A morte de Gilson Carvalho, um dos idealizadores do SUS

Da Folha

Um dos idealizadores do SUS
 
CLÁUDIA COLLUCCI
 
Morreu na manhã desta quinta (3) o médico pediatra e especialista em saúde pública Gilson Carvalho, 68, um dos idealizadores do SUS.
 
A morte ocorreu por complicações respiratórias depois de uma cirurgia para remoção de um câncer nos rins. Ele sofria de miocardiopatia hipertrófica (doença que afeta o músculo do coração).
 
Doutor em saúde pública pela USP, Carvalho ocupou vários cargos públicos, entre eles a Secretaria de Assistência à Saúde do Ministério da Saúde e a Secretaria da Saúde de São José dos Campos (SP) entre 1988 e 1992.
 
Também foi professor de medicina na Unitau (Universidade de Taubaté), no Vale do Paraíba, em São Paulo.
 
O médico mantinha uma coluna dominical no site do Idisa (Instituto de Direito Sanitário Aplicado), na qual discutia questões ligadas às políticas públicas de saúde.

 
Era um crítico feroz da falta de financiamento do SUS, dos desvios de recursos e da corrupção dentro do setor da saúde. Também condenava a destinação de verbas públicas para a medicina privada.
 
“(…) Falta dinheiro para a saúde? Falta, não apenas por não ter, mas porque se perde na arrecadação, nos desvios e na corrupção”, escreveu em 1º de junho, em sua última coluna publicada no site.
 
Carvalho defendia mudanças no “modelo de fazer saúde”, como maior valorização às ações preventivas e a modernização dos processos gerenciais e administrativos.
 
Em razão da morte, a Prefeitura de São José dos Campos decretou luto de três dias.
 
Deixa quatro filhos e dois netos. Seu corpo foi enterrado em Campanha (MG).
Redação

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