Jornal GGN – Em meio à escalada de casos de covid-19 no Brasil, a cúpula do Ministério da Saúde priorizou reuniões para ouvir ofertas improváveis de vacinas e até mesmo a promessa de luminária germicida.
Embora as principais fabricantes de vacina afirmem constantemente que não trabalha com intermediários, a pasta realizou pelo menos 13 reuniões com vendedores que não apresentaram credenciais.
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A lista de vendedores recebidos envolvia de empresários sem tradição com o setor a militares ou até mesmo líder religioso, em conversas que não avançaram nem sequer para memorandos de intenções. As reuniões foram precariamente registradas nas agendas oficiais, e a pasta diz que nenhuma ata foi elaborada.
Segundo o jornal Folha de São Paulo, tais encontros ocorreram em grande parte entre janeiro e março deste ano, quando o general Eduardo Pazuello era o ministro. Para funcionários que acompanharam tais encontros, a gestão Pazuello não adotou filtros que dispensassem as ofertas improváveis logo no início, e que militares e pessoas indicadas por políticos eram recebidas mais facilmente.
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