Coronavírus: Espanha é o primeiro país da Europa Ocidental a registrar mais de 500 mil casos

Madri é a região mais atingida pela pandemia, registrando mais de um terço dos novos casos e mortes.

A estátua do rei Carlos III é retratada em uma praça vazia de Puerta del Sol durante o confinamento, em meio ao surto de doença por coronavírus (COVID-19), em Madri, Espanha, em 5 de abril de 2020. REUTERS / Juan Medina

Jornal GGN – A Espanha alcançou um total de 525.549 casos de coronavírus Covid-19, tornando-se o primeiro país da Europa Ocidental a registrar mais de 500 mil ocorrências. Especialistas estão preocupados com o aumento de casos na França e no Reino Unido.

Segundo os últimos dados do Ministério da Saúde, a Espanha registrou 49.716 novos casos na semana passada e 237 mortes. Madri é a região mais atingida pela pandemia, registrando mais de um terço dos novos casos e mortes.

O Reino Unido registrou 349.500 casos, a França 347.268 e a Itália 277.634.

Quando a pandemia atingiu seu auge, em 31 de março, a Espanha registrou 9.222 novos casos e 849 mortes em um único dia. Nos hospitais de Madri, 18% dos leitos são ocupados por pacientes da Covid, em comparação com uma média nacional de 7%.

Fernando Simón, chefe do Centro de Emergências Sanitárias da Espanha, reconheceu o aumento das infecções, mas destacou que 50% dos novos casos são assintomáticos e mais da metade deles em pessoas com menos de 40 anos – com menor risco de morte.

Ángela Hernández Puente, uma cirurgiã e secretária-geral adjunta da associação médica de Amtys em Madri, disse que a situação atual é muito preocupante, mas não comparável com a pressão esmagadora que o sistema de saúde sofreu em março e que testes generalizados estão levando ao diagnóstico de muitos pacientes leves e casos assintomáticos.

Ela alertou, no entanto, que os ganhos duramente conquistados com o bloqueio da Espanha – um dos mais rígidos da Europa – estão sendo desperdiçados por comportamento irresponsável e falta de preparativos adequados. “Se não conseguirmos impedir a propagação do vírus, começaremos a ver o que vimos em março mais uma vez”, disse ela.

“As pessoas precisam agir com responsabilidade em uma base individual – usando máscara, lavando as mãos e mantendo o distanciamento social. Em nível de saúde pública, precisamos de um rastreamento de contatos realmente exaustivo, o que, infelizmente, não temos visto. Baixamos muito a transmissão durante o bloqueio, mas não o garantimos investindo em saúde pública de primeira linha e ela está começando a se afastar de nós novamente.”

Com informações do The Guardian.

Redação

4 Comentários

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  1. Nassif e Lourdes.

    Quando muitos de nós, eu no meio falavam que o isolamento social deveria ser usada apenas para aplainar a curva e que seria impossível deter uma segunda onde fomos cortados dos comentários.

    Argentina impos um duro isolamento, teve índices memoráveis, mas nem por isso conseguiu frear a disseminação do virus.

    Comparei o isolamento às grande migrações de animais na Africa. Com rios cheios de crocodilos a manada não pode se amedrontar e parar na beira do rio. Quanto mais tempo levar para resolver atravessar mais fraco o animal ficará e mais difícil será a travessia.

    Argentina caiu na Armadilha. Agora que a epidemia aumenta a condição economica da população já se exauriu e na hora mais sombria os argentinos já não tem mais forças.

    Na Europa quase o mesmo. Tentaram não aplainar a curva, mas viveram a ilusão de parar. Como dissemos foi só sair do isolamento para a pandemia voltar.

    Isolamento só funciona em países pequenos ou em países totalitários.

    Para o resto do mundo deve-se fazer um isolamento controlado, cuja população suporte o onus economico e investir em tratamento.

    E por falar em tratamento Itajaí, cidade pioneira no uso de Invermectina em uso profilático, que aderiu em julho ao tratamento precoce colhe os frutos de sua ousadia.

    Veja o último boletim, de numero 207 da cidade, que saiu hoje às 18hs:

    ” Itajaí está há uma semana sem registro de mortes por COVID-19

    Itajaí completou nesta segunda-feira (7) uma semana sem novos registros de morte em decorrência da COVID-19. O Município tem 5.947 casos confirmados da doença, sendo que 5.495 já estão curados – um índice de cura de 92,39%. Deste total de contaminados, 300 pacientes ainda estão com o vírus ativo (24 internados e 276 em isolamento domiciliar) e 152 morreram. Há ainda 04 casos suspeitos aguardando resultado de exames.

    Foram contabilizados também 30 casos positivos da doença nesta segunda: 13 mulheres, com idades entre 17 e 53 anos, e 17 homens, com idades entre 11 e 61 anos. Todos os pacientes estão em isolamento domiciliar, sendo que um deles é profissional de saúde. Os novos casos confirmados se autodeclararam: 24 brancos, 05 negros (pretos e/ou pardos) e 01 amarelo. Outros 158 exames negativos foram descartados.

    Números de casos em Itajaí:
    – CASOS CONFIRMADOS: 5.947
    – CASOS CURADOS: 5.495
    – CASOS CONFIRMADOS DE ITAJAÍ INTERNADOS: 24
    – CASOS ATIVOS: 300
    – MORTES: 152
    – CASOS SUSPEITOS: 04
    – CASOS DESCARTADOS: 43.553
    – INTERNAÇÕES GERAIS COVID NO HOSPITAL MARIETA: 35, sendo 18 moradores de Itajaí e os demais de outras cidades (19 casos na UTI, sendo 17 confirmados e 02 suspeitos aguardando resultado de exames; e 16 casos em isolamento, sendo 11 confirmados e 05 suspeitos aguardando resultado de exames). A UTI está 27,1% ocupada com 51 leitos vagos.
    – INTERNAÇÕES GERAIS COVID NO HOSPITAL PEQUENO ANJO: 03, sendo um morador de Itajaí e os demais de outras cidades (01 caso na UTI e 02 casos em isolamento, todos suspeitos aguardando resultado de exames). A UTI está 16,6% ocupada com 05 leitos vagos.
    – EXAMES REALIZADOS: 49.500″

    Acho que não dá mais para ignorar os numeros fabulosos exibido por essa cidade. Nem a Dna Lourdes pode mais ignorar.

    Sete dias sem nenhuma morte. Casos ativos 300 e ocupação de UTIs perto de 25% é um resultado espetacular.

    Que tal dar uma pesquisada e colocar em debate essa experiencia positiva brasileira?

    Será que a população, na iminencia de se iniciar o tratamento com ozonio retal, se acovardou e está escondendo os casos?

    1. Como está sendo o acompanhamento de pacientes tratados com este medicamento? Os alertas médicos, do mundo inteiro, apontam para o risco de doenças cardíacas. O medicamento existe há décadas para tratamento de doenças crônicas e seus usuários passam por exames de rotina para acompanhamento dos efeitos colaterais. Estamos falando de uma projeção para o futuro, onde não teremos SUS para atender este contingente que hoje toma a cloroquina sem embasamento científico. O problema que hoje aponta é o cenário do futuro. É molecagem!

      1. Os riscos cardíacos só ocorrem se os pacientes tomarem, como tomaram em todos os estudos que apontaram esse risco, superdosagens do medicamento. Aliás nós, pessoas exclarecidas, sabemos que praticamente qualquer medicamento tomada em altas doses faz mal a saúde e pode até matar.

        Nem por isso preciso ser internado para tomar novalgina, que, diga-se de passagem, é proibida pelo FDA norte-americano como medicamento perigo e potencialmente mortal.

        Importante se dizer que as doses do Tratamento precoce em nada se assemelham aos famosos “estudos” padrão ouro que foram publicados por aí.

        A dose considerada segura é de 400mg por dia de hidroxicloroquina. Está na Bula do remédio para quem quiser ver.

        https://consultaremedios.com.br/hidroxicloroquina/bula

        Fiocruz deu 1200mg diários de cloroquina + 3 antibióticos e matou 18 pacientes em apenas 3 dias. Cloroquina é muito mais toxica que a Hidroxicloroquina.

        Estudo da Oxford deu 2.400mg em apenas 24horas! E mais 9 dias dando 800mg diários.

        Coalizao Covid Brasil deu 800mg por dia por 7 dias

        Aprendi a nunca comprar um livro pela capa.

        Parece que vocês estão fazendo isso. Aparece um estudo e vocês vão logo para as conclusões se ler o conteúdo.

        Dna Lourdes colou um link da revista Piauí, onde este conta loas sobre o Alto Rigor Metodológico do Estudo brasileiro da coalizão Covid Brasil.

        Eu demonstrei que de rigor científico não tinha nada.

        1- Não era cego,
        2- não garantiam o protocolo aplicado aos doentes,
        3- randomizaram pessoas que já haviam tomado cloroquina antes de serem randomizados (incrível!),
        4- usaram o dobro da dose máxima admitida como segura pela Anvisa,
        5- apesar de afirmar que os pacientes eram leves e moderados, só admitiram pacientes hospitalizados (moderados portanto) e muitos até na UTI (graves e gravíssimos portanto)
        6- e por fim admitiam que o uso de cloroquina poderia ser mais benéfica se aplicada de maneira precoce nos pacientes.

        “Our trial has several limitations. First, although the point estimate of effect suggests no major difference between the groups with respect to the primary outcome, the trial cannot definitively rule out either a substantial benefit of the trial drugs or a substantial harm. For the comparison between hydroxychloroquine and control, for example, our data are compatible with odds ratios as low as 0.69 and as high as 2.11. Second, the trial was not blinded. Third, despite intense efforts to maintain adherence to the assigned treatments, a lack of medications that were perceived as beneficial by clinicians and patients led to some protocol deviations. Fourth, the use of hydroxychloroquine plus azithromycin was widespread among patients hospitalized with Covid-19 in participating hospitals. The enrollment of patients with no previous use of these medications was challenging, so we decided to enroll patients provided that their previous use since the onset of symptoms was limited to 24 hours. Finally, although the median time from symptom onset to randomization was 7 days, we included patients up to 14 days after the beginning of symptoms; it is conceivable that interventions that may limit viral replication (e.g., hydroxychloroquine) may be more effective earlier in the course of the disease.”

        Já diversos estudos retrospectivos no mundo como um americano, um frances, um Belga e um Italiano que em comum aplicaram doses baixas e seguros em pacientes no ambulatório, de forma precoce, todos indicaram significativa redução de mortalidade.

        Antes de ser divulgado pelo Donald Trump esse remédio “perigosíssimo e mortal” era vendido livremente nas farmácias pelo mundo e no Brasil.

        Sobre os exames de rotina, PARA OS PACIENTES QUE TOMAM EM USO CONTINUO, não são necessários quando se doma as doses recomendadas e por apenas 5 dias como o protocolo de tratamento precoce proposto.

        Importante ter em mente que o protocolo de tratamento precoce é de apenas 5 dias, e a hiroxicloroquina é remédio de uso contínuo para doenças auto-imunes.

        Mas veja, agora o argumento mudou. De ineficácia para combater o coronavirus passou para os perigos do medicamento.

        Isso pode ser contornado.

        Um respirador só pode ser usado por 1 pessoa por vez e fica ocupado até por semanas.

        Uma máquina de eletrocargiograma pode fazer dezenas de exames diários. Ao invés de comprar respiradores não é mais inteligente comprar equipamentos para eletro?

  2. Oi Dna Lourdes.

    Complementando meu último comentário ainda não publicado, encontri no jornal que publicou o estudo RECOVERY da Universidade de Oxford o seguinte comentário que dá a dimensão exata do está acontecendo:

    iVX Engineering • 7 days ago • edited

    Why on earth they used such dangerously high dosing (800mg per day is the daily max according to FDA, with most other studies using 400) 2400mg dose in the first day? This is a toxic dose. What is these doctors trying to do, intentionally poison patients? Who reviewed the ethics of doing this and why was this allowed? And why are there no comments in the paper justifying this extremely high dosing? In addition to this there needs to be a portion of the discussion addressing how potential toxicity from high doses may have influenced the results.

    Afinal os problemas cardíacos estão sendo criados pelo medicamento ou pelas superdosagens intencionalmente aplicadas nos pacientes?

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