Coronavirus: Europa luta para conter aumento de casos

No sábado, a França registrou quase 17 mil novos casos, o maior número desde o início dos testes em massa. Desses casos, 3.500 são em Paris, todos os dias, e arredores.

A estátua do rei Carlos III é retratada em uma praça vazia de Puerta del Sol durante o confinamento, em meio ao surto de doença por coronavírus (COVID-19), em Madri, Espanha, em 5 de abril de 2020. REUTERS / Juan Medina

Jornal GGN – O aumento de taxas de infecção atinge novamente a Europa. Os bares de Paris devem fechar por duas semanas, os residentes em Madri não podem mais deixar sua cidade e a Irlanda estuda restrições nacionais mais rígidas. As informações são do jornal inglês The Guardian.

Em Paris, as infecções aumentaram para 270 casos para cada 100.000 pessoas, e até 500 para cada 100.000 entre 20 e 30 anos de idade, com 36% dos leitos de UTI ocupados. A solução foi fechar os bares por duas semanas a partir de hoje, terça, dia 6. O prefeito de Paris alertou que as medidas são necessárias pois a epidemia está se movendo muito rápido.

Os restaurantes com atividade principal na comida vão continuar abertos, respeitando as novas regras, mais duras. Cada cliente atendido terá seu nome registrado e detalhes de contato, para mapeamento caso necessário.

No sábado, a França registrou quase 17 mil novos casos, o maior número desde o início dos testes em massa. Desses casos, 3.500 são em Paris, todos os dias, e arredores.

Dos casos mapeados, os pontos-quentes já somam 200, com 40% deles em escolas e universidades, 26% em locais de trabalho e 10% em encontros privados. As autoridades de saúde do país pedem que os cidadãos voltem ao trabalho remoto, caso consigam.

As restrições não param aí. Há duas semanas as academias e piscinas estão fechadas para adultos, as confraternizações são limitadas a 10 pessoas e os estádios poderão receber no máximo 1.000 pessoas, ao ar livre, para atividades esportivas ou culturais.

Na Espanha, as autoridades de Castela e Leão avisaram que as cidades de Palência e Leão seguiriam Madri e mais nove municípios próximos em bloqueio parcial por quinze dias a partir desta terça, ou seja, as pessoas só podem entrar ou sair das áreas por motivos médicos ou de trabalho.

Em Madri, houve confronto entre as autoridades por causa do bloqueio limitado. O governo de coalizão espanhol liderado por socialistas impôs as medidas depois que o governo regional de Madri, liderado por conservadores, votou contra elas, alegando que tinha a situação sob controle.

Até o momento, a Espanha registrou 813.412 casos de Covid-19 – mais de um quarto deles na região de Madri, que também é responsável por quase um terço das 32.225 mortes do país.

Na Irlanda, o governo decidiu contra o bloqueio nacional depois que a equipe de emergência de saúde pública recomendou o nível mais alto de restrições, igual ao ocorrido em março. Optou, no lugar do nível 5 de restrições, pelo nível 3, com medidas adicionais.

A Rússia registrou um aumento do número de casos no início da semana que se assemelha ao recorde observado em maio, mas não conseguiu impor medidas rígidas de bloqueio. Foram confirmadas 10.088 novas infecções, próximo do número registrado em 11 de maio, de 11.656. O Kremlin disse não ter planos imediatos para impor segundo bloqueio.

E não é só a Europa. O Irã registrou recorde de 3.092 novos casos em 24 horas com número de casos subindo para 475.674, e 235 mortes.

Nos Estados Unidos, o prefeito de Nova York pediu permissão ao estado para fechar escolas e restabelecer as restrições a negócios não essenciais em vários bairros após o ressurgimento do vírus.

Com informações do The Guardian.

Redação

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