Fiocruz alerta para aumento de casos de síndrome respiratória

Boletim semanal da fundação mostra que terceira onda de covid-19 no país não está descartada pelos especialistas

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Jornal GGN – Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) avançaram em oito das 27 unidades da Federação na semana de 09 a 15 de maio, enquanto outras 12 unidades apresentaram tendência expressiva de reversão no número de casos, segundo boletim elaborado pela Fiocruz.

As oito unidades federativas com aumento de casos foram Amazonas, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Tocantins, Distrito Federal e Rio de Janeiro. Entre os demais, observa-se indícios de interrupção da tendência de queda na Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, e São Paulo. Também foi verificada tendência de estabilização em Minas Gerais e Piauí, embora nesses dois estados os indícios não sejam tão claros quanto nos anteriores. 

Segundo o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, boletins anteriores apontavam que, mesmo com redução ou estabilidade, os números de casos ainda permaneciam muito altos, demonstrando a forte pressão sobre o sistema de saúde. “É importante ter redução sustentada de número de casos para uma recomposição do sistema de saúde, inclusive com vistas a reduzir a taxa de ocupação de leitos”, destaca o

 “Como vem sendo alertado desde a atualização da semana 14, diversos desses estados ainda estão com valores similares ou até mesmo superiores aos picos observados ao longo de 2020. Tais estimativas reforçam a importância da cautela em relação a medidas de flexibilização das recomendações de distanciamento para redução da transmissão de Covid-19, enquanto a tendência de queda não tiver sido mantida por tempo suficiente para que o número de novos casos atinja valores significativamente baixos”, ressaltou Gomes.

Dados do Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz na semana epidemiológica 9 (28 de fevereiro a 6 de março) deste ano − quando o cenário epidemiológico se desenhava à beira do colapso, com quase todos os estados em níveis críticos de ocupação de leitos – indicavam que a incidência média de SRAG era de 15,5 casos por 100 mil habitantes. No momento, este indicador encontra-se em 11,4 casos por 100 mil habitantes, que é um valor extremamente elevado. “Portanto, novos possíveis aumentos, em um cenário de flexibilização das políticas de contenção ou bloqueio da transmissão e da vigilância epidemiológica, poderiam reverter ao quadro crítico observado”, diz o boletim Infogripe da Fiocruz.

Redação

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