‘Importação’ de médicos vai durar 9 anos no máximo, diz novo ministro


O ministro Arthur Chioro participou de aula magna da Faculdade de Direito do Mackenzie

Jornal GGN – Em visita a São Paulo, o médico sanitarista, doutor em Saúde Coletiva e atual ministro da Saúde, Arthur Chioro conversou com a imprensa e apresentou o Mais Médicos a alunos da Faculdade de Direito do Mackenzie. Chioro criticou a ênfase dada na discussão do programa, que destaca apenas a contratação de médicos estrangeiros. Para ele, a ‘importação’ é só um provimento emergencial.

Vamos trazer médicos durante três, seis, nove anos no máximo, enquanto o Brasil passa a formar um número de médicos necessários e com o perfil necessário para o seu sistema de saúde”, disse o ministro, que ainda apresentou o programa na aula magna dos novos alunos de direito da universidade. Ambiente familiar para o Arthur Chioro, que também é professor universitário, Faculdade de Medicina da Unifesp.

Chioro é o substituto do ‘pai’ do Mais Médicos, Alexandre Padilha, que vai concorrer ao governo de São Paulo, pelo PT. Perguntado sobre o motivo de se falar do programa para uma turma de direito, o novo ministro foi enfático. “Acho fundamental que outros setores – para além das entidades médicas e todas as que lidam dia a dia com a saúde – possam discutir um programa como esse”.

O ministro aproveitou para criticar o artigo do médico e professor da Faculdade de Medicina da USP, Miguel Srougi, à Folha de S. Paulo. “Ainda ontem saiu uma matéria de opinião de um eminente professor absolutamente preconceituosa, que vai contra todos os dados reais dos médicos cubanos. A atuação deles nesses seis meses de programa mostra o contrário. São médicos que fazem atenção básica com muita qualidade, de uma maneira muito humanizada”, disse.

Por conta do público formado basicamente por estudantes de direito, as questões jurídicas do Mais Médicos nortearam a aula, que ainda contou com o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams. O ministro também rebateu as insinuações de que se trata de trabalho escravo ou quaisquer outras acusações que comprometam a legalidade do programa. “Absolutamente sem procedência, inclusive, a Justiça do Trabalho rejeitou a ação do Ministério Público do Trabalho, corroborando a tese que o governo vem defendendo”.

Regulamentação da formação de médicos

Para Arhtur Chioro, o ponto mais polêmico do programa não é a vinda de profissionais estrangeiros, mas sim a regulamentação da formação, mudanças no processo das diretrizes curriculares e também na residência médica. Isso sem esquecer das outras tantas profissões ligadas à saúde.

Vamos passar a regulamentar a formação do trabalho em saúde. Que foi exatamente o que o Brasil nunca fez e que todos os países, após a segunda guerra mundial, passaram a fazer de uma forma muito clara. Isso fez com que a gente chegasse nessa situação, de ter uma profissão tão estratégica para o País com emprego pleno. De tal maneira que o número de postos de trabalho é infinitamente superior ao número de profissionais disponíveis pra trabalhar no mercado de trabalho”, disse o novo porta-voz do Mais Médicos, que ainda teve que responder perguntas referentes às denúncias envolvendo o Ministério da Saúde e o laboratório do doleiro Alberto Yousseff. A cobertura deste caso você confere aqui.

Redação

9 Comentários

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  1. Nossa que tribuna “chique “

    Nossa que tribuna “chique ” parece tribuna das reunioes do ” partidão Chines ” logo vermelhinho do jeito que os estalionatarios da democracia A-M-A-M …rs

    Não haveria ocasiao melhor tratar do socorro financeiro a ditadura Cubana bolado as pressas pelo PT

    Ja que a Venezuela ( o que era obvio…rs ) esta em frangalhos e nao consegue mais mandar dinheiro para outro pais fracassado, a conta sobrou para o Brasil né?

    rs

    Esses esquerdistas e suas fabricas prodigas para construir  retorica, ufanismo, e muita miseria ( e claro, cartazes com gente simples com olhar sorridente e ” vencedor ” ) rs

     

    1. Verdade Leônidas. Esse

      Verdade Leônidas. Esse governo petista agora só ajuda cubanos, construindo porto e contratando médicos, e americanos, comprando refinarias. Boa era a época de FHC, quando o governo se divertia brincando de batalha naval com as plataformas da PETROBRAS: P36!! Ih, acertou em cheio. Afundou!

  2. O programa é excelente, o

    O programa é excelente, o principal problema foi não ter sido implantado antes.

    O que o Governo tem que fazer é um planejamento para o pós mais médicos. Isso é necessário. Quem se acostumou com bom atendimento não vai querer ficar sem depois.

    A fala do ministro é boa, mas está muito genérica ainda.

     

    1. O mais médicos realmente é um

      O mais médicos realmente é um bom programa, mas, obviamente, ele ainda não é o bastante. è necessário que se invista mais em saúde, e isso, a meu ver, só se dará se a dilma se reeleger, pois se a concorrência ganhar, o Brasil vai ter menos tudo, principalmente no que concerne a saúde. Valham-me os deuses do Olimpo!

        

  3. O problema é que o perfil não

    O problema é que o perfil não vai mudar provavelmente. A quantidade de formados pode até aumentar, mas a sociedade onde estes futuros médicos são criados continua a mesma, se é que não vem piorando. E enquanto a carreira no mercado privado for mais vantajosa, a tendência é faltar médico no setor público. Teria que formar gente suficiente para “sobrar” médico no mercado, para que uma parcela significativa escolha a carreira pública.

    1. pois é…
      veja voce como o

      pois é…

      veja voce como o mundo da voltas!

      na faculdade os que hoje a esquerda denomina de profissionais mercernarios ou  estudantes ditos ” das elites branca dos olhos azuis filhinhos de papai “

      na sua imensa maioria paga um pau para os esquerdistas, adoram falar mal da globo e bancar o rebelde s/ causa e anty imperialista e ( pasmem, contrario as elites )

      Hoje a elite SÃO ELES…rsrsrsr

      Cambada de imbecis inocentes uteis, tem mais é que levar ferro para ver se ficam mais espertos…rs

  4. Boa alcarpinteiro. O perfil

    Boa alcarpinteiro. O perfil do estudante de medicina no Brasil, geralmente oriundo da classe media, media alta, dificilmente irá ocupar as posições no interior do Brasil, não vai topar atender ribeirinhos no amazonas, e também não está disposto a ir pras periferias barra-pesadas. Só aumentando bastante a quantidade de  medicos formados isso poderá ser alterado. E olha, vai acontecer a mesma coisa com engenheiros (se é que já não esta acontecendo).

  5. O pessoal aqui já me

    O pessoal aqui já me conhece.

    Qual é o mal a ser combatido?

     

    Aqui uma pista:

     

    Perguntado sobre o motivo de se falar do programa para uma turma de direito, o novo ministro foi enfático. 

  6. Tem que abrir muitas vagas!

    Hoje a medicina é umas das áreas onde os futuros profissionais são no mínimo de classe média, muitas vezes escolhem esta área pelo motivo de ser bem remunerada onde não há desempregados, portanto, há uma possibilidade de escolha no mercado por parte do recém formado.

    Devemos aumentar muito o números de vagas e não exigir de modo a facilitar a entrada de fato de profissionais que gostam da área e não apenas que gostam do capital.

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