Crise hídrica dificulta combate à dengue

Jornal GGN – De acordo com o ministro da Saúde, Arthur Chioro, a crise hídrica é um fator de agravamento no combate à dengue. De fato, o número de casos aumentou 57,2% nas quatro primeiras semanas do ano, na comparação com o mesmo período de 2014. Com a falta d’água, as pessoas estocam mais água em casa e as condições para a reprodução do mosquito tendem a estar mais favoráveis. “Não há problema em fazer armazenamento, mas qualquer processo de armazenamento de água deve respeitar a proteção,pois a água limpa parada, mesmo que seja de chuva, de bica, vai aumentar o risco de proliferação das larvas. O acondicionamento correto, tapar esses recipientes, é fundamental”, disse Chioro.

Crise hídrica pode ser fator para aumento de 57% nos casos de dengue, diz Chioro

Por Aline Leal

Da Agência Brasil

O número de casos de dengue nas quatro primeiras semanas do ano aumentou 57,2% entre 2014 e 2015, saltando de 26.017 para 40.916 em todo o Brasil. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, coloca, entre os motivos do aumento, a crise hídrica, que faz com que muitas pessoas estoquem água em casa.

“É inquestionável que a crise hídrica e a seca apresentam uma situação de risco maior para a proliferação do Aedes aegypt, na medida em que as pessoas tendem a armazenar água sem proteção. Não há problema em fazer armazenamento, mas qualquer processo de armazenamento de água deve respeitar a proteção,pois a água limpa parada, mesmo que seja de chuva, de bica, vai aumentar o risco de proliferação das larvas. O acondicionamento correto, tapar esses recipientes, é fundamental”, avaliou o ministro.

Chioro disse que o governo vai fazer um estudo para ver a relação entre a falta de água e o número de casos de dengue e vai alertar para que a população guarde água com segurança. O ministro ressaltou que há uma grande preocupação com a doença, pois o aumento aconteceu em período anterior aos meses de maior incidência, que são março e abril.

“Aumentou o número de casos de dengue em um período que não era para aumentar”, disse o ministro. Ele destaca que cada lugar tem um motivo diferente para o aumento da ocorrência do mosquito e que cada família deve estar atenta aos pontos de acúmulo de água em suas casas.

Segundo Chioro, uma das situações mais preocupantes é a do município de Cruzeiro do Sul, no Acre. A cidade, que tem cerca de 80 mil habitantes, teve apenas sete casos em janeiro do ano passado, enquanto em janeiro de 2015 teve 2.305 casos.

Com esta “explosão” da doença no Acre, o estado ficou com a maior incidência, com 338,3 pessoas doentes para cada 100 mil habitantes. Goiás veio em seguida com 97,9, por 100 mil. Mato Grosso do Sul ficou em terceiro, com 42,9,

A boa notícia é que os casos graves da doença cairam 71%, de 49 para 14 no primeiro mês de 2014 para 2015. As mortes também caíram no mesmo período, de 37 para 6. Para o diretor do Departamento de Dengue e Chikungunya do Ministério da Saúde, Giovanini Coelho, esses números apontam uma melhora no sistema de saúde para tratar os pacientes.

Segundo Chioro, certamente o número de pacientes com dengue é subnotificado, pois muitas vezes os sintomas são leves e, por isso, o paciente não procura atendimento médico.

O Ministério da Saúde está promovendo hoje (7) o Dia D contra dengue e chikungunya, doença transmitida pelo mesmo mosquito da dengue, com sintomas parecidos, mas que provoca maiores dores nas articulações e diferentemente da dengue, não tem a forma hemorrágica.

Nas primeiras quatro semanas de 2014 foram contabilizados 23 casos de chikungunya, sendo 22 na Bahia e um em Goiás. Ano passado foram registradas as primeiras transmissões da doença no país. Ao todo, em 2014 foram 2.847 casos. O Ministério da Saúde está acompanhando pacientes em Oiapoque, no Acre, onde houve a maior concentração da doença, para avaliar a evolução dos casos mais graves.

Redação

5 Comentários

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  1. As “tiazinhas” das plantas.

    Um grande problema para o combate a dengue é aquala “tiazinha” da vizinhança (quase todo mundo tem uma) que tem “um milhão” de vasos de plantas em casa e passa a manhã toda jogando água na sua “floresta de bromélias”. Muitas “casinhas” para o mosquito transmissor.

  2. Se todo  mundo armazena água,

    Se todo  mundo armazena água, evidente que  Dengue irá aumentar,

        Se fosse enumerar o caos que a falta de água ocasiona, iria desde os alimentos , doenças e hospitais.

               É uma verdadeira calamidade pública.

           Valeu a pena ser reeleito assim,Geraldo?

              Se o sr, falasse dos fatos abertamente e tomasse medidas adequadas, creio que teria mais votos ainda.

                  Se pretendia alçar voos maiores como a presidência da República, sua pretensão caiu pra abaixo de zero.

                  Talvez o senado. Talvez.

                 Mas com o rótulo de omisso( neste momento não seria eleito) pra dizer o mínimo.

                   E essas coisas são marcantes pra todo o sempre.Em outras palavras:

                               FIM DE CARREIRA.

  3. Um dos problemas é que nao há recipientes adequados

    Muita gente está comprando aquelas lixeiras grandes de plástico para armazenar água. Só que elas nao tampam perfeitamente, porque tem basculante na tampa. 

    Acho que colocar sal nao vai dar, a água acumulada é também para beber. Tenho dúvidas sobre colocar Clorin: quanto de Clorin se poderia adicionar em água para beber? E para lavar roupa, aquilo no fundo é água sanitária. 

  4. AEDES ALCKMINTIROSO AEGYPTIS

    AEDES ALCKMINTIROSO AEGYPTIS ALCKMIN. 

    VAI SÃO PAULO !! Vai para o brejo …

    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK….

     

    O BRASIL PARA TODOS não passa na REDE GLOBO DE SONEGAÇÂO & GOLPES – O que passa na REDE GLOBO DE SONEGAÇÃO & GOLPES é um braZil-Zil-Zil para TOLOS”

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