Cientistas usam nanotecnologia para enfraquecer câncer e evitar recaídas

Jornal GGN – Uma forma agressiva e de difícil tratamento de câncer, conhecida como “triplo negativo” – que enfraquece e reduz de tamanho com quimioterapia convencional, mas acaba voltando resistente às drogas usadas no tratamento –, agora pode ser superada. Cientistas do MIT (Michigan Institute of Technology) desenvolveram nanopartículas que carregam as drogas diretamente às estruturas genéticas dos tumores, derrubando o meio pelo qual o câncer se mantinha firme contra o tratamento.

As nanopartículas carregam o medicamento doxorrubicina, que desativa as defesas do tumor e o torna muito mais vulnerável à quimioterapia. “Ele lhe dá, em geral, um sistema muito mais eficaz [de tratamento] com uma dose inferior [de drogas], porque você é capaz de atingir as células-alvo e garantir que cada um deles recebe a dosagem correta dos dois componentes”, avalia Paula Hammond, membro do Instituto Koch do MIT e líder da equipe de pesquisa.

Usando essas partículas feitas de nanotecnologia, os pesquisadores foram capazes de reduzir tumores de mama “triplo-negativos” em ratos, segundo relato publicado em artigo na edição online da revista científica ACS Nano. De acordo com os pesquisadores, o método pode ser modificado para ser usado contra outras formas de câncer.

Os tumores de mama “triplo-negativos” não têm os três marcadores de câncer de mama mais comuns: receptor de estrogênio, receptor de progesterona e HER2. Os cientistas desenvolveram, então, tratamentos para cada um dos marcadores, individualmente, o que melhorou as taxas de sobrevivência para aqueles tipos de câncer.

Os pesquisadores esperam que as novas nanopartículas possam combater as proteínas encontradas na superfície de células de câncer de mama “triplo-negativos”, o que vai ajudar ainda mais nos tratamentos. As nanopartículas têm três componentes básicos: a droga doxorrubicina, um revestimento de RNA e uma camada exterior, para proteger a partícula contra a degradação gerada por seu contato com a corrente sanguínea.

Com informações do Phys.org

Redação

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