Brasil deve ter 76 casos confirmados do coronavírus, mas governo registra 60

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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O Brasil atinge 60 casos confirmados do coronavírus e 930 casos suspeitos, informou o Ministério da Saúde, em coletiva de imprensa

O coronavírus é diagnosticado por teste de laboratório – Foto: Josué Damacena / IOC/Fiocruz

Jornal GGN – O Brasil atinge 60 casos confirmados do coronavírus e 930 casos suspeitos, informou o Ministério da Saúde, em coletiva de imprensa, na manhã de hoje (12). Os dados, contudo, foram os computados na plataforma do governo federal até às 10h15 da manhã de hoje e os registros estaduais já indicam que este número deve atingir, na realidade, 76 casos.

A maior parte concentra-se na região sudeste: 45 casos segundo o governo federal. Entretanto, ainda há uma defasagem de atualização, uma vez que o governo de São Paulo divulgou, também na manhã de hoje (12), que somente o estado já apresenta 46 casos confirmados, sendo 44 na capital e dois no interior. Segundo os dados nacionais, são 13 casos confirmados no Rio de Janeiro, um no Espírito Santo e um em Minas Gerais.

Em seguida, a região sul registrou a maior quantidade de casos confirmados: até a manhã de hoje, a plataforma indicava 10 confirmações (6 no Paraná e 4 no Rio Grande do Sul) e 178 casos suspeitos. No Nordeste, já são 5 casos confirmados, sendo 2 na Bahia, 2 em Pernambuco e 1 em Alagoas.

Centro-oeste tem 113 casos suspeitos e 2 confirmados no Distrito Federal. Na região norte, até agora, são 11 suspeitos e ainda nenhum confirmado.

De acordo com o Secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira, ainda há locais sem laboratórios realizando os exames, o que deve ser regularizado até a próxima com a conclusão das capacitações em todos os estados do Brasil para realizar os testes.

O secretário destacou que estão “seguindo estritamente o planejamento” e que não se pode “tomar medidas de forma intempestiva”, ao fazer referência que as atuações seguirão o avanço e as necessidades da pandemia.

“Estamos a uma semana do outono, que começa no dia 20 de março. Estamos nos organizando para o período de outono e inverno. Amanhã, apresentaremos uma série de medidas não farmacológicas, que são as que estimulam ações e atividades para reduzir o contato e fluxo em determinadas condições”, disse.

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“Não podemos fazer as medidas de forma intempestiva. Ainda não temos transmissão comunitária no Brasil, podemos ter amanhã, ou no final do dia de hoje? Sim, mas neste momento ainda não temos. Mas estamos preparados para todas as condições”, completou.

Segundo Oliveira, estas medidas ainda precisam seguir as condições que exigem cada região do país por suas peculiaridades e acompanhar a reação do vírus no país do hemisfério sul, que apresenta características distintas da China e da Europa. “Lembrando que, no Brasil, São Paulo é uma situação, o Brasil Nordeste é outra, vamos fazer a equidade das ações, tratar de forma diferente o diferente”, narrou.

Durante a coletiva, os secretários pediram “calma” e “tranquilidade”, defendendo que “nada está acontecendo diferente do que estava planejado do plano de contingência”.

 

A íntegra da coletiva de imprensa pode ser vista aqui:

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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