro que pelo final do anos 90 (ou já dois mil e alguma coisa, sei lá) o Ali Kamel se meteu a escrever um besteirol ideologico sobre o verbete do Gramsci em um dicionario de Ciencia Politica que estava sendo publicado. Nao dá pra resumir awui, mas é a mesma litania que é proferida por ai por militares, concurseiros a classe média diplomada de um modo geral. O Renê Dreyfuss acabou tendo que dar resposta ao assaque…

    No debate sobre cotas nas universidades, ele fez propaganda contra desde o princípio, participando de debates públicos, inclusive, e publicando suas teses negacionistas em livro, como todos se lembram..

    Do Lula ele publicou um dicionário, com a pretensão de decodifica-lo. Aliás, este é o marco, o manifesto da separação entre o “lulismo” e o “petismo”. O subtítulo bem poderia ser “minha luta: em relaçao ao PT, PT, PT, a gente nao dá tregua, é bombardeio de saturaçao; em relaçao ao Lula, a gente bate de lado, deixa ele tropeçar na propria lingua”…

    Nao funcionou. Tiveram que vir com tudo depois da quarta derrota eleitoral seguida…

    No materialismo vulgar do Andre Singer isso passa batido.

    Portanto, Nassif, é necessário aceitar que os donos da comunicação agem politicamente orientados, como um PARTIDO POLITICO, se não…

    1. Esperam muito de quem não tem nada de bom para oferecer…nesse momento estou vendo numa emissora das mais toscas uma reporcagem sobre a aprovação da tal carteira verde amarela (de vergonha?), e ali só.mostram aspectos positivos, inclusive, reforçados por entrevistas favoráveis, nenhum representante dos trabalhadores foi ouvido, afinal, o que interessa é a “economia” que o pobrezinho do empregador irá fazer….

  5. Nassif, aprecio seus textos, apesar de não concordamos em tudo. No caso desse último, só não concordei com todo o título. A polarização não foi obra exclusiva do Bolsonarismo. Abs

  6. Não sei o que falta para que denunciem tudo que ocorreu.
    Ficamos criando teses e mais teses, e tudo que aconteceu esta aí,
    gravado dia a dia nas midias, nos jornais impressos e no meio digital.
    Eles ficam bloqueando os sites, publicam suas informações, depois
    escondem. Precisa de regulamentação a mídia na internet. Publicou,
    tem que ficar publica e acessível.
    Tem que regular, tem que criar código penal.
    Não tem outra conclusão; a mídia cometeu muitos crimes e não pode
    continuar da mesma maneira.
    E TEM QUE PAGAR PELOS CRIMES QUE COMETERAM.
    Agora, querem continuar a querer conduzir a narrativas. Ora, tem
    que pagar por suas mentiras, por suas manipulações pelo verdadeiro
    gabinete do ódio que foram.
    Vamos deixar de infantilidades e sermos mais racionais. Ou vamos continuar
    sendo destruídos por outras décadas e mais décadas por essa imprensa.

  7. Se alguém se interessar em levantar medicamentos que tiveram a fabricação descontinuada vai encontrar uma quantidade apreciável. E vejam bem, por mais interesses escusos que a indústria farmacêutica possa ter, ela sabe o prejuízo que isso acarreta, é impensável crer que elas lancem um remédio sem a intensa pesquisa prévia. Mesmo assim alguns são retirados do mercado. O que acontece com a cloroquina é diferente, o medicamento é conhecido e usado há muito tempo. Sua ação medicamentosa e efeitos colaterais não são segredos para a medicina. O que se discute é sua eficácia contra o coronavírus, que nunca pode antes ser testada pois não havia coronavírus. Tratando-se de uma pandemia não há como fazer os testes em ritmo tal que permita uma conclusão a tempo de dar uma resposta ágil. Querer indiscriminar o uso contra o virus é uma loucura; proibir é outra. Cada caso tem que ser resolvido individualmente : o médico que prescreve se obriga a dar as informações ao paciente e/ou familiares sobre os efeitos colaterais e os esperados e estes aceitarão ou não o tratamento sabendo que é experimental. Mas, a polarização criada pelo bolsonarismo só existe porque há um polo oposto, ambos de natureza política, sem qualquer embasamento científico. Não adianta crer que a Ciência ou a Informação venha a resolver essa pendência, tal como não resolve o terraplanismo,

    Daí a polarização, de um lado os defensores do uso da cloroquina como se fosse o anjo da guarda, do outro os que a veem como o anjo exterminador. E os dois lados são lacradores.

  8. Reparem nesta pérola de santa ingenuidade:

    “Hoje em dia a mídia está disposta a recuperar sua imagem, depois de mais de uma década de discurso de ódio que pavimentou o sucesso do bolsonarismo.”

    No governo do “Messias”, as “Organizações Globo”, após várias tentativas fracassadas de cobrir com recursos públicos seu déficit operacional, tem agora a “oportunidade” de recuperar sua imagem fazendo bom jornalismo.

    Para ver além das aparências sobre o papel da “mídia venal” nas desgraças que assolam este Brasil, é sempre recomendável ler Jessé Souza em seus livros mais recentes, a partir de “A Elite do Atraso – Da Escravidão a Bolsonaro”.

  9. Mas, é bom lembrar que esse radicalismo bolsonarista não é muito diferente daquele estado de espírito que predominava nos tempos em que o PT estava por cima. Igualzinho. Só falta vontade de reconhecer.

  10. E há que se ter desconfiança também em declarações jogadas no meio de uma entrevista com um sócio de plano de saúde que quer agradar um presidente imbecil que recomenda o uso de cloroquina e cuja empresa foi fiscalizada por ter um grande numero de mortos. A Cia hoje emitiu alerta onde não recomenda o uso de cloroquina porque pode causar morte cardiaca subita.

    1. Passem uma noite na UTI daquele predinho horroroso e escondidinho numa rua sem saída de Pinheiros, depois a gente conversa…..eu sei, fiquei um mês lá, toda as noites….

  11. Fico aliviado e feliz em ler esse post. Estava muito fora da curva essa campanha maciça de aversão a um remédio, sem haver nenhuma base técnica para isso, apenas por aversão às jogadas do Bolsonaro.
    Tudo o que esse presidente, em estilo de menino brigão, quer é isso: que os louros caiam nas suas mãos, caso a eficiência da Cloroquina seja pelo menos parcialmente comprovada. Esse assunto caiu do céu para ele e Trump. E a mídia entrou nessa disputa sem sentido como um patinho.
    Vi serem escolhidos a dedo posts para serem publicados que difamavam maniqueisticamente um dos lados da discussão. Vi comentários de pessoas sérias indignadas com a leviandade com que alguns desses posts tentavam destruir agressivamente a imagem do médico pesquisador do Instituto de Marselha, sem ter base sólida e técnica para fazer isso. Apenas em nome da “luta política”.
    Temi pela imagem do GGN. Essa imagem ética que o editor do GGN possui não merecia ser demolida por um assunto tão sem noção. E uma imagem é uma coisa que dificilmente se recupera. Vejam o exemplo de um blog tão importante como era O Cafezinho, com um editor extremamente inteligente, que, subitamente, passou a encampar tudo o que o Sr. Ciro Gomes fazia e dizia, abertamente, sem disfarçar. Como está a imagem daquele blog hoje? Alguém ainda entra lá?
    Por fim um conselho: a classe dos médicos é uma classe de pavões. Com frequência entram em discussões públicas por mera vaidade. Vejamos esses que no momento gritam: Não há testes que comprovem que a cloroquina funciona na Covid, você vai expor o paciente a um risco?
    Resposta: Vou sim. Por quê?
    1) Porque a Cloroquina e a Mefloquina e a Ivermectina são medicamentos já usados há dezenas de anos por humanos, por outros motivos. Toma-se a cloroquina e a mefloquina, por exemplo, três semanas antes de viajar para uma área onde há malária e durante o tempo que lá se for permanecer. Se eu uso esses remédios para uma prevenção banal, sem me preocupar com eventuais efeitos colaterais, por que não deveria usar numa situação muito mais grave como essa da epidemia, já que há alguns estudos bem anteriores, de pelo menos 13 anos atrás, dizendo que a cloroquina tem ação sobre os efeitos maléficos de alguns vírus?
    2) Porque não são remédios novos. Se fosse uma droga nova, que eu não sou soubesse da possível capacidade de matar um ser humano, eu jamais usaria. Aí teria mesmo de começar com os ratinhos, meses, às vezes anos a fio de experiências.
    3) Porque a hora de testar se a cloroquina tem efeito eficaz sobre o coronavírus é exatamente agora, no meio da epidemia. Todo cientista sabe que, diante de um grande risco, e havendo alguma evidência anterior (as pesquisas já existentes), e havendo segurança (já se conhece os possíveis riscos do uso da cloroquina e mefloquina e eles não são tão aterradores e são eventuais, ou seja, só acontecem em um ou outro usuário) pode-se e deve-se ousar tentar soluções que não seguem o método tradicional (meses e anos de testes e pesquisas, etc.)
    4) Porque já havia pesquisas anteriores e a China, primeiro país a ser acometido pelo surto experimentou, e a Rússia também recentemente anunciou que tem tido bom resultado. Então esperar o que?
    Agora, como o Nassif mesmo já intuiu, se os resultados forem realmente promissores (sem esquecer que o medicamento dado em fase terminal não tem efeito, como têm dito alguns infectologistas), Bolsonaro vai posar de herói nacional e mito. Uma jogada política muito esperta que infelizmente a mídia ajudou a emoldurar.

  12. Caro Nassif,
    Concordo com a importância de superarmos a polarização política, ONDE ELA NÃO É CABÍVEL, como por exemplo, no tema isolamento social x retomada da economia, ou isolamento social x remédios salvadores da pátria. É necessário o debate e, principalmente, a divulgação de informações fundamentadas sobre as características das doenças, o estudo do seu impacto em termos de letalidade por faixa etária e, principalmente, sobre os medicamentos para enfrentar o vírus e seus efeitos.
    Nesse sentido, considero que o depoimento do presidente da Prevent Senior sobre o uso da cloroquina no 2º dia (??!!) não se enquadra em nenhum desses critérios. Foi um depoimento de um leigo (não é médico e o fato de ser presidente de uma empresa de plano de saúde, não o qualifica) e tem evidentes interesses investidos, ou seja, não é evidentemente uma pessoa que está emitindo uma opinião isenta. Além disso, e principalmente, a informação é apresentada, como se fosse uma evidência de um êxito espetacular do tratamento, sem que nenhuma comprovação técnica tenha sido oferecida para comprovar esse resultado. Dentre outros, o prontuário dos clientes, havia comorbidades?, foram utilizados outros medicamentos simultaneamente?, se sim, existem evidentes, estatisticamente consistentes, de que a cura ou melhoria dos pacientes? Penso que da maneira como as afirmações foram feitas, do ponto de vista científico, beira a leviandade. E considero que a entrevista, no ponto específico da menção à cloroquina, ao invés de contribuir para trazer racionalidade para o debate, pode ter contribuído para a polarização. Imagino que as hordas de zumbis bolsonaristas devem estar compartilhando a entrevista nos Twitter e WhatsApp “argumentando” que a cloroquina vai nos salvar e com o tempero adicional que é uma informação divulgada por um jornalista de “esquerda”.
    Nada disso altera minha admiração e respeito por você e a certeza de o seu compromisso é sempre foi, fazer jornalismo honesto, isento e qualificado.
    Atenciosamente,
    José Cezar Castanhar

  13. O que não dá para acreditar é que com milhares de mortos já contabilizados em todo o mundo, apenas os médicos do plano de saúde Prevent Senior descobriram o santo graal do método correto de aplicar a cloroquina e salvar milhares de vidas, simplesmente a lógica não fecha, como fica o famoso teste do pudim? Seriam os médicos italianos, chineses, espanhóis, estadunidenses completos néscios?

    1. Penso exatamente como você, Astolfo. Se a cloroquina é essa panaceia toda, porque continuam morrendo milhares de vítimas do Covid19 nos EUA, Itália, Espanha e França?

  14. A mídia está se perdendo ainda mais em seu caminho agindo como os grupos de rede social que só querem lacrar, subir hastags e likes, daí tudo gera polarização estúpida e contribui para desinformação e alienação que presenciamos hoje em dia!

  15. FARINHA DO MESMO SACO – DISSIMULAÇÃO – NOVO MORO

    “Homines sunt ejusdem farinae”

    BOLSONARO, louco lunático, e MANDETTA, dissimulado, estão no mesmo barco e pautando o noticiário da mídia.

    MANDETTA que não é sério, diante de inúmeros malfeitos, irregularidades, suspeitas e atos de corrupção (é farto o noticiário nesse sentido) age em proveito próprio e de grupos…

    Agisse MANDETTA por princípios e convicção, procederia da mesma forma de ADIB JATENE que (por muito menos) se demitiu do Ministério da Saúde no governo de FHC…

    Em relação ao “jogo de linguagem”, observe o comportamento (sumiço, silêncio) da grande mídia – Globo, Estadão, Folha , G1 e Uol – no gigantesco caso de corrupção dos governos do PSDB/SP posto a nu pelo acordo da ECOVIAS

    Assim anotou SAUL LEBLON no TWITTÃO – Carta Maior – de 08/04/2020:

    “CORRUPÇÃO NOS GOVERNOS TUCANOS. Na data de hoje a MATÉRIA SUMIU, nenhuma linha no GLOBO ( http://globo.com ). Nos sites da FOLHA, ESTADÃO, G1 e UOL também não há uma linha sobre o assunto. O Jornal do Meio dia da Globo tratou o assunto pelo ângulo dos investimentos”

    CONSULTE-SE, também, o excelente artigo da lingüística LETÍCIA SALLORENZO publicado na RBA:

    “ANÁLISE: REDE GLOBO ‘NÃO SABE FAZER JORNALISMO, SEM VIRAR ATOR POLÍTICO’” (…) a “ cobertura da pandemias do coronavírus pela Globo contrói narrativa sem esquerda nem movimentos. Discurso único é do PSDB”

    BOSONARO e MANDETTA são da mesmíssima laia…da mesma “cosca”…

    Destarte, não construamos um novo MORO, um novo salvador da pátria…

    Precisamos (data vênia) tomar cuidado, e de mais atenção, : nós estamos entrando no jogo deles, na pauta da FALSA diferença entre eles.

    Assim, entendo que nossa postura (e editorial do site) seria a de dizer sempre que eles não prestam, um é louco varrido notório e o outro é falso…

    ***
    Leia-se a matéria da RBA de hoje

    CÚMPLICES, BOLSONARO E MANDETTA AJUDARAM A DEBILITAR A SAÚDE DO PAÍS

    https://www.redebrasilatual.com.br/politica/2020/04/cumplices-bolsonaro-mandetta-debilitaram-a-saude-do-pais/

    ***

    “Homines sunt ejusdem farinae”

  16. Nassif os atores q produzem as estatísticas/números/informações não são confiáveis como a John Hopkins,há uma margem de manobra e falseio muito grande.Quem é q COMPROVOU(estudos científicos) a letalidade desde vírus?Avaliaram as nuances e circunstâncias?Nem tudo é o q aparece, simplesmente estão colocando informações na cabeça das pessoas dizendo q é o bicho de sete cabeças,mas quem foi confirmar os dados,mortes? Só tem uma COISA CERTA q é o grupo de risco e eu sei q é muito louco isso q tô escrevendo(igual ao Bolsonaro na presidência)TD está sendo produzido muito artificialmente e é para se desconfiar quando há uma unanimidade forçosa e insistente(como no caso Escola base e impeachment Dilma)ora td pode ser Corona(ou Covid)desde q quem decida isso assim o queira!
    Obs:MEU COMENTÁRIO MAIS TERRAPLANISTA NO GGN (ACHO!)
    Obs2:VIVA O BRASIL,AQUI TEM MUITA EMOÇÃO,SEGURAAAA CORAÇÃO!!!

  17. Nassif, hoje em dia as condutas médicas são baseadas em evidências. Existe uma literatura farta sobre o desenho de estudos clínicos para obter as melhores evidências. Há uma hierarquia de evidências. Infelizmente não existe nenhuma evidência séria e sólida sobre a eficácia da cloroquina. Muito pelo contrário, as evidências começam a aparecer sobre sua ineficácia ou, pior ainda, seu efeito deletério. Em tempos de pandemia, aparece de tudo até entre especialistas. Há o jogo dos egos, a avidez por dinheiro, os 10 minutos de fama, o medo de falir… Um jornalista experiente tem de levar isso em consideração. As fontes sólidas são mais necessárias do que nunca. Basta conversar com quem faz ciência de verdade no país.

  18. Nassif, hoje em dia as condutas médicas são baseadas em evidências. Existe uma literatura farta sobre o desenho de estudos clínicos para obter as melhores evidências. Há uma hierarquia de evidências. Infelizmente não existe nenhuma evidência séria e sólida sobre a eficácia da cloroquina. Muito pelo contrário, as evidências começam a aparecer sobre sua ineficácia ou, pior ainda, seu efeito deletério. Em tempos de pandemia, aparece de tudo até entre especialistas. Há o jogo dos egos, a avidez por dinheiro, os 10 minutos de fama, o medo de falir… Um jornalista experiente tem de levar isso em consideração. As fontes sólidas são mais necessárias do que nunca. Basta conversar com quem faz ciência de verdade no país.

  19. Não é bem por aí… De sã consciência, ninguém está condenando a hidroxicloroquina no combate ao COVID-19. Quem tem algum discernimento só está apontando que não se lança medicamentos no mercado como se fossem balas chita. E é isso que o bolsonarismo está querendo fazer, a ponto de (com o perdão da expressão!! PUTA QUE PARIU, VIU??) ter bolsonarista batendo no peito e divulgando que a água tônica, que contém quinino (de onde deriva a cloroquina) é remédio contra o corona vírus! Como se aceitar, de forma franciscana, tanta ignorância, tanta má fé e tanta falta de caráter? Vejam o desserviço que o presidente INOMINÁVEL causou ao país, querendo a todo custo dividir para conquistar, disseminando a cizânia, investindo contra as medidas de distanciamento social, contra a OMS, pela defesa intransigente da cloroquina como CURA contra esse raio de doença…

    PODE SER que dela derive alguma cura mesmo, mas até que ponto devemos aceitar um camarada que não sabe somar frações com o mesmo denominador, completamente ignorante que é, desbancar todo o esforço de cientistas mundo afora nessa luta insana contra a pandemia do corona vírus??

    Não tem jeito. O óbvio aconteceu. Para que muitos enxerguem que fizeram uma desgraça com o país, seria necessário que uma desgraça maior ainda acontecesse com o país. E esta desgraça chegou. Temos o sujeito mais inepto de todos os tempos, enquanto homem público, no comando do país neste momento de tensão e angústia. Pode dar boa coisa??

  20. ESTAMOS SOB CENSURA da imprensa já fazem alguns anos. Para o GOLPE se afirmar e durar mais uns 20 anos, nossa “grande”imprensa e os “grandes”da internet(Facebook, whatts app, Youtube, etc) está CENSURANDO direto qualquer coisa que FAVOREÇA A ESQUERDA, O SOCIALISMO, A OPOSIÇÃO. Na internet eles limitam a quantidade de compartilhamentos e fazem lentidão no repasse. Na TV e no Rádio NÃO HÁ DEBATE COM O “OUTRO LADO”, são sempre eles debatendo com eles mesmo (vide globonews). NÃO ESTÃO SEQUER MENCIONANDO os opositores Políticos, principalmente do PT, e, ao mesmo tempo REPETINDO CENTENAS de vezes ao dia o nome do BOZO E SEUS PRINCIPAIS “colaboradores” . SISTEMA GOEBELS que dizem foi usado pelo NAZISMO, está em pleno andamento, disfarçado pelos bolsonaristas que reclamam da globo, ridiculamente.

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