GGN Covid: com tratamento precoce, menos letalidade, mais mortali

Não ouso avançar além das chinelas. Limito-me a mostrar os dados com que trabalhei e deixo para os epidemiologistas as explicações.

Há inúmeros fatores que interferem nos resultados do Covid:

O isolamento social
Vacinação
Cidades contíguas
Tamanho de cidade.
Atendimento hospitalar

Nos gráficos abaixo, limitei-me a medir três indicadores, todos em cima dos resultados totais até agora sobre a doença, comparando cidades que aplicaram o tratamento precoce com cidades com número próximo de habitantes.

Letalidade – relação entre óbitos e casos.
Mortalidade – relação entre óbitos e população
Casos per capita – relação entre casos e população.

Depois, peguei a classificação de cada cidade, em cada item, e comparei com o número total de cidades da faixa de população escolhida. E dividi em 4 quartis:

1o – Cidades com classificação no quarto inferior das cidades analisadas. Resultado ótimo.

2o – Cidades entre 35 e 50% da classificação – resultado bom

3o – Cidades entre 50 e 75% da classificação – resultado ruim

4o – Cidades com classificação acima dos 75% – resultado péssimo.

Confira os resultados:

No indicador Letalidade (relação óbitos/casos), os defensores da cloroquina poderiam argumentar que houve bons resultados. Afinal, das 9 cidades analisadas, 7 tiveram bom desempenho, comparado com cidades da mesma faixa de população.

Mas, se funcionou mesmo, qual a razão para o baixo desempenho no índice de Mortalidade (óbitos por população)? Das 9 cidades, 5 tiveram desempenho ruim e 3 desempenho péssimo?

A explicação está na coluna Casos Per Capita, indicador em que 3 cidades tiveram desempenho ruim e 6 tiveram desempenho péssimo.

Aí se entende o tamanho da irresponsabilidade de Bolsonaro e dos prefeitos. Confinado no tal tratamento precoce, deixaram de lado os cuidados essenciais, com isolamento e uso de máscara.